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História Yoon: Origem - Sope (Hiatus, sendo reescrita) - Memórias perdidas


Escrita por: Blueberrytk_

Notas do Autor


Yoon chega com mais um capítulo.

Não esqueçam de favoritar e comentar! ⭐

Boa leitura blueberries! 💙
(Deve conter erros, reviso depois)

Capítulo 47 - Memórias perdidas


Fanfic / Fanfiction Yoon: Origem - Sope (Hiatus, sendo reescrita) - Memórias perdidas

"Espero que o vento que passa,
leve este coração e o entregue.
No meu mundo sem o sol e a lua,
só você faz esta flor desabrochar."

Shin Yong Jae - Feel You

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Com a energia do departamento restabelecida, Jin rapidamente conseguiu acesso liberado às travas de segurança, libertando a todos de suas prisões temporárias.

 

Analisando as imagens das câmeras, no mesmo tempo em que andava para fora do quarto, notando uma figura desconhecida andar em direção ao alojamento de Hoseok, e acenando para as câmeras.

 

Reconheceu que as roupas usadas eram as mesmas que os projetos trajavam na maior parte do tempo. Uma falha na imagem surge junto do chiado, as lentes focaram-se na pessoa mascarada, antes que tudo fosse desligado. Jin soube imediatamente quem seria o alvo.

 

— Hoseok. — Sussurrou.

 

Fechando o aparelho em suas mãos, o agente correu sendo seguido por Kim. Parando sobre a porta aberta, não encontraram vestígios da permanência do escritor.

 

Os dois agentes diante do alojamento, se entreolharam.

 

— Nam, ele foi levado. — Proferiu.

 

Namjoon, que permaneceu calado, virou o rosto olhando ao longe um ponto cego do ambiente, com sua mente levando para uma recente memória com o projeto.

 

— Yoon, estou curioso. — Sentando-se na superfície do tablado, Namjoon levava sua garrafa de soju, quase esvaziada, até a boca recém machucada. — Vejo como age ao lado dele, mas como pode ser assim com alguém, se foi criado sem qualquer afeição? — Arqueando a sobrancelha, apontou para que o projeto lhe acompanhasse, ainda que estivesse com a respiração falha, conseguia falar sem pausas.

 

Yoon, ofegante e hesitante, olha ao redor da sala vazia de treinamento. Estiveram horas, presos naquele lugar, sem perceberem o tempo passar.

 

Treinar com Namjoon era a única parte que gostava, quando estava longe de Hoseok.

 

Por mais que estivesse se aproximando dos outros projetos e dos agentes, ele sentia que devia ficar alerta, não se permitindo sentir paz, e confiante em relação aos outros envolvidos.

 

Suspirante, andou até o homem, limpando seu suor no próprio tecido úmido e marcado pelo próprio sangue. Havia permitido ser atingido por uma adaga que o agente portava nas mãos, em troca de uma conciliação do passado. Sentando-se do lado imposto para ele, uma bebida foi oferecida, na qual Yoon prontamente aceitou.

 

O projeto balançando a garrafa, produzindo um redemoinho na parte interna, bateu seu cotovelo no fundo dela, aumentando o teor alcoólico na superfície. Virando o rosto para o lado na procura de um copo, era observado pelo agente que balançou a cabeça em negação por ser chamado de mais velho indiretamente, porém, um sorriso denunciava não estar bravo.

 

— Não respondeu a primeira pergunta e já quero saber quem te ensinou a beber. — Rindo, bebericou o líquido restante, para que pudesse pegar outra garrafa. — Não seja formal comigo, beba da garrafa mesmo, estamos somente nós dois aqui e sei que você não vai ficar bêbado, seu corpo te favorece e devo dizer que também tenho meus privilégios. — Deu por fim sua fala com um sorriso fechado, inclinando a cabeça.

 

— Fofinho, me ensinou. — Disse ele, sorrindo para o homem. — Ele falou que um dia precisaria fazer isso com um amigo. — Com o conteúdo destilado sendo jogado em sua boca, sentiu a sensação do gosto suave e adocicado no paladar.

