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História You forever(Jenlisa) - Capítulo 8


Escrita por: Teffy_Manoban

Capítulo 9 - Capítulo 8


Lalisa on 

Quando chegamos ao seu apartamento entrei depois dela e fechei a porta. Ela se dirigiu à cozinha e me perguntou se eu aceitava um copo de vinho. Recusei, porque tinha um encontro com Bambam dentro de mais ou menos uma hora. Perguntei a ela se estava se sentindo bem, porque ela estava parada diante da janela da cozinha, apenas olhando para o mundo. Abriu a garrafa de vinho, encheu um copo e se virou, pondo a mão no meu peito. 

Jennie-Obrigada Lisa. Quero que saiba que me sinto profundamente grata pela força que está me dando.

Levei a mão ao seu rosto molhado de lágrimas e sequei algumas que haviam restado, dizendo:

-Eu sei que se sente, e não foi nada-tudo que queria fazer naquele momento era roçar os lábios nos seus. Queria amenizar sua dor, mas não podia. Éramos amigas, e eu não cruzaria essa limite, pelo menos não ainda. Ela sorriu para mim, deu um tapinha no meu peito e me disse para ir à minha reunião. 

-Se precisar de alguma coisa, qualquer coisa, por favor, não hesite em me ligar-disse, pressionando os lábios na sua testa.

Sai do apartamento e me dirigi à limusine. A pobre moça já presenciara a morte mais vezes do que deveria. Não podia deixar que ela passasse a noite sozinha. Minha cabeça me dizia uma coisa, mas meu coração dizia que devia levá-la para casa comigo. Voltei ao seu apartamento e bati à porta 

Jennie-Ué, o que está fazendo ai?-perguntou ela.

-Arruma uma mala, porque você vai passar a noite comigo-respondi, entrando na sala.

Ela olhou para mim, estupefata

Jennie-Não vou, não. Vou ficar aqui.

Porque ela não podia me ouvir uma vez na vida?

-Jen, uma vez na vida, por favor, faça o que estou dizendo-disse, suspirando.

Sua expressão se enfureceu.

Jennie-Não sou nenhuma criança Lisa, e francamente, você não pode ficar me dando ordens desse jeito. Achei que já tinhamos conversado sobre isso. 

Não queria discutir, mas ela não ia passar a noite sozinha naquele apartamento. Então, notei o cavalete no canto da sala e me aproximei, olhando para a tela que abrigava, tentando tomar coragem para dizer o que precisava ser dito.

-Não acho que você deva passar a noite aqui sozinha depois da notícia que recebeu, e minha cobertura tem um quarto de hóspedes. Eu me sentiria melhor sabendo que você não está sozinha.

Na mesma hora ela mudou de atitude, pedindo que eu esperasse enquanto arrumava sua mala. No cavalete estava o quadro inacabado dos noivos no Central Park. Embora ainda não estivesse pronta, a cena à minha frente era linda. Podia ver a felicidade do casal na pintura. Uma coisa que notara na arte de Jennie era que ela sabia captar a emoção daqueles que retratava. Imaginei como seria um retrato meu pintado por ela. Quando Jennie voltou, sorri para ela, peguei sua mala e saimos.

Ela sentou na limusine ao meu lado e ficou olhando pela janela. Liguei para Bambam e remarquei nossa reunião. Ela olhou para mim.

Jennie-Não devia ter cancelado sua reunião por minha causa Lisa-disse em voz baixa

Passei o braço pelo seu ombro 

-A reunião pode esperar-ela encostou a cabeça no meu peito, e foi bom senti-la perto de mim.

Chegamos à cobertura, e levei sua mala para o quarto de hóspedes. Quando voltei para o andar de baixo, notei que ela observava as fotografias em preto e branco na parede. Quando contei que fora eu mesmo quem as tirara, ela pareceu muito surpresa. Então, perguntou se fora eu quem decorara a cobertura. Percebi que, quanto mais conversávamos, melhor ela se sentia. Contei a ela sobre minha irmã,Cassidy, e ela voltou a se surpreender. Achei que foi porque eu nunca falara sobre nada e ninguém de minha vida pessoal. Fui para o bar.

