História Yokai - Jack - Capítulo IV

Aquele dia estava diferente de uma sexta-feira comum, Naruto não havia comparecido ao necrotério e passara o dia com a esposa. Ambos permaneceram na cama pela maior parte do dia, queriam descansar para a ida ao jantar na casa de Sasuke. Além disso, o início da noite os levou para a pequena biblioteca ao invés da cozinha.

Hinata havia decidido que levaria algo para presentear a filha do delegado. De acordo com a morena, a garota não tinha culpa do pai que tinha e merecia algo que lhe ajudasse a passar o tempo para não contrair as doenças do pai, a arrogância, a prepotência ou qualquer uma das outras mil que ela poderia listar.

Depois de muito pensar, resolveram por entregar um dos vários livros que estavam parados ali. Sim, muitos haviam sido dados como presentes para os dois, mas eram tantos que faltava espaço para guardá-los.

- Acho que esse é melhor. - o loiro apontava para o livro que estava na mão esquerda da esposa.

- Ela tem 15 anos, não é? - ele assentiu - Acho que ela não iria gostar de um conto de fantasia.

- O que você lia na idade dela?

- Esse aqui era o meu favorito. - tirou da prateleira um livro grosso, com a capa preta e com páginas amareladas, que denunciavam a idade do objeto - É uma das cópias do diário da bruxa mais poderosa da casa de Hécate. - ele a encarou com uma das sobrancelhas arqueadas - Supostamente. - deu de ombros - Minha avó disse que ela é uma das antepassadas da família Hyuuga e que meu nome foi uma homenagem a essa bruxa.

- Não acha que é valioso de mais? E não sei se ela vai entender bem. - ele pegou o livro e o abriu em uma pagina aleatória - A escrita é bem complicada e não conhecemos ela, a única referencia que temos é o pai, que não parece ser tão inteligente. - ela queria discordar e defender a garota, mas não foi possível - Guarde o livro da sua avó, ela te deu por um motivo. - devolveu o livro a esposa.

Ele já havia lido aquele "diário". Não eram contos quaisquer, eram resumos de várias aventuras narradas por uma mulher que possuía poderes mágicos. Ele não acreditava tanto em histórias de bruxas, mas conheceu a avó de Hinata o suficiente para dizer que a senhora só não era praticante de magia por culpa do destino, que não lhe dera o dom.

Aquele diário foi entregue nas mãos de Hinata como presente em seu aniversário de dez anos. Naruto sabia da importância daquilo e também que a morena era capaz de se desfazer de um bem tão preciso, se isso pudesse ocasionar uma mudança positiva na vida de alguém. Então era trabalho dele impedir que aquele livro deixasse a biblioteca particular dos dois.

- Se quer fazer ela pensar, acho que seria melhor esse aqui. - estendeu o livro entitulado de "O Corvo" e escrito por Edgar Allan Poe.

- Boa ideia. - pegou o livro e rapidamente se dirigiu a pequena mesa que havia ali, pensou um pouco e logo pegou uma pena e escreveu algumas poucas linhas nas primeiras páginas - O nome dela é, Sarada, correto? - perguntou sem tirar os olhos das palavras que escrevia.

- Isso.

- Pronto. - terminou e virou o exemplar para o marido, o mostrando o que havia feito.

"O mundo não é para os homens e sim para aqueles que são capazes de enfrenta-lo.

Tenha coragem e lute pelo que acredita ser certo.

Para: Sarada Uchiha

De: Alguem que nunca desejaria o seu mal, mesmo não lhe conhecendo bem".

- Belas palavras. - elogiou antes de por o livro sobre a mesa e deixa-lo aberto para que a tinta não fosse borrada pelas outras páginas.

- Obrigada. Acho que devíamos nos aprontar. - olhou para uma das paredes, onde havia um relógio - Ele disse que devíamos chegar as nove, já são oito e trinta. - o loiro levou um pequeno susto e desviou os olhos para o relógio. Haviam ficado tempo de mais escolhendo o livro de Sarada.

