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História You Could Be Mine - Women's


Escrita por: SrtaRocketQueen

Notas do Autor


Olá, galera! Primeiro capítulo do ano! Quero desejar um ótimo 2018, esse ano tem tudo pra ser incrível, vamos torcer para que seja o melhor de todos até agora (na verdade, qualquer coisa vai ser melhor que esse 2017 filha da puta). Que mais fanfics venham por aí nesse ano ♥
Por favor, não se esqueçam de ler as notas finais.

Boa leitura!

*pausa para esse gif do Axl que eu sou apaixonada*

Capítulo 46 - Women's


Fanfic / Fanfiction You Could Be Mine - Women's

Eu fiquei encarando Axl, perplexa, esperando o momento em que ele ia rir e dizer que aquilo não passava de uma brincadeira, depois sairia do meu quarto e me deixaria finalmente trocar de roupa. Mas esse momento não chegou, e eu tive que soltar um riso desacreditado. 

— Você não está brincando? 

— E por que eu estaria? — Ele arqueou as sobrancelhas, se aproximando cautelosamente. — Devia estar me agradecendo por isso. Pode te ajudar quando eu não estiver por perto. 

— Axl! — Eu quase gritei, incrédula. — Eu nunca fiz isso e nem pretendo fazer. 

— Ah, não? Engraçado, achei que era exatamente isso que você ia fazer se não tivesse visto que eu estava na porta. — O ruivo rebateu, esperto. Eu suspirei, sem saber o que responder, já que infelizmente era verdade. Ele ficou bem na minha frente, com pouco centímetros de distância, e eu agarrei minha toalha contra a meu corpo, nervosa. 

— Olha, isso não é uma boa ideia. Me deixa trocar de roupa, por favor. 

— Débora, olha bem para os meus olhos. Me diz que você tem certeza que não quer fazer isso. — Axl disse firmemente, me encarando com intensidade. Eu engoli em seco, sem conseguir rebatê-lo, ou ao menos respondê-lo com um simples sussurro. A realidade é que eu ia mesmo fazer aquilo se não tivesse visto-o. O desejo se apossou de cada parte do meu corpo. O que eu posso fazer? Isso é natural! Só de imaginar a cena deu fazendo aquilo, senti os pelos do meu corpo se arrepiarem. Axl pareceu perceber, pois sorriu. — Eu acho que isso já confirma tudo. 

— Axl, não é certo... — Tentei contestar, mas a essa hora minhas mãos já estavam mais frouxas em relação a toalha, e essa já quase caia no chão. 

— Não se preocupe, só estamos eu e você aqui. Vai ser bom para você, loira. Me deixe te ajudar, está bem? — Arqueou as sobrancelhas, aguardando a minha resposta. Eu suspirei, sentando na minha cama. Queria aquilo no fundo, mas não queria admitir. — Vai ficar só entre nós dois. 

— Isso é errado. 

— Você já disse isso mil vezes e mesmo assim quer continuar. — Ele rolou os olhos. — Tire a toalha. 

— Eu tenho vergonha.  

— Eu já vi o seu corpo por completo, não há nada de novo. — Rebateu, malicioso. Eu respirei fundo e, de olhos fechados, joguei minha toalha para um canto da cama. Senti meus pelos se arrepiarem com a leve brisa que entrava no meu quarto. 

— Certo. Deite-se na cama com as pernas abertas e dobradas. 

— O que? — Arregalei meus olhos. 

— Vamos, Débora.  

— Eu vou ficar totalmente exposta na sua frente? — Sim, esses são os raros momentos em que eu sou tímida. 

— Não, eu vou ficar aqui do seu lado. — Respondeu, sentando-se perto da cabeceira. Rose ficou me encarando, esperando que eu seguisse seu comando. Fiquei um tempo relutante, mas acabei fazendo o que ele pedia. Deitei minha cabeça no travesseiro ao lado dele. — Ótimo. Primeiramente, você tem que relaxar. Fique calma. 

— Isso é tudo que eu não estou no momento. — Rebati, mordendo o lábio inferior. 

