“A guerra é só mais um quesito humano para
proteger o que amamos”
Gon...
O moreno bateu mais uma vez na porta de madeira da casa da velha loira.
- Aloo? Alguém em casaaaa? – Gon bateu mais uma vez; recebendo um soco como resposta.
- Eu mandei esperar! – Grita a loira enfurecida, mas respira fundo para se acalmar. – O que houve?
- Eu preciso recuperar meu Nen. – Gon olhou-a sério. A loura estremeceu com o olhar duro sobre si, suspirando; ela criava um monstro e depois mau o encarava? Patética.
- Afinal, não consegue usa-lo? – Bisky olhou-o confusa. – Tente o Ren.
Assim Gon o fez.
[Pov’s Bisky on]
O olho com Gyo e arregalo os olhos.
Sua aura era vermelha como sangue. Não, assustadora era a resposta correta; ele era mesmo um monstro.
Ainda em choque respiro fundo.
- Pode parar Gon...
O moreno me olha confuso, mas para.
O que diabos esse garoto fez quando estava longe de todos? Eu realmente não quero saber... Mas quem sabe eu possa usá-lo... Não ainda não... Ele precisa passar por mais um teste.
- Gon, me diga... Por que me procurou? – Olhei-o, ele me contou a história calmamente, mas eu não pude deixar de me assustar e querer batê-lo.
- Você podia matar aquele velho! – Digo.
- Eu não podia... Não seria justo. – Gon dá de ombros, olhando o nada com o olhar opaco, me fazendo desviar o olhar para o chão.
“Por que Gon...?”
- Pode me ajudar? – Gon me encara apertando os punhos.
- Eu? Não, não posso. – Admito. – Apenas o Presidente Netero pode lhe ajudar.
Gon me olha confuso e decido abrir o jogo.
- Netero-san? – Gon me olha. – Dizem que ele sumiu.
- Sim, ele sumiu. – Suspiro. – Mas eu sei onde ele está... Ele me procurou antes de ir para...
- Para onde? – A voz decidida de Gon me assustava.
- O continente negro. – Respondo, porém Gon não fica surpreso, na verdade seus lábios formam um sorriso sádico.
- Continente negro, huh? – Gon riu. – O velhote foi sem me chamar? A festa é só dele agora?
Eu admito, estava assustada com a mudança do moreno em relação a tudo ao seu redor.
- O que queres dizer?...
- Eu vou para lá! – Gon se levantou decidido.
- Se fizer isso irei te matar! – Levantei-me. – Como Killua ficará?!
Vejo Gon travar como se pensasse e me olha, sem expressão, o que me causou arrepios. Mesmo eu não aguento o clima tenso.
- Killua?... Quem é Killua?
O olhei em total desespero. Afinal quem é o verdadeiro Gon?!
Gon me olhava com o olhar opaco.
O ataco com todas as minhas forças, mas apenas consegui faze-lo desmaiar, mais nenhum dano além desse... O que aconteceu?
Olho Gon e suspiro.
- Eu não devia ter te separado de Killua... – Uma lágrima solitária cai do meu olho, descendo ao chão. – Eu juro... Não os farei mais sofrer...
Pego Gon e o jogo em minhas costas. Para onde leva-lo?
Enquanto andava até a casa de Leorio, senti um aperto no coração e uma gota de sangue escorreu por meus lábios.
O que...?
“Por que você mentiu, Gon?”
[Pov’s Bisky off]
Killua...
O vento batia calmo contra o rosto do albino que olhava o horizonte sem expressão nenhuma. Mil e uma ideias cercavam sua cabeça como um redemoinho.
Não sabia em quem confiar, simples assim, estava confuso, mas a sensação de horror não saia de sua cabeça... O que anda acontecendo afinal?
Está tudo tão confuso que Killua não pode sequer respirar sem baixar a guarda. Além disso, fazia dias que não via Alluka, mas a mesma devia estar bem afinal tinha Nanika ao seu lado.
Mas e Killua? Quem ele tinha ao seu lado? Isso mesmo; ninguém.
Não que estivesse reclamando, mas sentia-se cansado por levar toda a responsabilidade sozinho, era frustrante.
- Killua?... – O albino virou-se dando de cara com Bisky machucada, tremendo, assustada, logo ela. Killua apavorou-se.
- O que diabos...?! – Killua foi até a mais velha e a ajudou, percebendo Gon ainda pior nas costas da loira. – Gon...
- Ele me protegeu... – O sussurro da loira foi tão baixo que por pouco Killua não escutará.
- Protegeu do que? – Killua olhou-a sério, mas apenas recebeu um olhar triste e ressentido.
- Sem mais perguntas... Por favor...
Bisky podia telo batido, socado, mas desta vez foi diferente.
Ela chorava.
Killua apenas à levou a casa de Leorio em silêncio, nem seus passos ousavam emitir quaisquer barulho, fazendo o clima ainda mais tenso.
Quando chegaram a frente a porta do médico Killua bateu com certa força. Não que tivesse algo contra o doutor, muito pelo contrário, estava apenas irritado.
Leorio assim que abriu a porta arregalou os olhos, vendo o estado da loira e do moreno desacordado, os convidou a entrar e correu pegar seus remédios, curativos e pomadas.
Bisky deitou Gon no sofá e sentou perto do mesmo, não saia de jeito algum, até ajudou Leorio a enfaixar as feridas de Gon, ela não saia e isso de certa forma irritava Killua.
Não que ele odiasse a loira, longe disto, ela havia treinado a ambos enquanto estavam no Green Island e era muito grato, mas a ideia de que ela sabia algo que ele não sabia lhe irritava.
Por que ela sabe e ele não?
Gon confiava mais em Bisky do que no albino? Ou simplesmente estava irritado consigo?
Killua não sabia, nem conseguiria raciocinar em um único dia, mas a proximidade do moreno e da loira lhe causava desconforto, fazendo inúmeros pensamentos passarem por sua mente.
O que Bisky sabia? O quanto ela sabia? Ele poderia descobrir? O que houve com Gon?
Tantas perguntas e nem uma única resposta. Frustrante.
- Bisky podes dormir no quarto de hospedes eu fico com Gon. – Killua se levanta, mas Bisky o impede antes.
- Tudo bem, mas... – A loira olhou pro lado. – Não saia do lado dele... Ele precisa de ti.
- Por quê...
- Sem perguntas. – Bisky ergueu o dedo.
Killua usou Gyo e havia escrito algo que lhe assustou.
“Cuidado”.
Bisky...
Depois de entregar a mensagem, a loira foi dormir ainda preocupada.
Não queria que eles se separassem nunca mais, mas ela não podia fazer nada.
Nada mesmo.
Sentia-se inútil, mas acharia uma forma de ajudá-los a ficarem juntos...
Não importa o que tenha que passar.
Ela terminaria de polir aquelas joias.
Continua...
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