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História You Give Love a Bad Name - 1.Scarlet Red (part.2)


Escrita por: Mylovepuk

Notas do Autor


Hello^^'
Queria ter postado esse capítulo ontem, mas não tive tempo ;-;
De qualquer forma desejo tudo de bom a todos vocês, felicidades e boas festas!
Me perdoem pelas quase 4.100 palavras '-'
Mas realmente não deu pra evitar :v
Preparem o kokoro e aquentem os feels ;')
Boa leitura<3

Capítulo 3 - 1.Scarlet Red (part.2)


Fanfic / Fanfiction You Give Love a Bad Name - 1.Scarlet Red (part.2)

O céu de verão é simplesmente perfeito pelo fato de parecer um grande rio de estrelas como roga a antiga lenda chinesa onde Orihime, a princesa Tecelã, conheceu seu pastor de gado que hoje são representados como duas estrelas.

A música e as danças deixava o clima animado sempre ganhando sorrisos e a alegria de quem quer que fosse. Nessa noite tudo girava em torno do amor pois era o único dia do ano em que a filha de Tentei, o senhor celestial, via seu amado.

Estava tudo colorido graças aos bilhetes presos aos bambus que se multiplicavam cada vez mais. Tudo ficava mais colorido neste dia com as cores que simbolizam paixão, amor, esperança, proteção, dinheiro e paz pois Orihime tem como obrigação atender a todos os pedidos feitos nesta data.

Havia barracas de doces, amuletos, jogos e até de adivinhações que estavam super lotadas.

Nesse momento Hijikata tentava acertar um grande bichinho de pelúcia em forma de pimenta por Mitsuba querer muito enquanto a mesma segura um dragão e um coelho de pelúcia, tudo que ela queria Hijikata conseguia. Toushirou deu a ela mais uma pelúcia e ela o agradeceu com um largo sorriso aquecendo ainda mais o coração dele.

Já haviam feito seus pedidos e pendurado os nos bambus como pedia a tradição.

Os olhos azuis cobaltos não desgrudavam da morena por nada e encarava de cara feia para quem a olhasse com segundas intenções. É a primeira vez que tem a oportunidade de sair com a garota que gosta. Sim, Mitsuba ganhou seu coração espinhoso sem o mínimo esforço. Por que espinhosos? Nem o mesmo entendia direito por que o chamavam assim.

No meio de tantos sentimentos bons vem uma pergunta para bagunçar seus pensamentos, "Será que ela gosta de Kamui?"

Bom, o ruivo iria leva-la caso não estivesse doente, Mitsuba sempre contava da grande preocupação que tinha quando Kamui passa tanto tempo sem enviar cartas, ela sempre tem histórias para contar sobre ele e quando se conheceram Kamui estava lá. Será que é tolice tentar ganhar o coração da menina a sua frente?

- Toshi, Toshi, olha! - aponta para o céu o tirando de seus devaneios.

- Sim, o céu está lido.

- Consegue vê-las?

- Hã?

- As estrelas Vega e Altair? São aqueles mais brilhosas!

- Mas todas são brilhosas... - Toushirou fica confuso.

- Bobo! Nunca ouviu a história de Orihime e Kengyu?

- Acho que não - Hijikata nunca foi de gostar de romances – me conte.

- "Há muito tempo, de acordo com uma antiga lenda, morava próximo da Via-Láctea uma linda princesa chamada Orihime a "Princesa Tecelã".

Certo dia Tentei o "Senhor Celestial", pai da moça, apresentou-lhe um jovem e belo rapaz, Kengyu o "Pastor do Gado", acreditando que este fosse o par ideal para ela.

Os dois se apaixonaram fulminantemente. A partir de então, a vida de ambos girava apenas em torno do belo romance, deixando de lado suas tarefas e obrigações diárias.

Indignado com a falta de responsabilidade do jovem casal, o pai de Orihime decidiu separar os dois, obrigando-os a morar em lados opostos da Via-Láctea.

