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História Written In The Stars S02 - The Kids Aren't Alright


Escrita por: SkyWithDiamond

Notas do Autor


Boa leitura.

Capítulo 22 - The Kids Aren't Alright


...

Clarke andava a passos largos e firmes, era notável a irritação naquela bela mulher ao sair do Plaza, Anya olhou para a artista ao seu lado e puxou seu braço, fazendo com que Clarke parasse de andar.

- Ei, se acalma ok? – pediu quando já estava ao lado de fora do local, Anya ainda segurava o braço da amiga e Clarke olhava a enorme mulher a sua frente – Eu sei que deve está sendo um dia estressante por conta de Aden, e agora desse embuste, mas se acalma ok?

- Como eu pude ser tão ingênua assim? – perguntou não querendo uma resposta de Anya, quando a mulher abriu a boca para replicar, Clarke voltou a falar – Lexa estava certa em desconfiar de Wick, mas eu quis acreditar que as pessoas podem mudar e olha o que eu ganhei? Uma dor de cabeça a mais! – Anya soltou o braço da amiga e as duas permaneceram paradas na calçada do Plaza – Você acha que ele falou a verdade? Que Becca quer me desmoralizar na frente dos críticos? – perguntou preocupada, Anya conhecia a mulher muito melhor do que Clarke.

- Becca é capaz de tudo, porém ela sabe reconhecer o talento do outro, ela não faria isso com você ou com qualquer outro artista. Sinto muito dizer Clarke, mas tudo isso que aconteceu com Wick me parece apenas um plano bem ruim de tentar ter você de volta – Anya deu sinal para um táxi e levou uma de suas mãos as costas de Clarke, direcionando a mulher para dentro do veículo.

- Eu preciso falar com Becca sobre Wick, eu não vou continuar nessa exposição com ele fazendo parte – Anya percebeu o quão mimada Clarke soou e isso a fez girar os olhos.

- Eu vou dizer o que Becca provavelmente vai falar, porém vou dizer de uma forma bem mais delicada do que ela – antes de continuar Anya deu o endereço para o taxista e logo em seguida voltou para sua amiga – Você assinou um contrato e por mais que esteja chateada com essa armação de Wick não pode voltar atrás, a galeria sofreria um desfalque financeiro grandioso e eu não vou permitir isso. Então deixa o drama para sua esposa atriz e siga o baile – Clarke olhou confusa para Anya com sua ultima colocação – O quê? É uma expressão estrangeira, sou uma pessoa viajada – respondeu dando de ombros.

- Lexa vai ficar uma fera quando souber que estava certa – lamentou imaginando a provável discussão que teria com sua esposa.

- Enlouqueceu? Não pode contar isso a Lexa – disparou tentando convencer a amiga do contrário – Clarke, imagina o que vai acontecer se ela descobrir isso, da armação e do beijo! Você não pode contar, eu sei que eu não deveria está dando esse conselho, mas eu conheço a minha amiga e

- E eu conheço a minha esposa – retrucou não gostando de como Anya havia se colocado.

- Então deveria saber o quanto isso vai magoá-la, ela vai dizer que está tudo bem, mas não vai está, você só irá decepcioná-la – Anya tocou na mão da loira e esse gesto fez Clarke olhar diretamente para sua amiga – Esquece tudo, se afasta de uma vez por todas de Wick e pronto.

- Não sei Anya... – os olhos de Clarke repousaram no seu novo anel, anel no qual ninguém ainda sabia o significado, ela observou aquela pedra tão verde quanto os olhos de sua esposa.

- Tudo bem, faça o que julgar melhor. Eu só estou dizendo o que eu faria na sua situação, a pior coisa não é deixar Lexa chateada, a pior coisa é deixá-la decepcionada... – Anya virou sua atenção para a janela ao seu lado, deixando Clarke sozinha com seus pensamentos.

...

- Então você trabalha exclusivamente com crianças adotadas? – perguntou Dany curiosa depois de ouvir a estória de como Sansa havia se comprometido daquela forma com aquele trabalho.

Lexa escondeu o sorriso ao ver a interação espontânea de Dany com a psicóloga, a atriz esperou uma resposta da profissional que sempre parecia feliz com o sorriso no rosto.

- Não exclusivamente, porém meu trabalho é mais voltado para essas crianças, eu tenho uma ligação maior com esses casos. Um dos meus irmãos passou por isso e eu sempre me imaginei ajudando pessoas com as mesmas inseguranças que ele, por isso resolvi voltar meu trabalho para os órfãos e crianças que encontraram um lar com outra família – Sansa abriu sua agenda e entregou um folheto para Lexa – Se ainda estiver dúvidas sobre mim pode ir a um desses orfanatos, eu também trabalho com os órfãos e os responsáveis do local podem dar um relatório sobre mim – Lexa negou e entregou o folheto de volta para Sansa que não sabia como reagir aquela ação.

