História You Are My Cure - Felicidade

POV Louis

Os fogos de artifício continuam a explodir no céu, colorindo-o e iluminando-o lindamente, mas eu continuo mais focado em beijar o Harry do que em qualquer outra coisa. O fato de ele agora ser o meu namorado, de nossa relação ter evoluído tanto, mexe bastante comigo, mas de um jeito muito bom... É incrível poder deixar todos os receios e decepções pra trás e ser feliz novamente, e mais incrível ainda é saber que eu também estou fazendo o Harry feliz!

O espetáculo com os fogos dura alguns longos minutos, mas parece ter passado apenas em um piscar de olhos.

-Foi lindo. – Niall comenta admirado e depois joga uma pedrinha minúscula em cima de mim. –Não que vocês dois tenham prestado muita atenção, não é?

O sorriso dele é todo brincalhão e malicioso e eu reviro os olhos, lhe mostrando o dedo do meio ao me levantar.

Os outros riem, inclusive o Harry, e se colocam de pé também.

-Vamos aproveitar o restinho da festa. – Liam sugere passando um braço ao redor do Zayn que se recosta contra ele.

Nós voltamos então para o meio das barraquinhas, Harry caminha ao meu lado, ele conversa distraidamente com Liam, mas uma de suas mãos está enfiada no bolso traseiro do meu jeans, mantendo-me bem próximo de si.

-Não acredito nisso! – David exclama em certo momento e todos olhamos para ele, que parou de andar e olha irritado para algo.

-O que foi, amor? – Niall segura o braço dele.

-Minha mãe bem ali... Conversando com minha ex. – David franze o cenho e ao seguirmos a direção de seu olhar finalmente conseguimos enxergar o que ele vê e tanto o irrita. –Não acredito que minha mãe continua de conversa com ela e fica nessa palhaçada de não estar pronta para te conhecer.

-Eu já disse que você não precisa se chatear com isso. – Niall segura o queixo dele e vira o rosto em sua direção, beijando-o carinhosamente nos lábios.

-Mas não consigo deixar de me chatear. – David suspira deslizando a ponta do nariz pelo rosto do Niall numa carícia, antes de beijá-lo novamente. –E sabe-se lá o que ela anda colocando na cabeça da minha mãe... Vou precisar conversar com os meus pais de novo.

-Tudo bem, mas depois, não deixe isso estragar nossa noite, vem. – Niall entrelaça os dedos aos dele e o puxa, fazendo-o voltar a caminhar, e nós os seguimos.

-Eu queria poder ajudar de alguma forma. – murmuro para eles, não gosto de imaginar algo atrapalhando a felicidade dos dois.

-Obrigado, Louis. – David sorri ligeiramente. –Mas, infelizmente, nem eu tenho muito que fazer nessa situação.

-É uma merda mesmo, mas pelo menos você e o Niall estão livremente juntos agora e podendo se amar sem precisar esconder de ninguém, é o que importa. – Zayn diz e David assente em concordância e beija o Niall mais uma vez.

Nesse aspecto sei como sou sortudo e agradeço por isso, minha família nunca me deu nada além de amor e conforto, e a família do Harry já me aceita tão bem, só espero que o David possa ter isso em breve também.

Felizmente conseguimos deixar aquele momento nebuloso pra trás e nos divertimos pelas horas restantes, mas aos poucos as pessoas começam a ir embora, nós mesmos vamos ficando mais cansados e a festa chega ao seu fim.

-Amanhã eu tenho plantão cedo, então é melhor ir andando. – Liam é o primeiro a se despedir.

-Diga aos seus pais que, mais uma vez, agradeço por vocês terem incluído o meu projeto nas doações esse ano. – Zayn vai até o Harry e o abraça apertado. –Você sabe o quanto isso significa pra mim e para todos os envolvidos.

-Eu sei, e foi um prazer. – Harry diz ao abraçá-lo de volta com a mesma força e carinho.