— Pois não é o certo. Vou apagar as luzes, talvez ajude. — Dizendo isso, Axl fez o que disse e deixou o quarto sendo iluminado apenas pelo sol fraco que vinha da janela. Eu suspirei, sentindo-me um pouco menos exposta. Fechei meus olhos e tentei relaxar os meus músculos. Queria aproveitar o que viria a seguir e, de certa forma, a presença de Axl não me deixava assim tão desconfortável mais. 

— Certo. Pense em coisas que te deixa excitada. Entre no clima, loira. Leva sua mão até lá embaixo.  

— Onde? — Sussurrei, começando a entrar naquela áurea.  

— Aqui. — Ele levou minha mão direita até a minha intimidade, fazendo alguns movimentos na parte em que eu devia fazer, onde me dava mais prazer. Eu acabei soltando um gemido baixo e quis reclamar quando ele tirou a sua mão, deixando apenas a minha. 

— Use a sua imaginação. Pense no que fizemos ontem. — Agora ele sussurrava de uma forma sensual, e eu o obedecia. Imaginei a minha primeira vez, começando a sentir espasmos pelo meu corpo. — Pense nas minhas mãos percorrendo o seu corpo. Pense no prazer que sentiu. — Comecei a fazer movimentos circulares na minha intimidade com uma das mãos, enquanto a outra eu levei até meus seios, fazendo o que Axl havia feito tantas vezes. O prazer crescia e percorria por cada pedacinho do meu corpo inebriado. — Eu queria muito te foder agora, Débora. — Ele confessou, me fazendo soltar um gemido e aumentar o ritmo das fricções. 

— Eu estou fazendo certo? — Perguntei com a voz falha, mordendo os meus lábios com força. Só de imaginar que Axl estava ali do meu lado, já ajudava muito com a minha satisfação. 

— Sim, loira. Continue assim. Você vai chegar ao orgasmo logo. — Respondeu. Eu assenti, continuando com aquilo, percorrendo as mãos pela minha cintura, imaginando que fosse as mãos do ruivo. Eu não podia negar que aquilo era bom, nem se eu quisesse. Uma experiência nova para mim, mas algo muito prazeroso. — Eu queria poder te ajudar... 

— Ajude. — Respondi rapidamente. Ele também estava excitado, pelo jeito. 

— Porra... 

— Me ajude, Axl. — Disse novamente, abrindo os olhos e encarando-o. 

AXL POV ON 

Débora olhava para mim pedindo que eu a ajudasse a chegar ao orgasmo, enquanto movimentava os seus dedos na sua intimidade. Eu fitei todo o seu corpo exposto na cama, desde os seus seios empinados até suas pernas totalmente abertas. Eu não sou idiota de recusar um pedido daqueles. 

Aquela garota estava me deixando louco. E isso não era algo recente. Talvez fosse sua inocência em lidar com certos tipos de coisas, ou em como ela conseguia fazer tudo tão bem mesmo sem ter experiência. Eu não sabia, só sabia que queria muito foder ela. 

Fiquei por cima da loira, levando meus dedos rapidamente para a sua buceta, fazendo os movimentos certos e ágeis. Ela gemeu alto, tão alto que eu tive que pedir para fazer silêncio, afinal, não estávamos sozinhos em casa. 

Infelizmente. 

Para a minha total surpresa, ela começou a desabotoar os botões da minha calça, levando-a para baixo junto com a minha cueca. Eu entendi rapidamente o que ela queria e sorri. Então Débora Campbell queria transar novamente? Eu não podia culpa-la. Era algo viciante mesmo. Eu resolvi ajuda-la e peguei no meu pau já ereto, colocando-o calmamente para dentro da garota, que agarrou as minhas costas e arranhou com força. 

Puta que pariu. 

Eu estava sem um pingo de paciência para enrolar mais com preliminares. Posicionei meus braços em volta dela e comecei a estoca-la com força e rapidez, sem tempo também para joguinhos. Nós dois estávamos com desejo acumulado. Eu fechei meus olhos e escutei o doce som da voz de Débora, enquanto ela gemia e tentava conter o som ao morder meu ombro com força. Eu adorei aquilo, como um verdadeiro masoquista. 

