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História Yes, You're Worth It - Doze


Escrita por: daredevxl

Notas do Autor


Atualização no final de semana meus amores 💖

⚠️⚠️!!!CAPÍTULO!!!EDITADO!!!⚠️⚠️⚠️

Capítulo 13 - Doze


Fanfic / Fanfiction Yes, You're Worth It - Doze

Hinata Shöyö

 

-Acho que você deveria atender… - Brinco com o guardanapo em minha frente.

-Alô? Sim? - Kageyama atende com um sorriso em rosto que logo é desfeito. -Não… Você está brincando não é? - Solta um riso mas parece nervoso.

-Kageyama? -Sussuro.

-Então… -Eletem uma feição de choque. -Porra… Desculpe… Eu… Preciso desligar...

 

Ele encerra a chamada e tem um olhar vazio,  colocas suas mãos e o celular na mesa, vejo que elas tremem um pouco.

-Kageyama… Está tudo bem? - Coloco minha mão em cima da sua.

-Eu… 

-Se não quiser falar não vou força-lo.

-Hinata… Meu avô faleceu. - Seus olhos estão marejados mas nem um lágrima ousou cair.

-Eu… Nossa… -Me lavanto sem soltar sua mão e me sento ao seu lado. - Eu sinto muito Kageyama, meus pêsames. 

 

Eu lhe abraço com um toque gentil, Kageyama demora um pouco para se movimentar mas acaba me abraçando também, porém me aperta com mais força que o normal. Pode ter sido estranho fazer isso em um banco estofado de uma padaria mas era algo necessário e que eu realmente não me importava de faze-lo.

-Eu tenho que ir… Vou deixa-lo em casa.

-Não precisa, eu vou junto com você, não quero deixar você andar sozinho por ai agora.

-Eu sei me cuidar. - Ele se afasta calmamente do abraço.

-Eu sei, mas não quero deixar você sozinho mais uma vez e um momento que precisa de companhia.

 

Sem dizer uma palavra ele se levanta e faz um sinal com a mão e eu apenas o sigo. Kageyama pediu um taxi e fomos em direção a sua casa, pelo pouco que Kageyama me contou parecia que seu avô teve fortes dores no peito em casa, ele estava deitado em seu quarto, a tia de Kageyama se preocupou e o levou ao hospital mas ele teve uma parada cardíaca e os médicos não conseguiram fazer nada a tempo.

 Kageyama se mantinha apoiado na janela enquanto a outra mão apertava fortemente o tecido de sua calça. 

-Eu estou aqui com você. - Disse rrodeando dua mão com as minhas.

 

Eu não esperava uma resposta do mesmo, era um momento tenso, Kageyama não me falou muito de seu avô, apenas dizia que era o familiar que mais o entendeu ultrapassando até mesmo seus pais.

 Eu estava com um peso em meu coração, não queria ver Kageyama assim, ele parevia conter tudo que sentia para si.

-Me desculpe, mas poderia esperar um pouco? Preciso que a senhora nos leve até o velório se não for incômodo. - Diz Kageyama a senhora do taxi.

-Sem problemas, sinto muito pela perda.

 

Sigo Kageyama até a entrada de sua casa, a porta já está aberta e sua mãe esta sentada no sofá secando lágrimas que aparentam não cessar. Ele da um abraço apertado em sua mãe sem dizer uma palavra se quer. Eu não havia conhecido seus pais ainda e a situação que me encontro também não favorece, mas coisas como essa são inevitáveis, uma hora nossos entes queridos acabam indo embora, eu entendo bem disso, minha avó está sozinha.

-Hinata? - Ela parece surpresa em meio ao abraço do filho que cessa.

-Eu sinto muito... Eu vim prestar meus sentimentos a família. -Faço uma reverência.

-Não precisa de formalidade querido. - Ela me levanta e me abraça de forma desajeitada. 

 

O toque de sua mãe é delicado, ela me abraça e sinto ela fungar em meu ombro, eu posso sentir a dor dela, creio que deve ser difícil perder o pai, não posso dizer que entendo a sua dor, mas talvez se cada um ajudar ela e estar presente, a dor em seu coração possa ser divida certo? 

-Obrigada por vir… Isso… Isso é de extrema importância para Kageyama e para mim também… 

-Eu não podia deixar ele sozinho agora… Sinto muito por não me apresentar antes.

