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História You and Me EM REVISÃO - 03 - Sentimentos, enfim, revelados.


Escrita por: Wonfishy

Notas do Autor


Oie! Vortei com mais um capítulo dessa fanfic xerosa procês <3
Devo dizer que estou satisfeitíssima com os comentários e os favoritos dessa fanfic! Vocês são uns amores e estou cada vez mais animada em postar ela. Ainda não respondi os comentários, mas não pensem que não o farei. Li CADA um deles!

Capítulo betado pela HanaChoi linda xerosa <3

Então, no capítulo de hoje, teremos algumas surpresas.
Ele é mais como uma "ponte" para o próximo, que teremos uma boa surpresa (-v-) e aí a treta kkkk
Particularmente, eu amo o final desse capítulo e espero que vocês tbm gostem! Bora ler~

Capítulo 3 - 03 - Sentimentos, enfim, revelados.


Fanfic / Fanfiction You and Me EM REVISÃO - 03 - Sentimentos, enfim, revelados.

 

 

John não podia dizer que estava orgulho de si mesmo.

 

Oh, não, ele não podia mesmo dizer isso.

 

Não quando ele não sabia o que estava acontecendo com seu próprio filho. Sempre fora o primeiro, a saber, quando havia algo de errado com Stiles. Antes mesmo de todos saberem. Podia até não ser o pai mais presente do mundo, mas costumava conhecê-lo como a palma de sua mão. A saber, onde e com quem ele estava. Após o episódio com a raposa demoníaca — ele realmente tinha dificuldade de dizer o nome dela, então a relacionava com uma raposa, já que Stiles tinha dito que assim também estava certo —, forçou-se a ficar mais em casa e acompanhar, de perto, a recuperação de Stiles. Foi lenta, agoniante e pouco confortável para um pai ver seu filho se afundar em culpa.

 

Uma culpa que jamais seria dele.

 

Stiles não tocou no assunto. Não conversou a respeito. E desde o último acidente, o proibiu de participar de qualquer atividade que envolvesse lobos, werecoyotes, banshees, darachs ou qualquer outro ser sobrenatural em Beacon Hills. Sem o Jeep, pensou, ele não iria atrás de confusão. Ficaria em casa, mesmo que não fosse lá a melhor opção. Porque em casa, Stiles se isolava de tal maneira que lhe angustiava vê-lo encolhido na cama, a coberta até o pescoço, contando os dedos das mãos numa sequência baixinha e agoniante. As olheiras ficavam mais escuras a cada dia que passava e não sabia mais o que fazer para ajudá-lo. O pior era vê-lo sozinho, sem a companhia de Scott. Os dois sempre foram melhores amigos e era por causa de McCall que seu filho estava envolvido naquele mundo tão novo e surpreendentemente bizarro que teve conhecimento há pouco tempo.

 

Quer dizer, quem diabos podia imaginar que Beacon Hills estava cheia de lobos? Que lobisomens eram reais e que estavam tão perto? Nunca cogitou a ideia de acreditar que as histórias de terror que ouvia quando mais novo e que, às vezes, contava para Stiles, mesmo não sendo uma história apropriada para dormir, eram reais. Mas eram. E muito! A família Hale e a família Argent estavam metidas até o pescoço com os mais recentes acontecimentos sobrenaturais. John nunca pensou que Talia Hale, uma mulher tão bonita e forte, era na verdade uma loba. Uma alpha. E que Chris Argent, um velho conhecido seu, caçava lobisomens e que sua irmã, Kate, fora a responsável pelo incêndio que ceifou a vida de praticamente toda a família Hale mais de dez anos atrás. O que lhe fazia chegar à conclusão de que mesmo aqueles considerados monstros, não faziam coisas tão monstruosas quanto o ser humano.

 

Porque, ah, ele jamais seria capaz de se esquecer daquele dia.

 

Mesmo quando fechava os olhos, ainda podia se lembrar, com exatidão, dos corpos. Ainda sentia os mesmos calafrios daquele dia, quando constatou, horrorizado, que havia crianças pequenas no meio da pilha de corpos carbonizados. Crianças que não eram mais velhas que seu Stiles; crianças inocentes e que tinham uma vida inteira pela frente, sendo lupinas ou não. Na época, a investigação não apontou suspeitos concretos. Mesmo que seus instintos gritassem que alguém da família Argent estava envolvido naquele massacre, nada pôde provar. Mas, agora, entendia. Entendia que Kate havia feito aquilo seguindo o código da família. Não apenas por isso, havia o prazer quase insano e doentio de ter quase dizimado uma família inteira apenas porque eram diferentes. Que tipo de código era esse que não poupava nem crianças? Quais as garantias de que elas seriam lobos também? E mesmo que fossem, que direito ela tinha de fazer aquilo?

 

No final das contas, compreendia o porquê daquele mundo ser mantido em segredo do resto da população. Não eram todos que podiam entendê-lo e aceitá-lo. Haviam muitos como os Argents, que não viam pessoas, viam animais prontos para serem abatidos.

