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História You Could Be Mine - Paolo


Escrita por: SrtaRocketQueen

Notas do Autor


Oooi gente! Dessa vez eu nem demorei tanto assim, né? Vou tentar agilizar ao máximo e postar com mais frequência.

Boa leitura.

Capítulo 55 - Paolo


Fanfic / Fanfiction You Could Be Mine - Paolo

— Acabou, Kimberly. Acabou. Eu vou ser preso por falsa identidade e você vai ser trancafiada no seu quarto até completar 18 anos. 

— Cala a boca Slash, você não está ajudando! — Eu gritei, perdendo a paciência. Estava aguentando ouvi-lo falar coisas negativas já fazia mais de meia hora. Andávamos de um lado para o outro no nosso quarto. 

— O que foi? Não quer aceitar a realidade? Essa é a nossa realidade, Kimberly! 

— É claro que não, pare de pensar assim! Vamos dar um jeito. 

— Ah é? E como? Caso você não se lembre, meus conhecimentos sobre essa merda de cidade são menores do que o seu! Eu não lembro nem da porra dos nomes dos lugares que a gente foi! O que você espera que eu fale para ele? 

— Nós vamos dar um jeito. Nós vamos, Slash! Para de se desesperar! — Eu berrei e o telefone tocou logo em seguida. Soltei um palavrão e fui atender, respirando fundo. — Sim? 

— Ahn, senhorita Moore, o hóspede do quarto ao lado acabou de ligar alertando que está ouvindo gritos vindo do seu quarto. Está acontecendo algo? 

— Oh, não! É só... uma pequena briga de casal, você sabe como é. — Eu ri, sem graça. — Não vamos mais gritar. Desculpe. 

— Tudo bem. — Desliguei, bufando. — O recepcionista ligou reclamando de a gente estar gritando. Daqui a pouco Paolo também vai escutar. 

— Certo. — O moreno respirou fundo, tentando se acalmar. — Nós precisamos resolver isso, Kim. 

— E nós vamos, tá legal? Temos algumas horas até Paolo resolver passear pela cidade. Vamos tentar... conhecer mais sobre ela. 

— Ele não vai me achar um bom guia turístico. 

— Isso não importa. Só dele não desconfiar que você não é, já está bom. — Conclui, engolindo em seco. — Vem. Vamos procurar saber mais sobre Sydney. — Puxei-o pelo braço e nós saímos do quarto apressadamente. 

KIMBERLY POV OFF 

 

— E então, ele desmaiou no aniversário da própria mãe. Foi horrível até pra mim.  

— Eu não gostaria de ter visto essa cena. — Conclui, gargalhando da história que Jon contava. Estávamos nos fundos da casa de Nicholas. Jon tinha vindo me visitar, e por sorte, ninguém além do meu tio estava em casa. Confesso que ele ficou um pouco desconfiado, mas não me questionou sobre o loiro. 

— Eu sei que não. Mas a pior parte foi quando eu levei-o pra casa. Ele vomitou em tudo. 

— Eu nunca mais vou vê-lo com os mesmos olhos. — Disse, com nojo. 

— Não se preocupe, Tico não comete mais esses erros. — O loiro disse, rindo da minha expressão. Ele passou um braço por volta do meu ombro e meu coração acelerou. — Enfim, eu tenho um aniversário para ir hoje. 

— Você é cheio de compromissos, hein? — Disse, arqueando as sobrancelhas. 

— Oh não, é impressão sua. Hoje é aniversário do Doc, se lembra dele? 

— Seu empresário? 

— Isso. 

— É claro que eu lembro. Lembro-me também que o nosso ensaio está chegando. — Sorri e ele fez o mesmo. 

— Estou ansioso. Tenho certeza que ficará foda. 

— Estou fazendo dieta para isso. Ficará bom.  

— O que? Você não precisa disso! 

— Se eu descuidar você não vai continuar achando isso. — Rebati, fazendo-o rir. 

— Preciso te levar para comer uma pizza. Você está precisando. 

— Desde que seja uma pizza vegetariana, por mim tudo bem. — Conclui e Jon rolou os olhos, fazendo-me rir. 

— Enfim, quero que vá comigo hoje. No aniversário. 

— Sério? — Observei-o, surpresa. Ele estava me chamando para todas as coisas que era convidado. Aquilo era bom, não era? 

— Claro. Você quer ir? Se não quiser, eu entendo... 

