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História You are the reason - Cophine - There goes my mind Racing - Pov. Cosima


Escrita por: ebrodevotion

Notas do Autor


Gente eu sei que estou atrasada, me perdoem!
Não desistam de mim por favor!
Obrigada pelos comentariooos!!! <3

Capítulo 5 - There goes my mind Racing - Pov. Cosima


Delphine estaria aqui em menos de 30 minutos, não sei quando aconteceu, mas em algum momento minhas mãos pareceram não ter mais controle, elas tremiam sem parar, talvez aquilo tudo fosse medo do confronto, talvez medo de ficar mais de 10 minutos na frente daqueles olhos âmbar. Desde que cheguei a Nova Iorque minha cabeça só pensava em uma coisa: Delphine. Aquela mulher tinha o dom de consumir todos os meus pensamentos, até quando a odiava eu a desejava com todas as minhas forças, e esse desejo me controlava, eu conseguia ameniza-lo mas não extingui-lo, vê-la tão longe de mim me enchia de uma falta gigante, e passar 10 anos da minha vida a vendo de longe sem poder falar com ela, senti-la de todas as formas possíveis só piorava a minha situação, eu a queria mais do que tudo, mas insistia em dizer a mim mesma que não podia.

O som característico de carros de luxo pôde ser ouvido da minha janela, corri para o batente na tentativa de poder apreciar a vista sem que a ela percebesse mas minha frustação foi tão grande que tive vontade de vomitar, não era Delphine que descia do carro e sim Shay, minha raiva por ela ainda estava fresca demais, e apesar  de desejar que ela fosse embora não poderia fazer isso, ela era filha legitima de Susan e meu Pai, aquela situação com certeza sairia do controle, mas antes que todo meu almoço despencasse sobre o vaso, ouvi novamente o som de uma Mercedes parar a frente da casa e agora sim, era ela, Delphine saiu do carro vestindo a mesma roupa do nosso encontro pela manhã, ela andava e ria, uma risada linda, a fez jogar a cabeça para trás, e as lembranças de nossos momentos felizes encheram meus olhos de lagrimas, eu sentia a falta dela, mais do que qualquer coisa no mundo. Ela entrou acompanhada de Felix e Kristal, e percebi que era a hora de descer e fingir que odiava Delphine, eu precisava de respostas, mas não teria coragem de enfrentá-la. Desci as escadas e tomei a atenção de todos, acomodados no sofá Kristal e Cal me olharam e com um simples aceno de minha amiga consegui à força que precisava para encará-la, já no último degrau analisei toda a sala, até a extensão da sala de jantar e não a vi, não era possível que tenha ido embora, ou era?

-Srta. Niehaus, suponho que esteja procurando por mim. - Lá estava ela atras de mim analisando o que não deveria me provocando arrepios, meu corpo perdeu a força novamente, eu não estava preparada para o choque que seria olhar naqueles olhos, então fingi não ter ouvido e fui cumprimentar Felix, não havíamos conversado desde que eu cheguei e eu tinha algumas coisas para lhe dizer.

-Felix, faz tanto tempo desde a última vez, como você está?

-Bem Srta. Niehaus, faz muito tempo, uns...10 anos talvez?

-Sabe que não precisa dessa formalidade ridícula, somos amigos a tempo suficiente para não precisarmos disso.

-Eu sei Cosima, só faço isso para parecer tão imponente quanto Delphine. – A última frase tinha sido cochichada em meu ouvido, ele estava de volta, Felix sempre agiu como meu irmão mais velho, Susan até dizia que era a verdade, já que todos ali era filhos postiços dela, eu o amava, o receber era como voltar a estar feliz novamente, ele me abraçou e senti mais do deveria nesse abraço, segurança, apreço, culpa e até compaixão, quando o desfez Felix olhou nos meus olhos com os dele marejados e disse em voz tão baixa que mal o escultei “Me desculpe pequena” e sorriu, estava ali a resposta para as perguntas que consumiam minha mente, Felix não tinha culpa, Delphine sim.

-Felix recebe abraços e eu sou ignorada, a uns 10 anos isso era diferente. – Delphine estava logo atras de mim e a vontade de acertar seu rosto com um tapa era grande, mas o medo de encarar seus olhos era maior.

