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História You Are My Business - 22. The truth


Escrita por: StashaSnowAllen

Capítulo 22 - 22. The truth


*Capítulo sem capa p/ não dar spoilers*

Dois meses... havia passado dois meses, a rotina de Scarlett era a mesma, ela infelizmente teve que voltar a trabalhar mas tirava uns dias de folga para ficar somente com Chris, ela e Mary estavam revezando as noites em que cada uma dormia no hospital. No Chris havia curado alguns machucados, como sua perna e a costela.

Scarlett tinha dormido três noites seguidas e hoje seria o dia de Mary ficar no hospital.

Ela ainda tentava manter o sorriso e pensamento de que tudo vai ficar bem, mas isso estava se tornando cada vez mais árduo quando ela o observava sem nenhuma melhora desde que entrou em coma, ele se quer movimentava algum dos membros quando ela falava com ele, ela se sentia inútil em não poder fazer nada e sentia ainda mais quando notava que ele não a escutava.
Antes de ir ao hospital, ela estava no seu escritório e seu pai a chamou, eles não estavam trocando uma palavra desde do dia em que Scarlett assumiu estar apaixonada por Evans.

Ela deu dois toques na porta e abriu-a. Posicionou-se na frente dele que apenas indicou com a mão para ela sentar-se.

S: algum problema? - ele finalmente a olhou.

Karsten: não, só quero saber se terminou o relatório.

S: sim, estão no meu email posso te mandar. Era só isso? - ele assentiu e ela foi até a porta.

Ela soube de início que não era só isso, algo o incomodava ou melhor o chateava, ela não via essa expressão facial nele há tempos. Parecia desolado, triste, por instinto ela deu meia volta e falou:

S: o que você tem? - ele deu de ombros e ficou quieto - pai, - ele a olhou perplexo, ele não ouvia essa palavra da boca dela há tempos - o que foi? - sentou na cadeira novamente.

K: não aconteceu nada. - eles ficaram em silêncio e ela continuou a encará-lo - tem notícias do seu tio?

S: está preocupado com o tio Leo? Desde quando?

K: ele é um viciado, acha mesmo que não devo me preocupar?

S: você nunca se preocupou, - Karsten suspirou - bom, ele está bem. Falei com ele nesses dias. Agora me fala a verdade, o que te incomoda?

K: - ele ainda estava relutante mas deu-se por vencido - você gosta dele? Ou disse aquilo apenas pra me provocar? - ela suspirou.

S: não, infelizmente não, eu estou gostando dele e muito. - ele assentiu com um leve desapontamento e ela não entendeu essa reação.

K: vocês nos enfrentariam para ficar juntos? - ela notou que no fundo dos olhos dele tinha tristeza, muita tristeza.

Ela esperava ele furioso, a chamando de fraca e etc., mas não, ele estava desapontado, decepcionado, de certa forma, ela ficou magoada consigo mesma.

S: não se preocupe, você não vai perder a aposta, nenhum dos dois vai. Chris e eu estamos apaixonados um pelo outro, a gente ia falar que não nos apaixonamos e aí nenhum iria ganhar ou perder. - ele a olhou.

K: não me preocupo com aposta. - Scarlett franzi o cenho - eu só... só achei que fosse diferente dessa vez, mas não foi. Não deveria ter aceitado esse acordo, pensei que ele seria igual ao Ryan... - ela o interrompeu.

S: O QUE? Ele não tem nada a ver com o Ryan! Ryan é abusivo, Chris é todo o contrário dele. Por que diabos você pensou isso?

K: não sei, apenas aparentava - Scarlett estava incrédula.

S: aparências enganam e elas te enganaram. Ryan é um traíra isso sim.

K: ele te traiu?!

S: não mas se aliou à você que estava, está, não sei, contra mim.

K: não estou contra você, nunca estive.

S: você me obrigou a casar com alguém que eu não suportava.

K: e agora vocês estão apaixonados.

S: ah, isso é seu pedido de desculpas? - começou a ficar irritada.

K: não, isso não é culpa sua. Eu sou o culpado, não deveria ter aceitado isso. Acho que eu só estava tentando provar a mim mesmo que isso não aconteceria de novo, mas estava errado.