-Bem, nós também vamos. – Niall está meio pendurado no David, já parecendo um pouco sonolento. –Vem com a gente, Lou? Eu estou com o meu carro e o David vai dormir lá em casa.

Me pego sem saber direito o que responder, a verdade é que eu adoraria passar mais essa noite nos braços do Harry, principalmente depois da noite especial que tivemos, então olho de relance para ele, que parece estar compartilhando dos meus pensamentos porque se inclina na minha direção, passando um braço ao meu redor.

-Eu estou pensando em sequestrá-lo para mim por mais essa noite. – ele responde ao Niall, que sorri de imediato.

-Entendi... Mas espero que as suas intenções com o meu amigo sejam as melhores possíveis, Styles. – Niall se diverte ao nos provocar.

-Na verdade, acho que é melhor vocês ficarem sabendo logo da novidade por nós dois... – Harry me lança um olhar e na mesma hora compreendo sobre o que ele está falando, ainda não tínhamos dito a eles sobre o nosso tão recente namoro.

-O que foi? Qual é a novidade? – Liam pergunta, mas pelo jeito como o Niall me encara e sorri com certeza ele já sacou o que é.

-Nós estamos namorando. – conto, sentindo uma satisfação incrível em dizer essas palavras. –Não é mais só algo casual.

-Não tenho nem como expressar o quanto estou feliz por vocês. – Zayn não perde tempo e nos abraça, reunindo nós dois em seus braços ao mesmo tempo.

Os outros nos cumprimentam e também demonstram sua felicidade por nós, posso ver que Liam e Zayn não param de sorrir ao encarar especificamente o Harry, eles testemunharam de perto todo o sofrimento do amigo por conta do Adam, acho que ansiavam por poder vê-lo feliz novamente, do mesmo jeito como o Niall se sente sobre mim ao sorrir sem parar na minha direção.

Mas depois dos abraços, eles quatro vão embora e eu sigo com o Harry para procurar os pais dele e ver se precisam de alguma ajuda nossa.

-Os rapazes ficaram bem felizes com o nosso namoro, né?! – Harry comenta enquanto seguimos de mãos dadas em meio às poucas pessoas que continuam por ali.

-Não tanto quanto eu. – admito com um leve sorriso e ele ri, se inclinando para me beijar.

Depois nós procuramos mais um pouco, mas enfim encontramos os pais dele, que estão junto com a Gemma.

-Vocês precisam de alguma ajuda? – Harry pergunta quando os alcançamos. –Eu vou levar o Lou lá pra casa hoje.

-Ah, então podem ir, já está quase tudo acabado por aqui mesmo. – Anne diz.

-Certeza? Também posso ajudar em algo se precisar. – ofereço.

-Nós damos conta. – Des garante com um sorriso.

-Sendo assim, estamos indo. – Harry encaixa uma mão na minha cintura e Gemma o empurra no ombro divertidamente.

-Olha só, até o meu irmãozinho está namorando de novo e eu não consigo encontrar ninguém minimamente interessante. – ela revira os olhos, mas aposto que não devem faltar pretendentes atrás dela por aqui.

-Então por enquanto se contente ficando feliz por mim. – Harry retribui o empurrãozinho e ela arqueia uma sobrancelha.

-Espera aí, isso quer dizer que vocês estão mesmo namorando agora? – a pergunta perspicaz dela me faz rir.

-Gemma, eu já disse milhões de vezes para você não pressioná-los com essas perguntas, vai acabar assustando o Louis e o fará fugir. – Anne a repreende, como já fez algumas outras vezes, mas sei que no fundo Gemma só teve a coragem de fazer a pergunta que ela e até mesmo o Des deviam estar se fazendo.

-Eu não vou a lugar algum. – sorrio.

-E, bem, nós estamos mesmo namorando. – Harry completa.

-Finalmente! – Gemma se pendura em nossos pescoços e Anne e Des abrem largos sorrisos.

-Essa é uma notícia maravilhosa! – Anne exclama com satisfação.