— Não, eu quero sim. — Assenti prontamente. — Só preciso que me espere arrumar. 

— Tudo bem, eu espero. — Jon sorriu, beijando-me logo em seguida. Eu soltei todo o ar que estava preso em meus pulmões e retribui o beijo sem nem pensar duas vezes. Seu hálito era de menta e sua respiração quente batia contra o meu rosto, fazendo com que todos os pelos do meu corpo se arrepiassem. Eu coloquei uma das mãos em sua nuca e acariciei seus cabelos cor de ouro, puxando-o para mais perto de mim. Nesse exato momento, o vocalista aprofundou ainda mais o beijou e começou a brincar com sua língua por todas as áreas da minha boca. Eu aproveitei para morder seu lábio inferior com delicadeza, sorrindo vez ou outra. 

— Olá, pombinhos. Desculpe interrompe-los, mas a Débora foi muito mal-educada e não apresentou seu novo namorado para as amigas. — Quando escutei a voz de Alice atrás de nós, quis morrer. Jon partiu o beijo e sorriu para ela, se levantando. 

— Oh, me desculpe. Sou Jon Bon Jovi, e você... ei, eu lembro de você! — Ele exclamou, enquanto apertava a mão da minha prima. — Você estava com a Débora em um dos meus shows, não estava? 

— Sim, estava. Inclusive, depois você podia me arrumar o número do guitarrista... eu sinto que ele gostou de mim. — Disse, maliciosa. Eu rolei os olhos, me intervindo na conversa. 

— Alice, ele não é meu namorado. Mas já que vocês foram devidamente apresentados, acho que já pode... nos deixar em paz, não é? — Sorri falsamente e ela fez o mesmo. Coisa boa não viria. 

— É claro que não, Deb! Deixa de ser mal-educada! Precisa apresentar Jon para os meninos, tenho certeza que eles vão adorar conhece-lo! 

— O que? — Eu quase engasguei com a minha própria saliva. 

— Eles estão aí? Seria um prazer conhecer os amigos da Débora. — Ele sorriu. 

— Estão na sala. Venham, me acompanhem. — Alice chamou. Jon olhou para mim, chamou-me com um movimento nos ombros e foi em direção a entrada da casa. Eu aproveitei para chegar perto de Alice e repreende-la. 

— Sua imbecil, o que você está querendo fazer? Provocar uma guerra? 

— Já passou da hora disso acontecer. Seja mais inteligente, Débora! Estou te ajudando, não venha reclamar. — Minha prima disse, bufando. Puxou-me pelo braço e nós três chegamos na cozinha, onde Steven e Axl conversavam enquanto fumava um cigarro. Eu senti minha pressão cair, não surpreenderia se desmaiasse ali mesmo. — Ei, vocês já conheceram o Jon? — Alice perguntou, atraindo atenção dos dois. Só faltou o queixo deles parar no chão. 

— Olá, eu conheço vocês de vista. Têm uma banda, certo? — Jon perguntou, simpático. 

— Sim, Guns n' Roses. E você é o vocalista do Bon Jovi. — Steven disse, tentando ser simpático, mas eu sabia que ele não estava totalmente feliz. 

— Sim, sou eu. 

— Sou Steven. — Eles deram um aperto de mão e logo em seguida, Jon virou-se para o ruivo. 

— Esse é o Axl. — Alice comentou, percebendo que ele não falaria nada. Estava fitando o loiro com uma expressão muito indecifrável, mas estava calmo. Fumava sem cigarro com leveza. 

— Axl Rose. Eu sei quem é você.  

— Eu também já tive o desprazer de saber quem você é. — Rose murmurou e eu arregalei completamente os olhos. Jon riu, sem graça. 

 

Meu Deus, me tele transporta daqui... 

 

— Ah é? E por que foi um desprazer para você? 

— Não me leve a mal, não estou levando para o lado pessoal. — Axl começou, irônico. Isso não ia acabar bem. — Eu só não o acho um bom vocalista. 

— Esse é seu problema comigo? — O loiro questionou, cruzando os braços. 

— Sim, qual mais seria? — Ele lançou um rápido olhar para mim, mas algo me dizia que ele tinha percebido o meu desespero. Isso só serviu para que seu sorriso aumentasse ainda mais. — Eu já vi melhores. Mas o resto da banda é boa, não se preocupe.  

