História You belong with me - Bibliotecas podem ser divertidas

Era o Justin.... Eu. Estou. TRANCADA COM O JUSTIN. Deus você deve me amar muito viu por que vou te contar uma coisa, minha discussão interna foi interrompida pelos gemidos de dor do Justin que estava estirado no chão com a mão no braço, meu deus matei o menino. O ajudei a levantar um pouco envergonhada mais pelo meu surto do que por ter batido nele.

- Da onde você tirou essa força toda? – ele perguntou passando a mão no braço fazendo uma careta de dor, mas ainda fofa. Dei uma risada sem graça desviando o olhar do dele, peguei o livro e guardei pelo menos ele não comentou sobre meu momento “EU NÃO QUERO MORRER”.

- Hm..... o que você ta fazendo aqui? – eu perguntei desviando do assunto ainda envergonhada.

- Bom aparentemente não é uma boa ideia juntar fones de ouvido no ultimo + lugar remoto em uma biblioteca E um trabalho pra te salvar! – ele disse contando nos dedos, sua mochila estava pendurada em um lado só de seu corpo junto dos fones que saiam de sua blusa e ainda tocavam uma música alta, o tão conhecido sorriso torto apareceu logo quando ele terminou de falar.

- É não é mesmo! – eu disse me encostando na estante respirando profundamente, bom o porque do momento respirando fundo bom EU AINDA TO TRANCADA E COM ELE, não que eu não ache uma boa ideia mas eu não gosto desse lugar a noite.

- Algum problema? – ele me perguntou.

- Bom se você considera estarmos trancados na biblioteca como um problema então sim eu estou com um problema! – a cara dele depois do que eu falei foi impagável.

- Como assim presos? – ele perguntou me segurando pelos ombros meio preocupado.

- Tipo porta da biblioteca trancada, a escola sem nenhuma alma viva pelo menos até meia noite!

Ele me olhou por algum tempo parecendo raciocinar tudo e saiu correndo em direção à porta. Meu filho não me deixa sozinha aqui não. Eu sai correndo atrás dele, quem é o bipolar agora em?!?! Quando eu cheguei lá ele tentava abrir a porta quase tirando-a do lugar.

- O Hulk ta trancada, você não vai conseguir abrir! – eu disse já sentada em uma das cadeiras colocando os pés e minhas coisas em cima da mesa, ele virou e me olhou depois voltou o olhar pra tranca da porta e soltou ela, soltando o ar pesado como quando sua mãe fala pra fazer algo que você não quer mas você faz, ele veio na minha direção e sentou na cadeira a minha frente colocou suas coisas na mesa e começou a me encarar, aqueles olhos âmbar estava começando a me incomodar era fácil se perder neles, eu comecei a divagar enquanto ele me encarava imagina um mini Justin correndo pela casa e por que é que eu estou pensando nisso??

- Entãaao – eu disse quebrando o silencio eu não estava gostando do jeito que ele me encarava tipo, parecia que lia todos os meus pensamentos e segredos, ele riu percebendo meu desespero, eu sorri observando suas covinhas quando ele ria.

- Como você ficou presa aqui? – ele perguntou curioso.

- Vim fazer o trabalho de história e o livro tava muito interessante ai nem vi as horas passando e aqui estou eu! – eu disse no final fazendo uma reverencia, ele riu da minha bobeira e pareceu se lembrar de alguma coisa.

- Já tentou o celular? – ele perguntou esperançoso tirando o próprio celular do bolso.

- Yep!! Sem sinal....até agora! – eu disse pegando meu celular e vendo se tinha pelo menos um misero risquinho encontrando nada.

- É a genta ta preso aqui sem nenhum tipo de comunicação, comida A GENTE VAI MORRER! – ele disse entrando em um repentino desespero me chacoalhando pelos ombros. O. que. Foi. Isso.? Eu o olhei estranho, quem é o louco agora???, ele logo se recompôs ficando por alguns segundos vermelho me fazendo rir, e então voltou a me encarar do mesmo modo que antes.

Isso era muito desconfortante, nada legal alguém  que você tem um queda ficar te encarando sem motivo nenhum como se você fosse um alien ou tivesse uma espinha no seu rosto.

- Por que você me encara tanto? –eu perguntei o olhando cautelosamente com um pequeno sorriso no rosto.

- Você tem mistério nos olhos, me deixa muito curioso! – ele disse com um sorriso grande e olhos de criança curiosa. Eu ri da reação dele.

- Eu não sou tão interessante!

- Bom, mas eu quero te conhecer ai te falo se você é ou não interessante! – ele disse sorrindo de lado.

Uou uou uou eu ouvi isso mesmo? Ele quer me conhecer?? Oh deus estou em um paraiso alternativo onde o cara que eu tenho uma queda...me.....corresponde? é isso mesmo produção?!! okei okei chega de viajar, as vezes Jenny você divaga muito nos pensamentos. Era estranho ele querer saber sobre mim, sorri sem graça sem saber mais como continuar a conversa.

- Ok! Vou começar com as perguntas - ele disse percebendo que eu não iria dar iniciativa de nada, ele tinha um sorriso enorme no rosto como se tivesse achado a diversão da noite. – sei que você tem medo do escuro...

- Corrigindo, eu tenho medo do que TEM no escuro não do escuro! – eu cortei ele frisando bem a palavra tem, é eu acredito em coisas sobrenaturais por que elas não podem existir?. Ele riu e esperou eu continuar a falar sobre meus medos, não acredito que eu vou começar a falar da minha vida como se ele fosse um psicólogo.