-Bem-vindo a família, Louis. – Des pisca pra mim e Harry nos desvencilha de Gemma.

-Agora sim vocês três vão acabar assustando-o. – ele diz e me puxa pra trás. –Já vamos...

Despeço-me dos três com um aceno e dou risada quando Harry praticamente me arrasta dali.

-Eles agem como se eu tivesse quinze anos de idade.

-É fofo. – dou de ombros e ele resmunga, então me ergo e estalo um beijo em seu pescoço.

E a verdade é que eu jamais tinha me sentido tão bem e feliz assim... Agora eu estou ansioso para viver tudo o que o futuro ainda me reserva ao lado do Harry!

     ****

    Dias Depois

-Agora me diz quando eu vou conhecer esse meu genro. – minha mãe diz do outro lado da linha e eu dou risada.

-Você poderia vir com as crianças passar um fim de semana por aqui, o Harry diz que também está curioso para conhecer todos vocês. – olho ao redor da livraria, mas o movimento está bem tranquilo agora, então me recosto no balcão e continuo a conversa.

Minha mãe e eu nos falamos quase todos os dias e é claro que eu contei a ela sobre o meu namoro com o Harry, o que a deixou intensamente surpresa, mas ainda mais feliz, e agora em todas as nossas conversas ela pergunta sobre ele e diz o quanto quer conhecê-lo.

A notícia do nosso namoro também se espalhou com rapidez pela cidade e no começo isso nos trouxe ainda mais atenção, mas agora anda diminuindo, apesar de vez ou outra eu ainda ouvir alguns comentários. Mas o importante é que nesses dias eu estou me sentindo mais feliz e em paz do que nunca.

-Eu tentarei. – ela diz me trazendo de volta dos meus devaneios.

-Mas me diz como estão as meninas... E os gêmeos? Estou morrendo de saudades deles. – peço.

-Eles também sentem sua falta, mas só pela sua voz eu sei como estar aí te faz bem e te deixa feliz.

-Vir pra cá foi mesmo a melhor decisão.

-Então aproveite. – ela aconselha.

E estou mesmo aproveitando, não tive mais nenhuma notícia do Rick, nem o Harry teve do Adam, e isso nos deu a paz que precisávamos para nos conhecermos cada vez mais e nos curtir da melhor maneira possível.

A conversa com minha mãe dura mais alguns minutos, eu falo também um pouco com os gêmeos, que são os únicos em casa essa hora, mas depois ela precisa ir cuidar deles e eu estou trabalhando, então encerramos a ligação com a promessa de nos falarmos mais em breve. E é quando estou guardando o celular no bolso da calça que um cliente se aproxima do caixa, já com dois livros em mãos.

-Boa tarde. – sorrio e então, ao olhá-lo com mais atenção, o reconheço de algum lugar, mas não tenho certeza de onde.

-Boa tarde, Louis. – ele sorri de volta e num pequeno estalo eu me lembro, ele foi o cara com quem troquei algumas palavras na festa, quando precisei ser meio grosseiro com algumas mulheres que fofocavam sobre mim na fila de uma barraquinha, mas, apesar de ele se lembrar do meu nome eu não consigo recordar do dele e fico meio sem graça por isso.

-Nós conversamos um pouco na festa, não foi? Desculpe, eu sou péssimo com nomes.

-Colin. – ele me lembra. –E sim, nós conversamos lá, tudo bem?

-Tudo sim. – pego os livros que ele me estende.

-Ainda precisando enfrentar muitos fofoqueiros pela cidade? – ele apoia um cotovelo no balcão, ficando mais próximo.

-Felizmente isso começou a diminuir. – dou risada. –Mas consigo me virar bem quando ainda acontece vez ou outra.

-Nisso eu acredito, lembro que você foi bem incrível naquele dia.

-É, mas isso nem me incomoda mais tanto assim. – lhe digo o custo dos livros e ele paga enquanto coloco-os em uma sacola e os entrego a ele novamente. –Eu não tinha te visto aqui pela livraria antes.

