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História Written In The Stars S02 - Infinity


Escrita por: SkyWithDiamond

Notas do Autor


Olá, olá.
Boa leitura.

Capítulo 31 - Infinity


– A BOLSA DELA ESTOUROU!

Todos olharam para Luna, apesar de saberem exatamente o que fazer, ninguém moveu nenhum músculo, apenas observaram a mulher grávida olhar para a poça d’água que havia se feito debaixo de suas pernas.

- Como alguém é capaz de uma coisa dessas né Bella? Pra quê estourar a bolsa da moça – comentou Elyza espantada por alguém ter feito aquilo com a pobre Luna.

Becca nem ao menos ouviu as palavras da pequena, ela se perguntou se ninguém faria nada.

- HOSPITAL! – gritou Octavia passando entre Lexa e Clarke para poder chegar até Luna – Luna respira ok? Profundas respirações – pediu, mas Luna estava nervosa demais para obedecer. Luna procurou por Raven e a advogada segurou sua mão.

- GUSTUS! – gritou Raven sem tirar os olhos de Luna.

O homem colocou Luna em seus braços e correu em busca do carro onde a cerimonialista ainda estava, ela parecia bem calma ao tragar seu cigarro. Fazendo mimica Gustus conseguiu passar a mensagem de que precisava levar a grávida ao hospital, a cerimonialista jogou o cigarro e foi para o banco do motorista, Gustus gritou por Raven e a mulher correu com Octavia ao seu lado, as duas entraram no carro junto a Gustus e seguiram para o hospital mais próximo.

- Então... – comentou Anya depois do longo silêncio devido ao último acontecimento. A artista olhou para as duas amigas ao altar e viu as duas trocarem um beijo e Lexa falar algo ao ouvido de Clarke – Ficamos aqui ou o quê? – perguntou sem saber o que fazer.

- Elas devem ter ido ao hospital mais próximo, vamos para lá – ordenou Abby pegando a mão de Taylor, ela olhou para Lexa que concordou.

Todos caminharam pela a trilha de pétalas e buscaram por diferentes táxis, porém para o mesmo destino.

- Eu sinto muito por não ter saído exatamente como eu imaginei – sussurrou Lexa para a esposa quando se acomodaram no banco traseiro do táxi. Indra que estava ao lado das duas girou os olhos.

- Isso foi perfeito, sinceramente eu não mudaria nada, nem mesmo a confusão de Octavia com os lugares – a gargalhada abafada fez Lexa sorrir em adoração a mulher – Obrigada por sempre afirmar o quanto é importante o que temos – as duas trocaram um selinho e suas mãos se encontraram, necessitadas da calmaria que aquele simples gesto trazia.

...

Octavia não conseguia falar nada, era como se todo seu nervosismo estivesse impedindo a mulher de se comunicar, ela apenas observava tudo que passava diante de seus olhos. Ela viu Gustus entrar com Luna que gritava de dor, uma mulher que parecia médica ou enfermeira – Octavia não conseguiu identificar - correu até Gustus, ela começou a fazer perguntas aos que estava ali e Raven agradeceu por alguém ali falar sua língua, a mulher explicou tudo então enfermeiros apareceram com uma cadeira de rodas, a médica havia informado que apenas uma poderia entrar com grávida, Raven percebeu que Octavia não estava em seu melhor estado e resolveu tomar a posição para si.

- Ei amor, vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem – assegurou Raven segurando nos ombros de Octavia, uma lágrima solitária escorreu de seu olho e Raven juntou seus lábios em um selinho – É agora meu amor, vamos ser mães – disse não contendo sua própria alegria.

Raven ouviu outro grito de Luna, a advogada sorriu para a esposa e Raven se juntou aos outros e seguiu Luna na cadeira de rodas.

Gustus levou uma mão aos ombros de Octavia e a guiou para as cadeiras mais próximas deles. Octavia começou a chorar e Gustus a abraçou sem fazer nenhuma pergunta, ele não questionou se era um choro de preocupação ou felicidade, naquele momento ele só queria segurar a jovem em seus braços e confortá-la.

**

Raven vestiu o uniforme descartável, a máscara e a toca para poder entrar naquela sala. A médica já havia checado a dilatação de Luna e sem tomar notas disse para sua pequena equipe que tinha que ser agora, Raven não esperava que Luna estivesse tão próxima assim de ter os bebês, de acordo com a médica que sempre acompanhou a mulher ainda demoraria alguns dias para que eles nascessem.

Raven ouviu mais um grito de dor de Luna e foi quando isso a tirou de seus pensamentos, a advogada se aproximou da jovem e segurou sua mão. Havia lágrimas nos olhos de Raven e Luna estava muito focada em sua dor para perceber isso.

- Ei, eu sei que deve está doendo, eu sei que está – disse esperando que sua voz saísse compreensível para Luna – E eu também sei o quão forte você é, então lute Luna. Seja forte e traga esses bebês ao mundo – pediu nunca soltando a mão de Luna, a mulher fazia respirações curtas como a médica estava ordenando – Traga os meus filhos ao meu mundo – implorou deixando sua emoção liberar as lágrimas.

Luna gritou mais uma vez e empurrou o mais forte que conseguia.

...

Todos estavam reunidos esperando por uma notícia. Elyza havia adormecido nos braços de Clarke, Taylor folheava uma revista mesmo a linguagem não sendo a sua, Abby estava em pé, seus passos iam e viam em uma impaciência, ela ficava incomodada em está no hospital e não poder fazer seu trabalho, Aden havia entrado em uma conversa com Becca e pela a expressão da mulher ela parecia realmente interessada no que o garoto falava, enquanto ouvia seu filho, Becca brincava com os dedos de Anya quando suas mãos se encontraram. Gustus e Indra estavam calados, ambos olhando para o final do corredor esperando ver Raven a qualquer momento. Lexa saiu do lado da esposa e sentou ao lado de Octavia.

- Ei, não se preocupe vai ficar tudo bem – encorajou Lexa tocando no braço da amiga, Octavia apenas concordou com seu pensamento longe – Você lembra como eu fiquei quando Clarke estava para ter as gêmeas, eu quase tive um ataque de pânico, eu pensava em tantas coisas que poderia acontecer, mas então eu me imaginei com minhas filhas e isso tirou todo o medo que eu tinha – Octavia olhou para a amiga e Lexa sorriu, a atriz enxugou as lágrimas da amiga e beijou sua testa – Isso é tudo o que você mais queria O, uma família completa com a mulher que você ama.

- Eu posso perguntar uma coisa? Mas promete ser sincera? – pediu mostrando total vulnerabilidade, Lexa concordou com um balançar de cabeça esperando Octavia continuar – Você acha que eu vou conseguir? Que eu serei uma boa mãe para essas crianças? – Lexa gargalhou alto roubando por uma fração de segundos a atenção de todos.

- Meus filhos amam você, você os conquistou sem esforço algum, não tenho dúvidas de que os seus vão te amar incondicionalmente. Você vai ser uma mãe incrível, isso eu tenho certeza – Lexa terminou seu discurso com um abraço que Octavia não teve intenção de quebrar. Lexa trocou olhares com sua esposa e a loira sorriu.