— Tá legal, acho que você vai querer conhecer o Duff. — Eu disse, assim que o silêncio se fez presente. Os dois se olhavam com expressões extremamente sérias e aquilo não estava nada bom. — Venha Jon. — Eu puxei-o pelo braço, que continuou encarando Axl de forma mortal. Quando finalmente eu consegui leva-lo para a sala, respirei fundo. — Não ligue para ele. Só está... em um mal dia. 

— Não estou preocupado com esse cara. — Ele sorriu, relaxando os músculos. — Quem é Duff? 

— Aquele ali. — Apontei para o loiro, que estava nos observando de forma confusa enquanto sentava no sofá. Fui até ele. 

 

ALICE POV ON 

— Puta que pariu. Eu sabia que isso seria tenso, mas não achei que fosse tanto assim. — Disse, finalmente soltando o ar dos meus pulmões. O clima ainda estava pesado. 

— Isso foi ideia sua. — Axl disse, olhando-me com um olhar de repreensão. — Você adora esse tipo de coisa. 

— Ah, o que foi? Passou da hora de vocês conhecerem o namorado da Débora. 

— Namorado? — Steven arregalou os olhos. 

— Bem, não exatamente, mas é questão de tempo. Não percebem? 

— Tenho minhas dúvidas. 

— Qual é a sua, Axl? Você tem noção do quão constrangida eu fiquei com essa sua atitude incrivelmente infantil? — Débora disse assim que se aproximou de nós, furiosa. Quase peguei a pipoca para ver aquilo.  

— Cadê o Jon? — Perguntei. 

— Está conversando com Duff. Pelo menos ele não é um imbecil. 

— Eu não tenho culpa se seu namorado não sabe cantar. — Axl disse e eu prendi o riso. 

— Ele não é meu namorado! Mas que merda! Custava apenas dizer um "oi, eu sou o Axl. Prazer em conhece-lo"? 

— Eu não sinto prazer nenhum em conhece-lo. — Ok, dessa vez eu gargalhei. 

— Idiota! Você tem sorte que ele é educado e mais maduro que você! 

— Cheguei num mau momento? — Jon adentrou a cozinha, se aproximando. Logo Débora se recompôs e sorriu, sem graça. 

— Oh, não, tudo bem. Estávamos... conversando sobre... coisas. 

— Certo. — O homem riu. — Estou um pouco atrasado para o aniversário. Você não quer se arrumar na minha casa? — Perguntou para a loira. Até eu arregalei os olhos, observando a minha prima e esperando pela sua resposta. Se ela dissesse não eu a mataria, juro por Deus. 

— Ahn... tudo bem. Eu só preciso pegar as minhas coisas. — Deb sorriu, puxando Jon para subirem as escadas. Todos ficaram em silêncio por um bom tempo. 

— Anotem o que eu estou dizendo: hoje é o dia. — Eu pisquei, rindo. Sai da cozinha e fui assistir algo na TV com Duff. 

ALICE POV OFF 

 

Demorei um pouco para escolher a roupa que colocaria, mas assim que isso aconteceu, eu juntei tudo em uma mala pequena da Victoria's Secret e finalmente saí de casa com Jon. Eu não aguentava mais permanecer ali com aquele clima horrível que Axl criou. 

Por um milagre divino, Jon não tocou naquele assunto durante o trajeto até sua casa. E quando chegamos, o que demorou um pouco, eu observei toda a sua residência. Era relativamente grande e muito bonita. Era simples, mas parecia ser bem aconchegante. Branca, de dois andares e um jardim muito bem cuidado na frente. 

— Achei bonito. — Comentei, apontando para a entrada. Jon sorriu enquanto nós caminhávamos até a porta. 

— Eu tenho um jardineiro. Ele vem aqui toda semana. Se dependesse de mim, com certeza não estaria assim. — Disse e nós rimos fraco. — Por favor, não repara a bagunça. — Quando ele abriu a porta e revelou a sala, eu vi que realmente estava meio bagunçado, mas nada que eu não pudesse perdoar. Inclusive, era algo bem parecido com a casa de Nicholas, a sala era grande e logo em seguida vinha a cozinha, com um grande balcão de mármore branco. Além disso, o sofá preto parecia ser extremamente confortável. 

— Acho que preciso arrumar rápido, melhor eu já começar. — Disse, virando-me para ele. — Onde posso... 