A separação trouxe muito sofrimento e tristeza para Orihime. Sentindo o pesar de sua filha, seu pai resolveu permitir que o jovem casal se encontrasse, porém somente uma vez por ano, no sétimo dia do sétimo mês do calendário lunar, desde que cumprissem sua ordem de atender todos os pedidos vindos da Terra nesta data."

Ela sorria olhando para o céu dando a Toushirou a mais linda visão dos olhos avermelhados totalmente estrelados. Como se todas as estrelas do universo estivessem dentro dos olhos dela.

- E a grande ironia é que os céus só ficam estrelados desse jeito quando essas duas estrelas se encontram. Como se também houvesse uma grande festa lá em cima.

- Mas as estrelas ficam mais bonitas em seus olhos – envergonha-se pelo oque acabou de dizer e a vê corando também - digo...

- Toushirou – ainda com as bochechas rubras o chama – eu...eu estou realmente feliz de ter vindo com você.

- Você preferia ter vindo com Kamui, né?

- Hã?

- Sei que você preferia vir ao festival com a pessoa que você gosta.

- Mas eu estou com a pessoa que eu gosto...!

Ele arregala os olhos e ela tampa a boca percebendo oque acabou de dizer. A todo momento ela sorria e o admirava sem o mesmo perceber, tentava controlar seu coração que parecia querer sair de seu peito e receber o calor de Hijikata. Sim, Toushirou ganhou seu coração apenas com seus raros sorrisos.

A morena lembra claramente quando viu esses olhos escuros pela primeira vez, estavam em meio as Sakuras durante um Hanami*. Touchirou dormia encostado em um tronco e, assim que abriu os olhos, a primeira pessoa que ele viu foi ela e a encarou com aqueles olhos frios que, por ironia, a transmitiam calor. Desde então não havia uma noite sequer que Okita não fosse dormir pensando naqueles olhos.

- H-Hijika... - Ele aproximava-se pondo a mão em seu queixo.

A única coisa que Touchirou queria fazer nesse momento era beija-la. E assim o fez. Durante o simples beijo ela sentia todo carinho que ele transmitia e não apenas isso, sentia também o coração dele que estava tão desesperado quanto o dela.

Estaria tudo perfeito se não fosse por um motivo...ela já estava comprometida.

- Não! - Ela se distância bruscamente.

- Mas...

- Desculpa, mas eu não posso!

- Por que?

- Porque...

- MITSU!!! - Grita Kamui que vinha correndo em direção a eles.

- Kamui, oque você faz aqui? Se sente bem?

- Mitsu, você viu Kagura e Sougo por aí? - Indagava ofegante e mais pálido que o normal indicando que ele ainda não estava bem.

- Não os vi, mas você ainda não está bem, deveria descansar!

- Eu disse, mas ele não me escuta! - Umibozu aparece logo atrás dele – acontece que recebi uma carta de ameaça e depois seu pai foi lá em casa procurar por Sougo e logo percebemos que Kagura também não esta em casa então viemos procura-los.

- Ai meu Deus! - Ela se preocupa com os dois menores.

- É melhor irem pra casa pois temo que esse lugar vire um cenário de batalha.

- Ah, Toushirou, que bom que você está aqui – diz Kamui – por favor, mantenha Mitsu em segurança.

- Nada disso! Você é quem tem que proteger sua noiva! Os três devem se retirar!

- Noiva... - Hijikata dizia baixinho para ele mesmo logo entendo a situação. Nunca a poderia ter para si.

- Okay. Mitsu, te levarei para casa e depois voltarei para procurar minha irmã! - e assim foram deixando Umibozu menos preocupado.

***

Kagura e Sougo iam de barraca em barraca atentar a paciência dos donos que, quando viam que não estavam com um responsável, os expulsava, mas Sougo era esperto e sempre deixava os comerciantes de boca aberto pois sempre consiga acertar os alvos e ainda deixava gorjeta mesmo sabendo que quando seu pai soubesse que ele quebrou o cofrinho pra ir ao festival o mataria.

Kagura segurava as mãozinhas de Sougo com medo de se perder dele e ele segurava todos os brindes que conseguiu nas barracas que deu a ela. Ele havia a prometido leva-la a barraca de Yakisoba, mas ao ver uma coroa em uma das barraquinhas ele decidiu tentar ganha-la.