Preocupados com a possibilidade chegarem atrasados, o casal conseguiu ficar pronto para a festividade em pouco menos de uma hora, saindo de casa as nove e vinte.

Como já era de costume, os dois ganharam a atenção de muitos quando pararam com o carro em frente a mansão dos Uchiha, já que não era todo dia que se via um automóvel.

Era fácil notar que aquilo não se tratava de um pequeno jantar. Havia um grande número de pessoas próximas a grande porta e inúmeras carruagens ao longo da rua. Até mesmo fotógrafos estavam espalhados pela multidão.

Mesmo achando estranho, o casal resolveu ignorar aquilo e seguiram para dentro da residência. Logo na estrada, haviam dois homens recebendo os convidados e recolhendo sobretudos e chapéus. Não viram problema em deixar suas coisas com os simpáticos homens e logo adentraram a casa procurando por Sasuke e sua filha homenageada.

A cada passo dado tinham a impressão de que o lugar ficava mais cheio. Avistaram Sasuke em um ponto da sala de visita, ele conversava e ria com um grupo de homens, onde a grande maioria carregava copos de whisky e charutos nas mãos. Antes mesmo de se aproximar Hinata sabia que o cheiro ali não devia estar nada bom.

Ainda que estivesse concentrado na conversa, Sasuke conseguiu identificar Naruto entre os outros vários convidados e foi em sua direção para cumprimentá-lo. Depois de um aperto de mão, Naruto era arrastado para perto dos homens que conversavam com o Uchiha, com Hinata ao seu lado.

Ao pararem próximos aos imponentes chefes de família, os olhares de todos caíram sobre Hinata, que sabia o porque de todos lhe encararem, mas preferiu sorrir e encará-los de volta.

- Senhores, esse é Naruto Uzumaki. Médico legista do necrotério do distrito de Whitechapel. - apresentou o loiro e apenas ele.

- Não era o Orochimaru? - um dos homens falou antes que Naruto tivesse a oportunidade de explicar algo.

- Trabalho com ele. É um prazer conhecê-los, senhores. - estava sorrindo, como era de seu costume. Ele notou que os olhos dos homens a sua frente recaiam sobre Hinata e isso causou um instante de silêncio.

- Essa mocinha é sua acompanhante? - um deles, claramente um dos mais velhos, e, sem dúvidas, o mais alto, se referiu a Hinata antes que Naruto pudesse apresenta-la adequadamente.

- Hinata. Minha esposa.

- É um prazer conhecer os senhores. - eles não notaram o sorriso forçado dela, mas seu esposo foi capaz de notar, era fato que ela estava mais que desconfortável.

A fala dela pareceu ser ouvida como algum tipo de afronta para os mais velhos, mesmo que não fosse. Eles a observaram cuidadosamente dos pés à cabeça, alguns se mantiveram sérios e apenas ignoraram a presença da mulher ali, outros deixaram que sorrisos maldosos crescessem em seus lábios e fitavam, principalmente, os seios da mulher.

Hinata não foi a única a notar aquela comportamento, Sasuke viu aquilo e se permitiu sorrir, queria ver o tempo que duraria a pose de superioridade dela. Já Naruto se viu irritado diante dos olhares nada discretos, eles encaravam sua esposa da mesma forma que um cão olha um pedaço de carne e ele sabia que ela não poderia dar uma boa resposta.

- Se nos dão licença, gostariamos de entregar algo a sua filha, Sasuke. - falou enquanto vira para o Uchiha, que estava atrás de si e ainda foi capaz de notar o sorriso irônico do moreno, que sumiu no instante em que ele virou - Poderia dizer onde ela esta?

- Nos jardins atrás da casa, está com a mãe e mais algumas convidadas. - explicou brevemente antes de entornar o resto de bebida que havia em seu copo - Os levarei até lá.

Sem anunciar a saída aos que conversavam com ele até momentos atrás, o moreno passou a guiar os Uzumakis até os fundos da casa e aproveitou para puxar assunto.