- Você me passou segurança no que faz e imagino que realmente faça um trabalho excelente – Sansa sorriu com o elogio de Lexa, a atriz levantou e a ruiva fez o mesmo – Eu preciso falar com meu filho primeiro e explicar a importância da terapia, então eu volto a falar com você.

- Eles sempre acham que os pais pensam que eles estão enlouquecendo ou doentes de alguma forma, meu conselho a você é que seja o mais clara possível sobre suas próprias inseguranças em relação a ele, as crianças gostam quando os pais são sinceros sem ter que pisar em ovos, se é que me entende – Lexa concordou e Sansa voltou a estendeu sua mão para a mulher – Não se preocupe.

- Obrigada por ser paciente comigo e com todas as minhas perguntas, eu só precisava esclarecer tudo – disse um pouco envergonhada fazendo Sansa gargalhar, Dany permanecia calada apenas observando as duas mulheres.

- Você é mãe, é seu trabalho ficar preocupada – assegurou soltando a mão de Lexa – Então ouvirei de você em breve? – perguntou.

- Claro – Lexa sorriu – Foi um prazer conhecê-la Dra. Stark.

- Por favor, apenas Sansa. Minha profissão não é meu primeiro nome – respondeu dando de ombros, Dany não se lembrava de ter conhecido alguém tão humilde quanto aquela jovem a sua frente. – Eu as acompanho até a porta – disse esperando as mulheres irem a frente.

As três caminharam até a porta e Sansa viu seu próximo paciente, logo sorriu para ele e voltou para as duas mulheres.

- Até mais – se despediu com um sorriso. Lexa e Dany falaram o mesmo e caminharam para fora do local.

Lexa sorriu enquanto observava Dany calada ao seu lado, foi quando a atriz gargalhou alto chamando atenção da empresária.

- O quê? – perguntou parando seus passos ao chegar ao carro, ela olhou para a amiga não entendendo o sorriso brincalhão em seu rosto – Tem algo no meu rosto? – perguntou tocando em seu rosto se perguntando se havia algo engraçado ali.

- Eu percebi o jeito como você olhou para ela – comentou destravando o carro, nem ao menos percebeu o girar de olhos de Dany.

- Um olhar de admiração, achei interessante e importante essa iniciativa dela – explicou entrando no carro e ignorando o olhar malicioso de sua amiga – Não é todo dia que se encontra uma pessoa assim disposta a ajudar essas pobres crianças de orfanato.

- Claro, admiração – comentou em um tom sarcástico que fez Dany dar uma leve tapa no braço da motorista – De qualquer forma eu não vi nenhuma aliança no dedo dela, ou alguma foto que mostrasse algum comprometimento amoroso, não sei, você p

- Lexa, não! – disse repreendendo, porém sorrindo nervosa enquanto suas bochechas coravam – Podemos focar no que é importante aqui? Aden. O que vai fazer? – disse mudando drasticamente de assunto, Lexa sorriu e resolveu não tocar naquele assunto da amiga, pelo menos não por enquanto.

- Vou esperar Clarke chegar para conversarmos com Aden, ele vai decidir se vai querer ou não a terapia – Lexa checou os retrovisores e deu partida no carro – Eu não posso e nem quero obrigá-lo a fazer isso, se ele não quiser encontraremos outra forma de ajudá-lo – Lexa suspirou, ela sabia que não seria fácil aquela conversa.

- Tenho certeza de que você e Clarke vão encontrar uma maneira de ajudá-lo – Lexa sorriu com o encorajamento da amiga – Não quero ser uma intrometida, mas... Vocês não sabem quem é a mãe biológica dele? – Dany percebeu Lexa travar seu maxilar, como se não estivesse gostado daquela pergunta – Desculpa eu na

- Não, não sabemos quem é e sinceramente é melhor assim, não acho que o que Aden precisa agora é saber sobre seu passado – Dany percebeu o quão delicado era aquele assunto para Lexa, então não respondeu, de repente o clima havia ficado tenso demais para uma simples conversa entre amigas.

...

- Isso está errado, como isso é possível? – Luna estava na sala da médica que havia acabado de dar aquela notícia inesperada, estava em suas roupas casuais e mesmo com a barriga dificultando seus passos ela não parava de andar de um lado para outro.

- Querida, óbvio que isso não é comum, e sinceramente não sei se foi um erro médico não ter visto que havia três bebês dentro de você ou se não foi possível ver antes – explicou a mulher, Octavia continuava sentada diante da profissional, sua mente estava longe – Olha para o tamanho da sua barriga, você realmente não achou estranho está tão grande para apenas uma criança? – foi então que Luna deu uma boa olhada em sua barriga que mais parecia uma bola gigante.