-Bebe alguma coisa?-perguntei

Jennie-Uma dose de Jack, por favor-respondeu. Eu me virei para ela com os olhos arregalados. 

-Tem certeza?-perguntei incrédula

Jennie-Isso te surpreende?-ela riu.

Peguei um copo de uísque, enquanto ela se acomodava num banquinho diante do bar.

-Não, quer dizer, talvez...não conheço nenhuma mulher que tome uma dose de Jack Daniels pura.

Jennie-Agora conhece-disse ela, virando a dose de um gole só. Eu estava assombrada com essa garota, essa mulher sentada diante de mim. Ela pós o copo no bar e inclinou a cabeça.

Jennie-Achei que não permitia que mulheres dormissem aqui, Sra.Manoban.

Olhei para ela, com um largo sorriso.

-E não permito Srta.Kim, jamais permiti, mas achei que podia abrir uma exceção para uma amiga, porque senti que ela não devia ficar sozinha.

Servi outra dose e levantei o copo.

-Mais umazinha?

Jennie-Está tentando me embebedar?-ela sorriu, sedutora.

Ah, aquele sorriso. Pus a mão no bolso, inclinando a cabeça. 

-Deveria?-sorri. Ela tomou a segunda dose e foi sentar no sofá. Parecia preocupada. Sentei ao seu lado com meu copo de uísque e perguntei a ela se estava bem. Ela me olhou com seus angelicais olhos castanhos-claros, sorrindo.

Jennie-Estou pensando em visitar o túmulo de meus pais quando estiver em Michigan. 

-Quando foi a última vez que os visitou?-perguntei 

Jennie-Há pouco mais de um ano. Dei um pulo no cemitério para visitá-los no dia em que Kyle e eu viemos para Nova York.

Só ouvir esse nome bastou para me irritar. Não sabia direito por quê. Eu deveria ser grata ao filho da mãe, porque, se ele não tivesse deixado Jennie, eu nunca a teria conhecido. Olhei para ela quando me observou fixamente e disse que queria ser cremada quando morresse. Franzi os olhos e pedi que parasse de falar desse jeito. Era uma coisa em que eu jamais queria pensar. Mas ela continuou falando sobre como não queria que as pessoas lamentassem sua morte, e sim recordassem os momentos felizes que haviam vivido. Estava começando a me irritar com essa conversa sobre morte. Disse a ela que parasse, pois estava falando como se fosse morrer no dia seguinte. Então, ela disse uma coisa que me apavorou.

Jennie-Nunca se sabe o que cada dia vai trazer, e é por isso que acredito que nada dura para sempre. 

-Certo. Acho que o Sr. Jack Daniels subiu à sua cabeça. Vamos dormir um pouco, tenho que trabalhar amanhã.

Levei-a para o segundo andar e lhe mostrei o quarto de hóspedes. 

-Boa noite Jen, durma bem-disse, saindo do quarto e atravessando o corredor em direção ao meu.

Tirei as roupas e me deitei na cama. Fiquei pensando em Jennie e como ela falara sério sobre sua morte. Como podia pensar numa coisa dessas? Quanto mais eu pensava no assunto, mais fazia sentido; a morte sempre fora uma parte da sua vida. Comecei a me revirar na cama, tentando encontrar uma posição confortável, mas não consegui. Levantei da cama e atravessei o corredor lentamente em direção ao quarto de hóspedes. Parei diante da porta e fiquei escutando; silêncio. Tinha certeza de que as doses de Jack Daniels a tinham ajudado a dormir. Decidi que a levaria para Michigan, pois não queria que fosse sozinha.