- Pensei que trariam mais alguém. - ele andava mais a frente do casal, mas não muito distante, e falou um pouco mais alto para que ambos pudessem escutar.

Os dois acharam um tanto quanto estranho, mas tinham em mente ao que ele se referia. Porém, como em várias outras vezes, preferiram fingir que não haviam entendido a fala do moreno.

- Quem mais poderíamos trazer? - Naruto perguntou, fazendo questão de destacar o bom humor em sua voz.

- Filhos, talvez? - fora direto e recebendo o silêncio como resposta, resolveu continuar - Sabe, são algo importante para manter o legado da família. Apesar de eu ter sido fraco e gerado uma mulher antes de um homem. - em um movimento estranho, que tomou a atenção de Hinata antes que ela o respondesse, o Uchiha olhou para o lado e chamou a atenção de alguém - Madara! - assim um garoto foi a seu encontro.

Ele era extremamente parecido com Sasuke, aparentava ter por volta de 12 anos. Vestia um terno bem alinhado e em nenhum momento pareceu esboçar um sorriso ou qualquer outra expressão que não fosse a de tédio e indiferença.

- Esse é meu filho mais velho. - segurava os ombros do garoto e deixava que um pequeno sorriso de orgulho tomasse conta dos seus lábios - Madara, esse é o Dr. Uzumaki, ele trabalha comigo.

- Seja bem vindo a nossa casa e sinta-se a vontade. - o tom de voz do garoto era frio e estranho para uma criança.

- Poderia levar a senhora Uzumaki até sua irmã? Gostaria de conversar com o senhor Uzumaki. - o garoto assentiu e logo pediu para que Hinata o seguisse.

A morena preferiu não contradizer o Uchiha, afinal estava em sua casa, mas ainda alimentava a raiva que sentia por sempre ser ignorada quando estava o lado do marido. Contudo, não podia negar que queria pular de alegria ao saber que não precisaria passar a noite ao lado de homens arrogantes e mal cheirosos, que só a enxergam como mero objeto que serve apenas para ter filhos e satisfazer os desejos do marido.

Já Naruto, não se sentiu tão contente por ser separado de Hinata. Ele também não gostava de estar entre pessoas arrogantes, preferia mil vezes estar na companhia de sua esposa, conversando sobre qualquer assunto, do que falando de negócios e mulheres com velhos amargos. Mas como era um mero convidado, precisaria seguir conforme os pedidos do anfitrião, até onde aquilo não o prejudicasse.

Eles voltaram para o grupo dos senhores e retomaram a conversa animada. Todos ali eram ricos investidores ou tutores de grandes heranças que pertenciam as suas esposas. Em pouco tempo Naruto estava farto da conversa e seu tédio apenas piorou quando os homens passaram a falar sobre os gastos.

Danzou era o mais alto e um dos mais velhos, o moreno só era mais baixo que o próprio Naruto. Esse homem trabalhava como o pai de Sasuke e organizava a segurança da grande cidade. Foi ele quem começou a conversa.

- Estou para pedir um aumento ou precisarei economizar com meus charutos para manter minhas acompanhantes. - riu alto, sendo acompanhado pelos demais, apenas por exceção do loiro.

- É por isso que mantenho as minhas como empregadas em minha casa. - explicou o mais velho dali, aparentemente, Hiruzen era um antigo servo da família real, que recebia por seus trabalhos, mas só conseguiu enriquecer de verdade quando foi demitido e vendeu várias histórias sensacionalistas da família da rainha para um dos maiores jornais da cidade.

- E o senhor, Naruto? Parece ser jovem, usa todo o pagamento com mulheres ou charutos e bebidas? - brincou um ruivo de cabelos compridos. Ele era bem acima do peso e se chamava Choza, era um juíz bem abastado.

- Uso meu pagamento para manter minha casa e meu estilo de vida. - bebeu um pouco do conteúdo do seu copo - Sempre compro uma bebida ou outra, mas apenas isso.