 

— Não imaginava que ele te ensinaria algo do tipo. — Riu. — Um ponto positivo para o escritor. — Os dedos presos na garrafa, a ergueram.

 

— Ele sempre procura me ensinar diversas coisas. — Afirmou, gesticulando com sua mão segurando a garrafa recém aberta. — E respondendo a pergunta, já tive alguém antes, alguém que me deu tudo que podia. — Olhando para frente, suspirou. — Mantive a memória dela intacta, para que pudesse ter aquilo que desejou para mim, fora daquele lugar. — Olhando para bebida, ingeriu.

 

— Então, nem sempre esteve sozinho? — Perguntou tendo os olhos mais abertos que o normal, levando a segunda rodada a boca. — Hm, quem era? — Levando seu dorso da mão na comissura labial, limpou o resquício da bebida.

 

— Minha mãe. — Revelou, fazendo Namjoon morder os lábios, sentindo o gosto doce do líquido, amargar. — Ainda era criança quando ela passou a me ensinar as últimas lições. Mesmo que fossem poucas, me aproximaram dele. — Levou o conteúdo destilado e suave, ingerindo rapidamente.

 

— Sinto muito. — Se pronunciou, olhando para a garrafa que segurava. — Elas sempre se sacrificam por nós. — Murmurou.

 

— É. — Bebericou. — Hm, a sua também morreu? — Virou rapidamente para olhá-lo.

 

— Infelizmente. — Suspirou. — Não pude protegê-la.

 

— Te entendo, também não fui capaz, era pequeno para entender. — O sorriso de canto foi esboçado no rosto alvo.

 

— Por isso é muito protetor com ele? — Viu o homem afirmar com a cabeça.

 

— Você também é com Jin, e se deixar do jeito que está, ele não vai conseguir entender seu lado. Mesmo não concordando de modo que agiu, ainda penso ter uma solução para vocês dois. — Yoon ao encarar o agente, podia entendê-lo.

 

— Fiz apenas pensando no meu medo de perder mais alguém, mas acabei, afastando e ferindo quem mais prezo. — Erguendo a garrafa, o líquido havia perdido de vez o sabor adocicado.

 

Virando o corpo, pegou duas latas de cerveja, ficando com uma e entregando outra ao projeto que maneou a cabeça sorrindo. Estavam selando uma noite com bebedeira e lamúrias, fazendo ambos sentirem como se fossem pessoas comuns.

 

— Sabe, não me imagino perdendo ele. — O projeto citou. — Fofinho, foi se tornando algo vital para mim, ainda é confuso, mas essencial.

 

— O que seria capaz de fazer? — Sua curiosidade o levou a perguntar, recebendo um silêncio momentâneo do homem.

 

— Sinceramente? Prefiro uma situação não ocorrer, porque não sei o que faria. — Balançando a garrafa, via atentamente o redemoinho ser formado. — Talvez perderia a cabeça? Não quero imaginar. — Deixando de lado a garrafa de vidro, virou o lacre da lata, direcionando até o agente.

 

— Então, que isso não aconteça. — Brindou, antes de ingerir.

 

— Quero escolher confiar em você, Namjoon, e por ter alguém como eu tenho, pode dar um primeiro disparo, mas não permita que o demônio seja liberto na hora errada. — Pediu, olhando fixamente para o agente.

 

— Fechado. — Afirmou, retrucando o olhar.

 

— Namjoon! — Jin chamava pelo agente perdido na própria mente ao escutar que Hoseok havia sido levado. — Ele foi levado, precisamos ir até o Yoon! — Dizia exasperado, ganhando atenção do homem.

 

— Yoon… — Murmurou para o agente. — Cadê ele? — A boca estava fortemente comprimida, enquanto os fios eram puxados para trás.

 

— As câmeras mostraram ele preso na sala de treinamento. Consegui recuperar os controles do prédio, após o ataque interno. — Passaram a andar, apressados pelos corredores, com pessoas transitando no espaço fechado, e alguns agentes reconhecidos pelo casal. — Mas a sala permanece trancada com ele tentando sair. — Falou Jin, que tinha seu corpo esbarrado pelas pessoas.