S: de novo? Do que está falando?

K: nada demais. Não é nada.

S: não pai, já estou cansada disso. O que aconteceu entre vocês?

K: pensei que soubesse.

S: ah me poupe, não é só negócios. Fala logo, o que houve?

Ele desviou o olhar dele e seus olhos marejaram mas logo ele se recompôs.

K: nada. Com licença por favor. - Scarlett revirou os olhos e saiu.

Ela ainda estava com um aperto no peito por vê-lo daquela forma, algo dentro dela estava fazendo-a sentir culpa.

Quando ela saiu do escritório dele, decidiu ligar para Leonard para ter certeza que ele estava bem, ele atendeu e perguntou se eles podiam almoçar juntos e ela assentiu.

Eles foram para a mesma lanchonete da última vez que almoçaram juntos.

Leo: então, como ele está? - Scarlett havia contado por telefone a situação de Chris.

S: do mesmo jeito, - suspirou e ele segurou sua mão - ele vai ficar bem, eu sei. - ele assentiu - e você?

Leo: bom, queria te contar algo. Não é nenhuma surpresa, não deveria te contar porque não quero te dá falsas esperanças de novo, mas eu decidi ir para reabilitação novamente - Scarlett sorriu alegre - sim, de novo, não sei se dessa vez vai ser diferente mas... - elao interrompeu.

S: não importa! Você pode ir pela milésima vez, eu irei ter esperanças sempre e acreditar em você todas as vezes porque eu sei que você vai largar isso, cedo ou tarde, eu sei disso. Você ficará saudável e aqui do meu lado. - ele sorriu.

Era incrível o carinho imenso que ela tinha com ele, às vezes, ele achava que não merecia tanto mas ela sempre provava que estava errado.

Leo: obrigado, querida. - ela sorriu.

S: mas o que te fez mudar de ideia? - ele suspirou.

Leo: bom, digamos que hoje terei que  comprar flores brancas para um amigo. Overdose, foi a causa. - Scarlett franziu o cenho.

Já ouvi alguém falando isso mas não estava se recordando quem.

S: como assim tio? Flores brancas?!

Leo: você é uma Johansson e não sabe o que isso significa? - ela negou - seu pai te criou errado então - brincou - flores brancas foi um "eufemismo" que seu bisavô criou para dizer que alguém havia morrido, para soar menos pesado pra gente sabe?! E aí pegou. Seu avô ensinou isso para mim e seu pai. Quando dizemos "comprar flores brancas a alguém" significa que vamos ao enterro dessa pessoa, ele usava flores brancas porque normalmente em um velório as pessoas levam flores brancas.

S: uau! Inteligente, ele pensar assi - ia concluir a frase quando lembrou de onde havia escutado essa frase.

"...até porque hoje é um ótimo dia para comprar flores brancas."

Seu avô, ele falou isso na última consulta a psicóloga. Ela parou pra pensar e o que lhe veio a mente foi: Ele ia para um enterro, mas como assim "ótimo dia"?

Foi quando seus olhos se arregalaram fortemente e ela pensou no que significava.
Ele não ia à um enterro, ele ia "fazer" o enterro, meu avô ia matar alguém?! 

Disse a si mesmo em pânico total. Leo não estava entendendo nada, ela de repente ficou imóvel e olhando para um ponto fixo que pra ele era o nada.

Leo: Scarly? Tudo bem? - ela voltou a si.

S: sim, sim. Tudo... tudo bem - fingiu um sorriso.

Leo: certeza? - ela assentiu - bom, queria ficar mais tempo mas tenho que ir.

S: humrum, sinto muito pelo seu amigo, me mantém informada sobre a reabilitação - ele assentiu e ela deu um abraço nele ainda perplexa.

...

Mary estava no hospital, sentada na cadeira ela observava Chris cujo único movimento era o seu peito que inspirava e expirava indicado que ele estava vivo. Tantas coisas haviam passado na cabeça dela durante as últimas noites, ela se perturbava com ele, não gostava de pensar em perdê-lo, já quase o perdeu uma vez devido a Emily, não queria que isso acontecesse novamente.