— Pode ir pro meu quarto. — Rebateu, subindo as escadas e pedindo que eu o seguisse. Assim fiz. Nós chegamos no último quarto do corredor, onde provavelmente era o quarto maior. Era muito bonito, as paredes brancas, a cama grande e macia, algumas estantes de livros e discos de vinil, uma vitrola, alguns violões e uma mesinha com várias folhas espalhadas, provavelmente letras de música. Um tipo quarto de um vocalista de banda. 

— Vou tomar banho, fique à vontade. — Jon entrou no banheiro que havia em seu quarto e eu concordei, respirando fundo. Havia um espelho relativamente grande, mas nada comparado ao que eu tinha no meu quarto. Entretanto, ainda era muito útil e eu precisaria dele para me arrumar. 

Primeiro eu esperei ter certeza de que ele havia trancado a porta e começado o banho, afinal, eu não queria ter a surpresa de vê-lo abrir a porta enquanto eu estivesse nua. Quando ouvi o chuveiro sendo ligado e a água caindo, peguei meu vestido da bolsa e comecei a tirar o short jeans e a blusa que estava usando. Tirei meu sutiã e já ia partir para a calcinha, mas antes disso, notei uma celulite grotesca bem no meio da minha bunda. Abri a boca, chocada. Desde quando eu havia aquilo no meu corpo? Com certeza foi depois que eu descuidei um pouco da dieta, porque infelizmente era muito difícil continuar tudo certinho morando na casa de Nicholas Campbell. Além disso, eu tinha ouvido falar que cerveja engorda. Merda. 

Enquanto bufava, totalmente frustrada com a minha celulite, eu acabei não percebendo quando o chuveiro foi desligado e a porta do banheiro aberta rapidamente. 

— Porra, esqueci de pegar o meu.... — Jon parou de dizer imediatamente, assim que me viu apenas de calcinha. Eu saí do meu transe e corri para pegar algum pedaço de pano para tentar cobrir o meu corpo, enquanto soltava um gritinho surpreso. Mas algo me dizia que já era tarde, ele provavelmente já havia visto tudo. — Shampoo. 

— Eu... eu não percebi que você... você... — Comecei a gaguejar, sentindo minhas bochechas queimarem de vergonha. Merda! Como eu queria cavar um buraco no chão, sair daquela casa e nunca mais voltar! Ele me viu praticamente PELADA! 

— Me desculpa, eu... — Ele soltou um risinho, sem jeito. — Eu tinha esquecido de pegar o shampoo, não imaginei que você estivesse... 

— Tudo bem. — Interrompi-o, sentindo minha mão tremer. Algo me dizia que o vestido que eu usava para tentar esconder o meu corpo não era suficiente para cobrir tudo, já que Jon ainda não olhava nos meus olhos, se é que me entende. Ainda morrendo de vergonha, por incrível que pareça eu não pedi licença e tentei me esconder dele. Eu comecei a observar seu corpo desnudo totalmente molhado, juntamente com uma toalha branca e felpuda que estava enrolada em torno de seu quadril, onde gotículas de água entravam. 

 

Por um momento, desejei ser essas gotas. 

 

Provavelmente havia se passado alguns bons minutos, eu não fazia ideia. Só acordei do meu transe — já que estava ocupada demais observando o seu tanquinho —, quando o loiro começou a se aproximar sorrateiramente de mim. 

— Ahn... acho que vou terminar de me trocar em outro lugar, se você não se importar. 

— Na verdade, me importo. — Ele rebateu, fazendo-me arregalar os olhos de surpresa. Também estava sentindo o meu corpo ferver a medida que ele se aproximava. — Gostaria que você continuasse aqui. 

— Mesmo? — Dei uma risada sem graça, nervosa. Agora Jon olhava no fundo dos meus olhos e aquilo estava me deixando louca. O que há comigo? 

— Mesmo. Acabei de ter uma ideia. — Nesse exato momento, o vocalista passou seus braços ao redor do meu tronco, jogando o meu vestido na cama, deixando-me apenas de calcinha. Eu tampei os meus seios, sentindo um frio na barriga de vergonha, mas ele apenas riu se inclinando um pouco e começando a beijar meu pescoço de uma maneira bem erótica. Eu amoleci meu corpo por completo, quase ficando sem força para continuar em pé. Tanto pelo arrepio que aquelas carícias estavam me causando, quanto pelo fato do seu corpo estar gelado, molhado e em contato com o meu. 