Depois de algumas horas Indra apontou para Raven que caminhava em direção a eles, a mulher tinha uma expressão cansada, era como se Raven tivesse chorado por horas, ninguém parecia gostar de como a expressão de Raven estava. Ninguém falou nada, ninguém se atreveu a dizer nada, Raven finalmente chegou a roda de amigos. Octavia levantou de sua cadeira, por um momento ela pensou que desmaiaria, sua vista pareceu lhe enganar por um rápido segundo, seu coração batia dolorosamente lento, as lágrimas em Raven caíam sem parar e Clarke pensou no pior, ela não queria ouvir o que Raven tinha para dizer. Octavia se aproximou da esposa, as duas diante uma da outra não sabiam exatamente o que fazer, até que o choro de Raven se fez audível e em meio as lágrimas ela sorriu.

- Eles são perfeitos O – confessou não contendo sua emoção. Octavia abraçou a esposa tão forte e as duas dividiram a emoção daquele momento.

Becca discretamente enxugou a lágrima de seu olho, antes que escorresse por seu rosto. Clarke respirou aliviada quando ouviu a boa notícia. Depois que Octavia finalmente conseguiu se soltar da esposa os amigos começaram a cumprimentar as duas, Raven começou a contar em como havia sido difícil para Luna, ela falava sobre as crianças de uma forma tão amável que Octavia só conseguia chorar feito boba ao ver sua esposa feliz por conta dos filhos. Em um momento de euforia, Octavia interrompeu sua esposa e a beijou sem se importar se havia sido rude por interrompê-la. Raven pareceu não se incomodar e suas mãos enlaçaram o pescoço da esposa correspondendo o beijo.

...

Os outros voltaram para o hotel, já Raven e Octavia continuaram ali no hospital. Depois de horas ali, finalmente deixaram as mulheres irem até o quarto de Luna. Octavia se aproximou da mulher deitada e a abraçou, Luna sorriu com o ato espontâneo da mulher. Depois de ter descansado Luna já se sentia melhor.

- Obrigada Luna, obrigada – agradeceu Octavia voltando a se emocionar. Luna apenas concordou e depois olhou para Raven.

- Como eles estão? – perguntou querendo saber o que havia acontecido depois de ter apagado.

- Estão bem, eles são perfeitos – confessou já mostrando o quanto era boba pelos filhos, Luna gargalhou fraco.

- Enquanto eu ouvia a declaração de Octavia na cerimônia e o quanto todos vocês se apoiam e se amam eu tive ainda mais certeza de que vocês serão perfeitas para as crianças. Eu não poderia ter escolhido mães melhores para eles – admitiu feliz por seu coração não ter dúvidas de que as crianças estariam em um lugar cheio de amor e compreensão.

- Eles vão ser amados Luna, isso eu tenho certeza – assegurou Raven. Octavia ficou ao lado da esposa e Luna concordou não tendo dúvidas.

- E agora, como vai ser? – perguntou Octavia ainda incerta do que aconteceria entre elas já que os bebês já estavam entregues às mães.

- A médica disse que eu já estava liberada – explicou realmente se sentindo melhor, o pior já havia passado e ela estava agradecida por a dor não continuar – Então vocês não precisam se preocupar, depois que voltarmos a New York eu prometo seguir o combinado.

- Bom, sobre isso... – Raven sentou na ponta da cama e levou sua mão a de Luna – Depois que você me falou sobre sua paixão por psicologia eu falei com alguns amigos – Luna não sabia ao certo onde aquela conversa a levaria – Não é como seu eu conseguisse uma vaga na Ivy League, mas eu consegui algo.

- Como assim Raven?

- Há uma vaga em psicologia esperando por você na Universidade de Polis, não é uma cidade como New York, mas é um lugar maravilhoso e acho que você irá adorar. Pelo o que você me falou não há nada que prenda você em NY, o que acha de um recomeço? – Raven viu o sorriso no rosto de Luna aumentar – E eu sei que você disse que não aceitaria dinheiro algum pela a adoção, mas eu ficarei mais do que satisfeita em poder ajudar você a recomeçar.

- Raven, não, não precisa fazer isso por mim, eu posso recomeçar sozinha.

- Por favor, Luna, aceite. Estamos fazendo isso porque nos importamos com você, você pode não fazer parte da nossa vida, mas vai ser alguém no qual nunca poderemos esquecer. Nos deixe ajudar – pediu Octavia também se aproximando de Luna.

A mulher começou a chorar e as duas advogadas abraçaram a jovem e acalmaram seu choro.

- Olá, mamães – as três olharam para a porta e três enfermeiras entraram na sala, cada uma segurando uma das crianças.

Octavia olhou para Raven e depois de volta para os três filhos, desde que descobrira seus sentimentos por Raven, a morena tinha certeza de que nunca jamais poderia amar tanto alguém além de Raven, mas ali diante dela, ela sentiu uma onda de amor atingir seu peito ao ver os três bebês.

- Um menino e duas meninas – informou Raven para sua esposa. Octavia sorriu e Raven imaginou que veria muito mais daquele sorriso agora com os filhos.

- Concordamos que o nome do garoto seria Joseph, o pequeno Joey – disse Raven, ela se aproximou da enfermeira e pegou Joey em seus braços, ele estava adormecido e Octavia levou seu dedo para tocar na criança.

- Hey Joey – sussurrou Octavia, seu peito inflou ainda mais quando o garotinho agarrou o dedo de Octavia. A advogada voltou a chorar, Luna observava a cena com um sorriso, ela havia feito a escolha certa.

Raven levou o filho de volta à enfermeira e foi para outra, Joey foi levado para os braços de Luna para que ele pudesse ser amamentado.

- Eu escolheria o nome de uma, e você a de outra – continuou Raven. Ela pegou a outra criança e essa se mexia um pouco mesmo com os olhinhos fechados – Essa é a Phoebe – Octavia gargalhou não acreditando que Raven realmente havia colocado o nome da filha por conta de sua personagem favorita.

- Hey Pheebs – sussurrou Octavia para a agitada garotinha nos braços da filha – No seu terceiro aniversário prometo te dar um violão ou um gatinho – foi a vez de Raven gargalhar. Octavia foi até a outra enfermeira e pegou sua última filha – Ei meu amorzinho – a garotinha estava acordada e Octavia só queria abraçar forte a pequena criatura, mas entendia que não podia fazer aquilo.

- Então? Que nome vai dar a ela? – perguntou Raven curiosa.

Octavia sorria enquanto balança suavemente a garotinha em seus braços. Ela tinha o nome perfeito para ela, Octavia olhou para Raven e depois voltou para o bebê em seus braços.

- Ei, bem-vinda ao mundo... – sussurrou para sua filha – Camila – chamou tendo a certeza de que a filha em seus braços havia adorado o nome.

...

Becca não tinha nada além de sua fiel bolsa que valia mais do que um apartamento naquela cidade, a mulher estava no aeroporto, havia dito que não poderia ficar ali mais do que o necessário, ela teria que voltar para L.A e depois seguir para Suíça; Então estava ali no aeroporto, esperando ansiosamente que seu voo atrasasse para ela ter um pouco mais de tempo com Anya e Aden.

Becca levantou quando ouviu o anúncio para embarcar, Aden e Anya fizeram o mesmo, a verdade era que nem um dos três queria a despedida.

- Acho que é agora – afirmou se perguntando se realmente estava tendo dúvidas quanto a viagem – Não, não chora – pediu Becca ao ver Anya segurando as lágrimas em seus olhos marejados.

Aden sorriu porque viu o quanto Becca se importava e amava Anya, era notável no toque sutil e nos olhos que se sensibilizaram ao ver Anya naquele estado.