- Tenho fobia de aranhas.....

- só isso? – ele perguntou meio impaciente, eu pensava mas nada vinha na minha mente.

- Oxi e não ta mais do que bom? Aranhas e escuro, essas duas coisas juntas formam um estrago enorme. – ele me olhou ainda desconfiado. – se eu lembrar de mais algum te conto!

Ele se deu por vencido e voltou a falar.

- Ok! As coisas boas agora!! – ele falou todo animado, qual o problema dessa criatura??

- O que você quer que eu fale? – perguntei sem saber por onde começar, eu estava começando a gostar da curiosidade dele por mim.

- bom eu sei de algumas coisas você ama chocolate, dormir, comer, dormir de novo, comer ... – ele disse começando a contar nos dedos e repetir as coisas que eu geralmente reclamava, ta não geralmente sempre.

- ok, ok! – eu disse tirando um sorriso torto dos lábios dele, e continuei a falar – amo o por do sol, as noites quentes de verão, cavalos, cachorros, gatos, lugares perfeitamente lindos onde o homem não destruiu com sua ânsia de dinheiro, flores, praia, livros – a cada coisa que eu falava o sorriso no rosto dele se abria mais e mais fazendo suas covinhas aparecerem mais ainda o olhar dele era de quem tinha encontrado um tesouro que ninguém soubesse da existência e que agora era só dele.

- Uau! – a única palavra que a saiu da boca dele.

- O que? - eu perguntei rindo um pouco da surpresa na voz dele, e ele continuou do mesmo jeito com a cara de bobo sem falar nada. – Justiiin!!! ALOOÔ!!

Eu disse passando a mão na frente do rosto dele esperando alguma reação bem na hora em que a luz acabou e eu pulei em cima dele do susto dando um grito.

- Bosta de energia, por que acabou justo agora??? – eu disse um pouco desesperada demais.

- Jenny, eu ainda preciso respirar! – ele disse com sua voz saindo um pouco sufocada eu não tinha percebido, mas estávamos no chão eu em cima dele agarrada o apertando quase o sufocando com minha cabeça em seu pescoço, senhor que perfume é esse?? JENNY volta ao foco e larga o garoto.

-Ai desculpa! – eu larguei dele rápido sentando no chão sentindo minhas bochechas ficarem quentes, eu não enxergava nada e isso tava começando a me incomodar. Eu fui levantar, mas como estava escuro acabei batendo as costas e a cabeça na hora de levantar.

- AAAI! Viu mais um motivo pra odiar o escuro! ARG! – eu disse reclamando passando a mão na minha cabeça, ouvindo a risada dele que ainda tava no chão.

- Não ri criatura, ta doendo!! – eu disse ainda ali parada no mesmo lugar, eu não via nada e não ia me mexer nem ferrando. Do nada eu sinto uma mão pegando na minha perna eu dei um grito e pulei ouvindo as risadas super altas da criatura que provavelmente se contorcia de rir no chão, meu coração tava super disparado.

- EU VOU TE MATAR! – eu disse pondo a mão no coração, sentido a presença dele em pé em algum lugar perto de mim e ele ainda rindo, e a luz voltou me cegando por alguns segundos até meu olhar conseguir focar e eu ver que o Justin estava há alguns poucos centímetros do meu rosto sorrindo como um bobo, era fofo e os olhos deles eram coisas que você não conseguia parar de prestar atenção tão facilmente.

- AAAI! Qual o motivo??? – ele disse me olhando estranho passando a mão no braço é eu tinha batido nele e ta vermelho com a marca da minha mão.

- E você ainda pergunta?? Falei do que tem no escuro e você puxa minha perna?? Por acaso você quer sair daqui com alguém tendo um ataque cardíaco?? – eu disse indo cada vez mais perto dele, que tinha um olhar de medo, eu não sou um tigre querido eu não vou te atacar por mais que você pareça muito apetitoso.

- hmm...não – ele disse meio incerto.

- que bom! – eu disse dando duas batidinhas em seu ombro e sentando no lugar onde eu estava, eu peguei meu celular na esperança de ver algum sinal, mas como hoje o dia não esta muito ao meu favor ele continuava sem serviço e ainda eram só 19:30 da noite.

- Preciso tomar banho de mar, me benzer, tudo possível pra vê se tiro essa má sorte! – eu disse choramingando jogada na cadeira.

O Justin já estava sentado na cadeira na minha frente me observando atentamente como sempre, eu já tava até começando a me acostumar.

- Você considera má sorte estar trancada em um lugar sozinha comigo? – é impressão minha ou ele ta flertando comigo? Ainda com essa sobrancelha!!!

- Sim, você podia ser o Deus grego que fosse ainda sim eu ia estar trancada e sem comida e ainda iria ser considerado como má sorte! – ta mentira não seria má sorte falei isso só pro ego da criança não aumentar, esse lado galinha comigo ele nunca tinha usado mexia comigo? logico que mexe ainda sou uma mera mortal que cai por encantos de deuses gregos, mas eu sou uma mulher digna e forte não é qualquer um que me faz descer do salto alto meu bem.

Ele olhou meio atingido pelo que eu falei, já disse por mais que ele possa mexer de mais com a minha cabeça eu não vou me entregar fácil assim.