-Estou tentando retomar o meu hábito de leitura.

-Bem, essa é uma... – começo a falar, mas me interrompo quando a porta se abre e Harry passa por ela.

Como sempre acontece, ele rouba toda a minha atenção imediatamente, me apaixonar pelo Harry já foi algo completamente surpreendente de acontecer, mas agora que estamos juntos os meus sentimentos por ele ficam cada vez maiores e mais intensos.

Mas agora eu também o conheço bem melhor e vejo em sua expressão que ele não fica nada contente ao ver o Colin aqui.

-Ei, baby. – ele diz ao se aproximar de mim e se debruçar sobre o balcão, colocando a mão em minha nuca e me puxando para um beijo rápido, mas que é o suficiente para me deixar de pernas bambas.

-Oi. – sussurro meio abobalhado.

-Bem, eu vou indo. – Colin me faz lembrar sua presença ali e Harry apenas ergue uma sobrancelha para ele, com um sorriso nada sincero. –Obrigado, Louis.

-Imagina, eu que agradeço.

Colin acena tranquilamente para nós dois enquanto caminha para a saída da livraria e em seguida Harry dá a volta no balcão até estar bem na minha frente.

-Era o cara da festa, né?! – ele ainda está com aquela sobrancelha erguida, mas até o sorriso falso sumiu.

-O nome dele é Colin, você não o conhece da cidade? – passo os braços pelo pescoço dele.

-Já o vi por aí, mas não o conheço muito bem... E mesmo assim já não gosto nem um pouco dele.

-Se eu já não te conhecesse tão bem, até poderia sugerir que você está com ciúmes. – arregalo os olhos levemente com uma falsa surpresa e ele aperta minha cintura, colando-me ao seu corpo.

-Não provoca, Louis!

-Eu não ousaria. – tento esconder um sorrisinho, mas planto um beijo em seus lábios. –Você sabe bem que não precisa ficar chateado, ele só estava comprando alguns livros.

A carranca dele persiste por mais alguns instantes, mas lhe dou mais alguns beijinhos e ele enfim relaxa.

-Tudo bem. – ele diz. –Passei só pra te ver um instante, tenho que ir para a academia.

-Posso ir te encontrar lá quando fechar aqui. – sugiro e o sorriso dele é mais aberto e sincero agora.

-Ficarei te esperando, então. – ele se afasta um pouco, até porque estamos no meio da livraria. –Está tudo bem por aqui?

-Sim, eu conversei com a minha mãe ainda agora, ela continua ansiosa para te conhecer.

-Sobre isso... – ele diz como se só então se lembrasse de algo que queria falar. –Ainda não é certo, mas talvez eu precise fazer uma viagem de negócios até Londres no fim do próximo mês, e pensei que você poderia ir comigo, assim aproveitamos para encontrar a sua família.

-Mesmo? – me espanto, por essa eu não estava esperando.

-Claro, eu falo sério quando digo que quero conhecê-los. – ele ri e afasta carinhosamente alguns fios de cabelo da minha testa. –Mas agora vou te deixar trabalhando, acertamos isso mais pra frente.

-Ok. – assinto com animação. –Assim que fechar aqui, eu vou te encontrar na academia.

-Por favor, aí poderei te beijar com a vontade que quero. – ele murmura antes de me dar apenas um selinho, já que a livraria repentinamente começou a ficar mais cheia e temos também os outros funcionários por perto.

Fico observando-o sair da livraria e sinto um arrepio de puro prazer e felicidade me percorrendo... Aliás, felicidade é um sentimento mais do que constante na minha vida ultimamente, e tudo graças ao Harry, eu ainda me pergunto por que tive tanto medo de viver essa paixão, porque hesitei para me entregar... Deixar o Harry entrar na minha vida foi a escolha mais acertada que já fiz.

  ****

O restante do expediente na livraria transcorre sem problemas, eu fico encarregado de fechar tudo e quando enfim faço isso vou direto para a academia, querendo mais do que tudo relaxar pelo resto da noite nos braços do Harry.