- É incomum que alguém na sua idade não fume ou não procure por prostitutas.

- Meu pai, assim como meu sogro, nunca gostaram do cheiro ou do gosto dos charutos e, por conviver bastante com os dois, acabei não tendo interesse pelo fumo e não preciso de prostitutas, sou casado, a única que já desejei e desejo ao meu lado é minha esposa.

- Uma mulher que não pode lhe dar filhos? E que esta começando a envelhecer? - Sasuke riu alto com o próprio comentário - Não pensa em arrumar alguém mais útil? - ele claramente estava bêbado, o que fez Naruto não ter tanta raiva de sua fala.

- Delegado, acho que suas indagações são bastante evasivas, se temos filhos ou não é um assunto que só diz respeito a nós dois e se todos dizem que sou jovem, não enxergo velhice em uma pessoa mais nova que eu.- os homens fizeram silêncio e apenas encararam Naruto, era notável que ele não possuía interesse em explanar sua vida pessoal como os outros ali.

- Tão inteligente, tão belo, tão acolhedor com as mulheres. - a voz com sotaque estrangeiro chamou a atenção de todos - O dia foi bem corrido sem sua companhia, Naruto. - desviou os olhos do loiro e focou nos outros presentes - Como vão, senhores? - o som esticado do "s" deixava uma marca registrada.

Naruto não precisou virar a cabeça para notar que se tratava de Orochimaru, até porque ele já estava ao lado do Uzumaki e com o braço jogado sobre os ombros do loiro. Os velhos ao redor não dirigiam o olhar para o médico de cabelos pretos. Eles pareciam desconfortáveis com a presença do mesmo.

- Delegado Uchiha, devo dizer que sua casa é magnifica. - deixou os ombros de Naruto e se aproximou de Sasuke - E gostaria de apresentar meus filhos, Jirobo, Kimimaru e Mitsuki. - os três encaram o Uchiha sérios, esse apenas deixou que um sorriso de canto nascesse - Faça uma boa escolha. - a última frase foi dita em tom baixo e destinada apenas à Sasuke.

O delegado de polícia passou os olhos pelos três a sua frente, os analisando. Jirobo, claramente, o mais velho, era acima do peso, tinha cabelos alaranjado curtos e olhos escuros. A postura dele e o semblante de mal humor, além da altura, eram capazes de torná-lo assustador. Kimimaru, o mais novo, Sasuke lembrava dele, fora o garoto que lhe instruiu sobre as cobras, era o mais frio, tinha cabelos grisalhos e olhos bem claros, mas sem brilho, seus cabelos eram compridos e partidos ao meio. Por fim, Mitsuki, os cabelos platinados e curtos, mas não como os do irmão mais velho, os olhos amarelos lhe davam uma semelhança com Orochimaru e o deixava tão medonho quanto o mais velho.

Os três eram bem instruídos por Orochimaru, fariam qualquer coisa que o mesmo mandasse, desde conversar sobre um assunto qualquer com um dos velhos influentes daquela festa, até... Matar alguém. Não passavam de soldados treinados.

- Pensei que tivesse quatro filhos. - um dos homens próximos falou.

- Tenho uma filha, que não pôde comparecer a essa noite festiva. - o sorriso malicioso sempre estampava seu rosto, não importa o que falasse.

- Ela poderia estar andando em busca de novos clientes pelas ruas frias das periferias da cidade? - o questionamento veio de uma voz feminina atrás de Orochimaru. Apesar do claro insulto, o médico mais velho apenas se pôs de frente a que falara, com um grande sorriso no rosto.

- Não gosto de trazer minha menina para um ninho de cobras. - todos ficaram visivelmente irritados com a resposta de Orochimaru, com exceção de Naruto, que teve vontade de rir - Mas continua boa em criar matérias sensacionalistas, senhora Nara.