Era um mundo complexo demais para ser explicado. Stiles, com toda a paciência do mundo, resolveu montar um jogo de xadrez marcando os nomes para que pudesse compreender melhor quem era o quê. Segundo ele, Derek Hale era um lobo nascido, um alpha igual à mãe e Laura, a irmã assassinada por Peter, seu tio, a quem nunca pensou que veria novamente.

 

Scott também era um lobisomem, um True Alpha, alguém que não precisou matar ninguém e que se tornou um alpha pela própria força de vontade. Uma espécie de alpha genuíno. E, pensando bem, Scott era aquele tipo de pessoa. Assim como Melissa. Lydia Martin era uma banshee, Jackson Whittemore era um kanima, Peter Hale um beta, Malia Tate — ou Hale — uma werecoyote extremamente estranha e que gostava de pular a janela do quarto de Stiles para dormir abraçada a ele, Isaac Lahey também era um beta e Kira Yukimura uma kitsune.

 

Ela, segundo Stiles, era diferente do Nogitsune.

 

E era apenas por isso que conseguia ficar calmo na presença da garota oriental de sorriso doce. Allison Argent seguiu o negócio da família, mas criou seu próprio código e foi graças a ela que conseguiram salvar seu filho. A morte da garota ainda pesava em Beacon Hills. Ainda pesava em seu filho. Ainda pesava na amizade dele com Scott.

 

— Como meu filho está, Hale?

 

Depois de um dia inteiro sem notícias do próprio filho, John seguiu seus instintos e foi até o loft de Derek Hale. Stiles já havia mencionado que as reuniões do bando aconteciam ali, mesmo que ele próprio não fizesse mais parte de tal bando. E realmente esperava que fosse verdade, porque se ele tivesse lhe desobedecido, estaria muito encrencado. Derek o guiou pelo interior do loft, pedindo silêncio. Não compreendeu o motivo até ver Stiles deitado na cama dele. Um Stiles ressonando baixinho e com uma expressão tão tranquila que teve que se aproximar da cama, tentando ao máximo não fazer muito barulho, para conferir se aquilo era mesmo real. Há quanto tempo não o via dormir daquele jeito? Sem acordar aos gritos, vertendo lágrimas e se debatendo de um jeito tão violento que era preciso imobilizá-lo para que não se ferisse?

 

Não o acordou. Não teve coragem. E ficou realmente surpreso ao perceber que Stiles não dava indícios de que acordaria tão cedo. Deaton, o chefe de Scott e um druida, lhe explicou que o corpo de Stiles estava tão exausto que ele não conseguia acordar sozinho. E que o melhor era deixá-lo ali, no loft, ao invés de levá-lo para casa. Lá, ele não conseguiria mais dormir. Não como aqui. E, assim, dois dias se passaram. Stiles ainda dormia, completamente apagado no quarto de Derek Hale.

 

E John se sentia inútil por não poder fazer nada em relação a isso. Ou a tudo que Derek, Kira e Malia lhe contaram assim que chegou ao loft logo pela manhã.

 

— Ele ainda está dormindo, xerife. — Derek o informou servindo-lhe uma xícara quente de café. A expressão cansada no rosto do lobo indicava que ele não havia dormido muito bem e John podia imaginar o motivo. — Deaton disse que é normal e que ele vai acordar sozinho quando seu corpo se sentir pronto para isso.

 

— Ainda não acredito que não fui capaz de perceber nada disso. — Lamentou num murmúrio pesado e longo, empurrando um gole quente do café garganta a baixo. Pelo canto dos olhos, podia ver Lydia Martin quase imóvel no sofá, atenta à conversa que se seguia na cozinha e a seus olhares. Malia não havia poupado detalhes e agora era de seu conhecimento tudo o que ela e Scott disseram a seu filho. Não podia deixar de culpá-la, mesmo sabendo que Stiles não ia querer isso.

 

— Stiles não queria preocupá-lo, xerife. — Kira o tocou com delicadeza no ombro, notando que sua presença, por algum motivo, deixava-o desconfortável. Ela tinha uma vaga ideia do motivo, mas preferia não pensar muito nele. — Ele acha que é merecedor de tudo o que está acontecendo, mesmo que a gente insista que nada disso é culpa dele. E sim do Nogitsune. Só dele.

 

John concordou, sendo muito bom em notar a real intenção da garota ao mencionar a raposa. Kira era tão sutil quanto Stiles, se não mais.

 

— Scott está aqui. — Malia, que até então se mantinha entretida com seu chocolate quente, ergueu a cabeça e exibiu seus olhos azuis brilhantes.

 

A porta de metal fez um eco pelo loft e passos apressados até a cozinha revelaram um Scott ofegante e envergonhado. Cruzou o olhar com o Xerife e engoliu a seco, percebendo que tinha sido um péssimo momento para resolver aparecer.

 

— Stiles ainda está dormindo?

