História You are mine, Angel - EXTRA 2 - Patch, você vai ser papai

Eu só suspeitei quando meu ciclo atrasou. Sim, Nefilim têm período menstrual. Seria uma maravilha se não tivessem.

Quando eu voltei de viagem com Patch após um mês, eu me sentia diferente. Não diferente grávida, apenas diferente. Sem contar que eu nunca imaginava que iria engravidar em algum momento da minha vida.

Sim, eu tinha ficado curiosa com o presente de Basso para mim. Eu só não queria me iludir com as possibilidades.

Quando meu ciclo atrasou, eu fiquei com medo, mas esperei mais um mês. Então finalmente tive coragem de comprar o teste de gravidez.

Eu fiz tudo isso sozinha porque não queria dar falsas esperanças para Patch. Eu sabia que para ele, ter filhos ou não, não faria diferença alguma. Mas eu via o modo que ele olhava para Kurt e Vee quando eles estavam discutindo sobre o nome da bebê e coisas do tipo.

Eu também resolvi não contar nada para Vee, ela era muito histérica e acabaria contando para Kurt ou até mesmo para Patch.

Comprei cerca de seis testes de gravidez, com marcas diferentes. Nunca fiquei tão ansiosa na minha vida.

Patch estava na sala assistindo TV e eu me tranquei no banheiro por quase uma hora. Fiquei sentada no chão, esperando o resultado do teste.

- Anjo, você está bem? Faz um tempinho que você se trancou aí. – Patch bateu na porta e eu respirei fundo antes de responder.

- Tudo certo.

Fiquei de pé e fui para a bancada da pia e comecei a chorar. Os seis testes de gravidez apontavam o “P” de positivo em cor verde.

- Anjo, você... você está chorando? – Patch perguntou do outro lado da porta, forçando a maçaneta.

Me forcei a enxugar as lágrimas e joguei os testes no lixo.

- Está tudo bem. – Respondi, abrindo a porta.

Patch olhou em meus olhos e me abraçou.

- Tem certeza? – Ele me perguntou.

Só consegui assentir.

****

- Anjo? Para que tudo isso? – Ele me perguntou, sentado no sofá.

- Não saia daí! – Gritei do quarto, suprimindo uma risada. Patch com certeza iria surtar.

Saí do quarto com uma camiseta na mão e ri do que eu via. Patch com os olhos vendados e de braços cruzados no sofá.

- Vai me dizer o que você está aprontando? – Ele perguntou, agitando os braços, me procurando.

– Vista isso aqui. – Falei, colocando a camiseta nas mãos dele.

Patch bufou e eu ri. Ele colocou a camiseta e cruzou os braços novamente.

- E agora?

- Vem comigo. – Segurei a mão dele e levei ele até nosso quarto.

- Eu vou tirar a venda, mas você só vai abrir os olhos quando eu mandar, ok? – Falei, guiando ele até nossa cama.

Ele assentiu e se sentou. Torcendo as mãos, nervoso.

- Você não colocou um corpo esquartejado no nosso quarto não né? – Ele perguntou e eu ri.

- Não, bobinho. – Coloquei a caixa na mão dele e retirei a venda.

- Posso abrir os olhos? – Ele me perguntou.

- Pode. – Sussurrei.

Patch abriu os olhos e olhou confuso para a caixa de presente em suas mãos.

- É um presente para mim?

- Abra, baby. – Falei para ele, ansiosa.

Ele desfez o laço e abriu a caixa. Patch soltou o ar quando tirou o par de sapatinhos de bebê azuis de dentro da caixa. Ele não disse nada. Apenas ficou segurando.

Ele os colocou na cama e se levantou, caminhando em direção ao espelho. Quando ele olhou seu reflexo, começou a chorar.

Caminhei até ele e o abracei. Em sua camiseta estava a frase “I’m gonna be daddy”. (Vou ser papai).

- Anjo, isso é sério? – Ele falou, com o rosto enterrado em meus cabelos.

- Sim, Patch. Você vai ser pai. Eu estou grávida. – Falei, com lágrimas nos olhos.

Ele se afastou e segurou meu rosto em suas mãos, olhando em meus olhos.

- Eu te amo tanto.

- Eu também te amo, Patch.

Ele se ajoelhou na minha frente e beijou minha barriga, abraçando minha cintura.

- E papai também já te ama.

Fiz carinho em seus cabelos, sentindo as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

“Obrigado, obrigado, obrigado”. – Falei para Basso, em meus pensamentos.