Finalmente tomei coragem, e o que vi só reforçou minhas certezas, ela me tomaria de todas as formas, voltaria a possuir meus pensamentos, eu estava tão ferrada.

-Posso te dizer o que merece Sra. Cormier, mas acho que não vai gostar nenhum pouco.

-Eu duvido Srta. Niehaus. – Ela se aproximo o suficiente para quase tocar sua testa na minha, a expectativa foi grande demais, minha respiração falhou e meus lábios se abriram esperando os seus, já sentia arrepios tomando meu corpo, o suor se formando acima das sobrancelhas. Delphine iria me matar sem ao menos me tocar.

-Está bem, que tal jantarmos? Já que vocês duas não vão parar com esse empasse até alguém colocar um ponto final nisso. – Kristal interferiu entrando na frente de Delphine fazendo com que eu me afastasse dela, por um breve segundo vi os olhos de Delphine marejarem, mas talvez aquilo tenha sido alguma coisa da minha cabeça.

-Eu concordo com a Kristal, tenho certeza de que vão adorar o jantar que preparei, especialmente para comemorarmos a volta de Cosima a nossa casa. – Susan se levantou caminhando até mim e depositando um beijo em minha testa, eu me sentia acolhida em seus braços.

-Ótimo! Muito bom saber que está de volta Cosima, EEEE! Que felicidade. – Shay caminhou em minha direção com uma falsa animação, muito característica dela. - Estou tão feliz em ver você irmãzinha.

- Eu imagino Shay.

Nos sentamos a mesa seguindo a ordem dos velhos tempos, Susan sentada a cabeceira, Delphine a sua esquerda, eu a sua direita, ao meu lado Shay, ao lado de Delphine Felix, Cal se sentou à frente de Kristal que ocupava o acento ao lado de Felix e Paul se sentou a cabeceira da outra extremidade. A configuração me fez ficar frente a frente a deusa da perdição, Delphine me olhava com cobiça e apesar de desejar aplacar sua necessidade, ainda me sentia mal em desejá-la.

-Então Cosima nos fale um pouco sobre a vida em Paris, confesso que sinto saudade de estar lá. – Shay começava sua onda de perguntas despretensiosa que possuíam muitas coisas por trás. – Você também Delphine? – E estava lá sua intenção, chamar atenção de Delphine, provar que as duas tinha intimidade, eu não sei, mas meu corpo já se preparava para um duelo.

-Nem um pouco, nada do que aconteceu em Paris me agrada. – Delphine respondeu sem nenhuma vontade de falar, ignorando a interrogação quase urgente de Shay.

-Não é essa a lembrança que tenho da gente em Paris Delphine, lembro-me muito bem de te amar loucamente em um quarto de hotel como vista para Torre Eiffel. – Ela havia conseguido desestabilizar toda harmonia que todos haviam se permitido viver, Shay possuía o incrível talento de estragar tudo.

-Não acho que esse assunto seja pertinente Shay. – Delphine já mantinha as mãos em punho sobre a mesa, aquela conversa estava caminhando para um caos.

-Você teve alguma experiencia assim com Delphine Cosima? Oh não tudo que conseguiu foi uma passagem só de ida, não é? Sinto muito, talvez em outra vida...

-Chega Shay, será que alguma vez na vida a gente vai poder ter um jantar em paz? Ou você vai estragar todos eles. – Kristal tomou a fala, ela já se preparava para se levantar quando Felix perdeu a linda.

-Shay escreva um livro, talvez assim consiga a atenção que tanto almeja.

Delphine iria surtar, era fato, a respiração dela já ultrapassava o acelerado e alcançava o incontrolável.

-Dívida com a gente o que houve para ir para Paris correndo como se fugisse de um mostro Cosima. – Ela não pararia até me colocar naquela discussão, e eu não toleraria mais nenhuma piada infame de Shay.