- Isso não deveria está acontecendo – Luna sentou-se com um pouco de dificuldade e olhou para a médica, dessa vez a mais velha percebeu que a jovem estava apreensiva – Eu estava preparada para uma criança, ela teria uma vida perfeita com uma nova família... – ela olhou para Octavia, mas a advogada ainda estava focada em algo fixo atrás da médica, provavelmente tendo um ataque interno – Eu não tenho condições de ficar com as crianças, eu encontrei um lar para uma delas, agora me diga o que devo fazer com as outras? Eu não posso separar irmãos, isso seria crueldade demais – Luna sentiu uma mão em seu braço, e percebeu ser Octavia, ela viu os olhos da advogada cheios de lágrimas, porém nenhuma parecia querer descer de seus olhos.

- Você não vai separá-las, elas terão um lar juntas, Raven e eu ficaremos com os três – o sorriso de Octavia causou um alivio enorme em Luna, porém não durou por muito tempo.

- Você pode está preparada para três Octavia, mas Raven não – argumentou imaginando que Raven enlouqueceria tanto quanto ela. Octavia negou com a cabeça e isso desencadeou as lágrimas presas.

- Isso aqui foi amor à primeira vista – disse apontando para ela mesma e para Luna – Não eu e você, eu amo minha esposa – explicou quando Luna pareceu confusa – Eu estou me referindo aos novos moradores da sua barriga, eu os vi no monitor e de imediato eu sentir esse amor crescendo em mim. Eles são meus filhos Luna, e por mais que Raven enlouqueça eu não vou deixar que eles se separem porque minha esposa estava preparada apenas para um – a médica sorriu em adoração pelo o discurso daquela outra desconhecida – Essa é a família que eu imaginei, e que agora posso ter – Luna apenas concordou e Octavia sorriu, a advogada não esperava por aquilo, mas céus! Como ela estava feliz.

- Você quer que eu esteja com você quando contar a Raven?

- Não, isso é algo que eu tenho que fazer sozinha. Eu sei como acalmá-la quando ela entrar em pânico – Octavia levantou e segurou a mão de Luna para ajudá-la a levantar da cadeira.

- Luna, tenha mais cuidado ok? Agora que sabemos se tratar de três tudo é mais delicado, os riscos de perda é muito grande, então nada de se esforçar ou se estressar com algo – advertiu a médica e Luna concordou, Octavia cumprimentou a médica com um aperto de mão e um sorriso – Você será uma grande mãe, minha jovem, eu posso ver claramente – Octavia sentiu um frio no estômago com aquela afirmação.

As duas caminharam para fora da sala, Octavia não tirava o sorriso do rosto e foi então que Luna pôde perceber o motivo de Raven ter se apaixonado por aquela estranha criatura, Octavia poderia ser um pouco sem noção, mas o coração da mulher era invejável, tão puro e precioso.

...

Clarke e Anya entraram na sala de reunião da galeria, Anya preparada para milhões de questionamento para Becca, porém segurou em sua língua ao ver Becca olhando para o nada, a bela mulher estava perdida em seus pensamentos, sentada em uma cadeira na ponta da mesa ela parecia paralisada, Anya trocou olhares com Clarke que achou aquela cena tão estranha quanto Anya, as duas se aproximaram da mulher, porém nada dela perceber o que ocorria ali.

- Becca? – chamou Clarke em um tom sereno.

Becca olhou para Clarke e logo desviou seu olhar, porém não passou despercebido pelas duas que Becca estava com os olhos lacrimejados, mas nenhuma teve a coragem de questionar.

- Você está atrasada Clarke – comentou olhando para seu notebook sobre a mesa, ela não queria olhar para as duas, não quando sabia que seus olhos estavam lhe entregando – Eu quero adiantar nossa exposição, eu preciso voltar para Los Angeles – Clarke olhou para Anya se perguntando o que diabos havia ocorrido, Anya deu de ombros não sabendo.

- Como assim adiantar Becca? Não temos o que é necessário, uma exposição não é de um dia para outro – Clarke sentou-se em uma cadeira próxima a Becca e Anya permaneceu em pé observando cada detalhe de Becca. – E outra coisa, eu não me sinto confortável trabalhando com Wick, eu

- Você descobriu que ele está querendo ter você de volta – respondeu girando os olhos, Becca olhou para Clarke e a loira percebeu que não havia mais nenhum marejar nos olhos da mulher – Ele me procurou há alguns meses, me pediu para aproximar vocês dois , eu o devia um favor... Foi então que tive a ideia de juntar você e o artista de Wick na mesma exposição – Anya estava para falar, mas Becca continuou – Ele queria que eu colocasse vocês dois cada vez mais próximos, trabalhando juntos até tarde assim iria criar um caos em seu casamento, porém eu parei antes que fosse tarde demais. Eu disse que não iria mais fazer essa palhaçada para acabar com seu casamento por um simples desejo daquele cretino, então King está oficialmente fora da exposição.