Não sei quanto tempo passou. E também não me interessava, eu só pensava no prazer que estava sentindo e o quanto o corpo da loira respondia bem aos meus estímulos. Passados alguns minutos, comecei a perceber, pelos gemidos dela que ficaram mais finos, que a garota estava prestes a chegar ao seu clímax. E porra, eu não estava muito para trás. Comecei a aumentar a velocidade das estocadas, arfando de desejo ao esconder meu rosto entre os cabelos claros dela, enquanto sentia os espasmos que passaram por todo o seu corpo, enquanto ela gemia mais alto e arrastado. 

Eu acabei tendo o orgasmo junto com ela, mordendo minha boca com força. Respirei fundo e cai ao seu lado da cama, tentando recuperar o fôlego. Quase ri de incredulidade quando a consciência me tomou. Quem diria que eu ia me sentir satisfeito com Débora Campbell... 

AXL POV OFF 

Eu prendi meus cabelos desajeitadamente em um coque, sentindo todo o meu corpo suado. Minha respiração estava começando a se normalizar, assim como a de Axl. Havia sido maravilhoso, para variar. Aquilo me dava até raiva. Como ele conseguia ser bom todas as vezes? 

Depois desse episódio, eu acabei concluindo que era sim, muito bom, se tocar. Mas era melhor ainda quando Axl Rose completava o serviço daquela forma. Nada se comparava àquilo. 

Agora eu entendia quando as pessoas diziam que sexo vicia. 

Mas não, eu não quero me tornar uma ninfomaníaca que transa cinco vezes em um dia. Pelo amor de Deus! Não é isso, mas o que eu posso fazer se o mundo resolveu que seria legal eu transar com o ruivo três vezes em menos de 24 horas... 

— Você foi bem. — Ouvi Axl sussurrar ao meu lado e eu encarei-o. Ele estava com os lábios vermelhos e um sorriso de lado. Meu Deus. 

— Não tem como avaliar. Eu não terminei o que havia começado. 

— Nem tente colocar a culpa em mim. Você que pediu por ajuda. E sabe, eu não podia negar um pedido tão desesperado... — Ele comentou, irônico. Eu rolei os olhos, rindo. 

— Foi uma bela ajuda. 

— Da próxima você termina. Não estarei aqui para fazer isso. — Rose disse, levantando-se em um pulo. Pegou sua calça e sua cueca e começou a vestir. Eu suspirei, tentando não demonstrar que estava frustrada com aquilo. 

— Talvez um dia eu termine. Você nunca ficará sabendo. — Provoquei. Ele me olhou, sorrindo fraco. 

— Nós dois sabemos que isso é mentira. Você vai me contar. 

— Talvez. 

— Talvez, talvez... Tudo é talvez. — Ele rolou os olhos e eu ri, levantando. Fui até minhas coisas pegar alguma roupa para vestir. Ficamos um tempo em silêncio, enquanto eu colocava a minha jardineira jeans por cima de um cropped branco. Virei-me para o ruivo. 

— Você pode ir embora já. — Disse um pouco baixo, esperando que ele fosse se revoltar com aquilo. Mas para a minha surpresa, Axl levou na brincadeira. Cruzou os braços e arqueou as sobrancelhas, divertido. 

— Eu acabo de te levar a um orgasmo e é assim que você me trata? 

— Ahn... — Senti minhas bochechas corarem. Falar tão abertamente sobre aquilo ainda era um desafio para mim. — Não me entenda mal, eu só estou dizendo isso porque agora vou ler alguns livros que eu comprei. 

— Você gosta de ler livros? — Ele prendeu o riso e eu bufei. 

— E por que não gostaria? — Cruzei os braços, arqueando uma das sobrancelhas. 

— Olha, nós vamos ensaiar agora. — Mudou de assunto repentinamente. — Venha ver. 

— Mas e Izzy? — Mordi o lábio inferior. — Ele ainda não está bom o suficiente para tocar. 

— Chamei Jim para substitui-lo por hoje. — Deu de ombros, abrindo a porta. — Já deve ter chegado. 

— Ok, eu já desço. — Respondi. Axl não disse nada, apenas saiu do meu quarto e desceu as escadas. 