Na manhã seguinte, tomei banho e me dirigi à cozinha para preparar uma jarra de café. Liguei para uma padaria que ficava na rua e pedi que me mandassem uma dúzia de bagels. Queria que Jennie tivesse alguma coisa para comer quando acordasse. Sentei à mesa e abri o notebook. Tinha alguns e-mails para ler e reuniões para remarcar, para quando voltasse. Não muito tempo depois que me sentei, Jennie entrou na cozinha. Olhei para ela, e meu coração começou a bater mais rápido. Estava usando uma legging preta estilosa que se ajustava aos quadris e ao traseiro à perfeição, uma regata cor-de-rosa que ficava supersexy nela, e prendera os cabelos num rabo de cavalo alto. Droga,eu estava ficando excitada de novo só de olhar para ela. Precisava parar de pensar no seu corpo e lhe avisar que iria levá-la a Michigan.

-Bom dia Jennie. Espero que tenha dormido bem-sorri

Jennie-Bom dia. Dormi muito bem naquela cama gigantesca.

Ela se aproximou, serviu uma xícara de café e sentou diante de mim

-Tem bagels ali. Come um-ofereci

Ela agradeceu, mas recusou. Suspirei dizendo a ela que precisava comer.

Jennie-Não tenho o hábito de comer nada quando acordo, mas não se preocupe mamãe, vou comer daqui a pouquinho-disse ela, em tom petulante 

Tentei não sorrir, mas foi inevitável, porque mesmo àquela hora da manhã, ela tinha uma língua afiada. Ela ficou me observando enquanto eu digitava. Levantei os olhos do notebook.

Jennie-O que está fazendo?-perguntou

Era minha oportunidade de lhe contar sobre nossa viagem de carro para Michigan. Eu estava um pouco nervosa por não saber como ela iria reagir.

-Enviando e-mails e remarcando reuniões.

Jennie-Tinha marcado muitas?-perguntou com um jeito meigo

Olhei para ela, que dava um gole no seu café. 

-Você quer saber tudo, não é?-perguntei

Ela olhou para o teto e sorriu

Jennie-Acho que sim.

Perguntei a ela quais eram seus planos para aquele dia, e ela respondeu que iria trabalhar no restaurante dos sem-teto. Acrescentou que, a respeito dos problemas que tinham,eram pessoas sem um lar que precisavam de ajuda. Sua bondade e generosidade naturais me impressionaram profundamente. Jamais conhecera alguém como ela. Terminei o que estava fazendo e fechei o notebook. 

-Eu remarquei minhas reuniões porque vou levar você para Michigan-anunciei, e fiquei esperando sua reação. 

Jennie-O quê?!

Sabia que ela gostava de discutir, mas não ia vencer dessa vez. Levantei da mesa e pus a xícara na bancada.

-Não adianta discutir Jen. Vamos sair amanhã de manhã, e vamos de carro.

Jennie-De carro? São dez horas de viagem Lisa!-exclamou ela

-Eu sei quanto tempo leva. Considere como um mochilão de alto nível. 

Jennie-Um mochilão de alto nível? De avião estaríamos lá em uma hora e meia.

Olhei para ela, que me encarava com uma expressão chocada do outro lado da cozinha. 

-Algum problema em passar dez horas comigo num carro?-perguntei,num tom natural e com medo de que ela dissesse que sim.

Jennie-Não, mas...

Caminhei até a mesa e parei à sua frente. Ela estava tão linda sentada ali, tomando café e batendo de frente comigo sobre a viagem. Tive que fazer um esforço sobre-humano para não passar o dedo pelo contorno do seu queixo ou Beijá-la quando ela levantou a cabeça e olhou para mim. Estava ficando cada vez mais difícil resistir a ela. Eu nem sabia se ela me queria. Precisava ligar para o Dr.Peters e vê-lo antes de viajarmos no dia seguinte.

-Sem mas, nem meio mas. Vamos de carro, e sou eu quem vai dirigir-disse, sorrindo para ela, e fui para o escritório. 

Quando sai do elevador na garagem, Denny caminhava em minha direção.

-Denny, que bom que você chegou cedo. Queria dizer a você que vou te dar os próximos dias de folga.

Denny-Tudo bem Lisa, mas posso perguntar por que?