- Você tirou King?! Ele é o maior artista do momento, Becca – retrucou Anya não acreditando no que ouvira da mulher.

- Eu fiz minhas escolhas, King está fora, faremos uma exposição apenas com você Clarke – replicou dando sua palavra final.

- Você iria arruinar meu casamento.

- Wick iria – corrigiu – O que há com vocês que sempre gostam de colocar a culpa em uma mulher quando o errado é sempre o homem? – argumentou girando os olhos, Anya se deixou sorrir atrás da cadeira de Becca – Eu só quero seguir com a exposição e acabar logo com isso, não quero ficar um minuto a mais nessa cidade.

Anya se perguntou se o fato da repentina mudança de Becca havia sido por sua ultima conversa, porém ela sabia que não tinha tanto poder assim sobre os sentimentos da mulher. A verdade era que depois de ver a marca em Aden, Becca foi jogada ao passado e cada curta memoria estava lhe causando um mal enorme, ela não sabia ao certo o porquê ficou tão balançada com aquele encontro, ou talvez sabia, ela só queria voltar para sua cidade, longe dali, longe das possibilidades que invadiam sua mente.

- Becca eu não sei se vou ter tanto tempo assim para produzir, meu filho mais velho está passando por alguns problemas e eu

- Aden? – perguntou rápido demais e em um tom preocupado, o que deixou Clarke e Anya confusas.

- É – respondeu desconfiada – Enfim, para quando você estava planejando a nova data? – Becca rapidamente se pegou pensando se algo de grave havia acontecido com aquele jovem que tanto lhe intrigou.

- Hum... – comentou despertando-se. Ela virou o notebook e mostrou um novo cronograma para Clarke – Para o começo da semana que vem. Você tem cinco dias – respondeu e Clarke negou achando impossível – Sete dias então, em sete dias eu preciso de todas suas obras, hoje mesmo vou mandar os novos convites – Clarke concordou, ela poderia fazer aquilo e quanto mais rápido terminasse com isso, mais rápido poderia finalmente voltar a ter um tempo com sua família.

- Eu não quero nenhuma ligação ou mensagem, ou algo assim – explicou Clarke levantando – Você sabe como eu produzo minhas obras, quanto mais isolada de todos e tudo mais rápido eu produzo – Becca apenas concordou, já havia trabalhado com artistas mais complexos do que Clarke – Beca, se isso for uma grande armação para poder me desmoralizar na frente dos críticos eu

- Você acha mesmo que eu teria todo esse trabalho para fazer isso com você? Há anos eu tento expor suas obras, agora que finalmente consegui acha mesmo que vou desperdiçar? Eu sou uma profissional Griffin, agora saia e vá produzir – ordenou e Clarke girou os olhos. Becca permaneceu no seu local sem nem ao menos dar um tchau, e Clarke andou para fora da sala.

A loira parou na porta e procurou por Anya, a outra artista apenas pediu para Clarke sair e a loira obedeceu, deixando as duas mulheres sozinhas na sala.

- Anya, eu realmente não estou com humor para suas lições de moral – comentou enquanto digitava algo no notebook, Anya deu a volta e sentou-se sobre a mesa, ela fechou o notebook e isso fez Becca a encarar com fúria – Sai! – ordenou.

- Por que fez isso? Porque acabou com os sonhos de Wick quando já estava no meio do caminho? – questionou sabendo que Becca não era conhecida por sua bondade – E o que está havendo com você? Eu não me lembro de ter visto você chorar antes.

- Você não teve tempo para me ver chorar – retrucou em um tom nada amigável – E eu não estou chorando agora, mas sei muito bem como fazer alguém chorar – ameaçou e Anya continuou segura com seu olhar na mulher – Eu não estou tentando provar nada a você ou a ninguém, só cansei dessa estúpida cidade, eu nunca deveria ter vindo para cá.

- Rebecca...

- O que Anya? – Becca levantou da sua cadeira, não se sentindo confortável com Anya sentada sobre a mesa diante de si – Não somos amigas, não somos nada e provavelmente nunca fomos, então apenas saia... Sai! – ordenou elevando sua voz, Anya pulou da mesa e se aproximou.

- Clarke me disse que as pessoas podem mudar – foi um comentário aleatório, e Becca continuou de costas para Anya, seus braços cruzados evitando qualquer aproximação – Eu não acredito nisso.

- Algo no qual podemos concordar – replicou ainda de costas, Anya não se aproximou continuou com aquela pequena distância entre elas – Anya, vai embora, eu realmente preciso trabalhar – dessa vez foi um pedido e não uma ordem, Anya sabia muito bem que quando Becca pedia algo era quando nada estava bem.

- Eu queria tanto que Clarke estivesse certa... – Becca ouviu os passos de Anya deixarem a sala.