Eu encarei-me no espelho, suspirando. Tentei arrumar meus cabelos e passar uma leve maquiagem apenas para tentar tirar a coloração vermelha do meu rosto. Meu corpo ainda estava naquele estágio pós-sexo, mas ninguém precisava saber disso. Coloquei uma sandália qualquer e sai do quarto, indo vê-los ensaiar. 

ALICE POV 

— Os meninos chamaram Jim para tocar no seu lugar no ensaio, enquanto você se recupera. — Informei, assim que adentrei o quarto do albino. 

— Hum. — Foi tudo que ele respondeu, e eu logo entendi o porquê. Sorri, sentando ao seu lado. 

— Isso é ciúmes? Não sei porque, é só essa vez. Os meninos não podem ficar sem ensaiar, você sabe. 

— Não gosto da ideia dele no meu lugar em momento algum. — Rebateu, seco. Izzy não odiava Jim. Ele apenas tinha alguns momentos de crise de ciúmes, principalmente em relação ao Axl. 

— Bom, de qualquer forma, até o show você estará bem o suficiente para tocar. 

— Eu não tenho tanta certeza assim. — Ele suspirou. — É daqui dois dias. 

— Você já está melhorando, Jeffrey. Pense positivo. — Repreendi, fitando-o. — Bom, quer ir vê-los ensaiar? 

— Quero. Preciso deixá-los cientes que eu que sou o guitarrista-base dessa banda. — Rebateu, levantando com pressa. Eu quase ri, se não tivesse ficado preocupada com o seu esforço. Fui ajuda-lo, levando-o para a garagem, onde todos os meninos estavam arrumando seus instrumentos.  

— Olá, Izzy. Faz um bom tempo que eu não te vejo. — Jim disse com um sorriso, enquanto acendia um cigarro. — Como está? 

— Ótimo. — Foi curto e grosso. Percebi que Slash segurou para não rir, provavelmente entendendo que o albino estava enciumado. 

— Eu não vou roubar o seu lugar, só pra deixar claro. — O homem disse, rindo.  

— Eu só acho engraçado que o fato da minha costela estar quebrada não me impede de tocar uma guitarra. — Rebateu, encarando Axl com um olhar duro. O ruivo piscou algumas vezes e abriu um sorriso irônico. Eu mordi os meus lábios, me divertindo bastante com aquela cena. Izzy pode ser muito implicante quando quer. 

— Você vai tocar no show, Izzy. Isso é só um ensaio. — Steven tentou melhorar a situação. 

— Tudo bem, tudo bem... — Stradlin riu ironicamente, abrindo os braços. — Vou ficar aqui quieto vendo a minha banda ensaiar sem mim. Podem começar. 

Eu bati no ombro dele, num pedido mudo para que ele desse uma trégua. Jim demonstrava que não estava levando aquilo a sério, apenas ria enquanto tragava seu cigarro. Pelo o que eu conhecia dele, sabia que ele não costumava ligar tanto para essas coisas e entendia o lado de Izzy. 

Sentei-me no sofá junto com Jeffrey. Logo em seguida, Débora adentrou a garagem e simplesmente sentou-se ao meu lado, como se fosse apenas mais uma coisa comum do nosso dia. 

— O que está fazendo aqui? — Perguntei encarando-a, com o cenho franzido. 

— Ahn... não é obvio? — Respondeu, confusa. — Vou vê-los ensaiar. 

— Mas você nunca faz isso sem ser obrigada. 

— As coisas mudam, Alice. — Ela fitou-me, séria. Eu não consegui evitar o sorriso malicioso que se apossou dos meus lábios. Cheguei mais perto dela, para que pudesse sussurrar em seu ouvido. 

— O sexo com Axl está sendo tão bom assim? Uau. 

— Cala a boca! — Ela rebateu, nervosa. Suas bochechas estavam começando a ficarem vermelhas, e eu ri. Mas decidi calar a minha boca, não podia deixar ninguém desconfiar de nossa conversa. Eu disse para Débora que ia guardar segredo, e eu ia cumprir com a minha palavra. 

ALICE POV OFF 

Os meninos ensaiaram algumas músicas. Eu prestei atenção em todos eles, como sempre acontecia quando se tratava de Guns n' Roses. As pessoas ficavam vidradas nos shows, e eu definitivamente não as culpava por isso. 