- Eu vou sentir sua falta – admitiu e Becca abraçou a namorada, seus olhos se fecharam mostrando que realmente sentia toda a dor daquela despedida.

- Não acredito que estou tendo dúvidas sobre isso – sussurrou não querendo admitir em voz alta. Anya quebrou o abraçou e negou mesmo sabendo que queria Becca ali ao seu lado.

- Você tem que ir, eu sei o quanto seu trabalho é algo importante para você. Nós vamos dar certo Becca, vamos nos falar por telefone, vídeo-chamada, daqui a um mês nos encontraremos novamente, mas agora você tem que ir, nós duas sabemos disso – Becca concordou.

- Sabe, eu posso ir para Suíça, mas tenho olhos na sua cola, se você sair da linha...- Anya gargalhou com o ciúme da mulher.

- Estamos em um tempo diferente agora Becca, nós duas amadurecemos e hoje posso dizer que confiamos uma na outra sem dúvidas alguma. Acho que ficou bem claro no quanto eu sou trouxa por você, eu não tenho olhos para mais ninguém – Aden gargalhou ao ver o quão boba sua tia estava sendo – Shiu garoto! Você vai entender quando tiver alguém assim – explicou girando os olhos para o sobrinho.

Becca se aproximou do garoto, ela levou uma mão ao pescoço e tirou o cordão que sempre carregava consigo, ela não tirava para nada, mas ali diante de Aden ela sabia que deveria pertencer a ele.

- Isso é a única lembrança que tenho da minha mãe, eu consegui ficar com ele antes que meu pai vendesse para comprar bebidas – Becca mostrou o cordão com o pingente de uma pena, algo parecido com a marca de nascença do filho – Ele significa muito para mim, e eu quero que você fique com ele como uma lembrança de mim.

- Becca... Eu não posso – recusou entendendo a importância daquilo para a mulher, Becca negou e pegou a mão do garoto e colocou o cordão na palma de sua mão.

- Por favor, fique com ele – Aden concordou e Becca se atreveu a beijar a testa do garoto – Você é um garoto incrível Aden.

Aden viu as lágrimas descendo dos olhos de Becca e ele a abraçou, Anya sabia que naquele momento ela era coadjuvante. Os dois se soltaram quando novamente ouviram o anúncio para embarque.

- Ainda será minha tutora de francês certo? – perguntou ansioso para manter contato com Becca.

- Claro, as segundas e quartas eu farei você aprender francês como um nativo – respondeu também animada por saber que iria manter contato com o filho

- Faça uma boa viagem Becca – desejou Aden sorrindo, ele colocou o cordão em seu pescoço e Becca sentiu uma paz em seu coração.

- Me liga quando chegar em Los Angeles? – pediu Anya e Becca concordou. Becca voltou a beijar Anya reafirmando que tudo entre elas era real.

- Eu te amo Anya – sussurrou entre os lábios da namorada.

- Eu te amo de volta Becca – respondeu.

Becca pegou sua bolsa e passagem, ela olhou mais uma vez para os dois e seguiu para o embarque, ela nunca olhou para trás porque sabia que seria ainda mais difícil dizer adeus, ou até logo.

Anya tocou no ombro do sobrinho e o direcionou para fora do local, era hora de voltar para o hotel.

Já no avião Becca levantou sua bolsa para colocar no local apropriado e algo caiu, ela não se lembrava de ter deixado sua bolsa aberta. Ela encaixou a bolsa no lugar indicado e pegou do chão o objeto que havia caído, sentou-se na cadeira e abriu a caixinha e sorriu quando viu o anel ali, e um minúsculo bilhete com a bela caligrafia de Anya.

“Não é um pedido de casamento, não ainda. Eu comprei no dia em que você me mandou embora há onze anos, e eu guardei porque sabia que um dia ele voltaria para onde pertencia. Eu te amo Rebecca”

Becca sorriu não percebendo as lágrimas de felicidades, ela tirou o anel da caixa e colocou em seu dedo, o sorriso bobo era notável e ela agradeceu por ninguém conhecido estar ali para presenciar o quão boba Anya lhe fazia sentir.

...

- Então todos viveram felizes pra sempre! – disse Lyz ao final fechando o livro. Ela olhou para suas mães e Clarke segurou a gargalhada. Elyza havia acabado de ler o livro de conto de fadas, porém havia inventado sua própria história realmente achando que suas mães não perceberiam a mudança.

- Nossa, que história hein? Então quer dizer que a Rainha Má é na verdade apaixonada pela a filha da Branca de Neve? – comentou Lexa e Elyza sorriu satisfeita – Guarda essa história, pode ser que um dia vire filme ou uma série de tv – sugeriu e Elyza pareceu animada com sua história original.

Lexa e Clarke deixaram as filhas dormirem ali com elas, Taylor estava colorindo deitada ao final da cama e Elyza entre suas duas mães no mesma cama. Lexa havia tirado seus filhos da avó porque algo no nascimento dos filhos de Octavia e Raven, fez Lexa sentir falta dos momentos em que todos estavam juntos.

- Mamy? – chamou Elyza quando Lexa pareceu se perder em seus pensamentos.

- Oi meu amor? – perguntou Lexa voltando sua atenção  para os que estavam ali.

- Tia O e tia Rae vai se esquecer de mim, Tay e Aden agora que elas têm filhinhos? – Lexa olhou para a loira e Clarke entendeu que era a vez dela responder.

- Claro que não Lyz, tia o e tia Raven amam vocês demais para poder esquecer, ela vai continuar amando todos vocês e agora os filhos delas.

- Não vejo a hora de poder brincar com Octavon e os outros dois – disse animada. Lexa gargalhou com o nome que Elyza insistia em chamar um dos filhos de Raven e Octavia. – TayTay! Me deixa colorir com você – Elyza engatinhou até sua irmã e Taylor lhe entregou um lápis de colorir, as mães sorriram com a interação das duas.

Lexa se aproximou da esposa e Clarke deitou sua cabeça sobre o peito da atriz.

- Aden está demorando – comentou Lexa sentindo a falta do filho.

- Para Lexa, eu sei que está pensando que ele entrou no avião com Becca – Lexa não falou nada porque em seus piores pensamentos isso acontecia – Anya provavelmente está esperando Becca entrar no avião para poder sair do aeroporto.

- Clarke? – chamou a atriz, os olhos de Clarke permaneceram fechados enquanto ouvia a batida do coração de Lexa ecoando dentro de sua orelha.

- Hum? – foi o que a loira respondeu.

- O que acha de termos outro filho? – sussurrou para que as gêmeas não pudessem ouvir. Clarke imediatamente abriu os olhos ao ouvir aquilo, levantou sua cabeça para olhar diretamente para a esposa. Lexa gargalhou – Brincadeira – admitiu – Mas se você quiser eu quero.

Clarke se inclinou para beijar os lábios da esposa e desceu para descansar novamente sua cabeça sobre o peito de Lexa.

- Nossos filhos ainda são uns bebês, me faça essa pergunta daqui a dez anos e conversaremos sobre isso – disse em meio a risos, ela sabia que o pedido de Lexa era apenas pela a emoção do nascimento dos novos membros da família.

Aden abriu a porta do quarto e se juntou as mães, ele beijou o rosto de cada uma ali, até que Taylor insistiu para que ele colorisse com ela e Elyza, Aden não hesitou e se juntou as irmãs. Lexa sorriu ao ver seus filhos se divertindo com algo tão simples. Tudo o que Lexa um dia quis havia se cumprido, ela fechou os olhos e se deixou descansar enquanto ouvia os comentários e gargalhadas dos filhos e sentia o conforto da esposa em seus braços.