Assim que chego lá penso em ir direto para o escritório dele, mas ao passar pela sala de boxe o vejo em um dos ringues e paro de supetão. Ele está praticamente do mesmo jeito em que o vi quando vim aqui pela primeira vez, o peito nu me faz babar e, dessa vez, sentir uma pontada de ciúmes pelos olhares que ele recebe. Daquela vez eu estava fugindo dos sentimentos que ele me causava, da forte atração que sentia, mas agora não preciso fugir de mais nada disso, então entro na sala e sigo até ele.

-Essa cena me traz algumas recordações. – digo e ele para o próximo soco que iria desferir no saco de areia, voltando o rosto para mim.

-Oi. – sorri, mas também percebo que seus olhos estão sérios.

-Tudo bem aí? – subo no ringue e me aproximo.

Ele está com a cabelo preso, mas alguns fios escapam e grudam em seu rosto, então os afasto e o beijo.

-Só relaxando um pouco. – ele mexe os ombros e o ajudo a retirar as luvas.

-É só isso mesmo? – não sei por que, mas posso sentir que tem algo a mais acontecendo.

-Você já me conhece bem mesmo, né?! – ele revira os olhos. –Vamos ao escritório, lá conversamos com mais privacidade.

Não posso deixar de me preocupar, mas apenas assinto e o sigo para lá.

-Harry, eu... – uma funcionária aparece no meio do caminho, mas Harry é rápido em pará-la.

-Agora não! – ele exclama seriamente e ela sai sem questionar.

O Harry é sempre tão carinhoso e divertido comigo que fica até difícil para eu me lembrar desse lado mais carrancudo que ele ainda usa com os outros vez ou outra, Niall diz que é evidente a mudança que ele teve desde que começamos a ficar juntos, já que o próprio Niall o achava antipático e grosseirão antes, mas algumas pessoas ainda precisam lidar com esse lado dele e eu estranho quando o presencio assim.

-Coitada, Harry, ela faltou sair correndo. – murmuro quando ficamos a sós em seu escritório.

Ele bufa irritado e se joga no sofá do canto.

-Ei, o que aconteceu? – paro em sua frente e cruzo os braços. –Porque esse lado irritadinho resolveu dar as caras agora?

-O que você acha? – ele se recosta no sofá, deixando as mãos em suas coxas e arqueia as sobrancelhas.

-O Adam? – pergunto torcendo para estar errado, até porque ainda me chateia o fato desse sujeito ter esse poder de irritar tanto o Harry assim, mas só consigo pensar nele para deixá-lo desse jeito.

-Ele mandou uma mensagem logo depois que saí da livraria mais cedo. – Harry bufa mais uma vez. –Não sei como o infeliz continua conseguindo os números dos meus telefones.

-E o que ele quer agora?

-Parece que o outro idiota, seu ex, contou para ele quanto eu gastei naquele leilão e isso o deixou furioso, já que pra ele eu me recuso a dar qualquer quantia que seja. – Harry explica. –Agora o Rick se tornou advogado dele e os dois acham que vão conseguir arrancar alguma coisa de mim, querem marcar uma reunião para entrarmos em um acordo.

-Só pode ser brincadeira! – eu não deveria me espantar com mais nada vindo daqueles dois, mas me surpreendo mesmo assim. –Eu vou falar com o idiota do Rick e...

-Não! – Harry me interrompe e segura minhas mãos, puxando-me para o seu colo. –Não gosto da ideia de você falando com aquele sujeito de novo, e isso não me preocupa, meus advogados já foram avisados e estão cuidando de tudo, quando me casei com o Adam meu pai me obrigou a tomar todas as precauções para ele não ter direito a nada se algo assim acontecesse, na época eu relutei e até fiquei irritado, mas sempre serei grato a ele por isso.

-Então por que deixou essa mensagem te irritar tanto? – me ajeito melhor em suas coxas e acaricio seus ombros com as pontas dos meus dedos.

