História Wrong Paths - Pablo

Um ano depois

Hawaii, Makaha.

Point Of View Sannie O’Loughlin

Senti mãos pequenas em meu rosto, e abri os olhos, dando uma risada. Me levantei com Pablo no colo, e fomos tomar banho. Tinha se passado um ano, exatamente um ano que voltei para o Havaí. Ninguém sabia onde me encontrava, o que era bom. Apenas Daniel sabia, claro, eu estava morando com ele. Ele me aceitou de bom grado. Desde o dia em que fui embora, Dallas me mandava mensagens, até um certo dia ele para de manda-las. Não me abati, eu sabia que de certa forma, isso não daria certo. Minha mãe? Bom, ele nunca ligou para mim, continuou a mesma coisa. Aaron, meses depois me ligou desesperado pedindo para voltar pois tudo mudou. Afinal, quem mudou foi eu ou eles?

Após terminar de banho Pablo, tomei um banho rápido. Saímos do banheiro, vesti uma roupa e em Pablo um macacão. Desci e vejo Daniel tomando café, selo sua bochecha, e me sento.

Voltando…

O motivo de não ter conseguido que Pablo fosse para LA, era que os diretores do orfanato não deixaram, e quando cheguei aqui logo pedi sua guarda, passei meu sobrenome para ele. Não, não tirei o sobrenome da mãe dele. Nunca iria fazer isso com ele e com sua mãe. Meu pai me ajudou na guarda, o que ajudou bastante, e por fim consegui tê-lo para mim. Ele estava um bebê tão lindo e esperto para sua idade. Também tinha conseguido um emprego perto de casa, não queria deixar Pablo com ninguém, por isso o emprego perto de casa. Apesar de que todos me conhecem pelo meu pai. Então, ninguém mexeria comigo.

— Sannie, não sei como lhe dizer… — me olhou, lá vem bomba.

— Põe pra fora, Dan. — sorri, mesmo já sabendo, pela sua cara, que vem bomba. Dei um pouco de banana amassada para Pablo. — E sobre alguma pessoa que eu conheço?

— É. — manuseie a cabeça pedindo para continuar. — Hoje, finalmente liberaram as visitas para Peter.

Olhei em sua direção, e pela sua cara, tinha mais algo para me falar.

— Teu irmão mandou mensagem avisando que estava vindo me ver, e também estava trazendo seus amigos, para um tipo… Férias. — dou de ombros.

— Era apenas isso?

— Sim. — estreitou o olhar. — Tem algum problema deles dormirem aqui?

Solto o ar.

— Não. Quer dizer, a casa e sua, Dan. — murmurei.

— Nossa casa. — falou, e dei um sorriso. — Eles estão vindo hoje. — desmanchei o sorriso.

— Por quê não avisou antes? — fiz careta. — Aliás, os amigos de Peter querem ver o irmão dele, então vou levar ele e volto com eles para a janta. Ok? — assentiu.

— Não volte muito tarde. Sabe que Pablo costuma ficar doente rapido. — dei língua, e ele riu fazendo o mesmo.

— O que a vossa Excelência, irá fazer para o jantar? — questionei, terminando de limpar Pablo.

— Poke? — assenti.

(...)

Os amigos de Peter morava do outro lado do Havaí. E por incrível que pareça, cheguei na casa deles; sete horas. Assim que desci do carro, sai entrando, já que estava ventando. Dei um sorriso amarelo, por ter entrado assim.

— Tomei um susto Sannie. — ri baixo. — O moleque dormiu? — neguei, e tirei a manta de cima de Pab, que saiu do meu colo, dando passos curtos até ele, que o pegou. — GENTE! A Sannie chegou com o pivete.

— Não chama ele de pivete. — dei um tapa em seu ombro, que assentiu. Sentei-me no sofá, e olhei para a tv e estava passando um filme. — Depois você se arrumam, meu pai vai fazer uma janta lá em casa, tudo bem?

— Sim, mamãe! — Tristan disse rindo.

— Não sei o porquê de me chamarem de mamãe.

— Você é mãe, oficialmente, de Pab agora, por isso. — Elliot sentou-se com Pab no sofá. Os outros sentaram perto de mim, e Tristan deitou sua cabeça no meu colo.

