-Mãe, vai ser melhor.-eu falei, jogando um moletom na mochila.
-Meu filho, me explique como ir embora de casa vai ser melhor?!-perguntou minha mãe, chorando na porta.
-Eu vou pra casa do SeungCheol, mãe. Você conhece a mãe dele e sabe que ela vai cuidar bem de mim.-eu disse, olhando MinGyu que arrumava minhas higienes.
-Meu filho, por favor.-minha mãe pediu, pegando no meu braço.-Não me abandone.
-Mãe, entenda.-eu parei e olhei para ela.-Eu não vou embora pra sempre, não por hora. Eu só quero arrumar minha cabeça e deixar as coisas esfriarem.
Minha mãe me olhou e começou a chorar, me abraçando com força.
-Tia.-MinGyu disse, tentando puxar minha mãe de cima de mim.-Tia, ele não vai embora. Ele vai voltar, tia.-ela me soltou e abraçou ele.-Como prova disso, irei com ele.
Minha mãe e eu encaramos MinGyu, ambos confusos.
-Como é que é?-perguntamos em uníssono.
-Não, MinGyu, você não vai.-falei, percebendo a mala dele fechada.-Você vai ficar aqui com a tia e o resto da família. Esse caminho é só meu, MinGyu. É só a minha vida que está arriscada.
-Se a sua vida está em risco, WonWoo, eu tomei no cu.-ele gritou.
-Olha como fala, seu idiota.-o repreendi.-E o que a minha vida tem haver com a sua, idiota?!
-Você é a minha vida, WonWoo.
Eu o encarei em silêncio, incrédulo com sua atitude e sua fala. Minha mãe dividia o olhar entre nós dois, tentando entender o que realmente a nossa relação significava.
-Eu vou sim, WonWoo.-ele disse, pegando a mala sobre o sofá.-E é melhor você se apressar, pois SeungCheol chega em 10 minutos.
E ele saiu do quarto.
Continuei olhando a porta vazia pela qual MinGyu havia acabado de passar. Estava imaginando a conversa que ele estava tendo com os pais nesse exato momento. Estava é imaginando as provocações de SunHee.
Encarei minha mãe. Ela ainda parecia não entender nada, me olhando perdida. E então ela me abraçou.
-Eu não entendo o real motivo, meu filho-ela se afastou e afagou meus cabelos.-Mas se é isso que você quer, estou do seu lado.
É por isso que eu amo a minha mãe. Ela sempre me apoia.
A filosofia da minha mãe é que, mesmo que o filho seja marginal, assassino, presidente, gay, transexual, ele continua sendo seu filho. Você continua amando ele mesmo que ele não siga o padrão que a sociedade impõe.
Então eu sei que ela vai aceitar minha decisão.
-Eu te amo, mãe. Obrigado.-falei, a abraçando forte e derramando algumas lágrimas.
-Eu também te amo, meu filho.
Ficamos ali, por, talvez, 4 minutos e eu tive que ir. Peguei minha mochila e o celular e me despedi de minha mãe mais uma vez, passando por todos em silêncio. Ao chegar no portão de casa, SeungCheol e MinGyu conversavam animados.
-Oi Wonny.-falou SeungCheol e me abraçou.-Pronto para a nova vida?
Eu encarei ele e MinGyu. Sorri.
-Mais que pronto.
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