...

- Lexa? Lexa? – Indra tocou no ombro da atriz tentando acordá-la. Estavam no carro em Polis seguindo para o aeroporto, depois de Lexa terminar tudo com Clarke e deixá-la livre para seguir para Europa e seguir medicina – Lexa? – chamou Indra novamente.

Lexa acordou, seus olhos ainda inchados por ter chorando antes de adormecer.

- O que houve? – perguntou sentindo sua cabeça latejar de dor.

- Você adormeceu, estava sonhando com algo bom? – indagou vendo uma ponta de esperança no olhar de dor em deixar seu amor em Polis.

- CORTA! – gritou a diretora.

As atrizes que estavam fazendo o papel de Lexa e Indra se aproximaram da diretora esperando por orientações. Elas saíram do carro e se aproximaram da mulher.

- Lilian você estava incrível, conseguiu captar exatamente o sentimento de dor e ressentimento, só uma dica, quando Indra chamar por você, você demora um pouco para despertar, esse último take você pareceu muito assustada ao acordar – Lilian concordou com a instrução – Octavia, você estava no ponto, pode repetir exatamente da mesma forma – Octavia que fazia o papel de Indra concordou e as duas atrizes voltaram para suas posições – SILÊNCIO NO LOCAL! DIMINUI A ILUMINAÇÃO, VOLTANDO DO “LEXA” – a mulher voltou para sua posição e observou pelo o monitor – AÇÃO!

Lexa havia se tornado diretora, em dez anos depois muita coisa havia mudado. Depois de dirigir alguns episódios da sua série, Lexa resolveu focar em sua carreira como diretora e foi isso que aconteceu quando a série acabou. Ela continuava atuando, porém em filmes selecionados a dedo por Lexa ou até mesmo o que ela era responsável por roteiro e direção.  Foi então que depois de uma conversa em um jantar com uma de suas amigas produtoras, e depois de ouvir em primeira mão a história de Clarke e Lexa e em como elas se conheceram, a produtora perguntou se Lexa não teria vontade de tomar aquela história em uma comédia romântica, meses depois Lexa aceitou a proposta de fazer de sua história de amor um filme, ela assinou a direção e o roteiro, e sua surpresa foi ver Octavia passar no teste para interpretar Indra.

Lexa ouvia e observava atentamente a continuação da cena, e não podia negar o talento de Octavia, ela realmente se tornava outra pessoa quando entrava em cena. Foi então que Lexa percebeu que Octavia fazia um péssimo trabalho como advogada porque sua real vocação era como atriz, e os prêmios que a mulher havia ganhado por suas atuações eram prova disso.

...

Clarke caminhava pelos corredores do colégio, ela não parecia feliz com aquela chamada para comparecer ao local, já era a terceira vez naquela semana e por mais que tivesse avisado a sua filha que não queria confusão, ela continuava desobedecê-la. Clarke ignorou os olhares conforme andava pelo o local, era óbvio que ela chamaria atenção por onde passava. Sem se importar em bater na porta ela entrou, havia ido tanto ali que já se sentia familiar em entrar sem ser anunciada.

- Sra. Griffin Woods, queria dizer que é um prazer revê-la, mas acho que não é o caso – a diretora apontou para a cadeira diante de si pedindo para Clarke se sentar, a loira sentou diante da mulher e suspirou – Na terça-feira foi por agredir um outro aluno de turma diferente, na quarta-feira por argumentar severamente com um dos professores.

- Ela agrediu esse garoto porque ele estava tentando beijar uma garota que claramente não queria ser tocada, ela ajudou a garota e vocês deveriam ter expulsado aquele aluno por tentar algo assim – retrucou defendendo sua filha, Clarke era a única que poderia apontar os erros da filha quando alguém fazia isso ela o atacava – E ela discutiu com um professor porque ele queria impor suas ideologias pessoais para os alunos, isso é antiético e minha filha apontou o que era certo.

A diretora engoliu a seco com o confronto, ela preferia a companhia da outra Griffin Woods que parecia ser mais calma do que a mulher a sua frente.

- Bom, nesse momento Taylor está presa a uma árvore impedindo meus funcionários de derrubá-la – ao ouvir aquilo Clarke gargalhou e ao perceber o olhar desaprovador da mulher a sua frente ela suspirou – Se Taylor não sair daquele tronco até às quinze horas ela será expulsa da instituição.

Clarke concordou e caminhou para onde sabia exatamente onde sua filha estava, ao chegar no pátio da instituição ela viu Taylor acorrentada a árvore e Clarke se perguntou onde diabos a filha havia conseguido aquele material para se prender na árvore. Alguns curiosos estavam ali, um dos colegas de Taylor estava ajudando a amiga a beber água, Clarke ainda se assustava ao ver a semelhança de suas filhas consigo mesma. A diferença entre as duas gêmeas era que Elyza usava um cabelo mais curto e as mechas rosa na ponta, já Taylor tinha o cabelo um pouco mais comprido e usava apenas o dourado como cor natural.

- Eu estou começando a considerar algum trabalho aqui, porque ultimamente estou vindo mais a sua escola do que ao meu trabalho, Taylor – Clarke se aproximou da filha e os curiosos saíram dali a mando da inspetora.

- Mamãe, eu não posso os deixar fazerem isso com essa árvore, sabe há quanto tempo ela pertence a esse lugar? – Clarke sorriu e sentou ao lado da filha, sentindo o vento gostoso e a sombra fresca que aquela árvore proporcionava.

- Você sabe o quanto eu admiro você por ter essa sede por justiça, querer tornar o mundo um lugar melhor e com direitos iguais para todos – Taylor concordou, sua mãe sempre deixava claro isso, as duas mães – Mas nem sempre você vai conseguir sucesso nos seus manifestos e isso não quer dizer que deva desistir, haverá sempre mais uma causa para lutar.

- Eu sei onde isso vai dar mamãe. Conheço seus discursos.

- Então você sabe que tem que sair daqui, tire essas correntes, os deixe ganharem essa batalha, eu sei que você terá outras para lutar e se não sair daqui vai ser expulsa – Clarke olhou para a filha e Taylor ainda parecia indecisa – As votações do grêmio estudantil vai ser dentro de alguns meses, e eu sei o quanto você ainda vai fazer por essa escola, então o que acha de abrir mão disso aqui? – pediu novamente. Taylor suspirou e concordou.

- A chave está dentro do meu sutiã – respondeu. Clarke tirou a chave do sutiã da filha e abriu os cadeados, a mulher ajudou a filha a levantar e a abraçou.

- Agora me fala, se sua irmã não está aqui ao seu lado onde ela se enfiou?

Taylor mordeu o lábio inferior não querendo dedurar sua irmã, afinal foi ela que conseguiu aquelas correntes e cadeados para lhe ajudar.

- Taylor Griffin Woods, onde está sua irmã?

- Mãe, eu não sei - disse desviando sua atenção da mulher, Clarke não falou nada continuou observando a filha de dezesseis anos lhe ignorar.

- Pode esquecer sua viagem a África - respondeu amedrontado a filha. Taylor olhou para sua mãe esperando ser apenas uma ameaça da boca para fora, mas Clarke realmente estava falando sério.

- Eu não sei para onde ela foi, só sei que ela não apareceu na nossa segunda aula. Ela não me disse para onde iria.