Anya passou pela a mesa e tirou algo do bolso, deixou um pequeno saco de guloseimas próximo ao notebook, depois do que Elyza lhe contou na noite passada Anya se viu comprando um saco daquelas mesmas guloseimas e separando todas de coloração azul, ela deixou ali para Becca e se perguntassem o motivo dela ter feito isso, Anya jamais conseguiria responder.

Becca finalmente virou-se e seus olhos a traiu, deixando uma única lágrima descer de seus olhos. New York, Anya e o passado eram a combinação perfeita para quebrar Becca e tudo o que ela queria era fugir, como sempre fazia. A mulher se aproximou da mesa e viu o saco de guloseimas sobre a mesa, sem nem ao menos saber ao exato ela conseguiu sorrir.

...

Lexa entrou em sua casa, Taylor estava sentada sobre os ombros da mãe enquanto suas mãos repousavam sobre a cabeça da atriz, Lyz segurava uma das mãos de Lexa, já Aden estava do outro lado de sua mãe. Lexa fechou a porta atrás de si e quando chegou a sala tirou Taylor de seus ombros e a pôs no chão. Os três olharam para a mãe sabendo que ela estava a ponto de dar alguma notícia.

- Ai não! – alertou Lyz fazendo todos olharam para ela, a garotinha de repente parecia ter entrado em pânico – MAMY DESCOBRIU! TIA ANY VAI ME MATAR! – Aden e Taylor arregalaram os olhos não acreditando que Lyz havia entregado a tia.

- Descobriu o que Lyz? – perguntou arqueando uma sobrancelha. Elyza olhou para seu irmão e ele negou freneticamente pedindo para ela não continuar. – Elyza...

- Descobriu? – perguntou levando suas mãos para as costas e usando um sorriso envergonhado.

- O quê? – insistiu Lexa.

- O quê, o quê mamy?

- Descobriu o quê?

- Descobriu? O que descobriu mamy?

- Você que disse que eu descobri.

- Se você descobriu, então quem tem que saber é você mamy - respondeu com um sorriso que causou tanto um girar de olhos quanto um sorriso bobo em Lexa.

- Depois conversamos mocinha – alertou semicerrando os olhos para a jovem e logo após voltando para os três – Quero contar algo importante para vocês, Clarke e vamos nos

- SEPARAR?! – gritou Lyz terminando a frase de sua mãe – NÃO MAMY, NÃO FAZ ISSO! – Elyza parou de lamentar quando recebeu uma tapa em sua cabeça, sua irmã nem ao menos pediu desculpas.

- Deixa mamy falar, Lyz! – repreendeu Taylor  cruzando os braços. Elyza saiu de seu lugar e ficou ao lado do irmão, deixando ele entre as gêmeas – Continua mamy – pediu educadamente.

- Não vamos nos separar Lyz, eu prometi sua mãe um para sempre e isso é um longo tempo – explicou causando um sorriso em Aden, ele sempre iria admirar o amor entre suas mães – Ano passado sua mãe e eu completamos dez anos de casadas, porém como estávamos ocupadas demais para fazer algo eu resolvi deixar para esse ano, então dentro de alguns meses renovaremos nossos votos. É algo importante para nós, acho que para toda a família – Aden se aproximou e abraçou sua mãe, logo as gêmeas fizeram o mesmo deixando aquele abraço maior do que o normal.

Lyz não sabia exatamente o que significava renovar os votos, porém não iria questionar e arriscar levar outra tapa da irmã, então apenas acompanhou seus irmãos e abraçou sua mãe. Eles continuavam abraçados e nem ao menos perceberam a entrada de Clarke, a loira ficou alguns segundos parada na porta observando aquela cena de sua família, seu coração inflou e ela deu um longo suspiro, quando Anya apareceu ao lado de Clarke a loira caminhou e entrou naquele abraço, Lexa sussurrou algo na orelha de Clarke que fez a loira sorrir, o abraço se apertou até Lyz gritar que estava sufocando e causar gargalhadas nos outros. Anya mesmo de longe sorriu feliz por poder fazer parte de algo tão bonito.

...

- Eu tive o pior dia desse ano – Raven bateu a porta do apartamento, em suas mãos estavam várias pastas com documentos – Você acredita que – Raven parou de falar quando percebeu sua esposa diante de si, Octavia pegou a bolsa e as pastas da mão de Raven – Obrigada meu amor – Raven lhe deu um selinho e observou sua esposa levar suas coisas para o sofá – Então, como foi a consulta? Tentei falar com Luna, mas ela não me atendeu – Raven caminhou até a cozinha deixando sua esposa sozinha, quando voltou tinha em sua mão duas taças e uma garrafa de vinho.