A mulher parada a sua frente era Temari Nara, esposa do editor chefe e diretor do maior jornal da capital inglesa, Shikamaru Nara, que estava de braços dados com a mulher e apenas se divertia com as provocações que ela distribuía. Desde um anos depois de casada, Temari ajudava o moreno dando vida a ilustrações e criando matérias escandalosas para o jornal.

Mesmo que a loira fosse alguém com grande influência, foi recebida da mesma maneira que Hinata. Ela já sabia que não poderia permanecer naquele lugar, então deu as costas aos homens que ali estavam e seguiu para os jardins, onde sabia que todas estariam.

Ao longe, Shikamaru olhava a mulher andando e ria dos olhares incrédulos dos mais velhos. Ele já havia se acostumado com o temperamento explosivo da esposa e, com o tempo, aprendeu a gostar daquilo.

- O senhor ta olhando pra bunda dela de novo. - um dos rapazes que estava ao lado de Shikamaru o alertou, fazendo-o desviar o olhar.

- Velho pervertido. - o outro falou, fazendo o moreno baixar a cabeça.

Aqueles eram Shikadai e Shiki, respectivamente, ambos filhos de Shikamaru e Temari, que em poucos meses completariam seus 18 anos. Entre os jovens, poderiam ser considerados uns dos mais novos da casa, naquele momento. Os dois eram extremamente parecidos com o pai, mas acabaram por herdar os olhos verdes da matriarca.

Naruto achou graça da família, do temperamento forte de Temari, que lhe lembrava um pouco de Hinata, do diálogo aberto dos filhos com o pai e do semblante cansado de Shikamaru, que ainda assim não deixava a postura de lado.

- Vocês deviam me respeitar mais. - reclamou com os dois que o encaram com o mesmo semblante de tédio, fazendo Shikamaru suspirar - Você os cria com tanto carinho e é tratado assim.

- São crianças ainda. - comentou Naruto chamando a atenção do Nara - Naruto Uzumaki. - estendeu a mão para que o moreno pudesse apertá-la.

- Shikamaru Nara. - respondeu apertando a mão do loiro - É o primeiro que os considera crianças.

- Não faz muito tempo que tive a idade deles, a única coisa boa que fiz nessa época foi pedir minha atual esposa em casamento.

- Imagino que pense mais que os velhos daqui. - maneou a cabeça indicando, discretamente, os homens que agora conversavam com Orochimaru.

- Se respeitar a todos foi pensar, então, sim.

- Se não se importar com o cheiro do charuto, gostaria que nos fizesse companhia. Festas assim costumam ser problemáticas e é bom ter alguém para conversar.

- Seria um prazer. - o Uzumaki respondeu sem pensar muito. Naquele momento qualquer coisa era melhor que velhos bêbados que tinham orgulho em dizer que traiam as esposas.

Os quatro procuraram por um lugar que não estivesse tão cheio, acabaram em um ponto próximo a escada, onde eles poderiam ver o movimento da casa, mas não estavam entre tantas pessoas. Como jornalista, Shikamaru conhecia várias pessoas e, consequentemente, sobre suas vidas, o que rendeu vários assuntos com o Uzumaki, que acabara conhecendo pessoas mais influentes quando frequentava bailes com a família de Hinata.

A conversa fluia bem entre os quatro. Hora comentavam a vida alheia, hora falavam sobre trabalho e assim se seguiu a noite, até que a atenção de todos foi roubada pela chegada e de dois dos homens mais conhecidos de Londres. O primeiro fazia parte de uma família cujo ramo era a compra e venda de joias preciosas, aquele homem era Toneri Otsutsuki, ao seu lado havia uma mulher com brincos e colar cravejados de diamantes, sua esposa, Shion.

Apesar de estar acompanhada do Otsutsuki, ela conversava animadamente com outro pessoa, seu irmão, o outro que chamara a atenção ali. Ele trabalhava com exportações, tinha vários navios no porto e era o principal representante dos negócios de sua família, uma grande alfaiataria que fabricava roupas tanto femininas, quanto masculinas. Ele era um amigo antigo de Naruto e também seu cunhado. Neji Hyuuga.