História You Are Important To Me. - Capitulo Onze

Na manhã seguinte era 10:20 e não havia sinal de nenhum deles, Irene ficou preocupada e subiu para ver o que tinha acontecido, chegando lá ela bateu na porta do quarto de Clara e não obteve resposta, então resolveu abrir uma fresta da porta para ver se estava tudo bem, Clara estava dormindo, aparentava estar em seu sono mais pesado, abraçada á um travesseiro, Irene então sorriu  e fechou a porta, fazendo o mesmo com o quarto de Patrick, ela encontrou o quarto uma bagunça com ele dormindo com um braço para fora da cama, parte dos edredons e alguns travesseiros no chão as pernas bagunçadas na cama, ela fechou a porta sorrindo e desceu as escadas para terminar o almoço.

Quase 11:00 Clara acorda, toma banho e desce, Irene estava terminando de fazer uma torta alemã e Clara fala.

- “O Patrick foi fazer caminhada de novo?” Ela pergunta sentando no sofá.

- “Ele ainda não desceu dona Clara.” Irene fala.

- “Nossa, que horas são?” Ela pergunta surpresa.

- “11:37.” Irene fala.

- “Já? Nossa não sei o que me deu para dormir tanto assim.”

- “O almoço já está pronto, a senhora quer que eu lhe sirva?” Irene pergunta.

- “Vou chamar o Patrick primeiro.” Ela fala e sobe as escadas novamente, batendo na porta Clara não tem resposta, então ela abre a porta e encontra o quarto vazio, ela bate na porta do banheiro e chama.

- “Patrick?”

- “Oi?” É ouvido do lado de dentro da porta.

- “A Irene pediu para avisar que o almoço já está na mesa.”

- “Obrigada, só vou terminar de me barbear e desço.”

- “Tá, tô te esperando.” Ela fala e sai do quarto, parada na escada, as lembranças da noite anterior voltam em sua mente e ela chaqualha eles para longe enquanto desce as escadas.

-“Ele disse que só ia terminar de se barbear e desceria.” Ela fala e seu telefone começa a vibrar em cima da mesa de centro.

- “Alô?”

- “Oi Clara.” A voz de Renato é ouvida do outro lado da ligação.

- “Tudo bem? Você sumiu.” Ela fala.

- “É eu tive que resolver uns assuntos aqui em Pedra Santa com urgência e esqueci o carregador do meu celular, mas como estão as coisas?”

- “Bem, exceto alguns imprevistos.”

- “O que aconteceu? Vamos conversar á sós, faz assim, daqui a pouco eu chego ai em Palmas e te pego para gente sair um pouco e conversar okay?” Ele fala.

- “Não, tá bom, até mais tarde.”

- “Até.” E eles finalizam a ligação, Patrick que estava descendo as escadas e ouviu parte da conversa, pergunta, mas já sabendo a resposta.

- “Quem era?”

- “Era o Renato, queria conversar á sós.” Ela fala colocando o celular de volta na mesa de centro.

- “Ah, o Renato.” Ele fala e se senta á mesa, então muda de assunto tentando mudar o clima que a conversa estava chegando.

- “Vamos almoçar?” Ele pergunta á ela.

- “Vamos.” Ela dá um sorriso e se junta á ele na mesa, papo vai, papo vem e eles comentam.

- “Não consigo acreditar que dormi até quase onze horas.” Clara fala.

- “Nem eu, nossa, há tempos não acordo tão tarde assim.” Ele fala brincando com o garfo e a torta.

- “Uma das coisas engraçadas daqui é que parece que a gente vive mais, já percebeu?” Ela ri.

- “Já, mas isso foi só nos primeiros dias, depois acostuma.”

- “É como se as horas não passassem, meu pai me falava quando eu era pequena que enquanto o galo canta aqui, as pessoas já estão tomando banho de praia no Rio” Ela sorri com a lembrança.

- “Ih, você não viu nada, viajando pelo mundo, quando você volta pra casa, ganha o pior Jet lag que você pode imaginar existir na vida.” Eles sorriem um para o outro e seus olhares se encontram.

- “Ah é, e qual foi o seu pior?” Ela pergunta.

- “Todos.” Ele brinca e continua.

- “Mas o pior mesmo foi quando eu fui para Austrália, eu lembro ter dormido por três dias depois de chegar de viagem e mesmo assim me sentia um lixo.” Ambos caíram na gargalhada, depois que o papo cessou Clara falou.