Eu pude reparar que durante todo o tempo, Izzy estava com a cara fechada. Era até cômico o olhar mortal que ele lançava para Jim, que estava tocando a sua guitarra em seu lugar. Eu entendia o albino, era uma sensação estranha, mas no final das contas era apenas um ensaio. Ele ia compreender isso mais tarde. 

Quando eles terminaram, eu levantei-me do sofá. Jim veio em minha direção, com um sorriso nos lábios. 

— Ola, Débora. É um prazer vê-la novamente. 

— Olá, Jim. Você toca bem. — Disse, um pouco sem graça. Elogiar as pessoas não era o meu hobby preferido, mas aquilo era uma coisa que eu tinha que reconhecer. 

— Obrigado. Naquele dia que você foi na minha casa, pensei em tocar algo para vocês. Mas você e Axl pareciam bastante ocupados. — Assim que ele disse aquilo, eu lembrei-me imediatamente do que eu havia feito em sua casa. Mais especificamente, nas manchas de sangue que eu havia deixado no sofá do seu estúdio ao perder a minha virgindade. 

Eu tinha certeza que ele estava pensando nisso agora. 

Minhas bochechas ficaram vermelhas de imediato. Eu abri a boca algumas milhares de vezes, mas não sabia o que dizer. Eu só sentia uma vergonha imensa e um desejo muito grande de sair correndo dali. Droga. 

— Ahn... Eu... Me desculpe, eu... 

— Não se preocupe, Débora. É só sangue. — Ele disse baixo, sorrindo de forma tranquila. — Só lembrei disso porque queria te desejar os parabéns. 

— Parabéns? Por que? — Fiquei confusa.  

— Bom, você perdeu a virgindade, eu suponho. Ou aquele sangue era de algum machucado? Não me lembro de... 

— Foi a primeira opção. — Respondi em um fio de voz, querendo morrer. 

Oh meu Deus, esse é um ótimo momento pro Senhor me levar. 

— Oh. Como eu deduzi. — Jim abriu um sorriso, como se estivesse parabenizando uma criança por ter tirado 10 na prova. — Parabéns, Débora. Um grande momento pra você. 

— Com certeza, mas definitivamente não é um momento que eu quero sair comentando. — Ri, sem graça. Ele gargalhou, divertido. 

— Claro. Vamos mudar o assunto. — Piscou pra mim, virando para Steven, que havia chegado perto de nós. 

— O que está achando da banda? — O loiro perguntou. 

— Vocês são incríveis. Eu até diria que queria muito fazer parte dela, mas se Izzy ficar sabendo disso, é provável que eu não apareça vivo amanhã. 

— Eu concordo. — Eles começaram uma conversa animada sobre música, e eu decidi que aquele era o momento deu me distanciar. Ainda meio vermelha pela conversa maravilhosa que havia tido com Jim, sentei-me no espaço de sobra do sofá, que agora tinha Alice, Izzy e Duff. 

— Izzy, não me leve a mal... Mas imagina se você começa a tocar no palco e seu corpo começa a doer. Temos que levar sim Jim de reserva. 

— Vai tomar no seu cú, Duff. 

— Isso não é pra mim. — O loiro riu. Ele estava claramente implicando Izzy, que tinha uma expressão facial assustadora. — Está decidido. Qualquer coisa, trocamos vocês. 

— Sai daqui antes que eu desfigure a sua cara, seu merda. 

— Jeffrey, pare de agir como uma menininha na TPM. — Alice disse, bufando. Levantou-se do sofá e saiu da garagem. 

— Eu não tenho culpa se a banda é realmente importante pra mim. — Ele murmurou, mais para si mesmo. Eu fiquei observando-o, e o moreno pareceu perceber, pois se virou para mim e abriu um sorriso. — O que está olhando? Eu estou mesmo tendo uma crise, sei disso. 

— Uma crise desnecessária. — Cruzei os braços. — Ele nunca vai tomar o seu lugar. 

— Nunca é uma palavra muito forte, Débora. — Suspirou.  

— De qualquer forma, nem Jim e nem ninguém pode substituí-lo nessa banda. — Rebati, levantando-me. — Achei que já soubesse disso. 

