História Wrong Paths - Chocolate

Point Of View Sannie O’Loughlin 

Acordei no susto. Minha respiração estava ofegante. Tinha acabado de sonhar com Peter. Deus! Desci os lances de escadas, e fui até minha cozinha, abri a geladeira e peguei uma jarra de água. Bebi na jarra mesmo, a casa é minha. Andei até minha janela, e abri a mesma, dando uma linda visão do sol se pondo. Em vez de ter uma parede nesse lado, ela tinha janelas de vidros do chão ao teto. O deque era enorme, quase ninguém conhecia esse lado, pois, sempre as escondo com as cortinas pretas. 

Ouvi um barulho e olhei para dentro, tendo uma visão de Nash e Cameron andando de cueca. Assim que eles perceberam minha presença vieram ao meu encontro, sentei em uma das cadeiras, eles fizeram o mesmo. 

— O café tem que fazer. – falo dando um sorriso para Cameron. Ele faz um café delicioso. 

— Ah, não! – resmungou. — E sempre eu que faço Sannie. 

Dando de ombros, me levantei. 

— Se quiserem comer, que façam, eu vou tomar café fora. – mando beijos para ambos, e saio do apartamento. Em frente ao mesmo tinha uma lojinha, e também um café maravilhoso. Mesmo estando com uma camisa de Nash, entrei na loja, e pedi um café junto a um bolo de chocolate. Depois de alguns minutos a atendente volta com meu pedido. 

Olhei pela grande janela de vidro, vendo Nash andando apressadamente até a loja. Dei um riso, e comi meu bolo. O mesmo se sentou em minha frente, me dando um sorriso, com seus olhos azuis esbugalhados. Isso não cola mais comigo. Continuo a comer, olhando para a janela. Dou uma olhada para Nash, e percebi que ele estava apenas com uma calça moletom. 

— Cadê o outro? – quebro o silêncio. — Ele resolveu fazer o café? 

— Está lá em cima ainda. – pegou minha colher, junto a um pedaço do bolo. — Aliás, ele fez uma mesa enorme com um monte de coisas. – suspirou largando a colher. — Ele fez aquilo pra você, mas como você não foi à cozinha ele disse que vai comer tudo. 

O olhei confusa, e pago a conta, subo para o meu andar e entrou no apartamento, vou até a cozinha vendo Cameron comendo sozinho. 

— Ei, eu não sabia que tinha tudo isso. – falo. — É sério, ok? – olhei pela mesa, e peguei um pote de morangos mergulhei no chocolate e pus na frente do mesmo. — Deve estar bom, né? 

Ele amava comer morango com chocolate. 

— Mas, como você não quer comer comigo, eu como sozinha. – disse, e sai da cozinha. Sentei-me no sofá, me jogando nele e deitei-me de uma vez. Em poucos minutos ele pula em cima de mim, me sujando de chocolate. Tinha chocolate até na minha cara. — Você vai me limpar toda. 

Como ele era um louco. Ele começa a passar sua língua quente em torno do meu rosto, me fazendo dar risadas. Idiota. 

— Assim não, besta. – porém, ele continuou fazendo. Peguei o restante do chocolate e joguei em seu rosto. Coloquei as mãos na boca, e segurei o riso. Não sei como, mas Cameron nos joga no chão e me prende com suas pernas, ele colocou meus braços sobre minha cabeça me prendendo. Seguro o riso ao ver sua cara. 

— Você não disse pra eu limpar você? – assenti. — Então, eu irei te limpar até ficar sem chocolate. 

Cameron continuo me “limpando”, até que ele passou sua língua pelos meus lábios. Sua língua estava quente. Assim que ele percebe, para de me “limpar”, e fica me encarando. 

— Continua. – sussurro. Ele não esperar nem um segundo e seus lábios estavam nos meus. Era bom. Seu lábio era macio, muito macio. Eu precisava seguir em frente. Não podia ficar esperando Peter. Sei que ele não sairá da prisão nunca. O ar se faz falta, e Cameron descolou nossos lábios, o mesmo continuo a milímetros de minha boca. Seu hálito batia em meu rosto, o cheiro de café era forte. Ficamos nos encarando, até eu, “limpar” seu rosto. — Minha vez. 

Lancei-lhe um sorriso. Sei que fui um pouco impulsiva esse beijo inesperado de nós dois. Sei que ele logo estaria beijando outra. Parei de “limpar” ele assim que vi que o mesmo estava totalmente sem nenhum pingo de chocolate. Poderia ser nojento, mas essa cena estava muito engraçada, até porque nós nos beijamos há um minuto. 

Olhei para a porta vendo todos nossos amigos nos olhando. Um olhar estranho. Franzo o cenho, sem entender, até que olhei para Cameron; ele estava de cueca. E eu apenas com uma camiseta de Nash, e uma calcinha por baixo. Puxei Cameron, tentando me tampar. 

Que vergonha Deus. 

— Atrapalhamos? – ouvi a voz de Nash, e o mesmo solta uma risada alta. Cameron me olha por alguns segundos e logo o mesmo estava assim como os outros. 

Que? Como assim? 

— Vamos sentar. – me levanto e tento abaixar a blusa. Sento-me no sofá e todos entram. — O que fazem aqui? – Cameron tira as palavras de minha boca. 

— Viemos chamar vocês para ir a um parque aquático. – começa Sammy. Suspirei. 

— Qual a parte de que, eu estou naqueles dias que vocês não entenderam? 

— Dias de que? – Jack pergunta, e Madison bate em sua testa. 

— Estou menstruada, de chico, entendeu agora? – questiono. Vejo Cameron prender os lábios um contra o outro. 

— Tinha me esquecido. – Jack deu um sorriso. Dei de ombros. — Festa do pijama? 

— SIM! – grito, logo tampei minha boca, todos estavam rindo. — Que foi? Eu nunca fui a uma. 

Stassie e Madison arregalam os olhos. 

— Aliás, já contou que está grávida Stassie? – vejo a mesma bater em sua própria testa. Fiz merda. — Você ainda não tinha contado né? 

— Que história é essa? – Sammy estava branco, mais branco que antes. 

— Olha se você não quiser, eu vou ente… – Sammy não a deixa terminar e a beija. Uou. 

— Não diga uma coisa dessas, amor. E lógico que eu quero o bebê, o nosso bebê. – sorriu bobo. 

— Eu quero ser a madrinha, ok? – falo ao mesmo tempo em que Mad. 

— As duas irão ser. – nos lançou um sorriso. — Os padrinhos serão: Cameron, Jack e Nash. 

Os mesmos a agradecer, porém Nash, que pula em seu colo e beija suas bochechas. Tinha que ser ele. Gargalho alto, me escorando em Dallas. 

— Olha, quando o bebê nascer, ele pode fazer companhia… – para de falar. Respiro fundo. — Acho que vou fazer um quarto para o bebê quando ele nascer. 

Stassie ri juntamente com Sammy. 

— Nem sabemos o sexo, boba. 

— Pode ser preto e roxo, são cores unissex. – falo. 

— Verdade, tem quartos de sobra aqui. Estou pensando seriamente em me mudar pra cá. – assim que Grier diz, olho para ele. 

— Pode até morar, só não traga teus macho pro meu apartamento, ok? – sorri. 

— Poxa, mas tudo bem. – fiz sinal de positivo. 

Cameron se aproxima de mim e sussurra em meu ouvido. 

— Adorei sua calcinha de renda.