-Ele sempre fala de você… - Ela sorri com um pouco de esforço. -Você é sempre bem vindo aqui. -Kageyama deve ter ido lá em cima deixar suas coisas, se quiser pode subir também.

-Obrigado e com sua licença. -Digo ao me retirar.

 

Subo as escadas e paro em meio ao corredor, estou um pouco perdido e de qualquer forma preciso avisar minha mãe que demorarei e talvez não volte hoje. Pego celular e enquanto estou no corredor fisoc seu número.

-Alô? Mãe?

-Sim? Onde você está?

-Irei a um velório. O avô de Kageyama faleceu.

-Nossa… É realmente triste… Diga que mandei meus sentimentos a sua família… E você, ainda anda com esse garoto? Eu já não lhe avisei? 

-Isso não é hora para essa conversa.

-Eu não quero você dormindo ai, onde ele mora?

-Eu já tenho idade para me cuidar. - Ando um pouco e encontro um banheiro onde entro e fecho a porta.

-Hinata, um alfa não é brincadeira você sabe disso.

-Mãe, o avô dele morreu, você tem noção do que está falando? 

-Isso não quer dizer nada.

-Isso é ridículo, eu não quero mais ouvir isso de você.

-Shöyö! Eu sou sua mãe.

-E eu o seu filho, você deveria pensar melhor no que fala, se eu quisesse transar não usaria morte de parente como uma desculpa. - O telefone fica mudo por um momento.

-Eu só quero protege-lo.

-Nada vai acontecer, e, de qualquer forma, quero que fique ciente de que estou saindo com ele. Eu lembro de tudo que aconteceu e também lembro das palavras rudes que você e até mesmo eu falei. 

-Era necessário. 

-Não, não era. Foi ridículo, e espero que você peça desculpas a ele.

-Shöyö chan… 

-Preciso desligar, já disse que agora não é hora dessa conversa. Te respeito como mãe e espero que me repseite como filho. 

 

Saio do benheiro e encontro Kageyama com os olhos vermelhos no corredor, eles estavam marejados, ele estava chorando no quarto? 

-Desculpe por sumir, eu estava falando com minha mãe. 

-Quando quiser que eu te leve para casa me avise, sei que é difícil para você ficar aqui.

-Eu vou ficar, não vou deixar você sozinho já não disse isso? 

-Não precisa se forçar.

-Eu não estou me forçando. Eu sei o quão difícil é e…. - Recebo um abraço apertado inesperaro.

-Obrigado, obrigado por estar aqui. Eu... me sinto tão fraco. 

-Você não é fraco. - Ele acaba se ajoelhado no chão.

-Eu não queria que me visse assim. Me sinto patético. - Suas lágrimas escorrem pelo rosto enquanto ele aperta minha cintura. -Eu simplesmente não consigo segurar mais.

-Você não é patético, você é humano. -Enxugo suas lágrimas. - Isso mostra que você tem sentimentos, eu ficaria preocupado se você não se comovesse por alguém tão importante em sua vida. 

-Você está certo… Bem, logo será o velório, vão enterra-lo amanhã de manhã, eu irei voltar para casa, você irá ficar aqui? 

-Apenas se você quiser e não for encomodar sua família… 

-Não vai, fique.

-Então eu vou ficar, vou deixar minha mochila no seu quarto. 

 

Dou alguns passos no corredor e olho um cômodo.

-Última porta. -Ele solta um risinho nasal.

-Obrigado.

 

Vou até o quarto dele, eu não me lembro de já ter vindo aqui após a reforma, realmente a sua casa aumentou mas seu quarto continua impecável como sempre com a diferença de ter uma estante com livros agora. Eu ainda estou usando o terno, eu me arrependo de não ter passado em casa e ter pego no mínimo um pijama limpo, desço as escadas e vejo Kageyama tentando confortar sua mãe de alguma forma. 

-Vamos? - Ele pergunta e ela acena com a cabeça enquanto enxuga lágrimas.

 

Entramos no táxi que aida nos esperava lá fora e seguimos direto para o local do velório, quando chegamos lá a mãe de Kageyama foi a primeira a entrar e foi abraçada pelo marido que antes conversava com outra mulher.

