História You are the only one - Sterek - I made a mistake.

Point of view Stiles Stilinski

Fecho a porta lentamente, olhando pela sala e cozinha para ter certeza que Derek não está ali. Apenas vejo uma mulher deitada no sofá, nua e apenas com uma coberta em parte de seu corpo. Idiota. Então vou até o quarto, jogando algumas das minhas roupas espalhadas dentro da mala.

Eu não sei o que aquele e-mail significa, pode ter outra interpretação... Qual é! Não tem outra interpretação. Derek matou alguém, não estou afim de ser o próximo e estou com pena daquela garota.

Coloco uma última blusa e fecho o zíper, pegando os meus remédios no criado mudo. Assim que me viro para sair, dou um pulo ao ver Derek parado no batente da porta com os braços cruzados.

- Jesus amado! - exclamo, deixando as caixinhas caírem da minha mão.

- Derek, na verdade. - ele responde com um meio sorriso.

Reviro os olhos, recolhendo o que deixei cair e passo por ele, ignorando seu olhar queimando em minhas costas.

- Aonde vai?

- Bom, - começo a falar enquanto olho rapidamente pelos cômodos, pra ter certeza que não estou esquecendo nada. Vejo a mulher recolher um sapato jogando no canto do apartamento e sair, como se nada tivesse acontecido. - muito obrigado por me deixar ficar. Mas já estou aqui a um tempo, vou arranjar outro lugar.

- Mas você pode...

- Não! - grito, fazendo Derek franzir as sombrancelhas. - Eu preciso do meu espaço. Então, vou ir em um hotel e... Mas que porra! - pego meu celular que não parava de tocar, vendo o nome de Allison brilhar na tela antes de atender. - O que foi?

- Vem pra casa. - ela fala, sem me deixar responder e desliga.

Qual o problema dessa família?

- Então, até mais.

Vou mais rápido que consigo até a parte de fora quando ele tenta se aproximar.

Se Allison ligou apenas para dizer "Vem pra casa", não posso esperar alguma coisa boa. Estou andando a dez minutos e finalmente vejo minha - antiga - casa completamente exagerada.

Passo pelos seguranças, e a primeira imagem que tenho quando abro a porta é Chris, Melissa e Allison sentados no grande sofá, me encarando normalmente. Claro, também são ótimos em fingir que nada aconteceu.

Apenas apoio as costas na parede atrás de mim, cruzando os braços e olhando para eles, esperando que alguém comece a falar. Se pensam que vou implorar por alguma coisa, melhor estarem sentados mesmo.

- Precisamos conversar. - Chris começa a falar, apontando para frente.

Penso uns instantes. O que tenho a perder?

Vou até lá, jogando a mochila no chão e sento em uma das poltronas, achando uma maneira de que minha costela não comece a latejar.

- Então, agora você quer conversar? Da última vez preferiu me espancar. - dou um meio sorriso. Allison apenas lança um olhar reprovador, que ignoro completamente.

- Confesso que aquilo foi... Exagerado. - ele parece pensar bastante antes de falar. - Mas, conversei com a sua mãe e pensamos em perdoar você.

- Oh, eu preciso ser perdoado?

- Vamos esquecer isso. - Melissa começa a falar. - Queremos que você volte pra casa.

- Vocês querem? 

- Não complique as coisas. - ela suspira, colocando uma das mãos no ombro da minha irmã. - Vamos ter um jantar hoje, com a família Whittemore. Allison vai namorar com o Jackson, como já sabe. E eles tem uma filha também, Alex...

- Opa, volta a fita. - a interrompo, soltando uma risada. - Então, estão apenas me pedindo para voltar porque querem que eu namore a filha deles. Deixa eu adivinhar, pra reparar a imagem da família. Pra esquecerem que eu beijei um garoto. - eles apenas afirmam, me fazendo morder os lábios para não começar a falar a onda de xingamentos que está vindo na minha mente agora. - Sem chance, eu não...

- Stiles, por favor. - Allison impulsiona seu corpo para frente, tentando ficar mais perto de mim. - Por favor... Faça isso. - ela fala com dificuldade, deixando uma lágrima escorrer por sua bochecha.

Okay, algo muito errado está acontecendo aqui.