 

John o encarou sem conseguir definir o que estava sentindo. Ele sentia raiva das coisas que Scott disse para o filho, mas também o compreendia e sabia que no calor do momento, as pessoas perdiam o controle. Quando um alpha perde sua âncora, o resultado é devastador. Scott McCall é um alpha genuíno, mas a dor é tão intensa quanto à de um alpha comum. Deaton era um homem sábio e sua afeição por Scott era notável. Sempre foi. Ele o defendia com unhas e dentes, assim como Stiles costumava fazer. Por outro lado, não conseguia imaginá-lo chamando o melhor amigo de assassino. O peso dessa palavra é demais para um adolescente que ainda não completou seus dezoito anos carregar nas costas. Seu filho não merecia aquilo, não vindo de alguém que ele tanto amava e confiava.

 

— Está. — Malia não estava feliz com a presença do alpha, mesmo sendo do pack dele. Sua âncora era mais importante. Sempre seria. Mesmo que tivesse que desafiar um alpha. — O que está fazendo aqui?

 

— Eu… Vim saber sobre o Stiles. — Scott não ousou sair de onde estava. Podia sentir o olhar penetrante de John em si, assim como o de Malia. Os olhos azuis faíscavam numa raiva nunca antes sentida. Ela realmente amava Stiles. — Eu preciso me desculpar!

 

— Oh, Deus, finalmente! — Derek revirou os olhos com a lerdeza fora do comum do McCall. Lydia já havia dado o primeiro passo, mesmo de uma forma covarde e nada útil. Agora seria a vez de Scott. — Vai falar com ele dormindo igual à banshee ali? — Apontou, de forma nada discreta, para a ruiva que se encolhia no sofá. As bochechas rosadas demonstravam o quanto ela tinha ficado envergonhada e desconfortável ao ser mencionada na conversa daquela forma.

 

O Alpha trocou um olhar significativo com a ruiva. Se Lydia já havia dado o primeiro passo, então era sua vez. E já estava cansado de adiar aquilo.

 

— Não. — Encarou firmemente os que estavam na cozinha. — Eu irei falar com ele pessoalmente.

 

Kira sentiu o coração bater mais rápido ao notar o olhar de Scott em si. Corou, desviando o olhar para a xícara quase vazia entre suas mãos. Não era segredo para ninguém — ao menos era o que parecia — que gostava de Scott e que esperava, um dia, ser correspondida. Stiles já havia lhe alertado que o melhor amigo era um pouco lerdo para perceber quando alguém estava afim dele e que com Allison, a coisa foi um pouco estranha. Ela não fazia a menor ideia do quanto os dois se gostavam, mas podia deduzir que o sentimento era puro e bonito pela forma como eles se olhavam quando achavam que ninguém estava por perto. E que mesmo não estando mais juntos, os dois ainda nutriam fortes sentimentos um pelo outro. Isso a desanimou no começo e ainda a desanima, porque sabe que não será correspondida. Não agora. Não com a situação terrível que estavam lidando. Não sem Stiles.

 

De repente, todos os lobos enrijeceram o corpo. O silêncio foi cortado por passos leves e bocejos baixos. Stiles. Malia foi a primeira a se virar, deparando-se com um Stiles bem diferente do que estava acostumada a ver. O cabelo bagunçado, os olhos piscando e as bochechas rosadas. Em nada parecia com o Stiles de dois dias atrás. As bolsas roxas que ficavam debaixo dos olhos já quase não podiam ser vistas. O cheiro de sabonete mesclado ao de Derek — a camiseta era do alpha, conseguia sentir o cheiro de longe — inundou suas narinas e acabou torcendo os lábios numa careta estranha. Não era cega a ponto de não saber quando alguém gosta de alguém. A frequência cardíaca muda. O cheiro muda. A postura e o olhar mudam. Era assim com Kira também. A diferença era que Scott não retribuía nem um terço do que a japonesa sentia.

 

— Ahn… Bom dia? — Stiles franziu o cenho ao reconhecer os rostos ansiosos na cozinha do loft. Após despertar de um longo cochilo — não tinha a mínima noção de tempo e hora, na verdade —, resolveu tomar um banho. Derek não iria se importar, pensou. Vestiu a mesma roupa de antes, com exceção da camiseta que pegou emprestada do guarda-roupa do lobo. O cheiro cítrico de Derek impregnado na roupa lhe passava a sensação de paz há tanto tempo perdida. Na verdade, sentia-se tão leve que não conseguia explicar.

 

— Você hibernou, filho. — John sorriu ao notar o estado do adolescente. Realmente, Stiles estava diferente. E era um diferente bom. — Dormiu igual a uma pedra.

 

— Foi só um cochilo, pai. — O rapaz se arrastou até a cozinha, puxando uma cadeira entre Kira e Malia, jogando o corpo nela. Não notou o arquear de sobrancelhas de quase todos os presentes, puxando uma xícara para se servir de café.

 

— Um cochilo de dois dias, garoto?

