História You are the only exception - Espere e verás

POV Lauren

         Enfim, sábado! Dia de dormir até mais tarde, descansar com a namorada e ser feliz não é mesmo? NÃO! Não é, porque meu celular estava tocando. Isso mesmo! Exatamente as 7h48 da manhã aquela obra do demônio tocando. Que beleza, que delicia, que felicidade.

         Virei meu corpo para pega-lo me controlando muito para não jogar na parede. Só podia ser uma pessoa, só uma pessoa...

- Oi, Louis. – nem precisei olhar no visor.

- LAUREN... – Uma voz nervosa gritou do outro lado da linha - FODEU! MEUS PAIS DESCOBRIRAM TODA A VERDADE!

POV Camila

         A minha casa parecia um manicômio! A cena era: Eu de pijama tomando suco sentada no sofá jogada em cima da Dinah e da Vero, Normani, Lauren e Sofia tentando consolar o Louis que chorava compulsivamente, Ally e Lucy abraçando o Harry de forma carinhosa.

- É nessa hora que eu falo que eu avisei, né?! – Vero roía as unhas enquanto quebrava o assunto.

- Não precisa falar, Veronica, todo mundo sabia que ia dar merda. Só fica quieta! – Lucy a fuzilou com os olhos.

- Gente, eu ainda to tentando entender como eles descobriram. Estamos aqui desde 9h da manhã, o Louis só faz chorar e não conta o que de fato aconteceu.

- Quando ele tiver mais calmo ele vai contar, Dinah. - Normani enrolava os cachinhos do Harry que também estava apreensivo.

- Eu to mais calmo! – ele respirou fundo – Hoje pela manhã...

- SEM CHORAR, LOUIS. – Sofia gritou.

- Ta, ta bom... Hoje pela manhã, meus pais foram na minha casa, cedo, bem cedo por sinal, eu estava com tanto sono que nem olhei pelo olho magico. Até por que, o porteiro não tinha avisado nada. Eu estava de cueca, abri a porta e dei de cada com os dois... BURRO, BURRO, BURRO – No meio da explicação, ele começou a se agredir dando tapas na cabeça. Vai entender...

- Calma, Louis – Lauren segurou sua mão – continua.

- Ai, meus pais entraram e perguntaram por você, eu fiquei sem reação, até por que o Harry estava jogado na cama também só de cueca. Na verdade, eu achava que o Harry estava jogado na cama até ele aparecer em pé no meio da sala falando “Quem era, amor?” BURRO, BURRO, BURRO. – Começou a se estapear novamente.

- Calma, Louis, uma hora ou outra seus pais iriam ter que saber. – Normani tentou ser doce. – E essa mentirada toda estava indo longe demais.

- Qual foi a reação deles? – Perguntei curiosa

- Meu pai perguntou o que significava aquilo e a minha mãe sentou no sofá falando que já sabia, que estava desconfiando, parecia bom demais para ser verdade.

- Só isso? Nem choro, drama, tiros, pedras, expulsão?

- Só isso, Veronica? Minha mãe quase tem uma crise. Tentei explicar, mas era muito obvio para qualquer explicação, não? Falaram que estavam desconfiando por nunca a Lauren e eu trocarmos carinhos mais intensos e o Harry que sempre estava comigo. Meu pai quase teve um ataque cardíaco.

- Ta, mas qual o fim disso tudo?

- Eles foram para o hotel falando que eu tinha desapontado muito ambos e que mais tarde teríamos uma conversa seria. – Começou a chorar novamente – eu não quero ter que encarar meus pais depois de hoje pela manhã. Eu to com medo! Como eu vou viver? Vou morar onde? O que vou comer?

- Louis, querido, já ouviu a palavra emprego?

- Eu aposto que vão tirar meu carro, meu apartamento, meu dinheiro. ONDE EU VOU MORAR?

- Amor, ainda temos a minha mesada.

- Harry, acorda, sua mesada não vai dar para bancar nosso apartamento, meu carro e o seu, nossas vidas... Meu deus, estou perdido!

- Vocês podem vender um carro, alugar um apartamento menor e mais simples, cortar gastos... Ir para a faculdade de ônibus ou a pé mesmo... Nem é tão longe! Tem tantas formas – Lauren tentava achar soluções e eu só conseguia olhar o quanto ela tinha acordado linda. Cabelo bagunçado, camisa grande e cueca estilo shortinho. Tão linda!

- Lauren, sem condições isso! Eu preciso arrumar um jeito – Louis levantou e ficou andando de um lado para o outro na sala.

- Jeito esse que claramente não é afundar o piso da minha sala. – Sofia sentou no sofá – O único jeito que eu encontro é vocês irem trabalhar.