Pensou se isso fosse obra dos Johansson, se for Scarly provavelmente não sabe.

Ela sentia-se culpada "não devia ter inventado tudo isso Marilyn, culpa sua!" - pensou. Toda a longa história criada por ela para convencer Robert a perturbava quando ela olhava pra Chris na maca inconsciente, ela permitiu-se escapar algumas lágrimas mas espantou-se quando a porta foi aberta. Era Scarlett.

S: desculpe Mary, não queria atrapalhar posso voltar depois - Mary negou.

Mary: tudo bem. Estava esperando que chegasse. Tudo bem? - estranhou o semblante da loira que apemas assentiu e sorriu - você precisa descansar, eu fico com ele hoje.

S: mas Mary esse sofá é desconfortável.

Mary: por isso mesmo, eu fiquei no conforto durante três noites, sua vez.

Scarlett suspirou convencida, ela realmente estava muito cansada, não tinha dormido direito durante aquelas noites, se dormisse na cama dela hoje suas costas agradeceriam e muito.

Elas ficaram conversando um pouco até que Mary saiu, pois queria deixá-los a sós e também aproveitou pra respirar um pouco, ela ainda estava se sentindo sufocada devido aos seus últimos pensamentos.

S: - ela o olhou, tocou em sua mão e acariciou seu rosto, a barba dele estava um pouco grande mas ainda assim ele era lindo Ele é lindo de qualquer jeito!" - pensou - sei que se você estivesse aqui pediria para eu ter fé e paciência mas não está sendo nem um pouco fácil, não sem você. Você vai acordar, eu sei disso mas estou preocupa em como você vai acordar. Enfim, eu te amo e acho que está cansado de ouvir minha voz - ela sorriu fraco - se é que consegue me ouvir.

Sim, ele conseguia, algumas palavras saíam distorcidas e confusas mas ele sabia que ela estava lá, como sempre, mesmo eles distantes, ela ainda era o amor da vida dele que independente de qualquer coisa, ela sempre estaria lá.
Ele queria tanto acordar e ouvi-lá de maneira lúcida e nítida mas não conseguia. Pra ele haviam se passado algumas horas desde que sentiu o impacto não fazia ideia que eram meses. Ele se esforçou pra mexer-se e seu cérebro entendeu e enviou um sinal para seu braço que compreendeu e respondeu com um toque apertado na mão dela.

Ao sentir seu toque ela ficou extremamente feliz e emocionada, ele a ouvia, aquilo era o suficiente pra ela naquele momento. A doutora havia falado que ele poderia responder com toques mas ele nunca havia feito isso antes.

S: eu vou mas eu prometo que volto, de novo, eu te amo - ele moveu apenas o dedo dessa vez - espero que isso signifique um "também" - ela brincou. Deu um beijo na testa dele e saiu.

Ela procurou por Mary mas não a encontrou. Então, foi para casa, no caminho, a preocupação com Chris acalmou-se um pouco dando espaço a sua curiosidade sobre a conversa que tivera com seu pai mais cedo e sobre o que tinha pensando em relação ao seu avô, ela logo lembrou da porta secreta que ela viu no escritório dele, ela havia parado a sua pequena "investigação" devido ao ocorrido com Chris, não queria que nada além dele ocupasse sua mente.

Veio-lhe a memória a foto, que provavelmente era da Mary, a qual ela havia encontrado no dia do pequeno incidente com Mary. Ela pensou e ainda relutante decidiu ver se encontrava algo no quarto da Mary, ela achou que seria um pouco errado da parte dela mas Mary não descobriria e ela estava curiosa.

Chegou em casa, tomou um banho e foi até o quarto de Mary, era tudo muito organizado, parceria bem metódica, ela sorriu, adorava o jeitinho incrível de ser da Mary ela era uma pessoa maravilhosa, sentiria sua falta quando tudo acabasse.

Ela estava vendo se havia algo na sua gaveta quando ouviu um barulho, ou melhor, alguém chamando seu nome.

Mary, ainda no hospital, estava no banheiro, encarando seu rosto avermelhado.

Mary: preciso contar a ela, talvez ela me odeie mas ela tem que saber da verdade - disse decidida, abriu a torneira e molhou seu rosto com a água que saía.

