História You Are Important To Me. - Capitulo quinze

Mesmo depois da noite que eles tiveram Patrick não conseguia acreditar no que tinha acontecido, era tudo o que ele mais sonhou, era oficial, Clara e Patrick eram oficialmente um casal, ele se sentia o homem mais sortudo e mais feliz de todo esse mundo, afrouxando sua gravata ele vai subindo os degraus das escadas e em silencio entra em seu quarto, por um momento ele senta na beira da cama e sorri um pouco mais, infelizmente hoje seria uma noite em que ele não conseguiria dormir, talvez amanhã sua mente permitiria seu corpo de descansar, mas hoje não, hoje seus neurônios estavam em festa dentro do corpo e a única coisa que ele poderia fazer era participar, ele se levanta, troca de roupa e escova os dentes, quando volta resolve completar um pouco mais o tour pela Europa que ele está organizando para Clara, até agora ele já escolheu pontos turísticos na Itália por onde a Clara queria começar, França, Londres, Alemanha e Bélgica, todos haviam pontos turísticos muito românticos, ele tentaria acrescentar mais alguns países dentro do prazo de dias em que eles ficarão lá, quase 2:00 da manhã Patrick resolve desligar tudo e descansar, dez minutos depois tentando dormir ele liga as luzes do seu quarto novamente, dessa vez em busca de sua bolinha, talvez passar a madrugada apertando ela me trará algum sono, sobre as marcas da semana passada que a Sophia deixou em mim estavam curando bem, o peito só doí se eu pegar muito peso ou correr muito e o braço está mais estável, não era nenhum 100% mas eu consigo fazer quase tudo como antes, a fisioterapia tem ajudado muito e a parte mais dolorosa é levantar o braço, a força na mão está começando a voltar, porem não fui muito fiel seguindo as orientações do medico, tenho certeza que na próxima consulta com ele serei chamado atenção por continuar dirigindo e bebendo, mas em minha defesa foi apenas em uma ocasião especial, muito especial, e além do mais não tomei nenhum comprimido hoje, a ultima vez que tomei foi ontem antes de dormir, ainda sinto dor, mas é tolerável, alguns dias doem mais do que outros, talvez seja por conta do clima ou algo do tipo.

Antes das 6:30 Patrick já estava de pé, como ele já sabia que seria, ele não conseguiu dormir, apenas tirou um cochilo, mas ele não podia reclamar, se sentia o homem mais sortudo do mundo, depois de tomar banho, se arrumou e deu uma olhada na sua agenda, a audiência da Duda seria amanhã, quarta feira, e a de custodia do Tomaz na sexta, hoje ele iria junto com a Adriana ver sua cliente na delegacia para instrui-la de como funcionava uma audiência de acusação (e talvez descobrir algo mais para ajuda-lo na causa), na segunda-feira da outra semana teria uma consulta com seu medico para avaliar o progresso da sua recuperação e na quinta-feira já seria a audiência da Clara contra a Sophia, as audiências estavam acontecendo rápido por conta do recesso de Carnaval, o tribunal tenta resolver o maior número de casos antes do Carnaval em compensação do período de recesso, ou seja, muita coisa para julgar em muito pouco tempo, depois de separar os documentos necessários para o dia Patrick desce em busca de um café bem forte para mantê-lo acordado durante o dia inteiro.

- “Bom dia Patrick, acordou cedo.” Irene fala.

- “Bom dia Irene, é, muita coisa para resolver.”

- “Imagino, o café está quase pronto, se importa em esperar?”

- “Não, sem problemas.” Ele fala e pega o telefone enquanto Irene termina de preparar tudo, Adriana tinha mandado mensagem desejando bom dia, ele a respondeu, ambos iriam se encontrar na delegacia, ele ouve os passos da Clara na escada e guarda o telefone.

- “Bom dia.” Ela fala com uma voz preguiçosa e pega nas mãos do Patrick.

- “Bom dia.” Ele sorri e solta as mãos dela, liberando sua passagem para a cozinha.

- “Já vai sair?” Ela fala despejando água no copo.

- “Sim, tenho que resolver algumas coisas por conta do feriado de carnaval.”

- “É amanhã a audiência da Duda né?” Ela pergunta.

- “Sim, essa é uma das razões por eu estar saindo mais cedo hoje.” Ele sorri para ela.

- “Se eu fosse com você, poderia falar com ela antes da audiência?” Ela fala antes de beber água.

- “Hoje sim, mas amanhã ela só poderá falar com os advogados antes de entrar no tribunal.”

- “Huum, então me espera 5 minutinhos, super rápido, só vou trocar de roupa, quero desejar sorte para ela, volto já, você nem vai perceber.” Ela fala e coloca o copo meio cheio de água na ilha.

- “Tá, só não demora muito.” Ele ri dela.

- “Volto já.” Ela fala e sobe as escadas com rapidez.

- “Seu café.” Irene fala depois que coloca a porcelana na mesa.