 

— Seulgi e Park, onde estão? — Namjoon, com a mão estendida na frente do homem, impediu das pessoas colidirem contra o agente Seok, que tinha em seus braços um aparelho portátil novamente ligado e olhos voltados para ele.

 

Olhou rapidamente para o monitor, erguendo uma sobrancelha. Os lábios comprimidos, mostrando uma de suas covinhas. A imagem de Yoon sendo mostrada, lhe afligiu.

 

— Você ficou muito tempo parado, e olhando para o nada. — Resmungou sentindo as mãos do homem tocarem no monitor, recebendo um pedido de desculpas baixo dele. — Eles foram para a ala de treinamento, conferir se tinha alguém por perto do Yoon, e você deveria voltar para o alojamento, posso seguir o caminho sozinho. — Advertiu o agente, descendo seus olhos para as faixas aparentes.

 

— Agente Kim! Espere, Agente Kim! — Gritou uma pessoa ao longe.

 

Namjoon olhou para trás ao ouvir ser chamado, reconhecendo a voz do agente Kang. As mãos e o rosto do homem eram as únicas coisas que se podia ver, na tentativa de atravessar pelas pessoas, sendo puxado pelo dono do nome proferido.

 

— Agente Kang, por que existem tantas pessoas aleatórias no departamento? — Perguntou.

 

— Hoje foi um dia de recrutamento, estávamos em atividade quando tudo desligou e no desespero de alguns recrutas com gás inesperado, as pessoas se espalharam ficando presas em vários lugares. — Comunicou.

 

— Um dia com entrada liberada e de acesso mais fácil, é um dia perfeito para se infiltrar. — Jin murmurou para Namjoon que assentiu.

 

— Desloque essas pessoas ao lugar certo e ordene grupos para que cerquem o prédio, Jin manterá tudo fechado, ninguém tem permissão de sair até que ordens superiores às minhas sejam dadas!

 

— Entendido, Senhor. — Assentiu, seguindo as ordens do agente oficial.

 

— Jin. — Virando-se para o homem. — Irei com você até ele. — Proferiu com tom elevado, pelo barulho emitido ao redor.

 

— Precisa voltar! — Insistindo, parou seu andar virando para o homem. — Você não teve tempo de se recuperar, Nam.

 

— Sei disso, mas estou bem. — Disse tocando no ombro do agente. — Preciso ir até ele.

 

— Não seja tão cabeça dura, você não viu como ele estava hoje, imagina quando souber que o levaram. — Os olhos tremiam ao olhar para Kim, tendo a sensação de ter algo preso na garganta.

 

— Dessa vez, estarei presente para lidar com ele. — Olhou nos olhos do Kim, a qual negava em silêncio. — Amor, não temos tempo a perder, ele estava sob nossa proteção e falhamos nisso. — A voz grave soou lentamente, à medida que era empurrado para perto de Jin, friccionando seus corpos momentaneamente. — Vou com você, me passe a arma, eu mesmo irei disparar.

 

— Nam, você não… — Murmurou.

 

— Estou confiando em você como tanto queria, certo? Agora confie em mim para lidar com Yoon. — Levando os lábios até a testa do agente, beijou a região rapidamente.

 

Abaixando uma pálpebra, levantou um músculo da bochecha entregando uma piscadela ao agente. Aproveitando que Jin se distraiu, pegou a arma acoplada no coldre recebendo protestos do agente.

 

Passando rente pelo agente, que logo o seguiu, marchou em direção ao projeto, perguntando-se como iria comunicar o sumiço do seu escritor.

 

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— Cadê eles? Do jeito que Yoon está golpeando, não me surpreenderia se isso cedesse a qualquer momento. — Disse Park, sentado sobre a superfície de uma caixa, com o rosto virado para a entrada da sala.

 

— De qualquer forma ele vai sair, mas precisamos deles com a droga, ou isso não será muito divertido de lidar. — Seulgi tinha os dedos sobre o lábio, andando de uma ponta a outra escutando as batidas proporcionadas pelo projeto preso.

