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História You And I - Culpa


Escrita por: YukiGrey

Notas do Autor


Hye Cupcakes!!!
Não demorei tanto quanto vocês esperavam kkkk
Vou tentar ao máximo postar de 15 em 15 dias ^^ se não der certo tentarei postar antes de dar um mês '-'
O tempo passa tão rápido que pensei que eu tinha postado há duas semanas, mas faz quase um mês O.o
Espero que gostem desse aqui e tem novidades ae *u*
Enfoy History

Capítulo 28 - Culpa


POV Fudo:

                O céu nublado roubou os primeiros raios solares, lançando rajadas frias e escurecendo o dia. O frio me fez arrepiar e desejar por dias mais quentes.

— Vamos Fudo, apresse-se ou iremos nos atrasar — gritou minha mãe no andar de baixo

                Fechei meu moletom e pus meu coturno, arrumei o cabelo em frente ao espelho, olheiras eram bem visíveis, inevitável noite em claro, respirei fundo de modo a não desestabilizar.

                O caminho de ida até o psicólogo foi quieto, tenso, quando estávamos há menos de um sinal do consultório meu pai se mexeu no banco do carro desconfortável e pigarreou para chamar minha atenção, sem fazer contato visual se pronunciou:

— O ponto disso tudo é tentar te consertar, para que volte a si e esqueça namoro com garotos, converse com ele sobre isso, pesquisamos muito e ele é famoso por ter a cura disso

                Sorri sarcástico e respirei fundo para não surtar e piorar a situação.

— Então vai jogar dinheiro para um charlatão qualquer... Parece que não é tão inteligente quanto parece quando pensa que estou quebrado e terei conserto — cuspi

— Estamos tentando te ajudar, apenas faça o que pedimos, por favor — resmungou minha mãe

— Não sou que preciso de conserto — gritei — pare o carro que quero descer!

— Não estamos te dando opções, vai nem que seja amarrado — brigou meu pai travando as portas do carro

— Mãe — implorei chorando e ela desviou o olhar para fora — não deixa de ser amor o que sinto, nos amamos, não é o suficiente?

                Nenhuma outra palavra foi dita e o silêncio se instalou novamente, o nó aumentou na minha garganta e por um momento pensei que iria sufocar ali, quando por fim chegamos no destino e fui arrastado por meu pai, seguimos por escadas até o terceiro andar de um prédio sujo... Senti o medo me consumir, ao chegar em frente a porta.

Dr. Yamashiro

PSICÓLOGO

“A cura para tudo”

— Não me deixe entrar ai mãe — supliquei e ela endureceu o olhar

— Não posso te deixar viver assim — sussurrou e entramos

 

POV Kazemaru:

                Uma semana havia passado desde o incidente, para mim foi como se arrastar em espinhos. Kudo estava estável, mas ainda não havia acordado desde a cirurgia, o médico pediu que fossemos compreensíveis e esperassem que a qualquer momento ele voltaria para nos, melhor dizendo para Fubuki... A treinadora Hitomiko assumiu o time desde então.

                Nos aquecíamos no ginásio da escola antes de irmos para o campo quando Fubuki entrou atrasado correndo pro vestiário, todo dia antes e depois do treino ele visita Kudo, desde então virou rotina ele sempre se atrasar para tudo. Goenji o seguiu logo depois dele passar por ele, sempre brigavam por conta dessa ausência de Fubi, me pergunto se em casa seria da mesma forma, o quão irritante Goenji poderia se tornar? Não se cansava?

                Ouvimos gritou de discussão e corremos pro campo, para evitar ouvir algo desagradável.

— Diz que não devo me preocupar, mas esta a cada dia pior — reclamou Endo me segurando pelo braço, esperando todos saírem e ficamos a sós com gritos ao fundo — pode parar de fingir que está sozinho, estou cansado de te ver assim e não compartilhar de seu sofrimento... Estamos num relacionamento de uma pessoa só — reclamou

              O Puxei para um beijo e suas mãos foram até minha cintura me puxando para mais perto, um beijo cheio de emoção, tive de me esforçar para não chorar entre seus lábios e o abracei por fim.

