História Yandere 2 - É só amor

-Yumi!!!-minha mãe me chama.

Obedecendo ao chamado de minha mãe, eu apareci na cozinha, onde ela estava aprontando o jantar.

-Chamou mãe?-perguntei.

-Sim, por favor, corte as cenouras para mim.

Ayumi logo aparece depois de mim.

-Me chamou amor?-disse Ayumi.

-Não, eu disse "Yumi", não "Ayumi", e pare de me chamar de amor.-respondeu Mayu.

-Não? Oh... Fiquei até empolgada por você ter me chamado...-diz Ayumi, decepcionada.

-Será que esse seu jeito infantil nunca muda? Ok, pode cortar as cebolas para mim?

-Ah, claro!

Ayumi corre na gaveta e pega uma faca. Ela fica do meu lado e começa a fatiar as cebolas.

Minha mãe sai da cozinha e vai ao banheiro.

Ayumi olha para mim e vê uma certa tristeza na minha feição.

-Yumi? O que aconteceu? Por quê essa cara?-perguntou Ayumi, preocupada.

-Não foi nada...-respondi.

-Eu não nasci ontem mocinha. Vamos, pode contar pro seu "papai".

-Bem, uma garota da escola vem me irritando. E eu estou apaixonada por um garoto, mas acho que ele não quer sair comigo, e essa tal garota disse que vai fazer de tudo para eu nunca fique com ele.

-Conheço esse tipo de garota. Esse tipo de gente não vale nada, e fazem de tudo para prejudicar os outros. Não deixe essa garota te derrubar, se ela te der um golpe, dê outro nela com mais força. Não deixe ela pensar que tem algum poder sobre você.

-Tenho medo dela tentar me machucar.

-Quê isso, não fique assim. Se ela souber que você está ficando com medo dela, ela vai se aproveitar disso, e será mais fácil para ela te manipular. Quando você a ver de novo, olhe nos olhos dela com um olhar fixo e amedrontador, para que ela saiba que você não está de brincadeira.

-Não sou o tipo de pessoa que bota medo nos outros.

-Percebi que você não puxou nada sua mãe. Amedrontar é só a primeira parte de tudo. Sabe o que sua mãe e eu fazíamos com esse tipo de pessoa?

-Não. O quê?

-A gente matava! Esfaqueava! Esquartejava! Arrancávamos os membros! A gente matava sem dó!

-Eu fiquei sabendo disso. Mas eu não vou derramar sangue de ninguém!

-Já vi que eu vou ter que te treinar.

-Não estou interessada.

Ayumi larga a faca, agarra meus ombros e olha nos meus olhos.

-Pare com isso! Você tem que parar de ser assim e libertar o assassino que existe dentro de você!-disse Ayumi.

-Mas eu não posso. Não posso seguir o mesmo caminho que a minha família. Eu não quero ser uma assassina...-disse eu, quase chorando.

-Deixe disso. Não há como evitar! Uma hora ou outra, esse assassino vai ter que sair, e quando isso acontecer, eu vou estar pronta para te ensinar tudo o que eu sei. De mãe para filha.

-Mas você não é minha mãe.

-Já disse que sou! Fui eu que te fiz!

-Não necessariamente...

-Chega! Eu não quero ouvir esse papo! Eu sou sua mãe e pronto!

-Se você diz...

Minha mãe reaparece na cozinha, e percebe que estávamos conversando.

-Do que vocês duas estavam falando?-pergunta, ela.

-Ah, não é nada! Só que a sua filhinha não me aceita como mãe dela!-disse Ayumi, com raiva.

-Não é verdade!-disse eu.-Eu não disse isso!

-Mas você está pensando!

-Você lê pensamentos agora!?

-Chega!-disse Mayu.-Parem de discutir, que droga! Yumi, você tem que respeitar os mais velhos, peça desculpas a Ayumi.

-Tá, descupa.-respondi.

-Ótimo. Ayumi, você não tem o direito de gritar com a minha filha, peça desculpas a ela.

-Mas por quê?-perguntou Ayumi.

-Por que senão eu te jogo na rua.

-Mas eu cheguei hoje!

-Peça, vamos.

-Desculpa Yumi, eu só queria que você me aceitasse.

-Tudo bem.-disse eu.-Eu gosto de você Ayumi.

-Sério!?

Ayumi me agarra e me abraça muito forte.

-Não... Consigo respirar!

-Ah sim, desculpe.

-Caramba, como você consegue estragar um bom momento!

-Desculpe, eu realmente tenho que me corrigir.

Depois do jantar, Ayumi estava escovando os dentes no banheiro, e minha mãe bate na porta.

-Pode entrar.-disse Ayumi.

-Obrigada.-disse Mayu.

Minha mãe se aproximou da pia para lavar o rosto, e percebeu Ayumi escovando os dentes.

-Ayumi!!!-disse minha mãe, assustada.

-O que foi!?

-Essa escova de dentes é minha!

-É que era a única, e eu não tinha uma.

-Era só me pedir que eu ia comprar uma pra você!

-Desculpe, mas eu queria sentir o seu gosto.

-Eu podia te estrangular!

-Eu acabei, você quer usar?

-Não! Saia daqui!

Na hora de dormir, Ayumi se deitou com a minha mãe.

-É melhor você não tentar nada, porque eu tenho spray de pimenta na gaveta.-disse Mayu.

-Não vou fazer nada.

-Boa noite.

-Boa noite.

As duas se deitaram de lados opostos.

Ayumi virou para a minha mãe e disse:

-Mayu! Mayu! Olha pra cá!

Minha mãe se vira, Ayumi a agarra e lhe dá um beijo na boca.

Minha mãe consegue se soltar dela.

-Ayumi!!! Por quê você continua!? Você mal chegou e já está se tornando insuportável! Será que você não entende que eu quero o meu espaço!? Pare de fazer essas coisas comigo, porque eu fico muito desconfortável, principalmente perto da Yumi!

-Desculpe.

-Você sempre pede desculpas, mas sempre repete as mesmas coisas!

-Eu só quero que você saiba que eu gosto de você.

-Você tem maneiras estranhas de demonstrar isso.

-Eu realmente não sou boa nisso, na verdade, eu nunca fui... Eu sempre te irrito, mas é porque eu te amo e quero que você me ame também. Me desculpe se as vezes eu ultrapasso os limites, mas é porquê você me deixa louca! Eu sou louca por você!

-Tudo bem, eu te perdoo desta vez. Mas que você não me beije de novo sem autorização!

-Tudo bem.

-Vamos dormir agora. Boa noite Ayumi.

-Boa noite Mayu. Eu te amo...