 

— Não será divertido? Justamente você falando? — Rindo, fechou os olhos com as mãos sobre a barriga. — Vejo que finalmente o Kim pilhérico, está evoluindo de mentalidade. — Inclinando seu corpo, Park se apoiou com a palma das mãos, balançando as pernas.

 

Sorrindo de canto, olhou fixamente a imagem de Seulgi, que parou os movimentos. Sua fala fez o agente virar parcialmente o rosto sobre os ombros largos na direção do homem, entregando seu rotineiro sorriso com a língua umedecendo a boca.

 

— Não me culpe por ser a graça da família Kim. — Abrindo os braços, direcionou os dedos para si. — Aliás. — Caminhando até Park, ficou próximo do rosto alheio, mordeu o lábio inferior. — Você reclama de minhas atitudes quando existem pessoas ao redor, mas fica solto quando estamos a sós, porque não se decide, marrentinho? — Olhando fixamente a íris âmbar, sabia o próximo movimento.

 

Elevando a mão para o lado oposto do próprio rosto, o agente segurou no punho direcionado a si.

 

— Wow! Não está mais aqui quem falou. — Disse ao ver o semblante fechado. — Marrentinho.

 

— Quer morrer? Isso você diz para… — O som de uma tosse forçada atraiu os pares de olhos semicerrados.

 

Virando os rostos em sincronia, viram a figura dos agentes tão aguardados por eles. Voltando a se olharem, afastaram-se.

 

— Vocês não cansam? — Perguntou Namjoon, arqueando a sobrancelha, intercalando seu olhar para os dois homens.

 

Enquanto Park olhava para o teto evitando olhares sobre ele, tendo os braços cruzados, puxou o canto da boca. Seulgi andou até Kim, com suas mãos indo aos fios negros da nuca, carregando um sorriso arteiro e de covinhas.

 

— Minha alegria diária, irmão. — Disse Seulgi, envolvendo os braços no pescoço do homem, levando um fraco soco pelo aperto na área sensível.

 

— Canso, mas seu irmão não perde a chance de me importunar. — Resmungou o projeto, saltando do elevado, ficando de pé na espera que ambos se aproximem. — Não julgam que ele já deveria saber? Está na hora, Yoon está há um tempo golpeando.

 

— iremos dizer. — Murmurou Jin, mantendo sua visão fixa na tela a procura de possíveis informações do invasor, sem encontrar. Foi capaz de lembrar um detalhe. — Mas antes, Park. — Erguendo a cabeça, chamou pelo homem.

 

— Diga. — Respondeu simples.

 

— Conhece? — Virando o aparelho na direção do projeto, ele mostrou a imagem congelada do responsável por levar Hoseok. — Você era o mais próximo de Yejun, deve conter algo nessa gravação que te faça recordar.

 

— Hm. — Murmurou. Caminhando com os dedos sobre seus lábios carnudos, passeando lentamente sobre ele, esboçou um pequeno sorriso ao ver um símbolo na figura da filmagem.

 

A marca de cruz na máscara, fez o projeto ter certeza de quem era.

 

— Nulo, é um peão valioso para Yejun, não está do lado da lei e nem contra. Apenas faz um serviço que melhor lhe render dinheiro. Não se pode achá-lo, a menos que ele queira ser encontrado por quem o procurar, e não é qualquer um que ele cede, mas abre exceção ao criador.

 

— Por que está sorrindo, marrentinho? Conhece tão bem assim? — Seulgi, desfazendo o contato com Namjoon, encarou o projeto à sua frente, que revirou os olhos, desistindo de questionar.

 

— Gostaria, somente pude ver uma vez fora da corporação, e para chamá-lo, deduzo que Yejun esteja desesperado pelo escritor.

 

— Temia isso. — Jin, olhando pelo canto dos olhos para Namjoon, suspirou.

 

— Ele já deve ter conhecimento sobre os olhos, mas como? — Falou encarando o namorado.

 

— Assim como estávamos infiltrados na corporação? Deve haver alguém aqui que seja aliado dele. — Afirmou, escutando as batidas contínuas sobre a porta metálica.

 

O som estrondoso não cessava, Yoon tinha suas mãos cobertas pelo sangue e respiração ofegante. Seus olhos negros estavam novamente tomando conta de si, e o líquido vermelho escorrendo de seus punhos até o chão não fazia cogitar parar, ele tentaria sair.