- “Obrigado Irene.” Ele fala e se senta a mesa para comer, 10 minutos depois e a Clara desce as escadas e se senta a mesa.

- “Ainda não terminou de tomar café? E eu quem achei que você já estaria querendo a minha cabeça por demorar tanto.” Ela fala e ri antes de beber um gole do seu suco.

- “Tô te esperando, mas acho melhor nós irmos logo, a ultima vez que falei com a Adriana ela já estava saindo para a delegacia também.”

- “Vamos.” Ela fala e limpa os lados da boca com o guardanapo, eles se levantam e saem juntos, Patrick coloca a mão nas costas da Clara e ela olha para ele.

 - “Você está linda.” Ele fala e Clara agradece o elogio com um beijo, chegando á delegacia eles cumprimentam os delegados e investigadores de plantão, Bruno era um deles, então Clara aproveitou para saber mais sobre sua amiga enquanto isso Patrick e Adriana foram até a sala de interrogatório falar com a Duda.

- “E como a minha amiga está?”

- “Melhor a cada dia, depois dá uma passadinha lá para ver ela.” Ele convida.

- “Aah bom ouvir isso, passo, passo lá sim, quero mesmo falar com ela.” Ela fala e logo em seguida Adriana aparece chamando Clara.

- “Clara.”

- “Oii.”

- “Pode ir lá falar com a Duda.”

- “Ah, obrigada.” Ela sorri e entra na sala, Patrick estava se levantando para sair.

- “Vai lá.” Ele toca no braço dela, a conversa foi rápida, não mais do que 5 minutos, mas o que importava era a intenção e força, e o tempo permitido era de apenas 10 minutos pois aquele horário não estava em horário de visitas, Patrick e Adriana estavam debatendo contra o delegado Vinicius por conta de sua insistência em chamar a ré de culpada.

- “Tudo pronto?” Clara pergunta para Patrick.

- “Tudo, vamos indo Adriana?” Ele pergunta.

- “Ah, eu vou ficar para resolver um outro caso que estou representando.” Ela se justifica.

- “Tudo bem, abraço.” Ele se despede e sai junto a Clara, no caminho para casa Clara vira e fala.

- “O que mais você tem que resolver hoje?”

- “Bom, depois do almoço irei até o fórum para pegar a copia do processo de acusação contra a Sophia e mais tarde me preparar para o julgamento de amanhã.”

- “Com a Adriana?”

- “Não, sozinho, afinal, o que você tem contra a Adriana tadinha?” Ele fala segurando o riso.

- “Não sei, não gosto, relação é profissional, apenas.” Ela fala e olha para o transito na sua frente.

- “Isso e ciúmes?” Ele fala sorrindo. 

- “E se for, qual o problema?” Ela olha nos olho dele.

- “Ah, nada, só por saber mesmo.” Ele fala e continua só que dessa vez se concentra no transito a sua frente.

- “E você, quais são seus planos para hoje?”

- “Depois do almoço irei até Pedra Santa, visitar meu avô e a Dona Mercedes e de noite darei uma passada na Raquel, ver como ela está indo.”

- “Mande lembranças por mim e melhoras para a Raquel.”

- “Sem problemas, mando sim.” Ela sorri e coloca sua mão sobre a dele, apertando os dedos em sua palma, ele vira com um sorriso fino nos lábios, eles param no semáforo.

- “Eu te amo sabia?” Ela se declara para ele.

- “Eu também te amo.” E com isso eles se beijam, o sinal abre e alguns carros que estavam atrás buzinam, trazendo-os de volta para a realidade.

- “Ops.” Clara fala rindo, ele também sorri, chegando em casa Irene anuncia o recado que lhe foi deixado.

- “Dona Clara o Renato veio e deixou recado, ele disse que você não estava atendendo o telefone e tinha algo importante para falar com a senhora.”

- “Obrigada Irene, pode deixar que retornarei as ligações dele.” Clara fala e olha para Patrick.

- “Será que ele descobriu algo?” Clara fala.

- “Talvez.” Ele se faz de desinteressado.

- “Ah, esqueci de carregar meu celular, a bateria morreu.” Ela se aborrece olhando para o celular.

- “Vou lá pra cima, depois a gente conversa.” Patrick pontua.

- “Tá.” Ela percebe o desconforto, pega o celular e também sobe, já no seu quarto ela coloca para carregar e espera o celular ligar.

- “Renato.”

- “Oi Clara.” Ele cumprimenta e continua.

- “Preciso muito conversar com você.”

- “O que aconteceu.”

- “Podemos conversar pessoalmente?”

- “Podemos sim, mas o que você descobriu?”

- “Você tá em casa?”

- “Tô, acabei de chegar, você vai vir aqui?”

- “Daqui a pouco chego ai, onde você estava? Te liguei umas dez vezes e nada, fiquei preocupado.”

- “Eu tinha ido até a delegacia com o Patrick e o celular estava descarregado.”

- “Hum, tá beijo.”

- “Beijo.”

Continua....