- Mas, Sougo, e meu Yakisoba?

- Princesas tem coroas! Depois que eu pegar essa coroa nós iremos comer. Hey, velho, oque eu preciso fazer pra ganhar essa coroa?

- Ué? Um garoto querendo uma coroa? Estranho.

- Não é pra mim! É pra aquela princesinha mimada ali – aponta menor.

- Ah, sim – ri o dono da barraca – um garoto de 5 anos querendo uma coroinha pra namorada?

- Tenho seis! E ela não é minha namorada! - ele cora com a brincadeira do mais velho.

- Okay, okay – para de gargalhar - você tem que jogar essas cinco argolinhas naqueles palitinhos. Você tem apenas dez tentativas.

- Moleza!

Depois de umas vinte tentativas ele conseguiu. Na verdade o dono da barraca achou adorável aqueles dois então facilitou o jogo deixando Sougo acertar apenas 3. Depois de receber a coroa de plástico dourada, Sougo a põe na cabeça de Kagura.

- Agora sim.

- Queria ver como ficou.

- Não muito diferente.

- Sougo, antes de ir comermos, vamos escrever nossos pedidos!

- Aé, já ia me esquecendo.

E assim foram para uma grande mesa pegar papeis coloridos. Foram para um canto onde tinham grandes pedras para escrever.

- Por que você só pegou amarelo, azul?

- Porque que são os mais importantes. O resto não importa.

- Importa sim!

- Tanto faz. A única coisa que eu quero é que minha família continue bem financeiramente e que todos tenham saúde.

- Credo!

- Tá ta. E pra que esses papéis todos?

- O azul é para o Kamui melhorar logo, o amarelo e para papa dá o anel dourado que mama quer esse ano, hehe, o verde é para que as coisas melhorem, o rosa para minha família e o branco para que tudo fique bem.

- E o vermelho?

- Ah, peguei essa cor para te mostrar uma coisa.

Ela escreve o nome dele e o mostra sorrindo.

- Só isso?

- Você disse da última vez que eu não sabia escrever e eu acabei de escrever seu nome e o de toda a minha família nos cartões.

- Aé, lembrei. Até que você não é tão imprestável assim.

- Hey! - ele dá de ombros e ela cruza os braços - idiota! Mas agora que eu escrevi seu nome você tem que escrever o meu também!

- Ah, garota chata! Tem papel sobrando aí?

- Não...

- Então me dá esse vermelho mesmo.

Ele escreveu o nome dela embaixo donde ela escreveu o dele a fazendo abrir um largo sorriso que o deixou com as bochechas vermelhos.

- Olha, o vermelho escarlate desse papel parece um pouco com a cor dos seus olhos e o meu kimono.

-Eh. Vamos pendurar logo esses papeis no bambu.

Os dois ficaram na pontinha dos pés para amarrar os papeizinhos nas fitinhas. Depois disso eles foram para a barraca de Yakisoba onde todos estranharam ao ver duas crianças desacompanhadas entrando sozinhas.

- Moço, queremos uma tigela de Yakisoba e outra de Takoyaki.

- Cadê seus pais? - Indaga o cozinheiro.

– Em casa, oras.

– e quem vai pagar?

- Eu, né moço! Toma aqui adiantado – deu a ele quatro notas que pela caro do cozinheiro parecia ser muito – pode ficar com o troco, hehe.

- Como quiser – e logo serviu os pequenos.

Comiam desatentos e por isso não perceberam quando três caras altos entraram e foram até eles.

- Boa noite, crianças - profere um deles.

- Oque você quer – pergunta Sougo hostil.

- Por acaso aquela seria a princesa Yato? - indaga outro deles.

- Sim e ela está comigo então vocês podem cair fora.

Os três homens começaram a rir da ousadia de Okita que estava ficando de saco cheio.

- Estão rindo de quê?

- Desculpa, pequeno, mas teremos que levar a sua princesa!