Clarke levou uma mão a testa sentindo uma pontada de dor, aquelas garotas iriam lhe deixar com cabelos brancos antes do tempo.

- Eu sei exatamente onde ela está - disse a loira suspirando, Taylor também tinha seus palpites - Volte para sua aula - Clarke beijou o rosto da filha se despedindo.

- Mamãe? Pega leve com ela - pediu Taylor, mas Clarke não prometeu nada.

Continuou a andar para a saída da escola, ela não iria buscar Elyza, ela iria esperar até a noite para que aquele assunto fosse resolvido com a presença de Lexa.

...

Elyza parou seu skate e entrou no restaurante do local conhecido, ela avistou a mulher e sorriu. 

- Eu cancelei meu almoço com Raven e as crianças porque você disse que era importante - Octavia viu sua sobrinha sentar diante de si, ela parecia triste e aquilo fez Octavia perceber que era algo importante.

- Minha mãe desconfiou de algo? - perguntou roubando algumas batatas fritas do prato de Octavia.

- Ela vai desconfiar se eu não voltar em trinta minutos para o set de filmagens - explicou olhando rapidamente para seu relógio de pulso marcando as horas - Agora me conta o que houve?

- Com licença moça, mas não pode entrar com isso aqui - disse uma mulher apontando para o skate de Elyza. A loira arqueou uma sobrancelha, porém falhou ao fazer isso deixando a mulher em dúvida se Elyza estava tinha algum tipo de tique nervoso.

- Na verdade eu já entrei, se não pudesse eu não tinha passado da porta - argumentou, porém a outra jovem não se convenceu daquilo - Moça, eu tô sofrendo, só quero contar minha história de sofrimento pra minha tia, me deixa ter esse momento - pediu iniciando seu drama, a mulher suspirou e saiu daquela mesa.

- Lyz, o que está acontecendo? - Octavia deu uma tapa na mão da sobrinha que queria tentar pegar suas batatas.

- Eu fiz o que você me aconselhou e deu tudo errado, obrigada por isso tia O - a garota parecia irritada e triste ao mesmo tempo - Eu mandei flores, mandei chocolates, escrevi um poema e adivinha? Ela começou a namorar esse tal de Liam.

- Como ela pôde fazer isso com meu bebê?! - agora era Octavia que estava irritada. Seus planos nunca falharam - O que ela disse quando descobriu que era você? Ela usou palavras para te magoar? Eu vou 

- Ela não sabe que fui eu - explicou e Octavia pareceu confusa.

- Como não sabe?

- Não sabendo ue - disse dando de ombros e voltando a pegar as batatas que Octavia estava muito distraída para perceber.

- Elyza, você assinou esses presentes, certo?

- Por que eu assinaria? 

Octavia olhou para sua sobrinha, ela amava aquela garota com todo seu coração, mas em certos momentos não entendia como ela podia ser tão aérea.

- Você disse que era para ser um admirador secreto, se é secreto não deve mostrar a identidade. Então Alicia supôs que quem estava mandando esses presentes era esse Liam que é louco por ela, ele aproveitou a chance e assumiu meus presentes - Elyza parou de comer as batatas quando se sentiu muito triste para continuar. Ela olhou para sua tia parecendo totalmente quebrada - Achei que amar não causava dor...

- Oh Lyz... - Octavia levantou para abraçar a sobrinha, seu pé acabou subindo no skate e se desequilibrando Octavia caiu no chão puxando o pano da mesa e trazendo o prato se batatas para seu rosto.

- TIA O! - Elyza imediatamente ajudou sua tia a levantar do chão enquanto os curiosos a observavam - Acho que entendi por que é proibido entrar com skate - disse envergonhada.

Octavia sentiu uma dor em suas costas e voltou a sentar diante da sobrinha. Ela tentou esconder sua dor e alcançou a mão da sobrinha sobre a mesa.

- Melhora? - perguntou a jovem.

- Eu vou colocar um pouco de gelo nas costas e vai melhorar sim - respondeu tentando tirar a culpa da sobrinha.

- Não, suas costas não. Quero dizer essa dor de não ser amada de volta, ela melhora? - perguntou ansiosa para ter uma boa resposta.

- Não sei, Raven sempre me amou de volta mesmo quando não admitia - aquela não era resposta que Elyza queria ouvir e Octavia se amaldiçoou por não ter pensado em suas palavras antes de falar - Ei, não fica assim... 

O celular de alertou uma mensagem de Taylor, a loira ignorou e voltou para sua tia.

- Obrigada de qualquer forma, sei que seu plano foi de coração, mesmo não dando certo - Elyza levantou e pegou seu skate.

- Por que não fala com Lexa sobre isso?

- Minha mãe odeia Alicia desde que eu me lembre, provavelmente ficaria feliz com Alicia namorando outra pessoa - disse em um tom triste. Octavia levantou com dificuldade e abraçou a sobrinha.

- Lexa sempre vai querer o melhor para você independente de qualquer outra coisa - o conselho de Octavia fez Elyza sorrir. 

A loira pôs seu skate de volta no chão e resolveu sair dali andando sobre ele, até que esbarrou em um garçom e o derrubou no meio da passagem. Elyza pegou seu skate e correu para fora do restaurante fazendo Octavia gargalhar alto.

- Quem essa garota puxou tão dispersa? - se perguntou parando de rir quando voltou a sentir a dor em suas costas.

...

- Eu encontrei com Liv na minha última visita à New York - Becca falava enquanto colocava seus brincos ao ver sua imagem ao espelho - Aquela garota é um amor, você acredita que ela me entregou um pacote de guloseimas de cor azul? - Anya apareceu no quarto, ela estava enrolada na toalha e se perguntou como Becca se vestiu tão rápido.

- Você sabe que o nome dela é Elyza certo? - perguntou em meio a risos. Ela observou a noiva passar o usual batom vermelho.

- Ela continua a me chamar de Bella - disse dando de ombros não se importando com a confusão de nomes - Também encontrei com Aden.

- Achei que ele estivesse em Seattle. 

- Eu passei em Seattle também, tomamos um café e ele me contou como estava sendo a rotina dele - Becca virou-se para Anya e sorriu mostrando que estava pronta.

- Becca, só vamos adotar um cachorro, por que se produziu toda? - perguntou Anya vendo a noiva preparada para algo mais formal, Becca deu de ombros e puxou a toalha de Anya deixando a mulher nua diante de si.

- É um momento importante para nós, vamos adotar um cachorro, uma nova vida vai se juntar a nós duas. Momentos importantes, vestimenta importante - explicou não conseguindo tirar os olhos do corpo da mulher.

Anya sorriu gostando do desejo que estava causando em Becca.
Nos primeiros meses e até mesmo anos do namoro a distância houve muito empecilho, elas discutiam e se frustraram, mas em nenhum momento elas quiseram desistir, alternava viagens e encontros, elas conseguiram manter o amor entre elas. Becca continuou sua relação com Aden, e os dois ficaram cada vez mais próximos de uma forma amigável, e Lexa finalmente conseguiu deixar de sentir ciúmes daquela relação. Depois de cinco anos firme na Suíça, Becca viu que seu trabalho já estava feito ali, foi quando resolveu voltar para Los Angeles, foi quando pediu Anya em casamento, mas deixou claro que esperava que o noivado fosse longo, então com isso compraram a primeira casa juntas, a agora estavam decididas a adicionar outro membro a família, um cachorro.