-Aquela é minha tia, irmã da minha mãe, na verdade aqui não tem muitos parentes da parte de pai… 

-Oh sim… 

 

Nos aproximamos dela e Kageyama lhe cumprimentou seguido de mim que prestei meus sentimentos e lhe abracei. Durante o velório o clima era tenso e após dar meus sentimentos a todos os entes de sua família que estavam lá eu apenas fiquei com Kageyama, sentado ao seu lado. 

Quando era perto da 00:00 senti o sono chegar e como mágica, Kageyama disse que iria para casa, só espero que não tenho notado meu sono.

Voltamos juntos em outro táxi, os pais dele iriam virar a noite mas não era nosso caso, estávamos exaustos e Kageyama me disse que não se sentia a vontade naquele ambiente. Quando chegamos na sua casa ele fala para eu me banhar primeiro, ele iria procurar algumas roupas para mim vestir enquanto isso.
 

 

“Eu realmente não sei como conforta-lo e me sinto mal por isso.”

 

Enquanto tirava o shampoo de meus cabelos ouvi batidas na porta, deveria ser Kageyama.

-Pode entrar.

-Com licença eu… -Ele parou por um momento.

 

 

"Ele ficou tão surpreso ao me ver molhado numa banheira?"

 

-Você?

-Eu… -Pigarreou. -Eu trouxe algunas roupas para você, vou deixa-las aqui no balcão.

-Obrigado… Você não vai tirar esse terno nunca? 

-Eu nem me lembrei que ainda estava usando, essa gravata já está me sufocando. - Diz a afrouxando. -Vou deixar você terminar.

 

Logo que ele se retira do banheiro me apresso em terninar o banho, estou exausto. Ao sair Kageyama entra logo em seguida, as roupas que ele me deu não serviram ficaram um pouco maiores do que as que costumo usar, mas levando em conta que ele é mais alto que eu já era de se esperar.

As roupas cheiram bem… Elas tem o cheiro de Kageyama.

Enquanto ele toma seu banho eu seco meu cabelo, o quarto dele é muito agradável, me sento em sua cama e parece que seu cheiro está em tudo, isso me deixa… Carente? Confortável?

 

(…)

 

-Hinata… Hey… -Sinto algumas cutucadas, ainda sonolento tento processar oque está acontecendo.

-Kageyama? 

-Não previsa acordar apenas… Preciso que solte minha camisa.

-Uh? 

-Sabe… Eu iria usar para dormir…

-Ah sim… 

 

 

“Espera, OQUE?”

 

Quando abro os olhos Kageyama está com o cabelo ainda úmido do banho e sua pele tem um cheiro gostoso de sabonete, eu estou agarrado em sua blusa em uma tentativa meio boba de aninhar em sua cama, mesmo ele estando aqui.

-Me desculpe, eu não queria…. Foi meio que automático…

-Não precisa se desculpar. - Ele solta um riso e coloca sua camiseta.

-Foi bem bonitinho ver você todo enroladinho em minhas cama.

-Foi vergonhoso! Minha nossa, por que fiz isso?

-Eu gostei.

-Eu estou muito envergonhado! Vamos dormir logo e esquecer isso! 

-Certo, certo… - Ele se acomoda em meu lado. -Eu não sei vou conseguir ir amanhã.

-No enterro?

-Sim, eu não sei se consigo ver, na verdade, me preocupo se consigo chorar.

-Se consegue chorar? 

-Pra mim a morte é algo triste de certa forma, mas, é algo que todos esperamos porque sabemos que vai acontecer um dia, quando alguém morre não sabemos se há algo pós.

-Realmente isso é um assunto delicado. - Me acomodo em seu peito.

-Eu acredito que as pessoas não vão para um céu ou um inferno, o pós vida é igual para todos.

-Eu não sei, eu não tenho um opinião certa sobre isso.

-Me preocupo se conseguirei chorar porquê não quero ser visto como o insensível da família.

-Você havia chorado a pouco tempo atrás.

-Aquela hora foi diferente.

-Você não é… -Digo sonolento. -Você tem sentimentos incríveis guardados.

-Obrigado… Por tudo… - Sinto um beijo em minha testa antes de pegar no sono.


Notas Finais


Explicarei o corte de cena nas notas do próximo capítulo.


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