- Ótimo, com bebida vai ser mais fácil – sussurrou Octavia ao ver a esposa se aproximando com a garrafa em sua mão. Ela sentou-se ao lado de Octavia e encheu as duas taças, porém Octavia recusou – Pode beber o meu, a garrafa toda, aliás tem mais na cozinha, podemos abrir mais três vinhos e você beber todos os três porque – Raven levou um dedo aos lábios de Octavia a impedindo de continuar o falatório.

- Você está tentando me embebedar, você só faz isso quando vai me contar uma notícia nada boa... – Raven não sabia se era possível Octavia perceber, mas a mulher estava aterrorizada ao imaginar o que deveria ser – Perdemos o bebê, não foi?

- Perder? Não... – disse se arrependendo de ter recusado a proposta de Luna para contar a Raven – Luna está bem, está tudo bem, em perfeita saúde... – comentou. Raven pareceu mais aliviada, mas continuava a olhar para sua esposa – Hum... Olha aqui o que eu comprei – Octavia tirou algo da sacola ao chão e mostrou três pequeninos macacões, um de cada cor diferente. Raven sorriu e pegou os três.

- Que fofo O! – respondeu sorrindo como uma boba, nunca pensara que estaria tão animada para maternidade – E você comprou três, um para cada período do dia! – Octavia sorriu por Raven está animada, porém depois seu sorriso ficou trêmulo ao pensar na reação da mulher.

- Ei lembra daquela vez que – Octavia começou a gargalhar deixando Raven confusa – Aquela vez que você – continuo a gargalhar – Aquela vez que ficamos bêbadas e começamos a fazer planos para o futuro e você disse que não queria ter filhos, mas se por algum acaso tivesse queria três para poder colocar o nome deles de Phoebe, Rachel e Joey? – perguntou ainda sorrindo.

- Não, não lembro – respondeu sentindo um frio estranho na barriga, sua mão ainda segurava a taça e ela bebeu todo o líquido sem tirar os olhos da esposa.

- Bom, quem diria que aquele comentário de você bêbada faria tanto sentindo hoje – Octavia pegou os três macacões e levantou os três para a altura dos olhos da esposa – Phoebe, Rachel e Joey – disse apontando para cada um – Teremos trigêmeos – falou por fim não conseguindo mais dar voltas naquela notícia.

Octavia olhou sua esposa, Raven parecia paralisada e quando finalmente despertou alcançou a garrafa de vinho e a levou a boca, ela tomou o máximo de líquido que conseguiu, parou para respirar e quando olhou novamente para os três macacões voltou a beber. Octavia continuou a observar a mulher, ela não sabia se aquilo era algo bom ou não.

- Eu amo você e entendo se achar tudo isso demais, porém eu não posso separar esses irmãos Rae, eu sempre vou te amar, mas se quiser desistir tudo bem eu vou ter que entender... Mas eu vou ficar com os três, eu vou cuidar, amá-los e seremos uma família, e eu quero muito você conosco, mas se tiver que ir... Se realmente tiver que ir, digo, muito muito ir eu vou entender, eu não te amarei menos – Raven soltou a garrafa e o pouco liquido que sobrou derramou no tapete claro da sala.

Raven se aproximou da esposa e a beijou, Octavia podia sentir o gosto intenso do vinho nos lábios e língua de Raven, suas mãos foram para o rosto da esposa e por mais que quisesse continuar o beijo, ela o parou, ela precisava de palavras naquele momento. As duas se olharam por um tempo e Raven apreciou mais uma vez o belo par de olhos de sua esposa, por mais clichê e imaginário que poderia ser, ela tinha certeza de que poderia enxergar o amor de Octavia naqueles olhos.

- Eu estou apavorada Octavia, eu já estava com apenas um e saber que são três... Você não tem ideia do medo que eu estou sentindo – sussurrou sem tirar sua atenção de Octavia, e a mulher percebeu que talvez aquela fosse uma forma gentil de Raven dizer que seria demais para ela – Mas ver você tão apaixonada por eles me faz entender que por mais difícil que seja, por mais aterrorizante que seja, conseguiremos...

- Você não está chateada?

- Apavorada, nervosa, ansiosa, sim... Chateada? – Octavia esperou uma resposta – Como eu posso está chateada quando eu tenho uma esposa completamente apaixonada por mim e disposta a tudo por nossa família? – o sorriso de Octavia fez Raven sorrir, e ela não percebeu que chorava de alegria – Eu amo você O, seremos mães incríveis – foi a vez de Octavia atacar a esposa com um beijo, Raven sorriu contra o ato e se rendeu aos lábios.