- Adotar é um passo importante Becca, tem certeza disso? - indagou se aproximando da noiva, Anya passou seus braços ao redor do pescoço da mulher produzida.

- Vamos começar nossa própria família, eu não poderia ter mais certeza disso - admitiu capturando os lábios de Anya delicadamente para não borrar seu batom.

Becca e Anya finalmente conseguiram o que sempre ansiaram, o que sempre desejaram, um amor verdadeiro, claro, com suas falhas, mas perfeito para duas pessoas que afirmaram não acreditar no poder que aquele sentimento poderia trazer.

...

- Hey! - Henry puxou uma cadeira e sentou diante do amigo - O que houve Aden?

Os dois estavam na cafeteria do hospital, os dois amigos haviam cursado medicina juntos, e ali com vinte e três anos já estavam no primeiro dia como internos.

- Aquele Shepard é um idiota - reclamou tomando um gole de seu café. 

O garoto havia se tornado um lindo rapaz, os cabelos agora parecia um pouco maior do que quando usava na infância. Seu braço esquerdo estava coberto de tatuagem, e a barba rala atraia alguns olhares interessados.

- É, eu ouvi falar - retrucou Henry - Eu tive sorte, Yang é minha nova religião, aquela mulher é magnífica no que faz! - Aden não deixou de sorrir com a animação do amigo - Por falar em mulher magnífica, vi você ontem com Becca.

- Ela veio me visitar - respondeu sorrindo - Mamãe falou que estaria aqui ao final da semana também, mas com as intensas gravações da minha Lexa acho que elas não vão conseguir vir.

- Eu conheço sua mãe Clarke, ela é igual minha mãe Regina, então eu tenho certeza de que ela estará aqui ao final da semana. 

Aden sorriu esperando que fosse verdade. Ela sentia falta das duas mães, irmãs e toda sua família. Ele não poderia se arrepender de ter escolhido aquela profissão, Abby havia lhe alertado diversas vezes sobre os sacrifícios que ele teria que fazer e quando Aden finalmente decidiu seguir medicina, Abby chorou por horas orgulhosa por o neto seguir o sonho que fez para Clarke.

- GRIFFIN! - gritou Shepard para o interno.

- Griffin Woods! - corrigiu seguindo o homem pelos corredores.

- Escolha só um sobrenome garoto, ninguém fica famoso com os dois - alertou o homem que Aden tanto odiava.

- Eu estou aqui para salvar vidas e não ficar famoso - retrucou sabendo da fama de estrela daquele homem.

Shepard ignorou o comentário do garoto e entrou em uma sala para checar a emergência.

...

Indra agora agenciava a carreira de Octavia, ela e Gustus não casaram ou ficaram noivos, apenas resolveram morar juntos, eles funcionavam daquela forma e estavam bem assim.
Abby e Kane continuavam firmes, no momento Abby estava acompanhando o homem em uma estreia de seu mais novo filme, estavam fazendo um tour pela América Latina. 
Luna havia ido para Polis, se formou na universidade e estava mais do que bem em sua nova vida na pacata cidade, namorava um arquiteto conhecido e tinha uma bela casa próximo ao parque da cidade, conseguiu abrir sua própria clínica e há quase três anos não ouvia falar de Raven ou Octavia, ela não havia ficado chateada com isso, e não resolveu pedir por notícias, ela não iria voltar àquela família, as crianças nunca lhe pertenceram de verdade, sempre foram daquela família e ela jamais arruinaria isso.
Ninguém nunca mais ouviu falar em Kyle Wick, Anya continuava segura de sua hipótese de que ele havia morrido, porém ele ainda mantinha contato com sua filha, mesmo nunca voltando a aparecer em dez anos, em um momento Alicia parou de atender as ligações de seu pai e Dany não a confrontou por isso.

...

- Hey... - Elyza parou seu skate ao chegar na saída da escola, não a sua, a de outra pessoa.

- Lyz? O que faz aqui? - perguntou Alicia estranhando a presença da amiga ali. A jovem havia acabado de sair da sua última aula e esperava sua carona.

- Eu estava por aqui perto e resolvi - Elyza viu Liam se aproximar e seu estômago revirou com aquilo.

- Resolveu?

- Hey Taylor - cumprimentou Liam, ele conhecia as gêmeas famosas, porém nunca sabia quem era quem.

- É Elyza! - corrigiu Alicia tirando a mão do garoto de seu ombro.

- Acho melhor eu ir - respondeu voltando a pôr seu skate no chão.

- Não Lyz, fica - pediu com um sorriso que machucou Elyza, um sorriso amigável.

- Eu espero sua carona chegar Ali, eu fico aqui com você - respondeu Liam voltando a colocar sua mão no ombro da jovem.

Alicia viu as lágrimas nos olhos da amiga e antes que pudesse dizer algo Elyza saiu com seu skate.
Alicia suspirou e agradeceu aos céus quando viu sua carona, ela nem ao menos se despediu de Liam e foi para o carro.

- Ali, sério? Aquele idiota? - comentou Rhaego ao ver que segundos atrás sua irmã estava ao lado daquele garoto - Eu sei que nem eu nem mamãe deve se meter na sua vida, mas quando vemos algo ruim não podemos evitar. Aquele cara é um idiota e eu notei isso no primeiro olá - Rhaego deu partida no carro e esperou sua irmã falar com ele, eles eram confidentes mesmo com a diferença de idade.

- Ele não é meu namorado Rhae - disse olhando para a janela e vendo que acabaram de passar por Elyza que aparentemente havia caído do skate já que tinha lama em seu rosto e roupa. Alicia gargalhou fraco com aquilo.

- Não é? Eu achei que

Alicia olhou para o irmão, ela sabia que poderiam ser sincera com ele.

- Eu vi que Lyz sentia ciúmes dele, e pensei que talvez se eu dissesse que estava com ele, ela falaria algo sabe? Mas acho que eu li os sinais errados, talvez Lyz e eu somos apenas grande amigas.

Rhaego viu a tristeza no olhar da irmã e levou uma mão ao ombro da mesma, passando um conforto.

- Se você sente algo, você deve dizer. Se for recíproco ótimo, se não for vai tirar a dúvida da incerteza. Eu sei que quando jovens tudo parece intenso demais, e realmente é, mas é melhor arriscar do que ficar criando um mundo perfeito na cabeça e depois se machucar com a ilusão - Rhaego usava sua psicologia para dar ótimos conselhos a irmã e ela o amava um pouco mais por isso.

Alicia não respondeu, fechou seus olhos esperando chegar em casa o mais rápido possível.

...

Elyza abriu a porta de casa e Clarke imediatamente viu o estado de sua filha, suja de lama, a loira estava tão irritada por sua filha matar aula e Elyza sabia as consequências disso, mas naquele momento nenhuma punição seria pior do que a dor que ela estava sentindo.

- Não adianta mentir, eu sei que você matou aula para encontrar com Alicia – Elyza não falou nada, ela tentou sentar no sofá, mas Clarke segurou o braço da filha a impedindo de fazer isso – Você vai sujar meu sofá Elyza – bronqueou ainda irritada – Eu já disse que você não pode matar aula para visitar sua amiga, ela mora a poucos minutos daqui e você pode visitá-la em um outro horário que não seja a hora escolar.

- Eu sei mamãe

- E não argumente.

- Eu estou concordando – explicou e foi então que Clarke percebeu que Elyza realmente concordou, o que era estranho porque toda bronca vinham com um drama em resposta – Posso ir para o meu quarto? – Clarke concordou.