 

DOIS DIAS DEPOIS 

— Débora, já faz meia hora que você está bagunçando o meu guarda-roupa! Mas que porra! — Alice gritou mais uma vez ao meu lado e eu bufei, virando-me para ela com as mãos na cintura. 

— Acho bom você parar de reclamar agora mesmo. Foi você quem me pediu para te ajudar escolher uma roupa! 

— Primeiro, eu só pedi porque Dianna não está aqui. E segundo, não é necessário tanto tempo para escolher a porra de uma roupa! 

— Eu não tenho culpa se você só tem coisa feia por aqui. — Fui sincera, vendo-a arregalar os olhos de incredulidade. 

— Olha, quer saber? Saia do meu quarto. Eu mesma vou escolher. 

— Ah, eu não gastei o meu tempo em vão! — Rebati, gritando do mesmo jeito que ela. — Apesar do mau gosto, eu já escolhi algumas coisas. Olha. — Peguei os dois looks que havia montado mentalmente e coloquei em cima da cama de Alice. O primeiro era um vestido roxo escuro colado no corpo, com detalhes de transparências nas laterais. Com ele, eu coloquei alguns colares que combinavam e uma bota de salto alto que ela tinha. O segundo look era uma saia preta rodada e uma blusa de renda com um decote em V. Os calçados eram um salto fino preto. — Nos dois você pode usar a jaqueta de couro por cima. O que acha? — Encarei-a. A morena ficou analisando muito bem as peças de roupas e depois me fitou, engolindo em seco. 

— Você até que é um pouco boa nisso. Eu gostei dos dois. — Percebi que era difícil pra ela admitir isso pra mim. Ri baixo. 

— Eu cresci no mundo da moda, caso tenha esquecido. 

— Você nunca deixa ninguém esquecer. — Rebateu, piscando pra mim de forma implicante. — Mas de qualquer forma, acho que vou escolher esse. — Alice apontou para o segundo, composto pela saia e pela blusa. Eu assenti, satisfeita. 

— Tudo bem. Agora eu preciso me arrumar, estou atrasada. Adivinha de quem é a culpa... — Disse, saindo de seu quarto. 

— Com certeza não é minha. Eu não esperava que você fosse demorar a tarde inteira só pra escolher uma saia e uma blusa que combinasse. — Escutei-a reclamar, mas ignorei, apenas rolando os olhos. 

Para a minha sorte, eu já havia escolhido o que iria vestir naquela noite. Depois de tomar um banho longo e relaxante, eu prendi o meu cabelo em um rabo de cavalo alto, deixando algumas mechas da franja soltas. Coloquei uma saia longa preta com transparência, uma camisa lisa preta e minha jaqueta de couro. Os calçados, optei por um salto alto com plataforma. A maquiagem era composta por uma sombra marrom e um batom mais escuro 

Olha só quem resolveu ousar. 

Sim, eu estava me sentindo muito gótica.  

— Débora, você está atrasada. Vamos. — Dessa vez Duff nem ao menos bateu na porta, o que me fez bufar. 

— Acho que vou precisar trancar a porta a partir de agora. 

— Você não está entendendo. Já era pra gente estar lá faz muito tempo. Desça logo! — Ele estava bem estressado, mas na realidade eu não o culpava por isso. Apenas peguei minha bolsa e desci as escadas às pressas. Eu, Alice, Duff e Izzy íamos no carro de Axl junto com ele. 

Sentei-me no banco de trás, ao lado da minha prima. O albino estava na frente, e parecia um pouco nervoso. 

— Não se esqueça, Jeffrey. Nada de se movimentar muito. E Axl, se você esbarrar nele nos momentos em que perde o controle, eu subo no palco e te dou uns tapas. 

— Eu nunca perco o controle. — O ruivo respondeu, parecendo ignorar todo o resto do que Alice havia dito. Ligou o carro, dando partida, assim que Duff adentrou o veículo. 

— Ah, perde sim. Você não tem noção de como fica em cima do palco. 

— Eu sei muito bem o que eu faço. 

— Claro. 