- Tudo bem, eu faço.

Estou a duas horas trancado no meu quarto, ouvindo os empregados para lá e para cá com a grande chegada dos Whittemore. Se fosse a Rainha Elizabeth eu até entenderia, mas são apenas outro bando de advogados idiotas que vão me obrigar a vestir terno nesse jantar.

Não consegui ficar sozinho com Allison, para tentar descobrir o que diabos está rolando. Vi ela se arrumando com Melissa, um vestido que não tem nada haver com ela, apenas porque Jackson gosta. Esse vai ser o jantar mais idiota da história.

Point of view Allison Argent

Se uma bomba explodisse nessa casa agora, com certeza eu agradeceria. Jackson tenta disfarçar, mas ele ainda odeia meu irmão por ter beijado a Lydia. O que na minha perspectiva foi um favor. Mas não sei pra qual dos dois.

Ele tenta o tempo todo pegar na minha mão, me abraçar ou qualquer coisa do tipo. Se estamos fingindo um relacionamento e nossos pais sabem disso, não precisa fazer isso o tempo todo! Estou a ponto de jogar a sobremesa na cara de riquinho mimado dele. Apenas não faço isso porque iria desperdiçar comida.

Alex, filha dos Whittemore, não é das piores. Está sentada ao lado de Stiles, que finge interesse na conversa dos nossos pais para não ter que conversar com ela. Ela parece ser legal, bem quieta, educada. O que me deixa com mais raiva, por ter que ouvir "Olhe, Allison. Alex está fazendo curso de francês." "Olhe, Allison. Alex vai seguir a carreira da família." "Olhe, Allison. Alex está com nota máximas em todas as matérias."

Mas se eu perguntar em que ano Katherine Pierce virou vampira, ela vai saber? Como se torna um híbrido? O que os lobisomens tem que fazer para ativar a maldição? Não!

- Então, Allie. - Alex fala com um meio sorriso. - Que carreira você gostaria de seguir?

Todos parecem achar esse assunto mais importante, já que pararam de falar e estão me encarando.

- Não sei ainda. - deixo a colher de lado, encarando a garota na minha frente. - Ser modelo é um dos meus sonhos.

- Desde quando? - Chris me encara surpreso.

- Dede sempre. Vocês que nunca perguntaram. - dou de ombros, ignorando a mão de Jackson alisando minha coxa por baixo da mesa.

- Ele chegou. - a caçula dos Whittemore se levanta, andando graciosamente em seu salto até a entrada da casa.

Parece que eles tem mais um irmão, que não conseguiu vir para o jantar mas chegou agora. Ótimo, mais um mimadinho para a lista.

- E você, Stiles? - o Sr. Whittemore muda o foco para meu irmão. - O que pretende fazer?

- Honestamente, eu não sei ainda. - ele responde baixo.

- Tudo bem, querido. Tem mais cinco meses para pensar sobre isso. - Sra. Whittemore dá um sorriso reconfortante.

- Oi, pessoal.

Vemos Alex volta para a mesa, acompanhada de um garoto um pouco mais alto que ela, cabelos castanhos em uma bagunça arrumada, olhos azuis e até que bem musculoso. Ele se senta ao lado do meu irmão, que trocam olhares. Stiles, Stiles, sempre brincando na hora errada.

- Esse é o Theo. - o pai de Jackson fala, apontando para o filho que dá um meio sorriso.

- Allison. - estico meu braço para cumprimentá-lo, dando um sorriso meigo.

- Namorada do meu irmão, não é? - ele arqueia as sombrancelhas.

- Isso.

- Stiles. - meu irmão e sua sutileza de sempre, quase arrancam a minha mão para poder cumprimentar Theo também. - Nos conhecemos na escola.

- Por que não estudava no BHH antes? - pergunto.

- Eu estava em outra cidade, mas resolvi morar com meus pais de novo.

- E você? - volto meu olhar para a Alex. - Não estuda com a gente.

- Allison, por favor. - meu pai suspira. - Perdoem por isso.

- Está tudo bem, Sr. Argent. Estamos nos conhecendo. - ela sorri, olhando para mim em seguida. - Eu estudo em um colégio interno na Suiça, mas estávamos com alguns problemas então estamos estudando a distância.