Ela voltou para o quarto de Chris e não encontrou Scarlett, deduziu que ela havia ido para casa mas ela não conseguiria descansar se não contasse a ela, então pegou seu carro e foi até em casa.

Quando chegou viu que a porta do seu quarto estava aberta e a luz acesa, ela caminhou devagar e viu Scarlett olhando sua gaveta.

Mary: Scarlett? - a loira se assustou - o que está fazendo?

Tentou gesticular algo com a boca mas nada saiu.

Mary: por que está mexendo nas minhas coisas? - Scarlett a olhou tentando se explicar e decidiu contar a verdade.

S: olha Mary, eu... eu... tá bom. Outro dia eu vi uma foto provavelmente sua, eu a vi quando você teve uma queda de pressão, lembra? - Mary lembrou e soube qual era a foto.

Por ironia, ela veio justamente falar com ela sobre isso, então pediu para que Scarlett sentasse e ela o fez, Mary fechou a gaveta e sentou na cama ao lado dela.

Mary: acho que está na hora de você saber a verdade, não é algo leve mas você precisa saber. Por muito tempo, guardei isso para mim a pedido da sua vó e também porque não queria prejudicar seu avô, eles me ajudaram muito é tanto que eles que me indicaram para os Evans pois sabiam que eu estava procurando emprego para pagar a faculdade.

S: te indicaram? Como assim? - Mary começou a falar.

*Voz da Mary narrando*
Eles eram super amigos. Seu avô e o avô do Chris, inseparáveis desde da época de escola, foram padrinho um do outro no casamento, se apoiavam em tudo, brigavam e em menos de minutos faziam as pazes novamente, almoçavam juntos, faziam churrasco, iam para piscina, praia, todos juntos, tiveram filhos um perto do outro e ambos ficaram muito felizes pelo outro, para seu avô, Robert era como um segundo filho e para George, avô do Chris, Karsten também era seu segundo filho, Karsten e Robert cresceram juntos e foi inevitável a relação deles de melhores amigos florescer, se davam super bem assim como seu avô e o do Chris, davam a vida um pelo outro, tudo entre eles ocorreu exatamente igual ao seus pais. Bom, até agora contei com as palavras da sua avó, eu conheci seus avós primeiro depois foi os Evans, seus avós eram pessoas incrivelmente maravilhosas, com um bom coração e alma assim como Karsten, Leo e Robert. Leo amadureceu super cedo e foi emvira para Europa, ele não queria pensar em negócios. Quando os conheci ainda era muito jovem, uma jovem sonhadora que cursava medicina. Com o passar do tempo que comecei a trabalhar na casa dos Evans eu percebi o quanto a amizade deles, Karsten e Robert, se fortalecia até que os negócios começaram a subir a cabeça tanto do seu avô quanto o do Chris. Só pensavam nisso, George não dava mais a atenção que Alisha (avó do Chris) merecia nem Ejner a Dorothy (avó da Scarly).

Eles estavam obsecados por negócios e negócios, principalmente depois que ambas empresas decolaram no mercado. Dorothy se sentia excluída e sozinha mesmo que ela fosse dona da empresa também, eles estavam distantes.
Até que em um dia inoportuno, sua vó foi até a casa dos Evans para conversar com Alisha já que eram grandes amigas e adoravam conversar uma com a outra, mas Alisha não estava, George estava e a convidou para entrar já que também eram amigos e não haveria problema. Eles estavam conversando no jardim a espera de Alisha mas acabou pintando um clima e eles vieram a se beijar, o beijo não significou nada para nenhum dos dois. Carência? Talvez, sua vó se arrependeu amargamente por ter traído tanto Alisha quanto Ejner, os dois tinham um culpa imensa pois eram comprometidos mas foi um deslize eles não sentiam absolutamente nada pelo outro, só familiaridade e amizade, APENAS. Dorothy e George não sabiam mas Ejner viu tudo da janela do quarto deles, como eram vizinhos a varanda do quarto dos seus avós dava de frente para o jardim dos Evans.
Mas não pense que seu avô foi até lá e fez uma grande briga, não, pelo contrário, ele não disse nada. Alisha não soube pois George e Dorothy acharam melhor não tocar no assunto nunca mais mas ambos sentiam muito culpa, eles amavam seus parceiros, aquilo foi uma traição, uma terrível traição.