— Vou ligar o rádio. Qualquer música é melhor do que ouvi-los discutindo. — Izzy murmurou, fazendo o que havia dito. A estação que estava tocava alguma sinfonia de Beethoven. 

— Deixa aí. Vocês precisam escutar um pouco disso para acalmar os nervos. — Eu disse, suspirando. 

— Isso me deixa ainda mais estressado. — Duff rebateu, levantando-se e mudando a estação. Logo começou um rock pesado. 

Não demoramos para chegar na casa de shows, levando em conta que Axl havia aumentado bastante a velocidade. Quando chegamos lá, eles pediram para que eu ajudasse a levar os instrumentos para os fundos, provavelmente pro camarim. Mesmo um pouco contrariada, eu assenti, carregando coisas mais leves, como os cabos e microfones. 

O camarim era relativamente pequeno, mas muito bem decorado de uma forma extravagante. Havia muitas luzes, até mesmo ao redor dos enormes espelhos. Eu admirei um pouco o meu reflexo antes de voltar minha atenção às coisas que aconteciam ao meu redor. 

Slash afinava sua guitarra em um canto. Izzy pedia Alice para levá-lo ao bar para pegar algo para beber. Duff e Steven saiam para pegar os restos das coisas. Axl acendia um cigarro e se encarava no espelho de forma séria. 

Eu não sabia se aquele era um bom momento, mas resolvi ir até ele. Encarei-o pelo reflexo e esperei pacientemente até que seus olhos claros estivessem em minha direção. 

— Boa sorte, Axl.  

— Obrigado. — Não disse mais nada. Eu dei um pequeno sorriso e saí de perto dele. Depois que tudo estava pronto por ali, Alice me puxou para que saíssemos dali. 

[...] 

O show do Guns n' Roses já estava na metade. Perguntei para Dianna que música era aquela que eles tocavam agora, e ela me informou que era Knockin' on Heaven's Door. Eu gostei. 

Na verdade, eu não estava bêbada ou dançando loucamente como geralmente acontecia. Naquele show, resolvi que iria apenas prestar atenção neles e ficar tranquila. Havia tomado apenas alguns poucos copos de vodca que Dih havia pegado pra mim, senão não havia feito isso. Estava ocupada demais direcionando toda a minha atenção aos meninos em cima do palco. 

Izzy estava conseguindo tocar muito bem. Pude perceber algumas vezes uma leve expressão de dor em seu rosto, mas nada que realmente o incomodou ou o fez parar de tocar. Estava mandando muito bem. Steven pulava mais do que nunca em sua bateria, e isso arrancou alguns risos meus. Slash concentrava na sua guitarra, arrancando a sua blusa depois de tocar algumas músicas. Estava bem calor mesmo, eu já tinha me arrependido de ter ido com aquela roupa. Duff sorria para algumas garotas loucas que estavam perto do palco, e eu podia apostar que já havia até combinado com uma loira dela ir para o camarim no final. 

E Axl... bom, ele estava sendo Axl. 

Sexy. Era a exata palavra que vinha em minha mente enquanto eu o observava cantar sem camisa. Enquanto ele jogava seus cabelos ruivos e dava tudo de si para que fosse um bom show. E estava sendo. 

Eu observava suas coxas definidas e seus músculos ressaltados. Tudo que vinha em minha cabeça é que eu estava louca para aquele show acabar logo para que eu pudesse chama-lo para irmos em um canto reservado. Isso sempre acontecia, certo? Minha boca salivava para beija-lo de uma vez, minha mão palpitava para tocar seus bíceps. 

Era errado. Mas eu não procurava pensar sobre isso, afinal, era o que eu sentia e eu não conseguia mais impedir isso. 

Há certas coisas em nossa vida que, por mais que tentamos, não conseguimos evitar. É mais forte do que nós mesmos, e mesmo que a gente repita um milhão de vezes que isso não vai acontecer, só vamos perceber que falhamos quando acontece novamente.  

Era exatamente isso que acontecia comigo em relação ao Axl. 

Ele ainda é muito diferente de mim. Eu ainda não estou completamente confortável em estar me envolvendo com ele, e ainda acho isso muito esquisito e sem sentido. Mas simplesmente não há mais como evitar. Agora eu conseguia compreender.  

