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História XXXCrush (Jikook) - Prólogo -


Escrita por: jiminstrip e ijiminlips

Notas do Autor


olá, estão bem???

cara, nem é a primeira fanfic que posto no site, mas sempre acabo ficando ansiosa, aaa.
deem amor a XXXCrush! sz

Capítulo 1 - Prólogo -


Fanfic / Fanfiction XXXCrush (Jikook) - Prólogo -

Acordado a noite toda,

O céu está claro, mas minha

cabeça está toda nublada.

triggered - chase atlantic

 

Se houvesse a probabilidade da existência de um controle que permitisse alguém de voltar no tempo, com certeza Jimin estaria utilizando-o naquele exato momento. Não lembrava exatamente quando havia sido a última vez que estivera feliz, mas não era essa sua preocupação. O Park, aparentemente e claramente, aborrecido teve que lidar com mais uma briga horrível entre seus pais e, mesmo sem marcar total presença na casa, de alguma maneira se tornava o culpado pela discussão. E queria não ter passado por aquilo outra vez. O senhor Park estava sempre fazendo questão de citar a aberração que, infelizmente, tinha a obrigação de chamar de "filho" em suas brigas sem sentidos com a mulher sem paciência que convivia consigo, além de expor fatos verídicos que o mais novo preferia não lembrar.

O garoto de cabelos escuros, por sua vez, seguiu a rotina diária normalmente, ignorando qualquer palavra alheia direcionada a si. E só quando a casa estava silenciosa e vazia Jimin saiu de sua batcaverna, cômodo mais conhecido como quarto para a maioria, dirigindo-se até a varanda de sua aconchegante, porém sufocante, casa e colocou o rosto entre as mãos apoiado no pequeno muro que lhe dava acesso á rua movimentada naquele horário.

Os olhos fechados e a respiração suave entregavam que os remédios tomados na noite passada ainda faziam efeito. Seus batimentos cardíacos lentos causavam um peso em seu coração, situação essa que não poderia ser resolvida até o próximo ataque que lhe fizesse perder os sentidos e acordar num quarto de hospital outra vez.

Observando atentamente cada ponto que lhe chamara a atenção naquela rua, um filme se passava na mente de um Jimin inseguro e fraco. Conseguia lembrar facilmente de quando ainda era capaz de lidar com seus pensamentos, de quando tinha a certeza de que aquela coisa ruim que sentia era apenas consequência da adolescência ou influência de seu colega Taehyung que colocava alguns discos de bandas emo' para ecoar por toda a casa do Park, quando os pais deste não estavam ali.

Qual é? Vai dizer que não é normal se sentir triste e depressivo após passar dias e noites ouvindo as mesmas letras melancólicas de cantores góticos que pareciam ter todos os motivos do mundo para se sentir a pior pessoa já existente na face da terra?!', pensou.

Era um adolescente. Um adolescente influenciado pelo amigo emo achando que todo aquele drama iria passar batido, assim como sua adolescência.

Mas quando anos se passaram e o garoto só sentia piora, resolveu contar para a mãe. Péssima escolha. Já ouviram falar que alguém só é corno quando descobre? Seguindo a lógica sem sentido de Jimin, isso é semelhante á seguinte situação: ele só estaria com sérios problemas mentais se fosse ao médico, se fosse diagnosticado. Ou seja, se descobrisse. E como já devem imaginar, foi exatamente o que aconteceu. Aos quinze anos em uma de suas consultas a psicóloga velhinha, que ele tinha certo apego, o adolescente baixinho e mal humorado, na companhia da mãe, teve que ouvir as palavras difíceis da profissional explicando o que realmente se passava consigo e ali teve sua primeira receita médica. Antidepressivos. Aquilo parecia algo muito dramático para o garoto que ainda não havia pensado na gravidade do problema.

Em meio a dois novos anos seguidos, Jimin teve sua primeira crise. Seguida por outra e mais outra. Ali ele já tinha noção do que estava acontecendo consigo e entendeu que não era drama, era um problema. Ele era um problema. Para os pais, para o psiquiatra que tentava lidar com o moreno, e para Taehyung, que ignorando as tentativas falhas de Jimin tentando se afastar, insistia em continuar ao seu lado como amigo. Arriscaria dizer que o Kim era seu melhor amigo, melhor ou único.