Demorou alguns minutos até eu finalmente me entregar e passar meus braços ao redor dele. Primeiro fiquei um pouco incomodada com aquilo. Eu sei, era Jon Bon Jovi e tudo mais, mas a gente não se conhecia há muito tempo e eu não queria sair transando assim. Tive apenas um até agora, apenas o — idiota — que tirou minha virgindade. Não achei que essas coisas iam acontecer tão cedo com outra pessoa. 

Mas depois de um tempo eu não me importei mais. Jon era um cara muito legal e incrivelmente lindo. Eu tinha a sensação de que iria gostar do que ele ia fazer comigo caso eu cedesse. E quer saber? Estou precisando disso mesmo. Uma vez ouvi Alice dizer que sexo alivia o estresse, hoje irei descobrir se isso é mesmo verdade. 

Comecei a empurrar Jon até sentarmos em sua cama. Sendo ousada de uma forma que nem mesmo eu acreditava, sentei em seu colo e fui empurrando sua toalha com os pés. Jon sorriu e beijou-me com tanta vontade que eu senti cada pelinho do meu corpo se arrepiar de uma forma insana. Era absurdamente explícito o desejo e luxúria entre nós. 

Nossas línguas se misturavam enquanto minhas unhas arranhavam sem pudor suas costas largas. Ele delineava com suas mãos fortes todo o contorno da minha cintura até o meu quadril, apertando minha bunda enquanto gemia baixinho entre o beijo. Eu já podia sentir o... volume dele encostar no meu ventre, e aquilo fez com que eu arfasse. Comecei a cavalgar em cima dele, friccionando nossas intimidades e agarrando com brutalidade seus ombros para tentar lidar com todo o desejo que me rondava. Eu precisava dele naquele momento, pois só o que me rondava era um incrível apetite sexual. Quem é essa garota e o que fez com Débora Campbell? 

— Porra, a camisinha. — Ele partiu o beijo, se levantando rapidamente e me deitando na cama. Começou a procurar o pacote desesperadamente em seu guarda roupa. Eu esperei-o, deitando-me da cama de forma explícita e aguardando a maravilha que viria a seguir. 

 

KIMBERLY POV ON 

— E ali é o zoológico de Taronga. O senhor sabia que um terço da população de Sydney não nasceu aqui?  

— Oh, é mesmo? — Paolo franziu o cenho, demonstrando curiosidade. Eu mordi os lábios.  

— Sim. O senhor verá que é normal ver outras descendências por aqui. Incrível, não? O que acha de levarmos o senhor para comer algo? — Slash juntou as sobrancelhas, sério. Estávamos dentro de um táxi, mostrando um pouco de Sydney para o braço direito do meu pai. Eu e Slash havíamos passado horas lendo revistinhas de turismo da Austrália que falavam sobre pontos turísticos e curiosidades. Não deu para virar expert no assunto, mas conseguimos saber de algumas coisas. Eu estava mais aliviada. 

— E o que é essa construção, sr. Wright? — Paolo apontou e eu fitei Slash rapidamente. Ele abriu a boca e não soube o que dizer.  

— É uma galeria de arte. Art Gallery of New South Wales. — Eu sorri e o homem encarou-me, confuso. — Desculpe, eu gosto muito desse lugar. — Menti, soltando uma risada sem graça. Slash agradeceu-me com o olhar, sorrindo assim que o secretário virou-se para ele.  

— Eu falei muito sobre esse lugar para Kimberly, ela realmente se interessou. Agora vou pedir ao taxista que... 

— Não, na verdade eu gostaria que o senhor me falasse mais sobre essa galeria de arte. Deve ser algo incrível, já que a senhorita Moore gostou tanto. — Ele sorriu, mas mesmo assim parecia sério demais. — E depois, quero que me leve ao melhor restaurante de frutos do mar da região. 

 

D-r-o-g-a. Nenhuma dessas coisas havia nos livrinhos que nós lemos. 

 

— Claro. — O moreno engoliu em seco, tentando não demonstrar o seu nervosismo. Ele fitou-me rapidamente e depois encarou Paolo, tentando parecer profissional. Mas a verdade é que ele não fazia ideia de nada. Comecei a suar frio. — Como a Kimberly disse, é uma galeria de artes muito... importante para a cidade. Há muitas... exposições de artistas renomados do mundo inteiro.  