Apenas dou uma risada para acompanhá-la. Pego a taça de vinho, tomando quase tudo em um gole. Quanta tolice.

Ficamos uma hora na mesa, vendo os adultos conversarem enquanto tento me esquivar das investidas de Jackson. Até que Chris e o Sr. Whittemore levam Stiles para o escritório, querendo conversar com ele sobre as "regras" do namoro dele com Alex.

Agora estou do lado de fora, sentada em um dos bancos, olhando para o céu com o maior interesse. Sinto Jackson sentar ao meu lado, dando um suspiro.

- Qual a graça que você vê nisso? - ele pergunta.

- Me ajuda a pensar. - respondo simplesmente, olhando para as contelações.

Jackson suspira novamente, se aproximando cada vez mais de mim, passando a mão em minha coxa, enquanto aproxima a boca de meu ouvido. Tento levantar, mas ele agarra fortemente meu pulso, me mantendo no lugar.

- 'Ta me machucando. - tento empurrar ele para o lado, mas a única coisa que consigo é Jackson cada vez mais perto de mim, beijando meu pescoço e passeando suas mãos pelo meu corpo. - Para com isso! Eu disse pra parar.

- Whittemore! - Ele se afasta ao ouvir Stiles o chamar, parado perto da porta com as mãos nos bolsos da calça social. - Seu pai está chamando.

Enquanto Jackson se afasta, arrumando a gravata de seu terno como se nada tivesse acontecido, eu junto meus joelhos próximos ao meu corpo, apoiando minha cabeça ali e deixando uma lágrima escorrer pela minha bochecha.

Point of view Stiles Stilinski

Assim que passamos pela sala, com minha mãe, Alex e a Sra. Whittemore conversando, subimos as escadas e antes que Jackson possa ir para o escritório, seguro o golarinho de sua camisa e puxo para a curva do corredor, onde a câmera não chega. Empurro com força seu corpo contra a parede, fazendo ele bater a cabeça e soltar um gemido.

- Ficou maluco?

- Quem ficou maluco é você. Se eu descobrir que tentou transar ou qualquer coisa com a minha irmã sem a permissão dela de novo, eu vou fazer muito mais que amassar seu terninho de idiota mimado. Entendido, Whittemore? - pergunto próximo de seu rosto, fazendo ele dar um meio sorriso.

- Entendido, Stilinski.

- Está tudo bem por aqui? - vejo pelo canto de olho Theo apoiar o peso do seu corpo na parede, nos encarando calmamente.

- Tudo ótimo.

Jackson se desvencilha de mim, entrando na sala de Chris e fechando a porta em seguida. Theo suspira, parando ao meu lado e dando um meio sorriso.

- Toma. - ele tira um cigarro do bolso, estendendo pra mim.

- Não, 'tô tentando parar. Obrigado.

Vejo ele retirar um isqueiro de dentro do terno, acendendo o cigarro e levando até a boca. Theo aponta para a janela no final do corredor, me puxando até lá. Ficamos olhando para fora, enquanto ele senta no batente, soprando a fumaça que sumia com o vento.

- Sabe qual é o seu problema? - dou uma risada, acenando negativamente com a cabeça. - Você quer parecer forte.

- O que?

- Fazendo isso. - Theo aponta para o início do corredor. - Fingindo que está bem, dando uma de rebelde, enfrentando seus pais quando sabe que eles podem acabar com você.

- Bom, já que eu vi o seu irmão quase transando com a Allison enquanto ela falava para ele parar... Ah, mas é claro. Só fiz aquilo porque sou rebelde. - tiro o cigarro de sua mão, dando uma tragada enquanto ele sorri.

- Se quer mesmo que o Jackson deixe vocês dois em paz, vou te dar uma dica.

Theo se aproxima de mim, falando perto de meu ouvido e fazendo com todos os pelos da minha nuca arrepiarem.

- Diz que vai contar para os nossos pais sobre o Theo. - ele sorri, pegando de volta o cigarro.

Fico olhando para ele, que apenas me ignora e espere que eu ligue os pontos.

- Vocês dois... - faço gestos com as mãos, arregalando os olhos. - Aí meu Deus!