Raven nunca iria dizer o tamanho de seu medo com aquela notícia, ela não esperava por isso, porém não poderia separar os irmãos, Raven já amava um deles, sabia que não iria demorar para amar os três igualmente, ela teria Octavia para ajudá-la em cada momento e não haveria medo que pudesse tirar a alegria de formar uma família. Raven sorriu quando o beijo foi desfeito, era incrível como o convívio com Octavia a fez mudar de perspectiva, e olhando naqueles lindos e hipnotizantes olhos azuis ela sentiu seu medo aos poucos desaparecendo e quando Octavia a abraçou ele simplesmente havia sumido.

- Agora teremos a mesma quantidade de filhos que Clexa – comentou animada, o que fez Raven gargalhar alto.

...

Lexa bateu na porta do atelier de Clarke e esperou Clarke gritar um “entra”, a atriz entrou e fechou a porta atrás de si, a música estava alta demais e Lexa não entendia como Clarke não ficava com dor de cabeça com aquilo. A atriz sentou-se no chão e encostou suas costas na parede, ela observou sua esposa trabalhar em uma das obras, ela podia ficar ali por horas e nunca se cansar, Clarke nem ao menos tentava, mas despertava tantos sentimentos bons em Lexa. A atriz observou Clarke sorrir e foi quando a loira parou e pausou sua música favorita, ela deixou os pincéis de lado e não se importou de limpar a tintas em seus dedos e mãos, ela caminhou até Lexa e sentou ao lado da esposa.

- Dia estressante? – perguntou Lexa ao perceber que Clarke há horas estava presa ao atelier, e uma das coisas que fazia para tirar o estresse era pintar.

- Não, apenas mudanças de planos. Becca quer fazer a exposição em uma semana, eu preciso entregar onze obras até lá – explicou em um tom cansado, Lexa olhou para a tela e ainda não percebeu do que se tratava, voltou para Clarke e beijou sua têmpora.

- Eu me adiantei e fui visitar a Dra. Stark, conversei com ela e tirei todas as minhas dúvidas, acho que ela pode ajudar nosso filho Clarke. Você não ficou brava, certo?

- Não, acho que a palavra certa é agradecida, com essas mudanças de planos da exposição eu acho que não teria tempo para fazer essa visita com você. Só queria que você tivesse ido com Octavia, ou Anya ou até mesmo minha mãe, eu sei o quanto está sendo difícil para você também, para todos nós – assegurou sorrindo por Lexa achar que aquilo iria irritá-la de alguma forma.

- Eu tenho que confessar algo – disse parecendo culpada por algo, a mão de Clarke manchada de tinta tocou a de Lexa passando confiança para a atriz continuar – Eu fechei meus olhos para as inseguranças de Aden porque eu tenho medo, eu não quis fazer grande caso porque eu não queria que ele revivesse o passado porque eu tenho muito medo de que se ele encontrar algo, ele nos deixe. Eu o amo Clarke, ele é nosso – Clarke trouxe Lexa para mais perto e a atriz deitou sua cabeça no ombro da loira.

- Nunca acreditamos na estória daquela madre do orfanato, não é mesmo? – perguntou mesmo sabendo que Lexa não lhe daria uma resposta – Também me assusta saber que a família de Aden está por aí e que um dia eles se esbarrem e ele decida ir – Clarke segurou a mão da esposa e seus dedos se entrelaçaram, fazendo com que uma pequena parte da mão da atriz ficasse manchada de tinta vermelha – Ele é nosso bebê, nosso filho e é nosso dever como mães fazê-lo feliz, deixar com que ele se sinta confortável para conversar conosco sobre suas inseguranças, e se essa doutora conseguir isso teremos que está preparadas para o que ele decidir Lexa, porque se ele quiser procurar por sua mãe teremos que ajudar...

As duas ficaram caladas por alguns momentos, Lexa tirou sua cabeça do ombro da esposa e Clarke enxugou as lágrimas da atriz, a loira soltou sua famosa gargalhada rouca que Lexa tanto amava.

- Desculpa, mas tem tinta no seu rosto – comentou ainda sorrindo com o que acabara de fazer – Me dá cinco minutos? Encontro você no quarto de Aden para podermos conversar com ele – Clarke levantou e Lexa fez o mesmo.

- Tudo bem – respondeu beijando os lábios da esposa – Como foi seu dia? – perguntou nunca deixando aquela pergunta passar em onze anos.

Clarke mordeu sua língua antes de falar, pensou no que Anya havia dito e no que tudo poderia causar. Foi quando ela apenas deu um sorriso para a esposa.

- Nada que eu não possa aguentar – respondeu dando de ombros. Lexa deu um beijo no rosto da esposa e saiu do atelier, a loira suspirou e resolveu limpar suas mãos para poder acompanhar Lexa.