Dito isto eles fora pegar Kagura e mandaram todos se retirarem daquela barraca. Sougo não perdeu tempo e jogou o Takoyaki quente na cara de um deles que tentou acertar um soco em Okita, mas ele desviou e mordeu o pulso do cara, mas acabou sendo pego pelo outro que segura sua cintura. O menor podia ser pequeno e ter pouca idade, mas era esperto. Pegou um saleiro que estava em cima da bancada e jogou nos olhos daquele que o segurava e depois foi até Kagura que se esperneava e chorava no colo do homem então o moreno abaixou-se em sua frente o fazendo cair com Kagura que levantou rapidamente e foi correndo até Okita que pegou a mão dela e saíram correndo.

Depois de um tempo perceberam que havia bem mais de três homens os seguindo. Também perceberam que as pessoas estavam indo embora e outras estavam assustadas sendo que o festival ainda não estava nem na metade direito.

Ao observarem as vestes de seus seguidores e o sotaque, conluiaram que eram chineses.

Acharam um lugar entre as barracas e esconderam-se ali, mas logo foram achados e dessa vez não havia como fugirem pois haviam muitos homens.

Kagura chorava enquanto um deles agarrava seu braço e Sougo não soltava as mãos pálidas por nada deixando um dos chineses irritado o fazendo golpear o braço de Okita que gritou e soltou a mão da Yato que chorava ainda mais.

As íris avermelhadas ameaçavam desabar em lágrimas, mas prendia a todo custo por saber que isso faria a ruiva chorar ainda mais e no momento ele queria apenas faze-la sorrir como uma princesa.

Houve uma hora em que de tanto se espernear, o homem acabou soltando o braço de Kagura que ia ganhar um tapa se Sougo não tivesse corrido e se posto em sua frente a tempo recebendo o em seu lugar. O homem pegou Okita pelo ombro, mas o pequeno levou sua boca aos pulsos do homem deixando uma mordida o fazendo solta-lo e novamente agarra as mãos de suas princesa.

- S-sougo... Seu braço... - Ela soluçava e ele forçava um sorriso.

-Tudo bem.... Não está doendo...

Os homens já estavam irritados demais com aquela criança persistente. O homem quem Sougo jogara Takoyaki ficou em frente aos dois e desferiu um soco no rosto do menor que só não saiu do lugar porque segurava fortemente aos mãos de Kagura.

- Isso foi pelo Takoyaki – depois um chute no braço já machucado de Okita – isso foi pelo sal.

- Agora é minha vez – chegou outro dos três caras de antes com um pedaço de pau na mão sendo certeiro no braço, antes machucado, agora quebrado do pequeno.

-AAAAAAAAAAAAAAAH!!! - Ele não aquentou começando a chorar, mas ainda segurando as mãos dela, mas ela as segurou com mais força ainda.

- S-sougo... - ela não sabia oque fazer além de chorar - Sougo... - ela viu o pequeno se ajoelhar e chorar abundantemente - Me..Desculpe... - soluçava - Me... Perdoe...

-Ah, que bonitinha! Parece que o principezinho já não tem mais tanta coragem, não é mesmo? Além disso, ainda falta pelas fugas e a mordida nas pernas - ele já estava se preparando para bater novamente quando Kagura abraça Okita sem importar-se se estava apertando demais - como quiser.

Os menores fecham os olhos esperando a pancada. Que não chegou. Ao invés disso, ouviram gritos e ao abrir os olhos puderam ver uma verdadeira cachoeira escarlate junto a gritos e a colisão de espadas. Aquele cenário claramente era o de uma guerra.

- Kagura, Sougo, estão bem? - indaga Abuto recebendo choros como resposta - Ache Umibozu! - Ordena para outros Yatos - Vocês estão bem agora, crianças.

Ia pega-los no colo e levar pra casa, mas alguns chineses insistiam em lutar e ele não teve escolha se não tentar fugir com os dois.

****

- Kamui, quando eu disser pra você ficar em casa, é pra você ficar em casa! Quase não está conseguindo ficar de pé! - Seu pai o repreendia enquanto lutavam com alguns chineses.

- Cala a boca, velho, queria mesmo que eu me desse ao luxo de ficar mal justo quando minha irmã está em perigo? - dizia ofegante e com a visão turva.