- Relaxa, não somos irmãos de verdade. Pelo que me contaram, minha mãe morreu no parto e meu pai nunca apareceu. Os Whittemore me acolheram. Não sei do resto da minha família verdadeira. - Theo se levanta, colocando a mão no meu ombro. - Espero que tenha ajudado.

***

Melhor noite da minha vida.

Não sabia que estava com tanta saudades de casa até dormir de novo na minha cama. Não que dormir com Derek era ruim... Okay, Stiles. Sem Derek. Já falou isso pra si mesmo, chega de Derek.

Não consegui colocar em prática o plano do Theo, mas com certeza a próxima ver que Jackson aparecer na minha frente, vai acontecer. Allison não quis falar comigo, ficou trancada a noite toda em seu quarto e não quis sair de lá.

Agora estou andando apressadamente pelos corredores da escola, me atrasando por meia hora e mais quinze minutos de corrida até aqui. Se eu disser que minha blusa está encharcada seria apenas o início.

Sinto uma mão agarrar meu pulso assim que viro o corredor, me puxando para um pequeno cômodo cheio estantes com arquivos. Solto um suspiro quando Derek fecha a porta, trancando nós dois ali dentro.

- Por que está me evitando? - ele pergunta, não dando chances pra mim responder. - Eu vi você puxando o Jackson pela câmera e depois conversando com o Theo. O que aconteceu?

- Espera ai, 'ta me espionando? - arqueio as sombrancelhas.

- Sim! Você me ignorou completamente. Não respondeu as minhas mensagens e nem retornou as minhas ligações.

- Desculpa, estou sem tempo. - tento passar por ele, mas sou arremessado contra a parede, tendo minha mochila jogada do outro lado da sala. - Mas que merda! - Derek se aproxima, colocando uma mão de cada lado da minha cabeça. - Sério, Hale. Eu tenho aula.

- Tem mesmo? Acho que o horário já passou. Não vai poder entrar. - ele sussurra próximo ao meu ouvido, colocando cada vez mais os nossos corpos.

- Mesmo assim... - não consigo conter um gemido ao sentir sua língua em meu pescoço. - Golpe baixo, filho da...

- Olha o palavreado.

Fecho os olhos, encostando a cabeça na parede atrás de mim enquanto suas mãos passeiam pelo meu corpo. Não estou vendo, mas sei que ele está com aquele sorriso malicioso me encarando, adorando ver o poder que tem sobre mim.

Sem Derek, Stiles, lembra? Sem Derek. Sem Derek. Sem... Desgraçado!

Deixo um gemido alto sair de meus lábios quando ele começava a massegear meu membro por cima do jeans.

- Derek... - tento falar ao sentir minha calça, junto com meus tênis e minha cueca serem jogados para longe. - Estamos na escola...

- Então você vai ter que fazer silêncio.

Quer saber? Já perdi minha dignidade a mais tempo do que me lembro. Por que não?

Finalmente abro os meus olhos, ajudando Derek a se livrar de suas roupas de baixo. Assim que ele volta a se aproximar de mim, puxo sua nuca ferozmente e colo nosos lábios, inciando um beijo apressado.

Quando sinto suas mãos apertarem minhas coxas, impulsiono meu corpo, entrelaçando minhas pernas em sua cintura e ignoro a dor que erradia minha costela, fazendo nossos membros friccionarem e soltarmos um gemido abafado pelo beijo.

Alguém pode aparecer a qualquer momento? Sim. Alguém pode passar pelo corredor e ouvir nós dois? Sim. Alguém pode precisar de algum arquivo que está aqui e tentar entrar? Sim. Eu estou pensando nas consequências? Claramente não!

Mordo fortemente meu lábio inferior, tentando ficar quieto - sem sucesso - quando Derek coloca todo seu membro mais duro que pedra na minha entrada de uma vez, sem preparo, sem preservativo, sem lubrificante, sem porcaria nenhuma!