 

Stiles, que levava a xícara até os lábios, parou com ela no ar. Os olhos se arregalaram de leve e então ele fitou seu pai, tentando encontrar algum vestígio de que ele estava brincando. Bom, o fato de seu pai estar sentado, tomando café, no loft de Derek Hale, por si só, já era um pouco estranho. Não que ele desgostasse de Derek, só não era o maior fã do alpha depois de descobrir toda a coisa sobrenatural e tal. E se fosse para ele odiar alguém dali, esse alguém seria Peter. Com toda a certeza.

 

— C-Como assim? Dois dias? Eu dormi por dois dias? Como? — Soltou as perguntas de uma vez, encarando cada um em busca de respostas. Derek foi o único que lhe ignorou, terminando seu café em silêncio. Kira e Malia lhe explicaram, simultaneamente, o que tinha acontecido. Aparentemente, seu corpo estava tão exausto que não conseguiu acordar depois de fechar os olhos. Dormiu por dois dias inteiros, sendo que acordou quase no horário do almoço do terceiro dia. Não duvidou das palavras delas, uma vez que se sentia tão bem que era como no começo, quando ele e Scott eram apenas dois adolescentes idiotas caçando corpos na reserva.

 

Fitou a figura encolhida de Lydia no sofá e se lembrou das palavras dela. Das lágrimas. Do pedido de perdão. Não era um lobo e não podia sentir quando alguém dizia ou não a verdade, mas sentiu que as palavras foram sinceras e que a ruiva estava, de fato, arrependida. Não queria mais guardar mágoa. Não dela. Mas Scott? Oh, dele ainda não conseguia esquecer. Porém, vendo-o ali, de pé, com a expressão angustiada e o olhar perdido em sua figura, a boca entreaberta como se quisesse, desesperadamente, lhe dizer algo, sentiu pena. Não no sentido ruim da palavra, mas na forma como a amizade de ambos ficou abalada.

 

— E Ethan? Onde ele está? — Decidiu mudar de assunto antes que Scott tentasse falar consigo.

 

— Está com Braeden. — Foi Derek a respondê-lo. O olhar avaliativo no corpo do adolescente, sentindo seu cheiro nele. Estranhamente, seu lobo pareceu gostar daquilo. Do fato de Stiles estar usando uma camiseta sua. Nem quando Braeden usava alguma peça de roupa sua quase seminua após uma noite quente de sexo, seu lobo se agitava como agora. — Ele se recuperou bem. Está ajudando na busca.

 

— Entendi. — Balançou a cabeça, absorvendo o que tinha perdido nos dois dias que passou dormindo. — Pai, vamos pra casa?

 

John não se assustou com a repentina mudança de assunto. Stiles era assim. Assentiu, agradecendo Derek pela hospitalidade e trocando um longo olhar com Scott, que fez menção de falar com Stiles. Não permitiu que ele se aproximasse, deixando que o filho se despedisse das duas garotas e depois de Derek, trocando um olhar bem longo com o lobo. Avaliou a postura dos dois. O pequeno e quase imperceptível brilho no olhar. O mesmo que tinha com Cláudia.

 

Não podia ser coisa de sua cabeça, certo?

 

_________________

 

 

— Podemos conversar?

 

Stiles fitou a figura parcialmente encolhida de Lydia Martin e suspirou.

 

Fora questão de apenas dois dias para que ela viesse até sua casa, após o xerife sair para mais um turno dobrado para pagar as contas. Lydia sempre teve uma aura forte e dominante, antes mesmo de virar uma banshee. Era do tipo que não abaixava a cabeça para ninguém, mesmo quando todos a viam apenas como uma patricinha sem graça de Beacon Hills. Stiles bem sabia que a ruiva era muito mais do que aquilo, e nem era pelo fato de ser apaixonado por ela. Não, ele conseguia ver o verdadeiro potencial da garota que se fazia de burra para manter sua popularidade. A que namorava Jackson apenas pelo status, a que não aceitava demonstrar fraqueza na frente de ninguém. Nem mesmo de sua mãe. A que, ironicamente, se tornou uma amiga fiel e gentil quando Stiles mais precisou. A que esteve lá para si assim como esteve lá para ela. A que verdadeiramente amava Allison Argent como uma irmã e que estava disposta a dar a vida por ela, quando, no fim, foi Allison a fazer isso. Eu vim para salvar a minha melhor amiga. A minha irmã! Foi o que Allison gritou para Scott e Isaac naquela noite, horas antes de morrer.

 

O Stilinski assentiu, deixando-a entrar. O salto alto e fino provocava um barulho irritante quando entrava em contato direto com o piso de madeira, mas não era esse o foco naquele momento. Apontou para o andar de cima, pedindo a ela que subisse primeiro enquanto terminava o almoço. Lydia se surpreendeu com o ato, afinal, achava que sequer passaria da porta. E se Stiles tinha lhe dado permissão para subir, era porque ainda confiava em si. Certo? Acabou sorrindo com o próprio pensamento. Queria dizer tudo o que havia dito a Derek no quarto naquela noite, quando, enfim, teve coragem de dizer aquelas palavras alto. Já não aguentava mais carregar aquela culpa.

