História You are the reason - Cophine - I don't wanna fight no more - Pov. Delphine

Dormir ao lado de Cosima tinha sido a coisa mais incrível a acontecer comigo, eu literalmente dormi, como a muito tempo não fazia, ter seu corpo colado ao meu durante a noite tinha sido uma dadiva, depois de ama-la por horas, ela simplesmente apagou ao meu lado, implorando para que eu não fugisse durante a noite, eu não fugiria, nem que o mundo me implorasse.

Me levantei disposta a fazer o café de Cosima, eu não comia pela manhã, mas lembrava bem de como ela adorava essa refeição. Quando cheguei a cozinha Alisson estava la, me olhando com desgosto reprovando o que eu era.

-Felix sabe que dormiu com Cosima? – Ela começou exatamente o que eu pensei que faria, jogar aquela merda na minha cara tentando me fazer recuar.

-Porque Felix deveria saber que dormi com Cosima? – Eu já estava sem paciência para as cobranças de Alisson, meu bom humor custava muito caro para ela desperdiçar tão facilmente.

-Porque ele está tentando colocar vocês duas no eixo, e tudo que você faz é atrapalhar.

-Eu não preciso de Felix, não preciso de você, ou de qualquer outra pessoa para mediar minhas ações ou meus passos, vou estar com ela vocês querendo ou não, não me interessa que joguinho obscuro vocês estão fazendo, o único motivo para eu não ser a esposa de Cosima agora é incompetência de Felix, então me poupe de seus discursinhos a favor dele.

-É muito difícil para você aceitar ajuda das pessoas que te amam, não é? É difícil para você entender que Cosima não a merece, ela nunca mereceu você, Cosima não fez um terço do que eu fiz para você, e mesmo assim você só tem olhos para aquela...

-Alisson chega, eu não quero ouvir, quero que saia.

-Eu vim buscar você Delphine...

-Não vou para a empresa hoje, vá embora.

Alisson saiu da minha casa, me deixando em estado de choque, o que quer que ela estava fazendo com Felix deveria parar agora, se Cosima apenas vislumbrasse que Alisson queria nos separar isso iria mudar tragicamente o rumo de nossa relação. Respirei fundo tentado reaver meu humor, Cosima não merecia receber farpas de mim.

Preparei seu café, e subi as escadas para acorda-la, quando a vi no meio da cama quase escondida dentre tantos cobertores, tão pequena naquela cama gigante, meu coração se aliviou, nada seria capaz de me tirar a paz que era ter Cosima tão próxima de mim, nada poderia mudar meu humor quando estava próxima a ela, Cosima era capaz de mudar minha vida, me transformar em capaz, em merecedora mesmo que eu não fosse nada daquilo.

-Srta. Niehaus, está atrasada. – Falei em seu ouvido provocando um susto em Cosima, um susto que me fez jogar a cabeça para trás enquanto ria.

-Nossa Delphine se eu pudesse matar você eu faria.

-Eu te amo. – Ela parou seu movimento e me olhou chocada com minhas palavras, não era segredo algum para ela, aquela informação estava clara em todas as minhas ações, em todos os meus toques, nos meus olhares, ela me tinha.

-Delphine... você vai fazer meu corpo entrar em colapso se continuar fazendo isso.

Era uma sensação muito boa voltar a ter aquela atmosfera entre nós, eu a amava e amava o que ela me proporcionava tão intensamente que seria mais do que impossível para mim me afastar dela.

Nosso café foi repleto de risadas, conversas despretensiosas, momentos que ficariam marcados em mim para sempre. Convence-la de não ir trabalhar foi um trabalho árduo que me deixou exausta novamente, Cosima tinha um gênio muito forte e uma cabeça muito dura, era difícil mudar sua ideia, modificar seu pensar.

Nos fomos até a casa de Susan, ainda sem conseguir soltar a mão uma da outra, eu estava muito próxima de ter Cosima como minha mulher, dessa vez em definitivo, mas eu precisava encarar Aldous e ser sincera com ela, claro que ele tentaria mias uma vez me matar por ter sujeitado Cosima a tanta coisa, mas eu não deveria recuar, tudo deveria ser feito da forma certa dessa vez.