Sinto uma dor se misturar com prazer assim que ele começa a se mexer, colocando uma mão na frente da minha boca para abafar meus gemidos sôfregos. Derek continua a estocar enquanto beija meu pescoço, soltando gemidos baixos em meu ouvido. Sinto espamos por todo o meu copo assim que minha próstata é acertada várias vezes seguidas, enquanto ele volta a me encarar com um sorriso convencido nos lábios. Acabo revirando os olhos de prazer quando Derek chega ao ápice, soltando um gemido arrastado e fazendo seu gozo acertar meu ponto, junto com seu membro que ainda não parava de se mexer dentro de mim. Acabo gozando, deixando meu corpo confuso por chegar ao ápice sem ao menos tocar meu membro. Filho da puta.

Estamos a alguns minutos ajeitando tudo, tentando não parecer que ficamos em uma sauna por todo o suor em nossos corpos. Tento ritmar minha respiração descompassada, enquanto recolho minha mochila e evito seu olhar.

- O que foi agora? - Derek pergunta, cruzando os braços na frente da porta, sabendo que eu iria sair. - Tem alguma coisa que não está me contando.

- Não, tudo certo. Posso sair? - suspiro quando ele nega. - Eu preciso ir pra aula, daqui a pouco vai dar o sinal.

- Stiles.

- Não.

- Me fala.

- Não.

- Por que não me fala o que aconteceu?

- Quer menso saber? Tá legal! Eu vi um e-mail completamente estranho do seu tio para a minha mãe. Alguma coisa sobre uma garota chamada Paige. - assim que termino de falar, ele fica com uma expressão sombria, arrepiando até minha alma. - E tinha o seu nome e "matou" na mesma frase. Você matou alguém! Olha, eu não sei o que 'ta acontecendo, mas quanto mais ficarmos longe um do outro melhor.

- E estávamos longe a minutos atrás? - ele arqueia as sombrancelhas.

- Eu cometi um erro. Não vai acontecer de novo.

Derek morde o lábio inferior, abaixando a cabeça para que eu não veja seus olhos marejados. Merda.

- Não precisa falar nada. Só... Me deixa ir. Esquecemos disso, esquecemos daquilo na sua casa, eu esqueço da mulher que vi no seu apartamento. E principalmente o e-mail.

Ficamos uns segundos em silêncio, até que ele me encara, dando um sorriso triste.

- O nome dela era Paige. Era a única garota do colégio que não tentava dar em cima de mim.

- Não precisa...

- Então nos aproximamos. E eu a amava, mais que tudo. - Derek passa a língua pelos lábios secos, sua voz falhando quando ele continuou. - Eu era um adolescente, acabei me envolvendo com as amizades erradas. Começamos a roubar, pichar muros, coisas idiotas como essa. Mas um dos meus "amigos" - ele fez aspas com os dedos, voltando a cruzar os braços. - me convenceu a cortar o freio de um carro, disse que era de um homem que estava devendo dinheiro pra ele. Então, eu fiz. Mas era...

- O carro da Paige? - completo, sentindo um aperto em meu peito.

- Do pai dela. Eu não sabia onde ela morava ainda, não conhecia os pais dela. E naquela noite, a gente tinha marcado de se encontrar, então ela usou o carro. Não conseguiu parar em uma rodovia e capotou seis vezes. - Derek deu outro sorriso triste. - Claro, viram nas câmeras que eu sabotei o carro e me prenderam. Mas sua mãe cuidou do caso, só mais um garoto de dezesseis anos fazendo besteira sem saber das consequências.

Mudo o peso do meu corpo de um pé para o outro, mordendo a parte interna da bochecha e pensando no que dizer.

- Eu... Sinto muito. Nem imagino pelo que você passou. - seguro com força a alça da mochila, me aproximando. - Mas de qualquer jeito. Não vamos dar certo.

- Stiles, por favor...

- O que? Você é assessor do meu pai, eu vou namorar com a filha dos Whittemore pra ajudar na "reputação" da família, sou de menor, nossa relação nem começou e já não funciona. - destranco a porta, esperando que ele saia da frente. O que não acontece.

- Eu acho que... - Derek engole em seco, desviando o olhar. - Acho que eu estou me apaixonando por você.

Abro e fecho a boca várias vezes. Espera tudo, menos isso. Se eu dissesse que não sinto o mesmo, seria mentira. Mas... Não posso.

- Não posso dar a resposta que você quer.

Abro a porta com força, sem me importar de alguns alunos estarem passando pelos corredores e saio, lutando para não deixar as lágrimas caírem.