**

Minutos depois as duas entraram no quarto de Aden, o garoto percebeu que algo mais grave estava para acontecer. Lexa se lembrou do conselho de Sansa sobre ser sincera a todo momento com o filho, e foi isso que Lexa fez, ela conduziu a conversa e explicou o quanto seria importante não só para Aden, mas para elas também que houvesse aquela terapia. Aden fez algumas perguntas que Clarke prontamente respondeu e fez com que o filho não se sentisse assustado com aquela decisão. Depois de explicarem tudo, Aden pareceu indeciso, ele não sabia se estava pronto para dizer que havia encontrado sua outra mãe e que ela estava tão perto deles.

- Aden, tudo bem se você não quiser. Não iremos forçá-lo – Aden sorriu com as palavras de Lexa, ele sabia que tudo o que as duas queriam era que ele ficasse bem consigo mesmo.

- Tudo bem mãe, eu acho que não doeria experimentar, contanto que eu tenha a opção de parar se não me sentir bem com isso – pediu apreensivo por uma resposta.

- Claro meu amor, você dirá por quanto tempo irá querer frequentar, não é uma obrigação... – esclareceu Clarke sentando-se ao lado do filho na cama – Só queremos o seu bem – Aden abraçou Clarke e loira sorriu enquanto abraçava seu príncipe.

- Amanhã depois da aula, o que acha? – perguntou Lexa, Aden quebrou o abraço e olhou para a outra mãe.

- Tudo bem, eu irei – disse seguro, talvez fosse algo bom falar com alguém sobre suas inseguranças e sobre o que ele havia descoberto, talvez essa psicóloga pudesse lhe ajudar a encontrar uma maneira de resolver sua indecisão.

- Eu amo você filho – Lexa se aproximou e bagunçou os cabelos de Aden que já não se importava com aquele ato, ele até gostava.

- Eu posso ter meu celular de volta? Eu aprendi a lição, mamãe... – pediu dando seu melhor olhar arrependido para Clarke – Por favor... – implorou e Clarke suspirou, era difícil resistir qualquer um daquela família.

- Não se acostume comigo cedendo – respondeu Clarke levantando da cama – Pode tê-lo de volta – liberou fazendo Aden sorrir, ele precisava contar algumas novidades a Henry – Em uma hora sai o jantar ok? – ele apenas concordou e as mulheres saíram do quarto – Antes era mais fácil, eu só cedia a você, agora há mais três pessoas que me tem na mão – comentou Clarke fazendo Lexa gargalhar, a atriz enlaçou seus braços ao redor da cintura de Clarke trazendo-a para mais perto.

- Não se preocupe, Abby disse que quando eles crescerem mais um pouco vai ser mais fácil de resistir, eles vão perder aquele olhar fofinho que derrete qualquer um – comentou olhando para a esposa que sorria sem motivo algum – Se bem que eu acho que ela estava errada, porque por mais tempo que passe eu ainda não consigo resistir a você – Clarke não esperou mais nenhuma palavra e voltou a beijar a esposa.

- IU! – disse Taylor fechando seus olhos e levando suas mãos para fechar os de sua irmã ao seu lado.

- MAMY! – bronqueou Lyz fazendo as mães quebrarem o beijo e olharem para as garotinhas de olhos fechados diante delas.

...

- MAMÃE! MAMÃE! – gritou Alicia chacoalhando os ombros de sua mãe que havia tirado um cochilo no sofá – MAMÃE! – um outro grito fez Dany despertar, a mulher suava mesmo com o ar condicionado ligado, ela olhava para sua filha que parecia tão assustada quanto ela mesma. – Mamãe, quem é Rhaego?

- O quê? – perguntou sentindo uma dor no peito.

- Você parecia está chorando e chamava por ele, foi um pesadelo? – perguntou ignorando o latido de Drogon ao seu lado.

Dany havia sonhado mais uma vez com seu filho, dessa vez tudo parecia tão real que ao acordar lhe causou uma dor ao saber que era apenas uma imaginação.

- Foi meu amor, foi apenas um pesadelo... – disse tentando sorrir.

...

- Me perdoe pelo o chamado há essa hora, eu sei que está tarde – disse a mulher bem mais velha acompanhando Sansa pelos corredores silenciosos daquela instituição. - Mas eu não sabia a quem ligar, Artur teve um daqueles sonhos novamente, e a senhora pediu para eu ligar quando isso acontecesse.

- Tudo bem Irmã Ofélia – disse Sansa mostrando que não havia problema algum. A mais velha abriu a porta da sala e Sansa entrou – Pode nos deixar sozinhos? – pediu e a mulher concordou.

Sansa se aproximou de Artur, o jovem garotinho que tinha os olhos cheios d’água. Sansa sorriu e ficou diante dele.

- Ei amigão, está tudo bem. Pode falar comigo – pediu sorrindo para Artur.

O jovem garoto de onze anos olhou para a conhecida mulher, não falou nada, porém sua mão segurava firmemente o minúsculo gorro que tinha no bordado um pequeno dragão e o nome Rhaego, ele guardava aquilo como sua vida.

 

 



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