-Seu pai tem muitas balas? Não que ele precise de mais de uma para me matar, mas...

-Delphine para com isso, meu pai não vai te matar.

Estávamos paradas diante da casa de Susan, e eu ainda estava tentando arrumar forças para entrar e encarar Aldous, seria muito difícil. Quando entramos eu ainda permaneci parada na porta por segundos, analisando a sala de todas as formas possíveis.

-Então foi com Cormier que passou a noite. Félix tentou me despistar, disse que você estava dormindo no Loft dele. – Félix tentou me ajudar?

-Pai, nós somos adultos, então vamos resolver isso como adultos está bem? Sem armas e sem gritos, vamos conversar como pessoas maduras.

-Você consegue Cormier? Ter uma conversa civilizada? Sua mãe não conseguia. – Aquelas palavras modificaram toda a minha intenção de conversar com ele, eu já estava furiosa.

-Toda essa mágoa é porque você não conseguiu transar com ela? – Ele avançou em minha direção e eu fiz o mesmo, não admitiria ter minha mãe magoada por suas palavras, Cosima se colocou entre nós, tentando impedir uma briga.

-Por favor tem como vocês dois se acalmarem?

-Eu não quero você se envolvendo com Delphine, eu fui claro Cosima?

-Não é você que decide isso Aldous, a decisão é dela e não sua.

-Pai, por favor – Cosima tentava conter os ânimos do pai, mas era quase impossível acalma-lo quando ele estava junto a mim, quando o assunto era minha mãe Aldous enlouquecia, mas quando o assunto era eu, ele ficava a ponto de um colapso.

-Você sabe o que essa mulher fez com você?

-Aldous... – tentei chama-lo a realidade e tentar poupar Cosima daquela conversa, nós tínhamos um trato, melhor, ele e Felix tinham um e ele não podia descumprir com sua palavra.

-Sabe o que Marion fez comigo? Ela vai fazer o mesmo, é da laia deles. Os Cormier são nossa praga minha filha, eu não tive escolha, mas você tem.

-Não eu não tenho, eu não tenho escolha mais pai, eu amo Delphine, quero estar com ela todos os dias da minha vida, e queria muito que a aceitasse, que a respeitasse, mas se não consegue fazer isso então me desculpe, mas não vou desistir dela outra vez, eu vou viver esse amor com tudo que eu tenho da mesma forma que fez com Marion, e você não vai conseguir mudar isso.

Aldous abandonou a sala e nos deixou sozinhas, eu tinha certeza de que aquela situação terminaria com um tiro, não foi como eu imaginei, mas no final Cosima estava em pedaços do mesmo jeito.

-Não merece passar por isso.

-Meu pai precisa entender que você e sua mãe são pessoas diferentes, ate la vai doer em nós dois da mesma forma.

-Eu sinto muito. – A abracei tentando recolocar seus pedaços no lugar, Cosima recebeu meu abraço da maneira mais simples e calma possível, como se só o que ela precisasse fosse aquilo.

-Eu não sei qual de vocês é a mais falsa, Cosima pelo menos me contou sobre o jantar. – Krystal desceu as escadas me provocando risadas e deixando Cosima mais relaxada, seu corpo já não estava em pedaços, ela se virou e encarou Krystal. – Eu estou feliz por vocês, mas eu estou muito brava, vocês dormiram juntas e não me disseram.

-Krystal isso faz algumas horas.

-Devia ter me mandado mensagens assim que saíram do restaurante.

-Posso saber o que você está fazendo em casa Srta. Cormier? Não era para estar no trabalho? – Perguntei a minha irmã, mesmo sabendo que ela trabalhava de casa quase que todos os dias, eu esperava que Paul e Félix ficassem felizes com nosso relacionamento como Krystal estava, mas ainda duvidava daquilo.