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História You Found Me - Prólogo


Escrita por: ktaecori

Notas do Autor


Oi, gente kkkkkkkkk

Depois de três anos sem dar as caras no fandom, estou postando outra fanfic sasusaku, nem acredito nisso. Mas estava na hora já, sempre tive pretensões de escrever mais sobre meu casal favorito e, aproveitando que surgiram ideias, aqui estou. Adianto desde já que não tenho a mínima noção de quando os capítulos sairão, pois não tenho muito tempo para escrever e vou soltar quando der. A fanfic também provavelmente será bem longuinha, então paciência comigo.

A quem resolver dar uma chance a mais uma história minha (dessa vez melhor do que a última, prometo) e a quem (graças a deus) nunca leu nada meu e está chegando aqui por acaso, muito obrigada! Espero que vocês gostem.

Capítulo 1 - Prólogo


Sakura desviou os olhos para o relógio pendurado na parede do lado esquerdo do sofá. Quase cinco horas da tarde, apenas mais cinco minutos. Era bom que tivesse chegado alguns minutos adiantada, provavelmente isso passaria uma boa impressão a seu respeito, ainda que para isso não fosse necessário nada além de simplesmente não se atrasar. Porém, precisava admitir que aquela espera e o suave barulho dos ponteiros do relógio antigo e sofisticado, a deixavam um pouquinho nervosa. Na verdade, o ambiente em si era suficientemente intimidante, mesmo que não fosse a primeira vez que estivesse ali.

Não deveria estar daquele jeito, de qualquer forma, mas não conseguia relaxar completamente. Aquela era a preciosa chance que estivera procurando já há alguns meses e, agora que a tinha, precisava fazer o possível para não desperdiçar. Ficava repetindo em sua própria cabeça que tudo dependia apenas de si mesma e que com certeza tudo ocorreria bem durante a entrevista. Tinha se preparado o bastante ao longo da semana que tivera de sobreaviso até a data marcada, e não era como se precisasse de grandes qualificações para aquele tipo de emprego, afinal. Sua experiência profissional era ínfima, é claro, todavia sabia, e tinha provas concretas, de que levava jeito para a coisa. Suas mãos geladas de nervosismo eram de certa forma um exagero de seu psicológico, coisa que a fez soltar uma risadinha surpresa e esfregá-las rapidamente para que voltassem à temperatura que um ser vivo deveria ter.

Quando tudo acabasse, e, independentemente do resultado, precisava se lembrar de agradecer à Karin. Algo que nunca pensara que precisaria fazer um dia, mas eram assim as coisas, sempre corria o risco de ser surpreendida, seja de forma positiva ou negativa. Daquela vez, ao menos, fora uma surpresa boa.

― Sakura? ― Ouviu a voz suave da Sra. Uzumaki, junto ao som de passos descendo as escadas atrás do sofá e levantou-se imediatamente, apertando as mãos em frente ao corpo. Suas palmas passaram impressionantemente rápido de geladas para um pouco suadas com o nervosismo e torceu para que não lhe fosse oferecido um aperto de mãos. ― Desculpe a demora, querida. Meu marido infelizmente não poderá sair do trabalho, então seremos apenas nós duas. ― Ela sorriu gentilmente, ao mesmo tempo em que tinha uma expressão de lamento.

― Não tem problema, Sra. Uzumaki, eu que cheguei cedo demais ― murmurou, enquanto a mulher a alcançava, dando-lhe um beijo em cada bochecha.

Ela era jovem e bonita. Dificilmente alguém diria que já tinha uma filha da mesma idade de Sakura, e, quando eram vistas juntas, ela e Karin eram confundidas com irmãs. Os cabelos ruivos ficavam constantemente presos em um coque, mas as roupas não eram formais como as que usava para administrar a empresa ao lado do marido. Sakura ainda lembrava como Karin ficava completamente indignada quando os garotos da escola falavam do quanto sua mãe estava “inteira”, exaltando a beleza da mulher de forma nada respeitosa. Com certeza aquele tinha sido um dos primeiros fatos que a fizeram simpatizar um pouco com a garota ruiva.