Os dias, meses que seguiram foram terríveis, os dois casais estavam muito afastados, seu avô começou a ficar depressivo e frequentar a psicóloga - Scarlett concordou pois já sabia disso - o Ejner sempre foi um ser iluminado mas depois daquilo ele não era o mesmo, se tornou sombrio, misterioso e quieto, seu avô era tudo menos quieto, ele sempre estava elétrico e alegre. George também estava se sentindo culpado por trair sua esposa e seu melhor amigo, ele queria contá-lo e explicar que foi só um beijo sem sentimentos algum mas ele tinha medo de como ele reagiria. Sua avó nem imaginava que o comportamento do seu avô era devido ao beijo, nem passou pela cabeça dela de ele ter presenciado aquele momento. Até que um dia ele perdeu a cabeça completamente...

George estava na garagem e havia pedido um suco para mim, eu fui até a cozinha pegar e quando voltei presenciei tudo. Ele estava mexendo nas ferramentas pois estava trocando pneu do carro e ele gostava de fazer essas coisas ele mesmo, Ejner chegou na garagem e falou com ele que tomou um susto por não notar ele chegando.

George: ah, é você. - ele se aproximou - quanto tempo não nos falamos. Como você está? - Ejner deu se ombros.

Ejner: é irrelevante como estou.

George: faz muito tempo que não nos falamos, não quero mais isso. Parecemos rivais, não estou nem aí para os negócios você é meu melhor amigo. - Ejner o encarou com um olhar misterioso.

A garagem estava um pouco escuro e era de noite.

Ejner: somos? Certeza?

George: claro. Amizade acima de tudo, lembra? Negócios depois. - Ejner sorriu irônico.

Ejner: sou tão seu amigo assim? - George estranhou - sabe, eu já ouvi a seguinte frase: o inimigo mora ao lado. Eu não a entendia, porque se o inimigo mora ao lado, mude-se, simples. Mas não, o inimigo mora ao lado porque ele é seu amigo. Seu melhor amigo. - ele o olhou - tem algo que queira me contar? - foi quando caiu a ficha para George.

George: Ejner, não significou nada, eu juro.

Ejner: ah jura?! - riu fraco - Alisha não faz ideia né?! Como pôde? Você era meu amigo, eu confiei em você - se aproximou de George - você traiu nossa amizade! Desde dos 10 anos! 10 anos! Somos amigos desde dos 10 anos e você jogou isso no lixo porque não conseguiu se controlar?! - George suspirou fundo.

George: por favor, sei que agi errado, muito errado mas Dorothy te ama e eu amo Alisha foi um deslize não significou absolutamente nada, eu prometo. Por favor não quero acabar com a nossa amizade - Ejner gargalhou.

Ejner: ela acabou a partir do momento que você me traiu. - ele pôs a mão no cós e o que ele tirou de lá fez com que George andasse para trás e levantasse as mãos em sinal de rendição. Era um arma.

George: cara, as coisas não precisam ser assim, não significou nada - ele mirou a arma para George.

Ejner: não precisam? Devia ter pensado antes de fazer besteira e beijar a minha mulher! - George ia falar algo mas a arma disparou.

Ele estava morto, eu fiquei pasma não sabia o que fazer. Fiquei em choque total. Os Evans não sabiam o que havia acontecido até descobrirem a traição. Kasrten culpou George de acabar com a família dele e Robert culpou Dorothy da mesma coisa. Karsten e Robert se afastaram completamente, guerra foi declarada ali, rivalidade até o fim. Eles não tinham provas contra seu avô mas sabiam que tinha sido ele, digamos que foi um crime "perfeito". Mas meses depois seu avô não aguentou a perturbação psicológica de ter matado o melhor amigo e se matou em um "acidente de carro", seu pai para não criar alvoroço na imprensa disse que foi um acidente. Sua vó me contava tudo, sempre fomos muito amigas apesar da diferença de idade, ela era como uma irmã mais velha pra mim. Ela ficou devastada, sempre disse que você era o único motivo que a mantinha viva mas depois de tanta dor e sofrimento, ela se desgastou, ficou doente e você sabe o que aconteceu, seu pai a culpava pela morte de seu avô, Karsten virou outra pessoa totalmente. Ejner nunca foi violento mas naquele dia ele estava fora de si.