 

O quarto de Stiles continuava igual ao pouco que era capaz de se lembrar. Já tinha entrado ali algumas vezes, deitado na cama macia e mexido nos papéis espalhados na mesa. O quadro preso à parede ainda continha algumas reportagens dos últimos casos sobrenaturais da cidade, interligados pelas linhas de fio de lã coloridas. Verde, amarelo e vermelho. Sabia o significado delas e era uma das lembranças mais doces que tinha dos últimos meses. Allison também já estivera ali, perguntando o significado deles e sorrindo com a empolgação do amigo enquanto ele explicava, balançando as mãos e totalmente excitado em poder comprovar suas teorias. Será que se ela estivesse viva, lhe perdoaria por ter acusado Stiles de seu assassinato? Ou a Scott? Oh, é claro que não! Allison era honesta e o tipo de pessoa que não acusava outra para se livrar da culpa ou da dor. Não, ela era uma Argent bem diferente da tia ou do avô.

 

Perdê-la foi um golpe duro demais.

 

E já tivera muitas perdas em sua vida, mas a de Allison lhe tirou dos eixos. Demorou muito tempo para cair em si e começar a se arrepender das coisas que disse ao amigo. Stiles não merecia ouvir aquilo, não o doce e gentil Stiles Stilinski. Não o cara que sempre fora apaixonado por si, mas que nunca lhe forçou a nada. Nunca impôs seus sentimentos e aceitou sua amizade. O cara que via seu verdadeiro eu por debaixo da casca arrogante e metida que sustentava no começo do colegial. Não percebeu que chorava, tocando uma foto antiga do bando, onde ela, Allison, Scott e Stiles sorriam para a câmera, numa das raras tardes ensolaradas e sem a presença de lobos assassinos, raposas demoníacas ou caçadores perturbando a pouca paz que tinham. Se fechasse os olhos, ainda era capaz de ouvir o som das risadas de Allison e Scott, com Stiles reclamando de algo, mas rindo junto ao casal.

 

Não podia mudar o passado. Nem trazer de volta quem perdeu, porém podia consertar o presente. Melhorar o futuro. Melhorar a si mesma. E começaria se acertando com Stiles, mesmo que não voltassem a serem amigos.

 

Foi então que sentiu.

 

Um arrepio violento cruzou sua espinha e um cheiro podre invadiu suas narinas. Entrou em estado de hipnose. Seu lado banshee lhe fazia entrar num estado próximo ao da hipnose, como se estivesse dormindo de olhos abertos. Ainda era desconfortável e não conseguia controlar, mas já sabia quando estava nesse estado. As pontas de seus dedos começaram a formigar e um zunido alto quase lhe deixou surda. Ecoava em sua cabeça, como uma música sem letra. Apenas a melodia. Piscou e então não estava mais no quarto de Stiles, mas na reserva. Olhou ao redor, notando que estava sozinha — mesmo que algo em seu interior gritasse que havia alguém ali, escondido entre as sombras — e descalça. Onde estavam seus sapatos? E como podia estar de noite, sendo que ainda era de dia e Stiles preparava o almoço? Essa coisa de banshee ainda era difícil de compreender.

 

Mas sabia que se estava ali, não era sem motivo.

 

Começou a procurar algo que a ligasse ali, sendo que não fazia ideia do que poderia ser. O zunido ainda estava presente, tamborilando em sua cabeça repetidamente. Seguiu por um caminho de folhas e gravetos, tentando encontrar o real motivo de estar ali. Foi então que o viu. Um tronco grande e escuro de árvore. Maior do que o normal, bem no centro da reserva. E, conforme ia se aproximando, o zunido em seu ouvido aumentava. Passo a passo até tocar a madeira fria. Um tipo de energia muito forte irradiava dali. Sentiu frio, medo, desespero. Apesar da aparência e do lugar, não lhe parecia ser um lugar ruim. Não, algo ali o tornava ruim. Só precisava se forçar um pouco mais…

 

Ouviu um grito. Uma voz conhecida. Depois, o silêncio torturante e incômodo. O cheiro de sangue. As lágrimas vertendo em abundância a cada grito, cada vez mais alto, como se alguém estivesse gritando em seu ouvido. Era horrível. A mesma sensação que sentiu quando Allison morreu. Quando sentiu a vida dela se esvair nos braços de Scott. A mesma sensação. Cobriu as orelhas, tentando encontrar um ponto de silêncio em meio à confusão de sons que se instalou naquele lugar. De repente, o tronco passou a brilhar. Uma energia poderosa e antiga passou a irradiar dali, como uma fonte de poder sem fim. Seu corpo se retraiu a ela, como se a recusasse. Uma banshee não podia lidar com aquele poder sem causar o caos. Não alguém inexperiente como ela.