Atração sexual. Era isso. 

Eu nem percebi direito quando o show acabou, já que estava perdida em meus pensamentos. Mas quando aconteceu, eu sorri. Não pensei duas vezes antes de seguir em passos decididos até o camarim. Ia continuar com isso, se não tivesse sido impedida por minha prima. 

— O que vai fazer? — Perguntou-me. 

— Quero falar com Axl. 

— Ele vai vim até nós. Vamos sentar na nossa mesa. — Ela tentou me puxar pela mão, mas eu impedi. 

— Eu quero falar com ele agora, Alice. 

— Débora, eles acabaram de terminar um show. Axl está cansado e precisa de um tempo para recuperar as energias. Não fode. Vamos nos sentar ali, daqui a pouco eles vão ao nosso encontro. — Finalizou, conseguindo me puxar até a mesa e me fazendo sentar ao lado dela. Eu bufei, mas no fundo conseguia entender o que ela dizia. E concordava. 

Mas por um milagre, não demorou muito para que eles chegassem. Como sempre, receberam elogios de várias pessoas do bar e se sentaram ao redor de mim, Alice e Dianna. Axl ficou bem na minha frente, fumando o seu cigarro, como o de costume. 

— Queremos lançar um álbum. 

— O que? — Alice piscou repetidas vezes. 

— Um álbum. Está mais do que na hora, você não acha? — Slash perguntou, bebendo cerveja. 

— Vocês precisam de uma gravadora. — Dianna entrou na conversa. 

— Nós sabemos. — Duff respondeu. Eles continuaram a conversa usando termos do mundo da música que eu desconhecia. Não prestei muita atenção, apenas fiquei encarando Axl. Ele parecia distraído, olhando ao redor do bar, sorrindo para algumas pessoas. 

Eu queria muito chama-lo para um canto. 

Tentei pensar em uma desculpa para que ele me acompanhasse para fora do local, ou pelo menos, até perto dos banheiros. Ele não iria negar, afinal, perceberia o porquê deu estar chamando-o para sair dali. 

Estava quase colocando os meus pensamentos em prática, quando duas garotas se aproximaram e cumprimentaram o ruivo com sorrisos. Uma era loira e tinha o cabelo até a bunda — muito grande, por sinal —, usava um minivestido vermelho de renda e saltos pretos. A outra era negra com cabelos longos também, um vestido preto com bastante transparência e saltos. 

Eu arregalei meus olhos completamente quando cada uma sentou-se em uma perna de Axl, e ele achou aquilo muito divertido. Passou os braços ao redor da cintura das duas mulheres e começou a conversar com elas em sussurros. A conversa parecia bastante engraçada por sinal, já que elas não paravam de rir e jogar os cabelos. 

Eu nem ousei desviar o olhar. Fiquei observando enquanto a loira alisava o peitoral de Rose e a outra sussurrava algo em seu ouvido. Logo em seguida, ele assentiu para elas, que sorriram alegremente e os três levantaram-se. 

— Até mais, galera. — Axl simplesmente se despediu de nós com um sorriso e saiu pelos fundos com as duas mulheres ao seu alcanço. Eu só não escancarei a minha boca de incredulidade porque eu estava paralisada demais para fazer isso. 

— A vida de Axl é realmente muito boa. — Duff comentou, rindo com os meninos. 

Bom, parece que os planos de Axl para aquela noite não eram comigo. 

 


Notas Finais


Poxa gente, tadinha da Débora iludida :( Quero só ver no que isso vai darrr
Duas mulheres de uma vez, o ruivo né mole não

Galera, espero mesmo que vocês estejam gostando. Estou amando muito a interação que vocês estão tendo comigo, por favor, continuem comentando e me dizendo tudo que vocês estão achando! Estou muito feliz!
Mas como nem tudo é um mar de rosas, infelizmente eu estou naquela famosa fase de bloqueio de criatividade. Não estou conseguindo escrever um capítulo bom, e não quero simplesmente escrever qualquer merda. Então peço que vocês tenham paciência comigo e saibam que se eu demorar para atualizar, é por falta de criatividade (sai de mim em nome de jeová)

Até em breve.

Xx


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