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História You are the reason - Cophine - Just to be with you - Pov. Felix


Escrita por: ebrodevotion

Notas do Autor


Oi, como prometido voltei no passado, esse cap e o proximo são narrados por Félix!

Capítulo 11 - Just to be with you - Pov. Felix


Fanfic / Fanfiction You are the reason - Cophine - Just to be with you - Pov. Felix

6 de outubro de 2012.

Era tarde da noite, o relógio já batia 21:16 quando Delphine me ligou, a ligação dela devia ser a coisa mais natural a acontecer comigo afinal éramos irmãos, o problema é que a quase dois meses Delphine havia desaparecido, não completamente pois sabíamos que ela estava na mansão, mas não a via a tempo demais, ela participava das reuniões do concelho por telefone, conversa apenas com Alisson quando necessário, não dava notícias a ninguém, vivia trancada naquela casa com meu pai. Por esse motivo a ligação dela me assustou, ela disse que viria ate a casa de Susan e não entraria, precisava que eu descesse para conversar com ela dentro do carro, e que além disso não poderia contar a ninguém que ela viria, aquilo era tudo muito estranho, seu sumiço e sua aparição de repente escondida de todos me assustava e muito.

O relógio marcava 22:00 quando desci para encontra-la, ainda pude ver o carro dela virando a esquina e vindo em direção a entrada da casa de Susan. Ela parou, abriu a porta e esperou que eu entrasse para dirigir, rápido, sem olhar para mim Delphine não via as ruas começarem ou terminarem, eu não tinha medo de estar em um carro com ela, minha irmã dirigia muito bem desde os 14 anos de idade, nada aconteceria, mas minha preocupação me deixava inquieto, o que ela queria me dizer que era tão sigiloso?

Paramos o carro em um estacionamento vazio, ela tirou as mãos do volante e passou as mesmas pelo cabelo, uma ação muito corriqueira vindo dela quando estava no ápice de alguma emoção, me olhou ainda usando os óculos que lhe cabiam perfeitamente, sorriu de maneira calma, mas que expressava muita dor, algo de errado estava muito nítido ali, eu só precisava descobrir o que era. Ela retirou os óculos e meu espanto foi grande demais, seus olhos estavam cheios de lagrimas, com marcas roxas e machucados aparentes, ela me olhava com medo, receio, pânico, não parava de chorar um minuto se quer, meu choque era tão grande que não tive forças de dizer nada, de fazer nada, eu só olhava para ela e tentava imaginar o que tinha acontecido.

-Preciso que faça algo para mim. – Ela me disse com a voz ainda embargada me olhando e desejando mesmo que em silencio que eu não a questionasse sobre. Ela abriu o porta luvas e tirou uma pasta preta de lá, a entregou para mim e olhou nos meus olhos novamente. -Não posso explicar agora, mas preciso que confie em mim.

-O que você acha de dar alguma notícia para sua namorada? – Disparei a ela o que estava engasgado a dias, Delphine sumiu no melhor momento das nossas relações, nossa família estava finalmente unida, nossos irmãos finalmente se acertaram, Krystal amava a presença de Delphine de uma forma que nunca havia acontecido antes, nós estávamos participando efetivamente do crescimento de Paul, Susan mantinha a casa cheia em toda e qualquer oportunidade e ate o pai de Cosima já aceitava Delphine como uma filha. Além disso Cosima e Delphine estavam na melhor fase, combinando viagens, nutrindo metas, sonhos, idealizações pensando em casamento, e de repente Delphine sumiu, deixando todos nós com uma interrogação gigantesca bem no meio da testa, sem entender ao certo que havia acontecido de errado para que ela se afastasse de maneira tão repentina. Eu estava cansado de ver Cosima chorando pelos cantos por não saber notícia da namorada, pelo menos a ela Delphine precisava dar alguma notícia, já que alegava ter o maior dos amores direcionado a ela. – Não esperava isso de você Delphine, Cosima a ama com tudo que tem e você simplesmente desaparece.

-Félix não posso ter essa conversa com você agora, pode me dizer se vai fazer ou não o que estou te pedindo para fazer?

Como ela conseguia ser tão fria daquela maneira, aquela não era a Delphine que eu conhecia, não era mesmo. Abri a pasta que ela havia me dado e ao ler os primeiros parágrafos dos papeis que havia ali percebi que aquilo estava ficando cada vez pior, dentro da pasta havia um endereço em Paris, uma passagem só de ida para França, um passaporte no nome de Evelyne Carter com a foto de Cosima nele, o comprovante de aluguel de uma Mercedez bens preta, o número de telefone de dois homens que eu nunca havia visto na vida e mais dezenas de outros papeis que direcionavam alguma coisa que eu ainda nao entendia muito bem.

-O que é tudo isso? – A questionei sem entender o porque ela havia me dado todas aquelas informações.

-Preciso que mande Cosima para Paris, mas preciso que ela vá em segurança.

-Porque eu faria isso? Cosima não tem nenhum interesse de ir a Paris sem você.

-Porque não é seguro para ela aqui, não mais.

Cada minuto daquela conversa me deixava mais confuso, eu não conseguia entender o porquê Delphine queria proteger Cosima, e do que ela precisava ser protegida.

-Delphine eu não estou entendendo...

-Félix só faça o que estou pedindo, não me questione tanto.

-Ela não vai concordar, você a conhece melhor que eu, sabe que vai precisar de um explicação plausível para isso.

-Invente alguma coisa, minta...Diga que vou me casar e que não posso lidar com ela, só suma com Cosima daqui o mais breve possível.

-Está bem, agora vai me explicar por que está com o rosto todo marcado?

Ela me olhou e seus olhos voltaram a lacrimejar, como se o assunto estivesse a machucando de uma forma muito intensa, como se aquilo fosse o pior dos questionamentos.

-Você viveu com Frederick por tempo suficiente para saber como ele é.

Aquilo me enchia de um ódio que eu não conseguia explicar, era assustador pensar o que poderia acontecer com Delphine por ela estar trancada naquela casa com aquele homem, quando criança era ela que se colocava a minha frente para apanhar no meu lugar, foi ela que insistiu para ficar sozinha na casa com ele, para que nenhum de nós sofrêssemos com as marcas que ele nos deixaria. Eu o mataria se fosse possível, faria isso sem pensar duas vezes, ele merecia, por marcar minha irmã da forma como marcava, por nos separar, por transformar nossa família em fragmentos e por ter parado o tratamento da minha mãe quando ela necessitava dele.

-Porque não sai daquele lugar? Ele devia estar preso.

-Eu sei, mas não quero conversar sobre isso agora, você vai me ajudar ou não Félix?

-Vou Delphine, é claro que vou.

Ela respirou aliviada e voltou a dirigir, cortou as ruas de maneira diferente dessa vez, ela estava nitidamente mais calma, mas minha raiva ainda permanecia presente, eu queria por um fim ao sofrimento de Delphine que já tinha ultrapassado o aceitável a muito tempo. Eu queria protege-la como minha mãe pediu para que eu fizesse antes de morrer. Uma lagrima impertinente dançou pelo meu rosto ate pingar em minha mão, logo enxuguei a mesma, Delphine não gostava de ver ninguém chorar, era como se refletisse nela, a deixando fraca, lembro-me de chorar quando queria muito algo, ela sempre fazia o que eu queria para não ver as minhas lagrimas.

Paramos em frente a casa de Susan e eu desci do carro logo depois de depositar um beijo em sua testa, eu sabia que demoraria uma eternidade para vê-la de novo, aquela situação era horrível.



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