Bufou balançando levemente a cabeça, e afastou os fios escuros de seu rosto. Atualmente, com dezenove anos bem vividos ou não, o Park chegou a conclusão de que não iria aguentar mais tempo ali. Tentaria suportar as crises, tentaria lidar com os remédios, tentaria suportar o limite. Mas, diferente de outras vezes, quando a vontade de ir embora tomasse conta de seus pensamentos, ele não hesitaria. Sentiu o coração pesar outra vez e levantou o punho fechado, batendo algumas vezes contra o lado esquerdo de seu peito enquanto respirava fundo.

Não evitou o susto ao ouvir barulho de pneus derrapando no asfalto e o cheiro insuportável de borracha queimada adentrar suas narinas. Abriu os olhos, cerrando-os minimamente enquanto observava a panelinha se aproximar fazendo baderna. Sim, panelinha. Kim Taehyung, como já esperado, Kim Seokjin, Jung Hoseok, Kim Namjoon, Min Yoongi e Jeon Jungkook. A maioria dos garotos ali eram mais velhos que Jimin, mais despreocupados, mais de boa com a vida e alegres. Não era bem o grupo de amigos góticos que Taehyung desejava ter quando era mais novo.

- Jimin-ah! - ouviu o loiro falar alto e animado enquanto saía de um dos carros e caminhava saltitante em sua direção. -

Com um sorriso tímido e sem graça o moreno acenou com a destra e pronunciou um oi' baixo quando enfim seu amigo estava próximo a si. Andaram até a calçada enquanto o loiro, de mesma idade que Jimin, gargalhava dos hyungs mais velhos que discutiam sobre algo sem importância próximos aos veículos. Park ergueu as sobrancelhas um pouco surpreso ao notar um certo dono de cabelos esverdeados sorrindo calmo enquanto acenava para o mesmo. Retribuiu.

- Vamos ver o Kookie correr de novo. Com as aulas voltando, não sabemos quando teremos dias livres para... uh.

- Fazer baderna nas ruas. - Jimin disse cruzando os braços contra o peitoral, sem fitar o amigo. -

- Exatamente! E sabe muito bem que deveria se juntar á nós. - tocou o braço do mais baixo, chamando sua atenção. -

- Nem pensar.

- Jimin-shi, e as aulas? - Tae perguntou um pouco mais sério. -

Suspirou baixo e tenso. Jimin havia trancado a faculdade a um tempo atrás. Todas as merdas que se passavam em sua mente foram dadas como o motivo principal que não o deixava focar no curso e se livrar de vez daquilo. Mas ele sabia que havia parado de frequentar o campus, assim como havia se afastado de quase toda interação com a sociedade, por que acreditava que uma mágica desconhecida o faria desaparecer em uma de suas noites mal dormidas na batcaverna.

- Hyung, precisamos ir. - ambos olharam na direção da voz calma, que ecoou em meio ás conversas alheias, encontrando um Jungkook ansioso e apressado ainda dentro do carro. -

Jungkook. Jimin sabia exatamente quem era o dongsaeng modelo da Calvin Klein que os hyungs adotaram quase como um filho. Bom, sabia da história por cima. E sabia que Jungkook podia ser um problema também, assim como o próprio Jimin alegava ser. Em uma de suas conversas sem pé nem cabeça com Taehyung, acabou descobrindo que o mais novo entre eles passava por mais situações conflituosas e delicadas, precisando de total atenção dos mais velhos sobre si. Até acabou descobrindo que o mais novo gostava quando ele se juntava aos seis e, mesmo fazendo papel de parede, interagia com todos. Sentiu o olhar do Jeon cair sobre si e antes de desviar para dar uma resposta ao Kim, viu o carro dos pais se aproximando.

Encarou Taehyung um pouco surpreso, sem reação, e segurou o pulso alheio caminhando rapidamente até adentrar um dos carros vagos dos garotos. Se sentiu um pouco mais aliviado quando estavam longe de sua casa. Naquele momento qualquer outro lugar seria um ambiente mais agradável que sua casa. Ou não. Se arrependeu de correr para o carro quando notou o olhar travesso do Kim sobre si e ouviu as risadas fracas dos hyungs que ocupavam os bancos da frente. Era a noite deles, para o tédio ou desespero de Jimin. 



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