— Vamos antes que os brigões nos vejam — falei o soltando

                O ar parecia mais denso a cada dia, chutávamos a bola apreensivos uns para os outros como se fosse uma bomba, parecia que íamos sufocar, olhares desconfiados, era assim que era quando treinávamos esses dias, quando por fim acabava sorriamos aliviados por poder ir embora.

                Ninguém estava confortável com tudo que vinha acontecendo, treinador no hospital, Fubuki atrasado, brigas constantes entre ele e Goenji, meu envolvimento nisso tudo, não havia esperança de melhoras.

 

                Próximo a trilhos antigos uma loja de conveniência persistia, parecia tão velha quanto os trilhos, quase não se via um trem passar ali, onde será que dava o fim do percurso?

                Sentei ao lado de Fubuki, ambos com potes de lamen prontos para serem devorados, aquele era um lugar que eu dividia apenas com ele... De lá vimos a terra engolir o sol e o céu esfriar, timidamente a primeira estrela apareceu, e assim outras a seguiram fazendo o céu se iluminar com um brilho frio.

— Acha que um dia seremos como antes? —  perguntou Fubi sem jeito

— Não — consegui responder — se chama amadurecer

— Espero poder ser feliz apesar de ter amadurecido — disse por fim

                Uma a uma as luzes na rua foram acendendo, a escuridão tentou engolir as luzes, mas foi em vão, poucas estrelas ainda permanecia no céu lutando o máximo que conseguia para continuar visíveis, ao longe ouvimos um som nos trilhos, um eco distante, uma luz surgiu em meio aquele breu, o chão tremeu um pouquinho, aguardamos em silêncio enquanto ouvíamos os trilhos rangerem e engrenagens gritarem ao longe, a noite se iluminou, em silêncio observamos os vagões de carga passarem a todo vapor.

— Fuyuka está com Kudo hoje, vou levar algo para ela comer — disse Fubuki animado

— Isso não é proibido em hospitais? — perguntei curioso

— Vou adicionar contrabando na minha ficha criminal depois — disse sério e ri

                Juntamos um monte de besteiras nas mãos e levamos dentro dos casacos, fechamos bem e enrolamos os cachecóis, saímos felizes em direção ao hospital... Após meia hora de metrô saímos numa estação bem próxima e seguimos menos de três minutos a pé.

                Com muita destreza entramos no quarto onde encontramos a filha de Kudo, era a primeira vez que a via pessoalmente, parecia apenas um pouco mais nova que nos.

— Temos contrabando para você — disse Fubuki sussurrando e tirou algumas debaixo do casaco e fiz o mesmo enchendo as mãos com salgados e doces

                Os olhos dela brilharam, e seu rosto se alegrou, em minutos saímos para a área externa do hospital, enquanto estávamos comendo tudo sentados num banco mais reservado, víamos pacientes passando de um lado a outro, todos em recuperação, alguns empurrados em cadeira de rodas, outros de muletas.

— Eu nunca pude agradecer a Kudo pelo que fez por mim... — me pronunciei

— Unun — negou Fuyuka com a cabeça — meu pai faria de qualquer forma, nunca deixaria acontecer sem fazer nada — disse sorrindo fraco — Fubuki sabe bem disso

— Ela tem toda razão... Não é como se ele tivesse agido por impulso, ele o faria de toda forma, nada iria mudar — disse Fubuki triste enquanto comia

 

                Deixei os dois com Kudo e me arrastei até minha casa, as estrelas pareciam brilhar menos. A medida que eu entrava mais no meu bairro o som de carros era substituído pelas vozes das pessoas em diversos lugares, na casa de chá, no bar, nos restaurante, na sauna... Em meio a tudo isso consegui ouvir um sussurro atrás de mim, um chamado, meu nome, me virei e dei de cara com Endo correndo em minha direção, me forcei a sorrir e ele me olhou desconfiado.

— Aconteceu algo não foi? — perguntou sério e desabei em seus braços chorando

 

POV Tachimukai:

                Era uma noite agitada, vozes de vários tons se misturavam numa bagunça de sons, havia entrega atrás da outra, não havia me dado tempo de sentar desde que voltei do treino, antes que eu pudesse ligar a lambreta e sair com mais uma encomenda vi Tsunami se aproximar com um largo sorriso que quase me fez desestabilizar, mexi nervoso tentando me recompor.