- Você só me traz preocupação! Pelo amor de Deus, fique em segurança!

- Desculpa, mas você já deveria saber que a minha teimosia, meu orgulho e a minha determinação eu puxei de você! Portanto, aconteça oque acontecer, eu vou ficar bem! Vamos achar aqueles dois e dar uma surra nesses filhos da mãe por que é isso que fazemos!

Umibozu tentava buscar argumentos pra novamente manda-lo para casa, mas sentia-se orgulhoso pelo que seu filho disse mesmo sabendo que seu estado não lhe dava vantagem. Contudo, apenas uniu suas costas as do ruivo declarando o oficialmente seu par de guerra.

- Se você cair, eu vou te murrar até você esquecer seu nome, tá me ouvindo?

- Se você se meter nas minhas brigas ou vou arrancar fio por fio de seu cabelo até você ficar careca!

-"Você e sua irmã já tem feito isso de tanta preocupação que me dão!"- pensava sorrindo com a resposta de seu primogênito.

Os dois lutavam lado a lado dando conta dos chineses que não podiam negar ser bons de espada.

- UMIBOOZUUU!!! - Gritava Shun vendo um dos chineses prestes a acerta-lo.

Mas, infelizmente, foi tarde demais. O algoz acertou em cheio seu braço o fazendo urrar de dor. Logo em seguida o homem foi morto pela espada de Shun que prestava assistência ao amigo.

- PAAAAAAAAI! -Grita Kamui ao ver o vermelho escorrer de seu velho.

Se há algo curioso a respeito dos Yatos é que seu sangue tem a cor viva escarlate.

De toda aquela chacina, de todo aquele vermelho, claramente o escarlate se destacava.

O sangue do ruivo ferveu e ele começou a golpear qualquer um que estivesse a sua frente recebendo alguns ferimentos que parecia nem sentir dor. Umibozu ficou assustado olhando como Kamui parecia ter a necessidade de ver sangue ainda mais tomado pela raiva.

Ah, não... Umibozu conhecia bem aquele sorriso assassino. Era a única coisa que ele queria que seus filhos não tivessem herdado.

- KAMUI, PARA! - Ordenava não surtindo efeito - KAMUI, SEU CORPO NÃO VAI AQUENTAR!

É como se ele ficasse surdo e mudo. O ódio o fazia sorrir e transparecer em seus olhos o desejo assassino. Algo normal para os Yatos, mas Umibozu não queria isso para seus filhos. Não queria que em seus sangues escarlates corresse o desejo sórdido de matança. Não queria que seus filhos dessem razão a sociedade que os chamam de bestas mesmo reconhecendo que seus corpos são como armas de guerra que, quando começam a matar, é difícil parar a carnificina. Nunca iria querer essa vida para seus filhos.

- Merda! - Praguejava por não conseguir controla-lo e mede de dor enquanto Shun fazia um curativo em seu braço.

- PAAAAAAAI - Grita Kagura ao vê-lo roubando os olhares de todos.

- MINHA FILHA!

- SOUGO! - Shun vai correndo até seu filho depois de ver os hematomas o deixando fulo.

- É aquela menina! - Grita um dos chineses - o chefe quer aquela menina!

Kamui para de frente aos dois e começa a lutar com quem quer que chegasse perto.

- Paiu... E fiz de tudo pra proteger Kagura - falava baixinho soluçando.

- Tudo bem meu filho, vejo que protegeu! Ela está bem!

- Conta pra mamãe que eu protegi a princesa? - aponta para a menor que chorava agarrada na calça de Abuto com a coroa, antes dourada agora vermelha por causa do sangue, quase caindo.

-Você vai mostrar isso a ela meu filho! - Shun declarava morte mentalmente para os algoz de seu filho - Aconteça oque acontecer você não pode dormir.

- Não sei se vou conseguir. Estou cansado, pai.

- Você tem que conseguir! Me prove que é forte, meu filho!

Abuto leva Kagura até Umibozu que o abraça forte e chora incessantemente. O Yato estava perdendo muito sangue, sua visão estava turva e seu corpo parecia não o responder. Abuto, junto a outros Yatos e homens do clã Okita, lutavam não deixando nenhum chinês chegar perto de seus senhores.