Taylor ouviu sua porta do quarto se abrir e parou o que estava fazendo em seu computador, ela viu sua irmã toda suja com o que parecia ser lama. Elyza sentou ao lado da irmã e Taylor abraçou a jovem não se importando com o mau cheiro que exalava de Elyza.

- Eu sinto muito Lyz, eu tentei te dar cobertura, mas mamãe apareceu na escola.

- Eu sinto muito por não me prender naquele pé de pau com você, você sabe que não gosto disso - retrucou fazendo Taylor gargalhar, porém Elyza não entendeu o motivo da risada de sua irmã.

- Ali me mandou uma mensagem, me perguntou se você chegou bem em casa. Vocês discutiram? – perguntou preocupada, ela sabia dos sentimentos de sua irmã para a amiga.

- Eu vou tomar um banho depois nos falamos ok? – Taylor concordou e observou sua irmã sair do quarto.

...

- Querida? Cheguei! – disse Lexa entrando em casa, havia terminado as gravações mais cedo, havia passado à noite anterior no set, estava louca para rever sua família.

- Vai falar com sua filha! – foi a primeira coisa que Clarke falou ao ver a esposa. Ela suspirou e se aproximou da mulher lhe saudando com um beijo que Lexa tanto queria – Mas é sério, vai falar com ela.

- Por favor, que seja Tay, por favor, que seja Tay – pediu Lexa de olhos fechados.

- Elyza – corrigiu Clarke. Lexa sabia que um dia aquele momento iria chegar, onde ela e Elyza falariam sobre os sentimentos da filha – Ela matou aula novamente e você não vai gostar disso, mas foi para ver Alicia. Pega leve ok?

- Mãe, mamãe eu volto logo – Taylor passou pelas mulheres, porém Lexa segurou o braço da filha para poder abraçá-la.

- Aonde você vai?

- Na casa da Elena – explicou animada quando sua amiga lhe deu uma ideia de um manifesto pacífico para não cortarem a árvore.

- Que Elena? – perguntou Clarke não se lembrando de nenhuma amiga chamada Elena.

- Elena Alvarez, a amiga que eu fiz na nossa última viagem a Cuba, ela e sua família se mudaram para cá e ela está estudando há dois anos na mesma escola que eu? – disse, porém nenhuma das duas pareceram lembrar-se da garota – A que parece com a Anne Hathaway.

- Ah! – disseram as mães ao mesmo tempo ao lembrar quem era.

- Não volte muito tarde ok? – pediu Clarke e Taylor concordou, a jovem saiu de casa ao ouvir a buzina do táxi.

Clarke olhou para sua esposa e as duas sorriram mesmo com o dia cansativo que tiveram.

- Um dia desses elas estavam brigando para quem teria nossa atenção, hoje nem ligam para nós – comentou Lexa mostrando seu lado dramático. Clarke beijou o rosto da esposa e as duas caminharam para o quarto – Eu vou tomar um banho e depois falo com ela ok? – sugeriu Lexa e Clarke concordou.

...

- MAMY! – Camila correu e pulou nos braços de Octavia, a atriz rodopiou com sua filha em seus braços.

Raven sorriu e viu Joey e Phoebe correrem para Octavia, a atriz se abaixou e recebeu beijos dos filhos.

- Ok, ok, agora é minha vez – Raven levantou do chão e correu para que Octavia a pegasse, Octavia beijou a esposa enquanto seus filhos fechavam os olhos.

Os trigêmeos eram completamente diferentes tanto em personalidade quanto em aparência e Octavia agradecia todo dia por isso, caso contrário nunca acertaria quem era quem.

- Como estão as pessoas mais preciosas da minha inteira? – perguntou Octavia olhando para cada um ali.

Octavia ouviu as vozes dos seus filhos uma sobrepor a outra com novidades, Octavia achava adorável aquela sintonia dos três, Raven gargalhava por não entender nada do que eles estavam falando já Octavia parecia saber exatamente quais as novidades.

- Ok, Camila ganhou o primeiro lugar no show de talentos, Joey entrou para o clube de teatro e Phoebe ganhou um gatinho da mamãe, é isso? – perguntou absorvendo tudo o que eles falaram.

- SIM! – gritaram os três ao mesmo tempo. Octavia gargalhou e beijou a cabeça de cada um.

Os três voltaram para a sala quando ouviram o seu desenho animado favorito voltar da propaganda.

- Como você consegue? Como consegue decifrar o que cada um diz quando estão falando ao mesmo tempo? – perguntou ainda espantada.

Octavia deu de ombros e voltou a beijar a esposa, elas caminharam para o sofá e sentaram ali observando os três filhotes sentados ao chão olhando para a grande tela com o desenho animado.

Os primeiros três anos como mães haviam sido os anos mais difíceis da vida de ambas, noites mal dormidas, preocupações com gripes, ser mãe era um trabalho difícil, talvez o mais difícil, porém valia a pena porque toda vez que eles a chamavam de mamãe ou mamy, toda vez que sorriam e gargalhavam sem motivo algum, era como se o amor aumentasse, era inexplicável, mas valia a pena, porque não importava o quanto o dia de Raven e Octavia havia sido cansativo, voltar para casa e abraçar os filhos era como renovar a energia.

Octavia olhou para a esposa e sorriu quando Raven também gargalhou com algo no desenho. Octavia se aproximou da orelha da advogada e sussurrou um “eu te amo”. Raven sorriu e disse em voz alta o mesmo.

...

Lexa bateu na porta da filha e sem uma permissão entrou, ela viu Elyza agarrada ao guaxinim de pelúcia, Lexa suspirou sentindo falta de quando não havia uma grande diferença de tamanho entre a pelúcia e sua filha, a garota agora estava enorme.

- Sua mãe me contou o que aconteceu – Lexa caminhou e sentou ao lado da filha, Elyza manhosamente deixou sua cabeça deitar sobre as pernas da mãe – Achei que havia ficado claro que você não faria mais isso.

- Eu sei mãe, eu não deveria ter feito isso – Lexa estranhou aquela resposta, e até imaginou que talvez as gêmeas havia trocado de identidade e aquela era Taylor. Elyza não era de concordar, ela sempre dava uma desculpa dramática – Mãe? Como você soube que mamãe era a certa para você?

Aquela pergunta fez o coração de Lexa acelerar de repente, Lexa havia feito exatamente aquela mesma pergunta para sua mãe na adolescência e lembrava claramente das palavras da mulher e em como ela disse que um dia Lexa também daria conselhos para os filhos, Lexa sorriu com a lembrança e resolveu não deixar suas opiniões sobre Alicia intervir no conselho.

- Essa pergunta é fácil – Elyza levantou sua cabeça para olhar sua mãe – Eu fechei meus olhos, imaginei tudo o que eu queria para o meu futuro, imaginei ganhando prêmios, sendo bem sucedida, e nessa mesma imaginação eu vi Clarke ao meu lado, foi quando eu tive a certeza de que sua mãe era a pessoa certa para mim.

- E o que fazemos quando o amor não correspondido? – ao ver as lágrimas da filha Lexa sentiu seu coração partir em pedaços minúsculos difíceis de juntar novamente.