— Sim, é muito inspirador. — Eu intrometi, percebendo que Slash não sabia o que dizer. Paolo estava mais sério que o normal. — Slash também me disse que por lá há muitas conferências e até mesmo apresentações! 

— É mesmo, Slash? — O homem perguntou e o outro assentiu. — Que tipo de apresentações? 

— Ópera. — Ele respondeu em um fio de voz e eu segurei o riso. Claro, era a primeira coisa que ele podia ter pensado. 

— Ópera? Deve ser incrível. Eu gostaria de ter tempo para assistir. 

— Sim, ainda mais que demora muito tempo. — Slash disse e logo em seguida, ia rolar os olhos, mas se conteve. Eu fechei os olhos, respirando fundo. Não podia rir. — Quero dizer, tem que ter um bom tempo sobrando para poder... apreciar toda a apresentação. 

— Com certeza. O senhor já foi alguma vez? 

— Sim. Na verdade, eu levei Kimberly para assistir uma apresentação aqui em Sydney. Ela não aceitou de primeira, mas eu insisti, afinal, é algo muito enriquecedor. — Slash disse e eu quase escancarei a boca, indignada com aquilo. Mas desisti de dar uns bons tapas nele assim que Paolo virou-se para mim. 

— Por que não quis, Kimberly? Você gostava muito quando era menor. 

— Na verdade eu ainda gosto, mas no dia estava cansada. Porém, me diverti muito. Agradeço ao senhor Wright por aquela noite. — Eu olhei-o, lançando um olhar malicioso que só Slash conseguiria perceber. E percebeu. 

— Certo, estou com fome. Qual o restaurante de frutos do mar aqui perto? 

— Ahn... — O moreno engoliu em seco, e naquele momento, eu me senti nervosa por não poder responder por ele, já que eu também não fazia a mínima ideia. — Na verdade, por aqui tem muitos. O que acha de pedirmos a opinião do taxista? 

— O que? — Eu e Paolo perguntamos ao mesmo tempo. 

— Claro, talvez ele saiba qual é o melhor! — Slash sorriu, virando-se para o taxista, que encarou-o. — Olá, o senhor fala inglês? 

— É claro. — Rebateu. 

— Certo. Poderia me informar qual o seu restaurante preferido de frutos do mar aqui perto? 

— Não tem nenhum aqui perto, cara. — O taxista respondeu e eu gelei. Merda!  

— Mas o senhor Wright disse que tem muitos na região... — O secretário comentou. 

— Aqui não tem nada disso. 

— Oh, me desculpe, eu me enganei. — Slash virou-se para Paolo, nervoso. 

— O senhor sabe o nome desse bairro? — Perguntou, sério. Eu quis morrer. 

— Claro! E acho melhor comermos na minha lanchonete preferida por aqui, o que acha? Talvez goste da comida. — Disse. Eu fitei Paolo, morrendo de vontade de que ele concordasse. Não sabíamos de coisa nenhuma por aqui, muito menos onde servia frutos do mar. Se ele insistisse nisso, estávamos perdidos. 

— Ahn, tudo bem. Dessa vez. — Ele concordou e eu respirei fundo. Slash sorriu e conversou baixo com o taxista, provavelmente pedindo para nos levar até a lanchonete mais próxima. Eu só esperava que não fosse algo muito ruim. 

KIMBERLY POV OFF 

 

Jon subiu em cima de mim assim que colocou a camisinha em seu mastro ereto e duro. Tal pensamento fez com que eu me envergonhasse, mas não podia continuar com aquela timidez. Tinha que aproveitar cada segundo daquele momento, com aquele homem. Agarrei-o pelas pernas, beijando seu peitoral forte e desnudo, lambendo cada centímetro de pele que me era exposto. Enquanto isso, minhas unhas trabalhavam em suas costas, arranhando na intenção de deixar marcas que ele não iria esquecer. 

Já estávamos nessa enrolação tempo demais, eu já queria partir para o próximo passo. Então, em um ato de coragem, eu fiquei por cima do loiro, passando cada perna para um lado do seu tronco. O vocalista sorriu de forma maliciosa, apalpando os meus seios e puxando-me para mais perto, para que ele conseguisse lambê-los. Eu gemi, suspirando profundamente. Ele puxava os meus mamilos com os dentes, passava a língua por toda a pele, agarrava meus seios com vontade. Eu permanecia com os olhos fechados, me concentrando em receber toda aquela onda de calor com suas carícias certeiras.  