 

Podia ouvir vozes do lado de fora, mas não era nítido as palavras ditas. Sabia que era mantido preso de propósito, o que o deixava desgostoso e enfurecido, por apenas querer ir atrás de uma única pessoa.

 

Sua intuição gritava, dizendo que algo aconteceu, mesmo desejando com todas as forças estar errado.

 

— Abram! Sei que estão aí, abram essa porra! — Gritou, voltando a golpear o metal.

 

A sua voz era pesada, atraindo atenção de todos que estavam do lado contrário. A conversa interrompida, teria sua continuação longe do projeto que não seria capaz de colaborar no estado que estava.

 

— Jin, abra! — Namjoon se posicionando na entrada, pegou a arma presa no cós da calça, a erguendo na altura dos ombros, sentindo uma pequena fisgada no tórax pelo movimento.

 

— Certo! — Proferiu, tendo os dedos na tecla de liberação.

 

— Vocês dois, posição na lateral. — O agente armado ordenou.

 

Seulgi e Park se apressam a correr, se escondendo nas laterais, estando prontos para segurarem Yoon. O som das travas sendo liberadas, com pouco a pouco revelando a parte interna da sala, juntamente do homem trancafiado.

 

De costas esguias, inclinado para frente, Yoon tinha a cabeça baixa. As mãos manchadas, com braços balançando minimamente, e suspendidos com gotas de sangue formando uma pequena poça.

 

A respiração exasperada e profunda invadiu as audições dos homens, que tinham o cheiro de ferro invadindo as narinas.

 

— Cadê ele? — Perguntou ofegante, com sua voz rouca.

 

— Irei te responder quando voltar ao normal. — Respondeu o agente armado.

 

— Cadê ele? — Erguendo a cabeça, apenas um dos olhos não era coberto pelo cabelo. — Responda! — Vociferou, antes de se movimentar.

 

Correndo na direção do agente, Yoon teve seu corpo parado pelos projetos que seguraram seus braços, levando as mãos ao peito, com ambos o empurrando para trás.

 

Lutando contra a resistência do projeto, chutaram nas fossas cubitais da parte dorsal dos joelhos, obrigando que ele ficasse ajoelhado. Colidindo contra o chão, teve os antebraços estendidos e calcanhar pressionados pela sola dos pés calçados por botas.

 

— Quieto, Yoon. — Park tinha uma mão pressionando o ombro esquerdo para baixo, no mesmo tempo que Seulgi segurava o ombro direito.

 

Gargalhando pela atitude dos dois projetos, se manteve quieto esperando por uma resposta do Kim a frente. Se o escritor era quem lhe acalmava e todos sabiam, julgava ele estar próximo dos agentes.

 

— Tragam ele. — Sussurrou, tendo esperança de vê-lo.

 

— Lamento, cara. — Murmurou Seulgi, olhando para o Park.

 

— Tragam ele! — Gritou.

 

Erguendo a cabeça, puxava o corpo em busca de se ver livre. Olhando ao redor dos dois homens, buscou pela íris azul e corpo pequeno entre eles.

 

Lentamente Namjoon adentrava o lugar sem que a mira saísse do alvo de olhos eufóricos, com Jin seguindo atrás de si, acompanhando seu ritmo de andar.

 

— Volte ao normal, Yoon. — Citou. — Precisamos que você mantenha o controle para resgatar o escritor.

 

Um breve silêncio perdurava no ambiente diante a fala enfadonha, com uma respiração crescente à medida que se intensificava a procura por ar. Olhos completamente opacos tinham as pálpebras arregaladas. Seus punhos fecharam fortemente causando um som, pela força da fricção dos dedos.

 

— Resgate? — A voz grave e profunda foi ouvida. De testa enrugada, Yoon encarou intensamente Namjoon, o fazendo engolir o seco.

 

— Hoseok foi levado, não sabemos a localização dele. — Proferiu, vendo que a fala surtiu mais efeito. — Lamento, Yoon. — Suspirando, afrouxou seu aperto no cabo da arma.