— Onde vai? —perguntou curioso

— Mais uma entrega — respondi nervoso

— Afaste — disse sério —eu dirijo, só me diga onde devemos ir

                Engoli em seco e apenas peguei um capacete extra, sempre que estava entediado ele vinha me ajudar desde que entrou na escola, e mesmo assim eu não havia me acostumado, sempre ficava nervoso... Quando estávamos voltando ele acelerou um pouco e no instinto segurei sua cintura, quando notei já estávamos parado na frente do restaurante, fiquei sem ar.

— Hey Tachimukai respire — disse Tsunami enquanto descíamos e soltei o ar de vez — não foi tão rápido assim, não exagere, essa coisa ai não corre mais de cinqüenta quilômetros — disse rindo e ruborizei

 

                A noite passou mais rápido do que eu esperava, enquanto minha irmã e seu marido limpavam a cozinha eu e Tsunami colocávamos as cadeiras em cima das mesas para poder limpar o chão, jogamos água e esfregamos.

— Amo o cheiro que fica no ar quando se tem água por perto — disse Tsunami animado

— Concordo — sorri, olhei para o relógio na parede, marcava 11hrs da noite e tomei um susto — esta muito tarde, devia ir para casa — disse preocupado

— Não tem ninguém esperando por mim lá — disse desanimado —aqui eu tenho você

                Meu coração por uns segundos esqueceu de bater, mas quando voltou a bater parecia que eu havia corrido uma maratona, senti meu rosto esquentar e baixei a cabeça me concentrando em limpar o chão, para minha infelicidade pisei em falso e desequilibrei, tudo correu em câmera lenta, suas mãos em volta de minha cintura tentando evitando que eu caia, então sua expressão mudou para susto e ambos desequilibramos caindo em cheio no chão molhado.

— Ai — conseguiu dizer — você me deve muito por eu ter tentado te ajudar e me dado mal desse jeito — disse e consegui rir

                Terminamos rápido e nos jogamos em um lugar qualquer no chão, quando minha irmã chegou com dois copos de Milk Shakers e dois sanduíches, nos servimos.

— Sua irmã sabe bem como agradar — disse Tsunami animado de boca cheia

— Ela tem seus pontos fortes — sorri

— Preciso ir para casa — disse terminado e se levantou

— Eu te acompanho — falei nervoso e ele riu

— Sei me cuidar, quem precisa de ajuda aqui é você — disse saindo e o segui

— Não te dei opção — reclamei seguindo ao lado dele fazendo-o sorrir

— Como quiser meu senhor — disse sarcástico

                O apartamento que ele estava não era muito longe da minha casa, duas quadras a frente, nunca entrei lá, mas sempre tive curiosidade, antes que ele entrasse segurei seu braço nervoso, eu queria lhe dizer tudo aquilo que estava engasgado, os meus sentimentos por ele, tudo que eu precisava era de coragem.

— Tsunami... Eu... — gaguejei e senti meu rosto pegar fogo

— De nada pela ajuda... Nos vemos amanhã — disse sorrindo passando a mão no meu cabelo e entrou

 

                Depois de um bom banho me joguei na cama, meu coração ainda estava agitado pela minha audácia de querer me declarar para Tsunami e respirei fundo, fechei os olhos e ainda podia sentir o cheiro de brioche fresco, figo e algas marinha que era seu perfume, meu coração se aqueceu e aos poucos meu corpo se acalmou, me conduzindo a terra dos sonhos.

 

POV Kido:

                Desde o dia que levei Fudo para o hotel não consegui um tempo a sós para nos, então segui para sua casa para interrogar ele, antes de descer do carro o vi sendo levado pelos pais para o carro, pedi para meu motorista os seguir, mas o que vi depois não me agradou em nada. 


Notas Finais


A pedidos de leitoras estoí colocando Tachimukai e Tsunami *u* kkk
Espero que gostem desse casal ^^
Pois é, Fudo numa situação terrível, Kazemaru se culpando... Muito tenso esse capitulo, ae tentei por um alivio no fim com Tachimukai e Tsunami...
Espero que tenham gostado do capitulo, comentem favoritem ^^
Deixem sua opinião ae *-*


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