Aproveitando aquele momento, eu comecei a me encaixar em Jon, se é que me entendem. Ele me ajudou enquanto mordia levemente a minha barriga, que estava contraída devido aos arrepios. Quando finalmente todo o seu membro estava dentro de mim, nós respiramos fundo ao mesmo tempo. Jon encarou-me por alguns segundos e eu sorri de lado. 

— Você é linda. — Ele sussurrou. Eu até pensei em responder, mas desisti assim que ele agarrou firmemente o meu quadril e começou a movimenta-lo. Eu entendi o recado e comecei a fazer movimentos de vai e vem cada vez mais rápidos, sentindo o prazer se apossar de cada pedacinho do meu corpo. 

 

Aquilo sempre seria maravilhoso. 

 

Pelos próximos minutos eu não pensei em mais nada. Só continuei me movimentando com velocidade enquanto gemia cada vez mais alto, sentindo meu corpo começar a suar. O loiro escondeu seu rosto entre o meu pescoço e começou a dar beijos lambidos na região, enquanto arfava e agarrava minha cintura com tanta força, que chegava a provocar uma dorzinha prazerosa. Os meus seios pulavam em encontro ao peitoral do homem, nossos cabelos se enroscavam e eu só queria mais e mais daquilo. Era extremamente delicioso. 

Minutos se passaram, e eu só conseguia gritar e desejo. Nossos corpos estavam molhados. Eu já estava chegando ao meu ápice. Jon apertou minhas coxas e fez com que nossas intimidades se friccionassem com mais força. Tal ato fez com que eu tivesse um orgasmo maravilhoso e longo. Gemi demoradamente enquanto caia na cama, me soltando de Jon que também havia chegado lá junto comigo. Passei os próximos segundos tentando recuperar o fôlego, enquanto Jon se deitava ao meu lado, encarando o teto. 

— Uau. — Ouvi ele murmurar e ri. 

— Foi... ótimo. — Fui sincera, fitando-o. Ele estava suando. 

— Sim. Se eu não estivesse realmente atrasado nós podíamos continuar com isso. 

— Talvez outra hora. Vá logo tomar o seu banho. — Eu empurrei-o da cama, que sorriu de forma divertida, se levantando. 

— Certo. Até tinha me esquecido que tinha que pegar o shampoo... 

— Que bom que se lembrou. — Mordi o lábio. Ele piscou para mim e adentrou o banheiro, trancando a porta. 

Eu soltei todo o ar que estava preso em meus pulmões. O cheiro de sexo ainda me envolvia e meu corpo ainda estava meio cansado. Mas por incrível que pareça, eu estava feliz. Talvez tenha sido cedo demais, mas as vezes eu tenho que me lembrar que também sou humana. E Jon... Bom, ele é um pedaço de mal caminho. 

Depois de um tempo pensando em tudo, eu finalmente me levantei e fui começar a fazer o que já devia ter feito: me arrumar. 

[...] 

KIMBERLY POV ON 

— Hoje foi um dia agradável. Apesar deu não estar esperando comer em uma lanchonete, até que foi uma boa escolha. — Paolo disse, com toda a sua formalidade de sempre. Estávamos subindo até nossos quartos. 

— Fico feliz que tenha gostado! É um ótimo lugar. — Slash fingiu um sorriso. 

— Certo, vou para o meu quarto descansar. 

— Eu também vou para... 

— O seu quarto? — Interrompi Slash, rindo sem graça. — Claro, ele é ao lado do meu. Conseguimos quartos bem pertos, caso eu precise. — Informei Paolo. Havia esquecido que ele não fazia ideia — e nem podia — que eu e Slash estávamos no mesmo quarto. Isso não seria normal se fosse mesmo eu e apenas o meu guia turístico. 

— Ah, muito bom. — Ele concordou, sério. — Até mais. 

— Até mais. — Esperamos ele sair e eu respirei fundo. 

— Precisamos tomar cuidado. Ele não pode nos ver entrando no mesmo quarto. — Comentei, apreensiva. 

— Não se preocupe, o dele é longe do nosso.  

— Mesmo assim Slash. Se ele resolver perguntar o recepcionista, já era. 

— Você... prefere que eu mude de quarto? — Ele perguntou, sério. Eu suspirei, pensando sobre aquilo. Não queria ficar longe dele. Já não podíamos sair por aí em público, o único lugar que tínhamos total privacidade era no nosso quarto. Eu não queria acabar com isso, mesmo que fosse arriscado. 