- “Vou subir okay? Daqui a pouco vou sair então volto só mais tarde, o Renato vai vir me buscar para conversarmos.” Ela fala e se levanta.

-“Hmrum.” Ele fala desviando o olhar para sua sobremesa, depois que ele ouve a porta do quarto dela se fechar ele sobe para o dele também, ele preferiu não ficar pensando sobre a Clara e o Renato e então decidiu assistir algo, ele então pega o controle da TV e procura algo que o satisfaça na grade da Netflix, resolvendo então colocar em dia sua maratona de House Of Cards, de um ano atrás que ele nunca terminou.

Assim que Clara subiu e se arrumou começou a admirar sua beleza em frente ao espelho e com isso pensar.

Esse ano mal começou e tanta coisa já aconteceu, tantos segredos foram revelados, o quão perigoso esse mundo está, mas ei, eu sou um dos perigos também, não me orgulho disso, mas cada um daqueles que me fizeram mal pagarão caro, ou melhor, já estão pagando, preciso ver se o Renato tem algo novo sobre a Laura, meu plano é me infiltrar na vida dela com o intuito de descobrir o que o Vinicius fazia com ela e então sabotar a revelação da pior forma possível, mas também preciso acelerar a minha vingança contra a Sophia, essa assassina está matando muita gente e isso está me afetando pois algumas dessas pessoas são amigos ou aliados meus e isso não pode acontecer. O Renato estaciona o carro e me liga, avisando para eu descer, quando saio ele está me esperando, segurando a porta do carro aberta para eu entrar, pega a minha mão e a beija enquanto eu dou um sorriso tímido, desde que voltei ele vem mostrando muitas declarações de amor a mim, mostrando que posso confiar nele, confesso que no inicio não confiava muito, mas depois que ele me mostrou que pode me ajudar a tirar meu filho das mãos da Sophia e da Lívia passei a confiar mais nele, por isso e porque ele também quer me ajudar com a minha vingança, ao contrario do Patrick que quer eu consiga meu filho e desista disso tudo, sei que ambos me amam, mas meu coração ainda está fechado, bloqueado por uma imensa parede de ódio que só irá se dissolver quando eu me vingar de todos eles.

- “Você está linda Clara.” Renato elogia.

- “Obrigada, gostei da sua gravata.” Ela retribui e continua.

- “Então, para onde vamos?”

- “Apressada você ein? É segredo.” Ele fala e sorri.

Depois de alguns minutos eles chegam á um parque e Renato faz o cavalheiro abrindo a porta para Clara, ela agradece e sai do carro, caminhando um pouco, Renato começa a compartilhar suas descobertas.

- “E eles vão se casar, o Rafael me pediu para ser padrinho e eu aceitei, mas todo padrinho tem sua madrinha e eu queria saber se você quer ser a madrinha do Rafael junto comigo, pois assim você saberá de tudo o que acontece com a Laura e talvez possa descobrir o porquê ela é assim.” Renato fala olhando nos olhos da Clara.

- “Claro que eu quero Renato, isso é incrível, esse casamento veio no momento certo, logo logo será a vez do Vinicius de ser desmascarado.” Ela fala.

- “Mereço um beijo?” Ele pede.

- “Renato, claro que você merece, mas eu já disse, seremos só amigos, pelo menos por enquanto, mas nada me impede de te dar um abraço.” Ela fala e abraça ele que fica triste com o banho de água fria que acabara de levar.

- “Clara nós nos amamos, não dá mais para esconder, pra que fazer isso, seria melhor se simplesmente assumirmos logo de uma vez.”

- “Renato, por favor não vamos brigar, eu já disse, pelo menos por enquanto, enquanto estamos planejando a vingança, depois falamos sobre isso.”

- “Você tá certa, mas saiba que eu te amo e que sou homem, e não gosto de te ver com o Patrick toda hora, pow o cara é chato, não desgruda de você.”  Ele fala pegando nas mãos dela.

- “O Patrick é um amigo, praticamente um irmão pra mim, você não tem nada do que se preocupar.” Ela tranquiliza, nem mesmo acreditando nas próprias palavras.

- “Mas essa vingança era para ser uma coisa só nossa, sem ninguém mais interferir e nem saber.” Ele choraminga.

- “Renato!”

- “Tá bom, tá bom, é que eu me preocupo com você Clara, só isso.” Ele continua.

- “Devíamos tomar um sorvete, o que você acha?“ Ele pergunta.

- “Eu acho que é uma ótima ideia.” Ela sorri concordando.

Continua....