— Soube que abriram as visitas para Peter. Vai ver ele? — Tris me olhou, e o olhei de forma incerta.

— Não sei… Quer dizer, faz um pouco de tempo, sabe. — mordo o lábio inferior. — Ele também me pediu pra seguir em frente…

— Mas você se fodeu. — dei um tapa nele.

— Enfim, não sei. Quando ter a certeza que estou pronta para vê-lo, aviso vocês, caso queiram mandar notícia ou algo do tipo. — falei, olhando eles.

Nem percebi o tempo passar e quando olhei as horas no celular já estava tarde; nove e trinta. Dei um pulo, o que fez Tris cair no chão. Seguro a risada. Pab estava dormindo sobre Elliot.

— Vamos lá pra casa. — avisei, pegando a bolsa de Pab, e andei até a porta. — Você não vão tomar banho, pois estamos atrasados.

Eles tiram seus carros, e entro no meu com Elliot segurando Pab. Tristan e os outros competiam que chegaria mais rápidos. Idiotas. Aumentei a velocidade e parei o carro em frente a casa, tinha chegado primeiro que eles. Saimos do carro, e andei até porta. Logo ouvi som de freadas, e entrei rápido dentro de casa com Elliot se segurando para não rir. Enquanto eu estava com a cara na parede quase soltando o riso, mas logo o soltei quando vi os meninos entrarem com tudo.

— COMO VOCÊ PASSOU PELA GENTE?! — gritou, Tris. Foi quando Pab começou a chorar. Ele pegou Pab que parou de chorar. — Viu? Ele me ama.

— Até que enfim chegou Sannie. — olhei para o lado e Dan, estava com celular em mãos. — Já servi o jantar.

Eles foram na frente, enquanto eu e Elliot íamos atrás. Dei um corrida, tinha poucas cadeiras, eu que não iria ficar no chão. Elliot percebeu isso, e me empurrou, pulei em cima dele que começou a rir. Dei uma mordida em sua orelha e fui parar no chão. Me levantei e sentei-me na última cadeira.

— POKE? VALEU SOGRINHO. — gritou Tristan. Esse garoto só sabe gritar.

— Deixa o Peter saber que você tá falando isso, deixa ele saber… — Kyle falou o olhando.

— Qual foi? Ela me ama. — me abraçou, já que estamos lado a lado.

— Amo mesmo. — nos olhamos por um segundo e logo estávamos rindo. — Sai fora, Tris. Sei que você me ama, mas não é recíproco. — fiz bico.

— Chega! Certo. Isso e Poke. — Dan fala. Os amigos de Aaron também estavam ali, todos eles.

—Tem o que nele? — Aaron o perguntou. Mas, Dan não deu importância e começou a servi-los.

— E peixe cru cortado em cubinhos, temperado com molho de soja, gengibre e cebolas. — falei. Me levanto e sirvo para os amigos de Peter. Quando fui servir Tris seus  olhos estavam arregalados e ele tinha um sorriso no rosto, bem assustador. — Pronto, Tristan. Depois eu faço mais e levo pra você. — falo. Coloco no meu prato, e pego um pedaço do peixe e corto ele bem pequeno para Pab comer. — Pai, ele pode comer, né?

— Sannie, esse garoto ama isso, e ainda pergunta? — ri.

— Ala, puxou eu Sasa. — Tris me olhou. — Mentira, pra falar a verdade ele tem uma combinação com você e Peter.

— Deixa tua mulher saber disso. — falei, e ele se engasgou. Vi que Elliot era o único sentado no chão, me levantei com meu prato e Pab no colo e fui até ele e me sentei ao seu lado. Ele deu um sorriso que retribui na hora.

— Sannie, o que esses mauricinhos estão fazendo aqui? — Kyle me olhou.

— Ué, eles vieram de férias. — olhei para o grupinho que me olhava. — Não é? — assentiram. — Irão passar quanto tempo aqui?

— Não sabemos. — Dallas abriu a boca, e assenti. — Será algum problema para você?

Arqueio a sobrancelha.

— Não. Contanto, que não durmam no meu quarto, tudo certo. — sorri.