 

“Você é um tolo se acredita que pode salvá-lo.”

 

“Derek…”

 

“Stiles, não!”

 

Foi como um soco em seu estômago. Sentiu dor. Sentiu desespero. As vozes aumentaram e o zunido se intensificou a tal ponto que ouvi-lo lhe fazia sentir uma dor aguda na cabeça. Encolheu-se. Aquela dor lhe fazia sentir vontade de gritar o mais alto possível.

 

Então gritou.

 

E aí tudo escureceu, como um apagão.

 

E se viu de volta ao quarto de Stiles, como se nunca tivesse saído de lá. Não podia ter sido uma ilusão, um sonho. Nunca sonhou acordada. E nunca foi tão intenso como agora, ao ponto de sentir algumas folhas se prenderem entre os dedos de seu pé. E, Deus, podia jurar ter ouvido a voz de Derek e Stiles! Como isso era possível? E ainda havia a outra voz, grossa e carregada de uma maldade sem fim. Sentiu-a em seu interior, como um aviso.

 

Mas esse não era o pior. Banshees não são conhecidas por se lembrarem de algo que já aconteceu. Banshees são conhecidas por preverem o futuro.

 

Banshees preveem mortes.

 

E quando olhou para a porta do quarto, onde Stiles lhe fitava confuso, teve a certeza de que aquilo estava relacionado com ele. Porque o zunido estava ali. O maldito zunido que lhe deixou momentaneamente surda e desnorteada. E uma aura sombria o rodeava.

 

Gritou novamente.

 

E, dessa vez, até mesmo Stiles foi capaz de ouvi-la.

 

 

________________

 

 

 

Scott McCall notou que havia algo de muito errado ali.

 

Já era a terceira reunião do pack em menos de um mês. E, como se isso já não fosse estranho o suficiente, John Stilinski e Deaton estavam ali. Os rostos apreensivos, como se algo os estivesse incomodando. Não que fosse estranho o fato de Deaton estar ali, afinal, ele era o mais próximo que tinham de “médico” para ajudá-los quando se ferissem. Mas o que diabos o pai de Stiles estava fazendo ali?

 

— O que aconteceu?

 

— Lydia. — Foi Kira a única a respondê-lo, apontando com a cabeça para a ruiva sentada no sofá. Franziu o cenho ao vê-la tão abatida e muda. Os olhos vermelhos e as lágrimas finas escorrendo pelas bochechas pálidas. John, Deaton, Peter e Derek estavam na cozinha, conversando entre si. Malia era a única que parecia não saber o que fazer.

 

A “coisa de banshee” da ruiva sempre a deixava nervosa. Mas nunca naquele estado caótico. Nunca com aquele olhar perdido ou com aquele cheiro podre de desespero, medo e culpa. Stiles e Ethan estavam ao seu lado, cada um segurando uma de suas mãos. Então ela tinha conseguido o perdão dele? Ficou de joelhos diante dela, pousando delicadamente sua mão no joelho. Veias negras subiram por seu braço e pôde ouvir um suspiro de alívio escapar dos lábios trêmulos.

 

— Lydia, o que houve? — Perguntou apreensivo. Se era algo relacionado ao pack, precisava saber.

 

— Ela não consegue falar. — Ethan, que parecia tão ou mais nervoso do que a ruiva, respondeu. O rosto ainda continha algumas marcas das unhas de Kali, mas no geral ele já havia se recuperado quase cem por cento. — Só sei que o grito dela afetou a todos, McCall. Até mesmo o Stiles.

 

— Como assim? — Franziu o cenho, passando a encarar o Stilinski. Trocaram um longo e silencioso olhar, onde Scott podia ver a mágoa que Stiles ainda guardava de si. E ela não iria embora tão cedo, não até se acertarem. — Stiles?

 

— Eu não sei como isso é possível. Não afeta apenas vocês, seres sobrenaturais? — Stiles soltou a pergunta no ar, desviando o olhar de Scott e o direcionando ao resto do bando. O grito de uma banshee afeta apenas criaturas sobrenaturais, por isso é tão forte. A audição lupina é dez vezes mais sensível do que a de um ser humano e mesmo assim foi capaz de ouvir aquele grito ensurdecedor de forma bem nítida. — Como fui capaz de ouvir? Deaton? Derek? Peter?

 

— Eu não sei a resposta pra isso, Stiles. — Deaton espalmou as mãos sobre a mesa, bufando. — Seja lá o que Lydia tenha visto, deve envolver você. — Todos os olhares se direcionaram ao adolescente verborrágico do grupo. — Se a visão aconteceu em sua casa, se o grito te afetou, então é algo bem sério. Algo que envolve você de alguma forma.

 

— Lydia, você consegue me ouvir? Precisa nos dizer o que viu! — Scott a agarrou pelos ombros, pressionando-os. Não queria feri-la, mas a situação era séria e envolvia Stiles. Não podia deixar que nada de ruim acontecesse a ele, não sem antes obter seu perdão. Precisava protegê-lo. — Lydia?