- Então teremos que deixar ir, teremos que aceitar que por mais que tenhamos sentimentos por essa pessoa não é justo prendê-las com o nosso amor, amar também é liberdade e você precisa saber o quanto isso é importante – Lexa abraçou a filha não sabendo se ela havia compreendido tudo – Quando você tinha seis anos houve um show de talentos na escola, Alicia subiu no palco e simplesmente não conseguiu se mover, você correu e pulou no palco e começou a dançar, aquele foi o ato mais puro e inocente de amor que eu vi – Lexa beijou os cabelos da filha – Me perdoa se sempre impliquei com ela – Elyza olhou para a mãe e viu que a mulher estava emocionada – Não importa o que os outros vão pensar, sempre siga seu coração, sempre o ouça porque ele vai gritar tão alto que você vai querer ignorar, mas não faça isso. Se realmente gosta dessa garota seja sincera com ela, mostre o quanto ela significa para você.

- Sério, mãe?

- Tudo para ver minha garotinha feliz – Lexa beijou o rosto de Elyza e a filha abraçou a mãe.

Elyza se soltou da mulher e pegou algo na gaveta, ela correu para longe e Lexa suspirou. A diretora caminhou de volta para sala e sentou-se ao lado da esposa.

- Você é ótima com castigos já falei isso? – comentou Clarke quando viu Elyza correr sem dizer uma palavra para onde iria.

- A culpa é sua, as garotas têm os seus olhos, e eu nunca fui boa em negar algo a eles – respondeu dando de ombros. As duas sorriram e atenderam a chamada de vídeo quando finalmente Aden ligou.

...

- Sansa! Você trapaceou! -  disse Dany irritada quando Sansa mostrou suas cartas, Dany odiava perder.

- Você trapaceou mãe! – disse Alicia acompanhando sua mãe, Sansa ainda sentia borboletas no estômago quando Rhaego e Alicia a chamavam de mãe.

As mulheres estavam juntas desde o dia da mudança de casa de Rhaego, o namoro veio com um mês, o noivado com dois anos e o casamento no ano seguinte, estavam juntas há dez anos.

- Vocês que não sabem perder – retrucou Sansa mostrando sua língua para a filha.

A discussão acabou quando a campainha tocou, Dany levantou para atender enquanto os três voltavam a argumentar entre si.

- Senhora T – chamou Elyza nunca conseguindo pronunciar o sobrenome da mulher.

- Lyz, que surpresa, entra – disse dando espaço para a garota entrar, antes de entrar Elyza abraçou a mulher porque se lembrou do outro conselho de Octavia, sobre sempre agradar as mães de seus pretendentes.

- Lyz? – Alicia levantou surpresa do chão ao ver a amiga.

Elyza estendeu sua mão e entregou o saco de guloseimas vermelhas, Alicia nunca foi capaz de admitir que aquele não era seu sabor favorito, ela achava adorável o trabalho de Elyza em sempre separar as cores para lhe agradar.

- Eu te amo – disparou causando espanto em cada um ali, principalmente em Alicia – E eu vou de te deixar livre, porque minha mãe disse que amar também é deixar a pessoa livre quando ela não te ama de volta, e eu sei que você ama o Liam e eu não posso fazer nada em relação a isso, só continuar te amando escondido, não escondido porque agora você já sabe e não é mais um segredo, mas eu vou continuar te amando como amiga e podemos continuar amigas, eu só precisava falar e tirar isso do peito porque oh jesus eu tô sem ar – disse Elyza levando a mão ao peito e sentando no sofá.

- Acho melhor deixarmos as garotas sozinhas – comentou Sansa puxando Rhaego para longe e sendo seguida por Dany.

- Na verdade eu tenho que ir, Effy está me esperando. Boa noite mães – Rhaego beijou as duas mães e depois beijou os cabelos da irmã – Boa sorte maninha e você – Rhaego apontou para Elyza que ainda parecia recuperar o fôlego – Eu gosto de você – o garoto sorriu para Elyza e saiu de casa, Sansa e Dany resolveram deixar as duas ali sozinhas.

- Você realmente sente isso? – perguntou Alicia sentando ao lado da amiga, ela ainda ouvia em sua mente a declaração da garota.

- A falta de ar? Tá melhorando – respondeu sentindo sua respiração se acalmar.

- Não boba, quero dizer se você realmente sente amor por mim? – perguntou com medo de está sonhando.

- Sim, muito amor, bastante mesmo, mas eu entendo se

Alicia sorriu e em um beijo desajeitado e nada planejado juntou seus lábios com os da amiga. Alicia olhou nos olhos de Elyza esperando algo sobre aquilo, esperando saber se Elyza sentiu o que ela sentiu.

- Wow! – disse Elyza não conseguindo tirar o sorriso bobo do rosto.

- Eu também te amo, boba – respondeu corando, Elyza achou tão adorável que voltou a beijar Alicia, dessa vez sabendo exatamente o que fazer.

...

Lexa suspirou ao final da ligação de Aden. As duas ainda deitadas ao sofá continuaram ali, nos braços uma da outra. Era quase que inacreditável como o tempo havia passado rápido, em um dia o acidente que levou para o encontro uma da outra, no namoro e casamento, no outro o primeiro filho depois as gêmeas, a infância passou voando e a casa que antes era sempre lotada por filhos, familiares e amigos, agora era rotineiro terminar apenas com Lexa e Clarke. Aden morando em outra cidade, em breve as gêmeas também deixariam o ninho, Lexa não estava preparada para aquilo.

Clarke também estava tendo seus momentos nostálgicos, ela sentia falta do barulho, da discussão das gêmeas, dos argumentos de Aden, ela sentia falta das tradições dos domingos onde a família toda se reunia.

- Sim – a única palavra de Clarke deixou Lexa confusa, a loira tinha sua cabeça descansando sobre o peito de Lexa, uma das suas posições favoritas para descansar.

- O que meu amor?

- Sim, eu quero – admitiu. Lexa continuou confusa e Clarke levantou um pouco sua cabeça para poder observar a esposa.

- O quê?

- Há dez anos na nossa viagem a Havana você me perguntou se eu queria ter um outro filho e eu disse a você que daria essa resposta em dez anos – explicou e Lexa não sabia o que dizer, ela estava concentrada demais em como seu coração estava acelerado com a possibilidade daquilo – Eu quero Lexa, eu quero um outro filho.

Lexa beijou a esposa com tanta paixão e intensidade que Clarke sentiu um desejo novo pela a esposa. Lexa quebrou o beijo e gargalhou alto, gargalhou de felicidade e em meio a gargalhadas às lágrimas de felicidade caíram de seus olhos.

Lexa e Clarke percorreram um grande caminho para chegarem até ali, lutaram e se recusaram a desistir quando tudo parecia desmoronar sobre suas cabeças, elas seguiram em frente porque o amor construído e o trabalho todos os dias as deixaram fortes, e mesmo com todos os sonhos realizados, aquele não era o fim de sua história, era apenas mais um capítulo terminando para outro começar. Porque o amor entre elas era incapaz de ser medido, era infinito.

 


Notas Finais


Então, Written In The Stars chegou ao final. Quero dizer que eu acho lindo esse amor que alguns têm por essa fanfic a ponto de querer uma nova continuação, mas infelizmente não vai ter uma s03, por mais que eu ame essa estória eu sei que em algum momento iria ficar desgastante uma nova continuação, e eu prefiro acabar WITS aqui do que continuar e a história simplesmente se perder. Então, obrigada a todxs que acompanharam, comentaram, divulgaram e até mesmo aqueles que apenas leram. Qualquer coisa sabem onde me encontrar.
Bjors, é isto. <3


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