― Não precisa me chamar assim, querida. Apenas Shiemi está bom. ― Fez um gesto de dispensa com a mão, e em seguida apontou para o sofá, indicando que Sakura se sentasse novamente. ― Na verdade, só marquei com você para combinarmos o seu salário e os horários de serviço, porque, por mim, você já está contratada. Se aceitar, é claro.

― É sério? ― perguntou, sem conseguir controlar a empolgação.

― As crianças adoram você, Sakura. ― Riu, como se achasse engraçada a surpresa da menina. ― Não acho que poderia ter alguém melhor para o emprego. Mas isso não vai te atrapalhar? Digo, você pretende fazer faculdade, não?

Sakura fitou a mulher sentada na poltrona à sua frente, um pouco desconcertada. Fazia todo o sentido em sua mente, mas ainda parecia irresponsável e idiota dizer em voz alta. Por sorte, a senhora que Sakura sabia já trabalhar como governanta na casa de Karin há várias décadas, chegou, antes que pudesse responder, trazendo uma bandeja com duas xícaras e dois pratinhos. Aquilo lhe permitiu mais algum tempo para pensar e enquanto tentava elaborar as melhores palavras para explicar sua situação, Sakura aceitou e agradeceu a xícara de chá e o pratinho de biscoitos de polvilho, colocados na mesinha de centro à frente do sofá. Na verdade, não gostava de chá, mas não faria desfeita em sua entrevista de emprego.

― Eu não… tenho planos, por enquanto. Quero juntar dinheiro e ajudar em casa antes — respondeu, após esperar a governanta se retirar.

― Kushina sabe disso? ― Ergueu as sobrancelhas, e, por um segundo, Sakura viu o rosto da tia à sua frente. Eram realmente muito parecidas.

― Sim. Já conversei com ela sobre isso.

Fora uma conversa difícil. Apesar de ser a pessoa mais compreensiva e legal que Sakura conhecia, não era fácil contar à pessoa que mais tentara lhe dar oportunidades de estudar e crescer corretamente, que não faria faculdade. Que não se mudaria para a capital como todos os outros amigos para tentar um futuro melhor em uma cidade mais avançada, mesmo que posteriormente acabasse voltando para a cidade natal, como muitos faziam. Seus planos eram mais simples e nada ambiciosos, mas era o que desejava fazer e, de todo jeito, teria tempo, caso mudasse de ideia e resolvesse continuar os estudos. 

Precisou de algumas semanas até que Kushima pudesse, ao menos, aceitar sua decisão, ainda que continuasse se mostrando completamente contrária a ela, mas, no fim, a mulher dissera que iria lhe apoiar, independentemente do que fizesse, e Sakura não conseguiria descrever em palavras o quanto aquilo havia significado. O apoio da tia fora uma das coisas mais importantes para que, durante todo aquele tempo, conseguisse continuar seguindo em frente.

― Bom, sendo assim, não há nada que eu possa dizer, além de desejar que sua decisão te faça muito feliz.

Sakura duvidava que pudesse ficar muito feliz, mas estar satisfeita era o suficiente. Uma das coisas que havia aprendido na curta experiência de vida que podia dizer ter, era que o melhor a se fazer era se contentar com o que tinha. Porque se não se dá valor as coisas, você as perde, e ela já havia perdido coisas de mais.

— Obrigada — murmurou, tentando um sorriso, que logo escondeu, ao levar a xícara aos lábios, por não achar outro modo com que pudesse encerrar aquele assunto.

— A Karin já te disse algo sobre o emprego? — Shiemi perguntou, deixando Sakura aliviada por seu plano de mudar de assunto ter dado certo.

Nem mesmo ligou para o gosto ruim que invadira sua boca ao bebericar o chá. Não conseguia nem distinguir qual era o sabor daquilo, mas, se pudesse chutar, diria que era chá de gengibre. Kushina gostava muito de chá, igual a irmã aparentemente, e Sakura às vezes tentava reconhecer alguns deles pela aparência e até mesmo fora obrigada pela mulher a experimentar alguns, já que, segundo ela, não poderia dizer que não gostava de algo sem provar antes. Nunca tinha tomado aquele, porém não ficara surpresa em constatar que odiava muito aquilo, acontecera o mesmo com todos os outros.

— Apenas que eu precisaria estar disponível de segunda à sábado, das 7:00 às 18:00.