— Não, não quero. Vai dar tudo certo. 

— Senhorita Moore? — Escutei Paolo chamar, se aproximando. Fingi um sorriso. 

— Sim? Posso usar o seu telefone por um instante? O do meu quarto está com defeito. Já falei com o recepcionista, mas ele disse que só poderá pedir para concertar amanhã. E preciso ligar para o seu pai hoje.  

— Ahn... sim, claro. — Eu sorri, mas por dentro sentia minha barriga revirar. Eu não havia imaginado por um segundo sequer que Paolo iria entrar no meu quarto. Então eu não fiz questão nenhuma de esconder as coisas de Slash e coisa do tipo! Mas que merda! — venha. — Chamei-o. Slash ficou paralisado por alguns segundos, sem saber o que fazer. 

— Bom, eu vou... para o meu quarto. Até mais. — Disse, saindo de fininho. Eu conduzi Paolo até o local e abri a porta, querendo morrer. Havia várias camisas e sapatos do moreno espalhado por todo o chão, sem contar suas malas que estavam jogadas em um dos cantos.  

Como eu já podia esperar, o assistente do meu pai observou aquilo com um grande ponto de interrogação presente em sua expressão facial. 

— Bom, eu... realmente trouxe muitas malas, eu sei. — Ri, abanando as mãos. — Fiquei um pouco empolgada com a viagem... 

— Não sabia que você gostava de... bandas de rock. — Ele comentou, observando uma camisa do Led Zeppelin jogada no chão. Comecei a tremer. 

— Há muita coisa que você não sabe sobre mim, não é mesmo? — Eu gargalhei, extremamente nervosa. 

— Eu não sei... te conheço faz muito tempo. — Respondeu, me olhando de forma desconfiada, por cima de seus óculos. 

— Eu sou uma caixinha de surpresas. O telefone está ali, vou deixa-lo sozinho. — Disse, saindo às pressas do quarto e deixando-o sozinho. Quando fechei a porta, soltei todo o ar dos meus pulmões e fechei meus olhos, tentando me acalmar. Eu só tinha que rezar para que ele não resolvesse mexer nas coisas e descobrir que na verdade não eram minhas. Se ele já não tivesse percebido isso. 

— E aí, deu tudo certo? — Slash apareceu ao meu lado. 

— Ele viu suas coisas, Slash. Nós não pensamos que... que ele fosse entrar aí... — Comecei a andar de um lado para o outro, aflita. 

— Ei, calma! Não vai acontecer nada. Ele vai esquecer isso e só vai fazer a ligação para o seu pai contando como teve um dia ótimo. Está tudo dando certo. — O moreno disse, segurando-me pelos braços. Eu suspirei, assentindo. Tinha que acreditar nisso também. 

— Certo. Vamos tentar escutar a conversa. — Disse. Nós nos encostamos na porta e escutamos bem baixo a voz de Paolo, mas era possível entender o que ele dizia. 

— Sim senhor. Ele é um bom guia turístico... Na verdade, já vi melhores, mas ainda sim descobri muita coisa que eu não sabia sobre a Austrália... Sim, foi tudo muito bem, senhor. Eu só estou achando uma coisa muita estranha... Estou no quarto de Kimberly, e tem algumas coisas por aqui que me parece não ser dela. — Ele fez uma longa pausa, provavelmente escutando o que meu pai dizia. Eu senti minhas pernas bambear. — Bom, são algumas camisas de rock, malas pretas... Kimberly levou quantas malas? Bom senhor Moore, então suponho que ela não esteja sozinha nesse quarto. 

— Oh não. — Murmurei.  

— Eu não sei... Sim, pode ser que seja ele, mas não posso afirmar com certeza... Sim senhor, eu irei descobrir... Sim senhor. 

A partir daquele momento eu não escutei mais nada. Só comecei a pensar em como meu pai deveria estar furioso e como ele estava prestes a descobrir o verdadeiro motivo daquela viagem. 


Notas Finais


Enquanto para a Deb tudo está indo muito bem, para a Kim as coisas só pioram :(

Muito obrigada por estarem sempre aqui comentando e favoritando. Fico muito feliz! espero que tenham gostado do capítulo e por favor não se esqueçam de me dizer o que acharam!!

Xx


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