 

As palavras do agente repercutiram na mente do projeto. A sensação de peso sobre os ombros era perturbadora, sentindo o abalo emocional de ter deixado Hoseok sozinho e permitido que fosse levado, teria falhado miseravelmente.

 

Tendo a instabilidade de emoções borbulhantes percorrendo toda sua extensão corpórea, se condenou pelo erro que lhe custou tudo que tinha.

 

De cabeça abaixada balançando em negação, tinha sua visão embaçada, algo que não ocorria desde sua infância, mesmo que fosse rotineiro quando criança, era mais doloroso do que lembrava.

 

Sentindo as pálpebras úmidas pelo pestanejamento frenético. Yoon ficou paralisado quando percebeu que um líquido molhava seus olhos deixando a visão em tons avermelhados, escorrendo e marcando uma trilha sem rumo contrário ao chão.

 

Depois de adulto, conhecia as lágrimas como algo transparente, que era carregado de sentimentos divergentes e expulsos pelo corpo, mas estranhamente as suas eram vermelhas e densas.

 

Estaria ele chorando pela perda de algo estimado.

 

Elevando o rosto na direção de Namjoon, fez que o homem parasse imediatamente seus movimentos. Era uma imagem distorcida do projeto, a marca vermelha pelo rosto alvo era amedrontador e, ao mesmo tempo, doloroso de se ver.

 

Deixando os braços caírem, caminhou rapidamente na direção do homem ajoelhado, agachando-se ao se aproximar. O agente tirou os dardos da arma, mirando breve para eles, e segurando o químico entre os dedos, suspirou pesado.

 

— Te falei que daria o primeiro disparo, mas não posso com você desse jeito. — Aplicando na região exposta do pescoço, viu uma careta se formar. — Prometo que irei deixar o demônio acordar quando souber onde ele está, até lá, durma. — Levando o segundo dardo em Yoon, prometeu a si mesmo que não falharia com sua palavra.

 

A dosagem extra permitiu que o projeto caísse nos braços do Kim, quando foi solto. Todos ao redor se mantinham calados, esperavam que tivessem de lutar, mas não que ele se renderia perante Namjoon.

 

— Nam. — Jin, se agachando perto do homem, encarou o projeto.

 

— Não sei quem é o responsável por essa confusão, mas irei pessoalmente descobrir. — Proferiu, vendo que seu companheiro assentiu. — E quem for o traidor em nosso meio irá pagar, mas não pelas minhas mãos, ou de superiores. — Descendo a visão sobre o corpo em si, voltou seu olhar para Jin. — Irei me responsabilizar pela carta branca que estou dando a Yoon, e quando ele acordar, ninguém tem permissão de pará-lo. — Comunicou aos presentes no lugar.

 

Park e Seulgi se entreolharam com os braços cruzados sobre seus peitos, com sorrisos cúmplices nos rostos, souberam que seria interessante para eles.

 

— Isso sim que chamo de diversão. — Sussurrando próximo ao projeto Park, deu leves tapas em suas costas. — Vamos levá-lo para o quarto do fofinho. — Disse ele, sendo seguido pelo homem do lado.

 

Passaram seus braços em volta do corpo de Yoon, e juntos, levaram ele. Tanto Namjoon quanto Jin, se olhavam, mesmo que o agente levasse toda responsabilidade, seu companheiro estaria do lado para dividir o peso.

 

— Jin? — O chamou, aproximando-se do corpo à frente, pondo sua mão na cintura do agente e dedos no rosto angelical, inclinou-se. — 1.2.8! — Sussurrou na ponta do ouvido alheio, notando um sorriso crescer da boca que amava se perder, não esperou uma resposta, apenas desejou dizer.

 

O agente encarando Namjoon, enlevado pelo sorriso fechado e olhos brilhantes, mordeu seus lábios. Agarrando nos braços do homem, elevando levemente seus pés, imitaria o ato do Kim.

 

— 1.2.7! — Proferiu, recebendo lábios afoitos contra o seu, movimentando no ritmo que seu coração bombardeava.


Notas Finais


Nos vemos na próxima. Se cuidem! 💙

- Blue 🐦


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