- Louis, para de fazer tempestade em copo de água, você nem sabe o que seus pais irão fazer. Acho que eles não vão te deixar desamparado.

- Você não conhece meus pais, Camila. Acho que eles preferiam pagar advogado para me tirar da cadeia a ter que me dar mesada para “morar” com um homem.

- Vai trabalhar, então, filhão.

- VERONICA, PARA DE ME MANDAR TRABALHAR.

- Única solução que encontro nesse momento, sorry.

- Vamos para casa, eu preciso pensar em alguma coisa, alguma desculpa, alguma mentira... sei lá, MEU DEUS... – Ele chorava enquanto puxava o Harry da poltrona.

- Sem mentiras, Louis... Conta longo a verdade e para de mentir, já vimos que isso não dá certo.

- Beijo, meninos, precisamos ir. Obrigada por tudo! Amo vocês.

         Ele nem esperou eu terminar de falar e saiu apressado puxando o Harry pelo braço. Quanto mais eu convivo, menos eu entendo o ser humano, no geral. As pessoas estão inteiramente fodidas e ficam tentando achar soluções para ajeitar uma coisa que não tem jeito. Não existe! Parece que todos evitam a hora do confronto com os problemas e procurar saídas é a melhor solução.

- Essa é a hora que eu falo: Eu avisei, né?! – Vero repetiu esticando as pernas em cima das minhas.

- Todo mundo avisou!

- Eu não quero nem olhar na cara dos pais dele nunca mais. O que eles devem estar pensando de mim? MEU DEUS....

- Acho que eles estão pensando que o Louis te traiu, sei lá...

- Duvido muito, Mani, acho que isso é só o que eles não estão pensando.

- Eu não acredito que acordei as 8h15 de um sábado para os dramas familiares do Louis. – Sofi se jogou no sofá com cara de cansada.

- Não seja insensível, Sofia.

- Dinah, eu estudo e trabalho todos os dias e no sábado que estou de folga, estou acordada a essa hora.

- Gente, agora sério, eu to com pena do Louis, tadinho...

- Essa é a hora que eu falo que avisei que ia dar merda?

- NÃO, VERONICA. – Todas gritamos juntas.

         O dia foi sem mais novidades! Tentei ligar para o Louis, mas só dava desligado, provavelmente ele estava com medo de atender os pais. Lauren e eu saímos para correr no parque as 11h da manhã aproveitando o tempo nublado. Brincamos como idiotas no parque infantil, eu precisava descer naquele escorregador maior que não cabia minha bunda completamente.

Voltamos para casa antes das 14h, Sofia tinha preparado a famosa macarronada com queijo. Lauren e eu tomamos banho e descemos para comer, o cheiro era tão bom que fez meu estomago roncar antes mesmo de sentar na mesa.

- Cadê a Demi? – Lauren perguntou enquanto se servia.

- Não sei...

- iiih... vocês brigaram? – perguntei antes de colocar uma garfada de comida na boca.

- Na verdade, não.

- Então o que foi?

- Ah, Camila, eu só to cansada de chove e não molha. Não nasci para correr atrás de ninguém e não é hoje que vou fazer isso. To cansada de ficar demonstrando todo tipo de sentimento para ela e ela meio que ignorando.

- Sofia, tenta ter um pouco mais de paciência.

- Mais paciência, Lauren? MAIS?

- Você já tentou falar abertamente sobre o assunto como eu te falei?

- Não, tipo, eu não acho necessário. Acho que todo mundo sabe que eu gosto dela, até ela mesma deve saber.

- Que tal uma balada hoje? Para esquecer os problemas? Faz tempo que a gente não sai...

- Por mim, tudo bem. Vou para onde você for, meu amor. – Lauren se inclinou para me dar um selinho

- Me poupe dessa cena decadente de afeto. Não quero ver ninguém trocando bolo alimentar, e sobre a balada, não sei... não to muito no clima, acordei cedo, to cansada!

- Vai dormir agora a tarde que a noite é nossa. Vou chamar as meninas e iremos nem que seja para um pub ou barzinho. Sei lá... Vamos ver!

- Ai, Camila...

- Nada de ai, Camila...

         Lauren e eu lavamos, secamos e guardamos a louça do almoço e fomos para o quarto descansar um pouco. Tínhamos acordado cedo e seria difícil acompanhar o ritmo sem um bom descanso.

- Agora pode me falar o que essa cabecinha ta pensando em fazer? – Deitamos na cama

- O que, Lolo?

- Sobre a Sofia e a Demi. Te conheço suficientemente bem para saber que vai querer resolver esse problema. – Como ela sabia?

- Espere e verás. MUHAHAHAHAHAHA – forcei uma risada maquiavélica.

- Camila, Camila... – A abracei dando um selinho.-