 

— Não adianta, Scott. — Stiles o interrompeu, afastando uma das mãos dos ombros da ruiva, que sequer piscou. — Ela entrou numa espécie de estado de hipnose e não consegue voltar. Já faz quase duas horas que está assim desde que saímos de casa.

 

— E o que ela estava fazendo na sua casa?

 

— Ela queria conversar.

 

— Sobre?

 

— Provavelmente me pedir perdão pelas merdas que disse naquela noite.

 

— Oh.

 

Por que era tão difícil fazer o mesmo?

 

— Nós… Nós podemos…?

 

— Conversar, Scott?

 

— Conversar, Stiles.

 

O Stilinski trocou um olhar com Derek, como se pedisse permissão a ele para usar seu quarto. Derek concordou, apontando com a cabeça para o corredor, como se dissesse “tudo bem”. Sendo ou não o momento apropriado, ambos precisavam conversar. Sem dizer mais nada, Stiles depositou um beijo suave na bochecha de Lydia e encarou Scott, tombando a cabeça para o lado e saindo na frente. Sentiu-o logo atrás de si e teve que respirar fundo ao perceber que, enfim, ficariam sozinhos num lugar pequeno demais para um possível ataque de Scott. Não que estivesse achando que ele iria lhe atacar, não mesmo. Mas tinha que confessar que estava nervoso, ah, sim, e como!

 

Quando o viu fechar a porta e se virar para lhe encarar, sentiu as mãos suarem.

 

— Stiles, eu… — Scott começou, colocando a mão na nuca, num gesto claramente nervoso. Stiles podia afirmar com toda a convicção do mundo que conhecia cada um dos gestos dele e que sabia reconhecê-los. Foram amigos por tantos anos e sempre colados um ao outro, era de se esperar que conseguisse, não? — Eu sinto muito, bro. De verdade. Eu não tinha o direito de fazer aquilo.

 

— Não, você não tinha. — Stiles cruzou os braços na altura do peito, ficando a uma boa distância do outro. Se Scott queria seu perdão, teria que fazer por merecer.

 

— Eu sei. — O alpha sorriu triste. — Eu sequer consigo olhar pra você de tanta vergonha, Stiles. Logo você! Uma das pessoas mais importantes da minha vida, que cresceu comigo e que sempre esteve lá pra mim quando precisei. A pessoa que mais me ajudou desde que essa coisa de lobisomem começou e que nunca, nunca, se afastou de mim. Mesmo eu tendo perdido o controle e te atacado algumas vezes. — Mirou a figura séria do Stilinski, engolindo a saliva com dificuldade. Por que tinha que ser tão constrangedor? — Eu sinto a sua falta, bro. Todos os dias. E eu reconheço que é minha culpa, sabe? Você não teve culpa e eu percebi isso logo após a nossa briga, mas preferi ignorar e continuar a te culpar por algo que jamais poderia ser culpa sua. Allison morreu nos meus braços, eu estava confuso, estava preocupado com você e acabei jogando toda a minha frustração nas suas costas e te culpando de toda aquela merda. Eu sinto muito mesmo, Stiles. Muito mesmo.

 

Scott já tinha os olhos marejados e vomitava as palavras sem parar. Era como se ele tivesse TDAH e não Stiles, que apenas ouvia, em silêncio, perdido em seus pensamentos. Ele nunca odiou Scott. Raiva? Sim, sentiu muita raiva. Mas a falta que sentia do melhor amigo era, com certeza, bem mais forte do que ela. Do que da mágoa que lhe corroía por dentro, dia após dia. No entanto, não quis interrompê-lo. Scott parecia disposto a vomitar mais palavras.

 

— Eu peço seu perdão aqui e agora, bro. Porque eu não consigo mais ficar brigado contigo, nem longe de você. Somos um bando, lembra? Um bando que precisa consertar as rachaduras e seguir em frente. Era o que a Allison ia querer se estivesse aqui, o Isaac também… Por favor, Stiles, me perdoa! Perdoe-me por ter sido um completo filho da puta contigo, por favor!

 

— Scott… Já terminou?

 

O McCall assentiu, engolindo o bolo que se formou dentro de sua garganta. Ele estava disposto a se ajoelhar diante de Stiles se fosse necessário para perdoá-lo, mas, pelo jeito, não havia perdão. E não o culpava por isso. Era o que merecia depois do que fez.

 

— Você não faz ideia de como doeu ouvir da sua boca que eu fui o culpado pela morte do seu primeiro amor. Que eu era o culpado pela morte do Aiden também. E que se eu não fosse tão “fraco”, nada disso teria acontecido. E, sabe, por um bom tempo, eu concordei com o que você disse. — Stiles relaxou os ombros, decidido a colocar tudo para fora. — Eu deveria ter resistido mais, lutado mais. Allison e Aiden morreram tentando me salvar, tentando salvar Lydia. E por minha causa, ambos acabaram morrendo naquela noite. E eu já estava me sentindo culpado o suficiente até você e Lydia terminarem de me quebrar. Foi horrível, Scott.