-Porque nós estamos tão bem, eu nem me lembro da última vez em que me senti tão feliz como nesses últimos dias, mas aí vem essa mensagem e me lembra de que ainda temos esses dois encostos cercando nossas vidas. – ele desabafa e posso compreender o sentimento dele. –Chego a me perguntar se não seria mais fácil simplesmente dar o dinheiro que ele quer e pronto, não vai me fazer falta mesmo.

-O problema é que se você fizer isso ele nunca vai parar. – digo. –Ele é ganancioso, quanto mais você der mais ele vai querer... Além disso, ele não merece!

-Você tem razão. – ele suspira, suas mãos deslizando pelas minhas pernas.

-Deixe os seus advogados cuidarem disso. – espalmo minhas mãos no peito dele e aproximo nossos rostos, beijando-o suavemente.

-Estou todo suado, baby. – ele murmura, mas está me apertando com mais firmeza.

-E está todo sexy. – sorrio. –Não vamos deixar Adam, Rick, ou quem quer que seja, estragar nossa felicidade, ok?!

-Claro, me desculpe. – ele enfim relaxa.

-Vem cá. – o beijo de novo, mas dessa vez com mais voracidade.

Ele geme na minha boca e sua língua se entrelaça com a minha enquanto suas mãos estão em minha bunda agora. Eu rebolo contra a ereção que começa a se formar na calça dele e solto seus cabelos, prendendo-os entre meus dedos.

E nós continuaríamos sem problemas se não fôssemos interrompidos por uma batida na porta.

-Merda, assim fica difícil não me sentir irritado. – ele resmunga e, mesmo também frustrado pela interrupção, eu acabo rindo. –Entra.

Escorrego para o lado dele no mesmo instante em que um funcionário abre a porta e nos olha nitidamente envergonhado.

-Me desculpe, eu não queria mesmo interromper, mas estamos tendo problemas com uma cliente lá embaixo e ninguém consegue resolver, a mulher é meio exigente. – o rapaz diz.

-Eu desço em um minuto. – Harry diz e o funcionário dele sai, fechando a porta. –Me espere aqui, Lou?

-Claro. – assinto, mas antes de deixá-lo ir volto rapidamente para o colo dele. –Mas quando você resolver isso podemos sair para jantar, o que acha? Eu estava pensando naquele restaurante onde você me levou, lá é tão lindo e a comida uma delícia.

Nós dois merecemos aproveitar e eu quero fazê-lo relaxar por completo, falei bem sério sobre não permitir mais que o Adam ou o Rick interfiram na nossa vida, eles podem tentar nos perturbar o quanto quiserem, mas no fim das contas sempre serão os únicos a saírem perdendo.

-É uma ótima ideia. – ele me beija e está prestes a se levantar quando para por um segundo e me dá um olhar misterioso. –Sabe, antes do jantar vou te levar em um lugar.

-Que lugar? – fico curioso pela expressão no rosto dele.

-Onde ainda não levei ninguém. – ele sorri diante minha óbvia curiosidade.

-Harry!

-Volto rapidinho. – ele ainda sorri quando me beija mais uma vez e tenta me tirar do seu colo, mas eu não saio tão facilmente assim.

-Você vai mesmo me deixar curioso? – rebolo de novo em seu colo.

-Louis... – ele me faz ofegar quando vira e me deita no sofá, pressionando o corpo dele sobre o meu em seguida e me beijando até fazer todo e qualquer pensamento simples sumir da minha mente.

-Isso não foi justo. – sussurro, completamente sem ar, quando ele encerra o beijo com uma mordidinha em meus lábios.

Ele ri, mas aproveita minha momentânea falta de capacidade de raciocinar direito e escapa do escritório, dizendo mais uma vez para eu esperá-lo ali que já volta. E, sem outra opção, eu continuo meio esparramado no sofá, apenas aguardando-o... E inteiramente disposto a ir para qualquer lugar que ele queira me levar.