— Sim. Você vai ter o seu próprio quarto, onde poderá deixar suas coisas e se arrumar todos os dias. A alimentação das crianças é controlada por um nutricionista e nossa cozinheira faz tudo já com as porções corretas, então você só precisa garantir que eles comam tudo e não façam lanches fora do horário irrestritamente. A Sra. Tsuyu, nossa governanta, pode tirar qualquer dúvida que você tenha, caso não estejamos em casa no momento, ou você pode perguntar à Karin também. — Ela listava as coisas, contando nos dedos, como se não quisesse esquecer nenhuma informação importante e Sakura se perguntou se deveria ter levado um caderninho para anotar tudo aquilo, porque não confiava plenamente em sua capacidade de decorar tudo tão rápido. — Às vezes, nós temos imprevistos no trabalho e pode acontecer de você precisar ficar mais tempo aqui, ou de nós precisarmos de você no domingo, mas todas as horas extras serão acrescentadas no seu salário. E, quando a ele, nós costumamos contratar as babás por um salário mínimo, e obviamente assinamos a carteira de trabalho e todos os benefícios aos quais você tem direito, tudo bem?

— Sim, está ótimo — Sakura respondeu um pouco afobada demais, porque, ainda que Karin tivesse lhe passado uma informação semelhante sobre o salário, não imaginava que eles lhe pagariam o mesmo que pagavam às mulheres que contratavam de empresas especializadas em serviço de babás. Na verdade, como uma adolescente sem formação superior, nem mesmo na melhor das hipóteses de emprego, acreditava que poderia ganhar aquele valor.

— Você deve saber que Karin está viajando, foi visitar os avós, e era ela quem estava cuidando dos irmãos para mim, desde que terminou a escola. Eu tenho ficado esses dias em casa com eles e a Sra. Tsuyu tem me ajudado, mas eu tenho algumas reuniões essa semana e não posso remarcar. Bem, o quanto antes você puder começar, nós te agradecemos, Sakura. — Suspirou.

Sakura tinha certeza que ela era uma das pessoas mais ocupadas que poderia conhecer e era admirável o quanto estava se esforçando para tirar uma folga do trabalho para cuidar dos filhos. Ela parecia lamentar não ter tanto tempo para eles quanto gostaria, mas era o tipo de pessoa que não usava desculpas pessoais para fugir do trabalho. Sakura achava uma atitude bem forte. Não existia ser vivo no mundo que fizesse Kushina abandonar Naruto, quando o garoto estava doente, para ir trabalhar. Com Sakura era a mesma coisa, ainda que nem fosse sua filha, e por isso sempre tentou se esforçar para esconder qualquer doença que tivesse. Odiava a ideia de prejudicar ou atrapalhar as pessoas, ainda mais quando a mulher fora despedida de diversos empregos por suas faltas sem justificativa plausível.

— Posso começar quando a senhora quiser — respondeu apressada, após perceber que havia passado alguns segundos em silêncio, divagando sozinha. Não queria dar a impressão de que era desatenta, afinal, seu trabalho seria cuidar de crianças.

— Amanhã? — ela perguntou, com expressão suplicante.

Sakura teve certeza que uma das reuniões as quais ela se referiu estava marcada para o dia seguinte, então anuiu com a cabeça, concordando.

— Ótimo! — A mãe de Karin saltou do sofá, tão enérgica que mais uma vez fez Sakura compará-la a Kushina, e chamou pela governanta, que não estava à vista, mas parecia atenta o suficiente para ouvir a voz comedida e surgir imediatamente na sala. Sakura ficou impressionada com o trabalho eficiente e imaginou se conseguiria ser tão boa assim. — Tsuyu, chame as crianças, por favor. Elas vão ficar animadas em saber que Sakura é a nova babá.


Notas Finais


Não aconteceu muita coisa, eu sei. Mas é um prólogo, então precisava ser mais levinho mesmo, só para dar o pontapé na história.

Vou tentar escrever e deixar prontos alguns capítulos antes de atualizar de novo, pois não quero me perder como aconteceu com minha outra fanfic sasusaku. Então vou me planejar direitinho e quando eu tiver certeza de tudo o que pretendo fazer na história, vou soltando os capítulos.

Caso alguém tenha lido e se interessado em continuar acompanhando, muito obrigada!!
Até o próximo capítulo! <3


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