 

— Eu sei… Eu sinto tanto, Stiles…

 

— Eu sei. E é por isso que eu preciso falar. Você precisa ouvir o que eu venho sentindo pra entender o motivo da minha decisão. — Fitou-o com seriedade. — Eu perdoei a Lydia e você há algum tempo, porque eu sei como é difícil perder alguém que amamos. Vocês me magoaram muito, isso eu nunca vou ser capaz de esquecer. Mas… Eu também falei e fiz coisas que não me orgulho e tenho certeza de que nunca irei me perdoar por elas. Estando possuído ou não. Depois de toda aquela merda, eu só queria o meu melhor amigo do meu lado. O meu irmão. O cara que eu arriscaria a vida para salvar e que o defenderia com unhas e dentes se o fosse necessário. Mesmo sendo um humano que mal consegue aguentar um soco. — Acariciou a bochecha antes inchada, que agora já apresentava uma cor melhor. Mal sentia dor. — Eu também te perdoei pelo soco, mesmo morrendo de vontade de retribuí-lo.

 

— Você quer me bater? — Scott arregalou os olhos.

 

— Eu quero muitas coisas, Scott. Mas te bater? Não. Eu só quero que as coisas voltem a ser como antes, sabe? Eu… Eu não aguento mais essa solidão. A falta que sinto de você. — Stiles deu um meio sorriso, abrindo os braços e os esticando na direção do McCall. — Eu te perdoo, Scott McCall.

 

— Sério?

 

— Sério.

 

— Sério mesmo? Porque eu ainda sinto que você não está d—

 

— Scott. — Stiles revirou os olhos, sem paciência. — Eu ‘tô tentando ser amável aqui, viu? Só cala a boca e me abraça logo, Mascott.

 

E só assim Scott acreditou no amigo. Stiles só o chamava pelo apelido quando estavam bem um com o outro. E como sentiu falta de ouvi-lo! Jogou-se nos braços dele, apertando-o contra o corpo com força, libertando as lágrimas que tanto segurou por meses. Chorou por tudo o que tinha acontecido. Pela morte de Allison. Pela quase perda de Stiles ao ser possuído pelo Nogitsune. Pela briga. Pela distância. Pelas palavras amargas que feriram a ambos. Pelo cheiro ruim que Stiles exalou por meses. Pelo medo refletido no olhar toda a vez que tentava se aproximar dele. Por tudo. E tê-lo ali, novamente, entre seus braços, batendo em suas costas e murmurando que tudo ia ficar bem foi o suficiente para acreditar.

 

Eles iriam ficar bem.

 

Bastou, por hora.


Notas Finais


KKKKK

Ai, gente, eu sei que vocês queriam dar uma surra no Scott, mas eu queria que eles reatassem a amizade deles antes da merda. De vdd, o Scott pode ser um bosta (nessa fanfic), mas ele ama o Stiles como a um irmão, então esse pedido de desculpas dele foi bem sincero e verdadeiro. O Stiles sentiu, por isso aceitou. Os dois estão bem, firmes e fortes. John é, particularmente, um personagem bem gostoso de trabalhar. Ele é o pai do Stiles e dá pra shippar ele com vários personagens, então vamos ver se vocês descobrem com quem -v-

Eu não pretendo mudar a relação deles da série aqui. Ambos são próximos, são unidos e confiam um no outro. Melhor relação pai/filho que a gente respeita, bicho.

Quanto ao negócio de banshee da Lydia, na season 3 ele não estava tão bem desenvolvido quanto está na season 5/6, então deixei meio confuso de propósito e acho que me animei demais, mas a pista pro desfecho dessa fanfic está na visão dela. PRESTEM ATENÇÃO.

Quero sinceramente agradecer cada um de vocês que está lendo, comentando e favoritando You and Me. Estou passando por uma fase muito difícil e escrever é o meu modo de relaxar, acreditem ou não. Me ajuda bastante em dias negros. E saber que estou escrevendo algo que está agradando tanta gente realmente me motiva a continuar. Muito obrigada mesmo, gente! De coração <3
Eu estou postando hoje (vou ver se consigo responder os comentários hoje ou amanhã tbm) porque ficarei sem internet e não sei quando poderei postar :/ Só terei na faculdade e não é lá uma boa ideia postar pelo celular, já fiz isso e cagou na formatação, mas se for pra demorar demais, eu faço isso. PORÉEEM, eu não fico sempre no celular e já é fim de ano, ou seja, tenho que correr com trabalho/prova/seminário e, infelizmente, a faculdade é a minha primeira opção. Mas espero não ter que ficar sem internet por muito tempo, é horrível ç_ç

ENFIM, sorry pelo textão! Vejo vocês no próximo capítulo! Um beijo e um xero <3


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