Scarlett não sabia o que dizer, fazer, pensar, agir, ela estava imóvel. Seu rosto vermelho devido às lágrimas, ela foi enganada, já sabia disso mas não achava que fosse por um motivo tão forte assim.

Mary: desculpa não ter te contado antes, ninguém sabe que eu fui testemunha naquela noite. - Scarlett não proferiu nada, encarava o chão - e tem algo mais que eu quero, preciso te contar. - Scarlett a olhou - sua vó. Antes de morrer ela me pediu algo. Como eu disse, todo o sofrimento dela a desgastou completamente e ela queria MUITO que isso tivesse um fim. Então ela pediu pra que eu acabasse com essa briga, porque ela confiava em mim. Eu não soube o que dizer, só aceitei. Por anos fiquei pensando no que fazer, em como fazer. Eu sempre reparei que você e Chris tinham uma grande conexão mesmo um não suportando o outro. Então... - ela respirou fundo, aquilo poderia acabar com tudo que ela havia construído com Scarlett - eu deu a ideia do acordo para Robert, falando a língua dele claro, negócios e etc., ele ficou relutante pois não queria se aliar à Karsten até que ele deturpou o que eu estava pensando e criou a aposta, seria a foram de vingança dele. Eu sabia que vocês, convivendo juntos, iriam se apaixonar e achei que juntos iriam enfrentar seus pais e acabar com isso. Mas cada vez mais vocês se escondiam, com medo, foi quando eu percebi o sofrimento que eu havia criado. Pois vocês se amam e não podem ficar juntos. - Scarlett a olhou incrédula.

Não sabia realmente o que dizer, ela sentou uma facada dupla nas costas dela, ela estava "aliviada" por saber a verdade, estava furiosa por ter sido enganada e estava completamente decepcionada com Mary. Como ela pôde? Essa ideia seria maluca desde do princípio, ela tinha que pensar nos dois lados, o que daria certo e o que não.

Ela se levantou da cama e foi em direção à porta, não disse nada e saiu batendo a porta com força.

Tempo. Era o que ela precisava. Mesmo que fosse apenas uma noite, ela queria tempo.
Mary não teve o que fazer, apenas voltou para o hospital, ela entendeu que Scarlett precisava de tempo.

Aquela noite foi dura, intensa, um pesadelo que Scarlett estava tendo acordada. Seu avô era um assassino. Seu pai um mentiroso. Sua mãe também. E sua vó, não era tão santa quanto ela pensava. Seu tio, bom seu tio nem sequer pensava na família. Mary havia dado a ideia para o início de seu futuro sofrimento, mesmo não sabendo que isso viria a acontecer. Ela estava devastada, desolada com todos. Não podia confiar em ninguém, era como se ela estivesse sozinha no mundo, só ela, de novo. A velha amiga que ela havia esquecido estava lá do seu lado como sempre, a única que ela podia "contar"; a solidão, de novo. Ela chorou rios de lágrimas, nunca havia levado tantas facadas de uma vez. Naquele momento, ela só queria alguém pra abraçar, pra sentir, pra dizer que iria ficar tudo bem, ela só queria ele, só isso. Seria pedir muito?


Notas Finais


N/A: quem tbm quer abraçar a Scarly nesse momento? 🙋‍♀️😥
Muito pesado, eu sei mas finalmente sabemos a verdade (como se eu não soubesse mas disfarça) o que vocês acham que ela vai fazer?
Será que ela vai contar para o Evans quando (se) ele acordar?
Não sei, só sei que até eu achei esse capítulo pesado. E agora que vocês sabem a verdade quero dizer que...
Estamos em reta final, a fic está chegando ao fim mas em breve tenho surpresas para vocês ❤
P.s: desculpa o cap. gigante 😁
Até o próximo ❤❤


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