-Vou levar a Srta.Kim de carro para assistir ao enterro dos tios em Michigan, e vamos viajar amanhã de manhã. 

Denny olhou para mim, sorrindo. 

Denny-Foi ela quem teve a ideia de pedir a você que a levasse?

-Não, e nem eu lhe dei escolha. Disse que ia levá-la e que não adiantava discutir. 

Denny continuou olhando para mim

Denny-E ela aceitou?

Revirei os olhos, caminhando para o Range Rover. 

-Ela não protestou muito. Vou dirigindo para o escritório hoje. Leve a Srta.Kim para casa ou aonde ela quiser ir, mas tenho uma reunião à uma tarde do outro lado da cidade,e preciso que você vá me buscar.

Em vez de ir direto para o escritório, liguei para o Dr.Peters e lhe perguntei se estava livre para ver. Precisava conversar com ele sobre a viagem. Ele me disse para ir imediatamente, pois só daria a primeira consulta uma hora depois. Entrei no consultório e me sentei na poltrona de sempre.

Dr.Peters-Bom dia Lisa. Está tudo bem? Você disse que era urgente. 

Respirei fundo, passando a mão pelos cabelos. 

-Lembra aquela moça de que lhe falei na nossa última sessão?

Dr.Peters-Sim, creio que o nome dela é Jennie, não?

-Sim, essa mesma. Bem, um casal de tios dela faleceu em um acidente de carro por esses dias, e eu vou levá-la para o enterro em Michigan.

Dr.Peters-Isso é bom Lisa. E então, porque não me explica em que pé está seu relacionamento com Jennie?

Comecei a me remexer na poltrona. 

-Jennie e eu somos amigas, e mais nada. Só vou fazer isso por ela porque não quero que viaje sozinha, e achei que devia ter alguém que lhe desse uma força. 

O Dr.Peters se levantou da poltrona e foi até a garrafa térmica.

Dr.Peters-Aceita um café, Lisa?-perguntou

-Não obrigado.

Dr.Peters-Parece que você está começando a ter sentimentos por ela que vão além da amizade. Então, seu voo sai amanhã?

-Não vamos de avião, vou levá-la de carro. Disse a ela que iriamos pegar a estrada.

Ele olhou para mim e se sentou, dando um gole no seu café 

Dr.Peters-É uma viagem de dez horas, Lisa. Você e Jennie vão ficar sozinhas em um carro durante um período de tempo considerável. Está preparada para o que pode acontecer no caminho?

Pousei o pé no joelho oposto e me apoiei no braço da poltrona. 

-Porque está dando tanta importância a isso,doutor? É uma simples viagem de carro com uma amiga que acabou de perder um casal de tios. Só isso, mais nada.

Dr.Peters-Lisa, você pode tentar se convencer do que quiser, porque se realmente acreditasse nisso não estaria sentada no meu consultório, me contando a respeito-disse o Dr.Peters, suspirando. 

Levantei da poltrona e fiquei diante da janela. 

-Não consigo parar de pensar nela,e isso me assusta. Ela confessou seu maior segredo para mim na noite passada. Ela me contou sobre seu passado.

Dr.Peters-Ela não está guardando segredos de você. Quer que você conheça o passado dela, e confiou em você o bastante para lhe contar. Acho que você está lutando com seus verdadeiros sentimentos. Já conversou com ela sobre si mesma ou seu passado?

Caminhei até a ampla estante e fiquei olhando para as centenas de livros do Dr.Peters que as prateleiras abrigavam.

-Contei a ela sobre a minha irmã e o meu sobrinho.

Dr.Peters-Só isso? Lisa,você vai ter que se abrir com ela, se quiser ter algum tipo de relacionamento. Viva um dia de cada vez. Acho que a amizade de vocês duas é um ótimo começo e, pelo que me disse, vocês já são boas amigas.

Fui até a poltrona e peguei meu casaco.

-Obrigado Dr.Peters, mas minha hora acabou.

Dr.Peters-Quero ver você de novo quando voltar de viagem!-gritou ele, enquanto eu saia do consultório.



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