-Quer saber o que houve comigo enquanto estive em Paris Shay? – O silencio se fez presente, mas do que isso ele já chegava à casa do amedrontador. – Vou dizer o que houve, eu passei 10 anos em Paris morando na casa que escolheram para mim, comendo exatamente o que escolheram para mim, conhecendo os lugares que alguém escolheu para mim, estudando na universidade que escolheram para mim, fingindo ser uma pessoa que alguém definiu que eu seria e vivendo a vida que Delphine escolheu para mim, era isso que estava fazendo em Paris, e enquanto isso vocês transavam. Talvez tenha sido melhor ter vivido como escolheram que eu vivesse. – Eu já encarava Delphine minha raiva já havia mudado de choco. – Obrigada por ter me afastado de você, já que não existe luz que sobreviva ao seu lado. – Meus olhos já diziam mais que minhas palavras e antes que o choro me explodisse eu saí correndo, me tranquei em meu quarto e tentei amenizar meu desespero. Delphine havia arruinado tudo que éramos e ainda se relacionado com Shay, levado a Paris, sem nenhum medo de me encontrar no caminho do seu passeio ridículo, era amedrontador demais pensar que a mulher por quem me apaixonei fosse capaz de coisas tão horríveis.

-Não acho que vale a pena chorar por Shay Cos. – Kristal havia entrado no quarto sem que eu mesma percebesse, eu não sabia se seria agradável recebê-la agora, não estava certa de como minha raiva poderia afetar minha amiga.

-Não estou chorando por Shay, não esperava menos dela, estou chorando porque me apaixonei por uma pessoa que não existe, como eu não enxergava a crueldade de Delphine Kristal?

-Delphine não é cruel Cos, ela só é... Mal compreendida talvez.

-Mal compreendida? Delphine me mandou para Paris com a desculpa de que precisava se casar com Cristine e que eu não poderia atrapalhar isso, no meio tudo Cristine some e Delphine namora Shay, isso não é crueldade o suficiente.

-Cristine morreu Cos, o único motivo pra Delphine ter se relacionado com ela foi porque no meio de tudo isso Shay a cercou de todos os lados, você conhece sua irmã melhor do que qualquer um, ela vai atras do que ela quer sem medir esforços para isso.

Isso era verdade, Shay não tinha escrúpulos, fazia o que fosse preciso para ter o que queria, nem que ela precisasse arrancar isso de alguém. Mas isso não tirava a culpa de Delphine, nem ela e nem Shay passariam ilesas disso.

-Delphine quer que trabalhe com ela, seria bom para você, a FC é grande, pode ser percussora de muitas oportunidades.

-Delphine quer que eu trabalhe para ela?

-Com ela, Delphine quer que trabalhe com ela, ela quer te inserir na bancada de advogados da empresa, seria ótimo se aceitasse Cos.

-Não vou trabalhar com Delphine, conviver com ela por menos de 1 hora já é martírio o suficiente, não preciso disso Kristal.

-Sabe que ela respeita muito seu diploma, não é? Delphine se formou na Sorbonne do mesmo jeito que você, seria experiencia o suficiente para as duas, para você trabalhar com a CEO de uma das maiores empresas de Nova Iorque e para ela talvez aprender um pouco sobre... leis.

-Não tenho nada a oferecer a Delphine, não vou perder meu tempo estando com ela Kristal, assunto encerrado mande Delphine e sua empresa gigantesca irem para merda!

-Cos, se não conseguir te convencer a trabalhar com ela isso será ruim para todo mundo, você estar com Delphine 10 horas por dia pode acalmar os ânimos da minha irmã, isso é importante para todos nós, ter você na empresa não é só uma vontade de Delphine, por favor.

-Posso responder isso para você amanhã? Já tive emoção demais por hoje, eu preciso dormir.

-Claro que pode pequena, descansa ta bom? – Kristal já se encaminhava para porta quando retornou, me abraçou e depositou um beijo em minha testa. – Felix passa aqui amanhã cedo, ele vai vir nos buscar, o carro de Cal está na revisão, se decidir ser uma boa ideia saímos as 8 horas, ta bom?

Acenei com a cabeça já sem forças para questioná-la, eu estava exausta queria me esconder dentro do armário e fingir que o mundo não existia, seria trágico demais fazer isso?


Notas Finais


Vou voltar com mais frequencia, eu prometo!


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