Como aquela linda noite estrelada pode se tornar neste altar de caos? Era para tudo estar colorido e não vermelho, que, por mais que seja a cor da paixão, esse sangue significa puro rancor e ódio.

O líder Yato não tirava seus olhos de Kamui e não largava Kagura por nada, mas seu corpo o traiu fazendo o tombar e antes de perder a consciência só pode ouvir Kagura gritando seu nome e chorando mais alto.

-"Desculpe, Orihime, por esse vermelho todo não significar paixão".

****

Umibozu acordou sentindo um peso em cima de si que quando viu os longos cabelos ruivos logo viu que era sua esposa que, quando o viu abrir os olhos, o abraçou apertado o fazendo arfar de dor, mas ela não se importou com isso.

- Calma, amor... – ele sentiu lágrimas quentes pingar por seu pescoço - Kouka, cadê as crianças?

- Você é um filho da puta, desgraçado e egoísta! Eu nem sabia que você tinha chegado no Japão e quando recebo a notícia é para vir correndo por você estar quase morrendo!

- Calma...

- Calma o cacete! Você quase morre e quer que eu fique calma? - os olhos dela estavam com profundas olheiras e vermelhos assim como seu nariz denunciando noites mal dormidas e choro constante – Se você morrer...Uma parte de mim também morre! Se matassem um de nossos filhos eu me sentiria morrer com eles! Você não sabe o quanto doeu pensar na possibilidade de...de não ter mais você ao meu lado...Umibozu, você tem ideia de quanto eu te amo e preciso de você? Eu não saberia mais ter uma vida feliz sem você.

- Kouka...me...perdoa...

- Sei que você fez isso pelos nossos filhos, mas eu gostaria de ter estado lá também para proteger vocês! Eu...eu...eu poderia ter...poderia ter evitado! - Ela soluçava deixando o deixando preocupado.

- Oque você podia ter evitado? - passa milhares de coisas ruins que poderia ter acontecido com as crianças - Kouka, cadê as crianças? Oque aconteceu com elas? Eu quero ver meus filhos!

- As crianças estão bem. Kamui desmaiou um tempo depois de você por conta da febre, Abuto liderou os Yatos e, junto com os homens de Shun, conseguiram fazer os chineses se retirar. Você dormiu por dois dias. E...

- E...?

- Não conseguiram fazer nada pelo seu braço...

Por reflexo, o Yato olhou para o seu braço, antes ferido, agora amputado. O maior arregalou os olhos não acreditando que perdeu seu braço enquanto Kouka apenas chorava e o abraçava.

Milhares de coisas se passavam por sua mente, claro que ele não se conformava por ter perdido seu braço, mas se seus filhos e sua esposa estavam em segurança então estava tudo bem.

***

- Meu Deus, Você vai chorar toda a vez que me ver?

- M-mas você tá todo machucado p-por minha culpa! - Ele estava com um grosso gesso em seu bracinho e curativos espalhados pelo corpo.

- E você já viu um guerreiro sem cicatrizes? Agora tenho mais uma por te proteger, Benehime.

- B-benehime?

- Princesa escarlate, menina burra.

- Idiota!

- Chorona! Aliás, você fica melhor de vermelho.

O menor a observava lembrando dela de kimono vermelho e coroa escarlate. Ela olhou para seu vestido branco realmente o achando em graça.

- A única coisa vermelha que não fica bem em você é quando você tá chorando e seus olhos ficam vermelhos então promete pra mim que vai parar de ser chorona? - ele oferece o dedinho.

- T-ta bom! - Ela laça seus dedinhos.

- Por que ele tá encostando na minha irmã? - indaga Kamui.

O ruivo os observava da janela de seu quarto enquanto Mitsuba ria de sua indignação.

- Nunca fez promessa de dedinho, Kamui?

- Não justifica – fica emburrado a fazendo sorrir mais – para de rir de mim!

- Desculpa, mas eu não consigo.

- Pensando bem, pode continuar rindo, gosto de você sorrindo.

Ele sorriu e ela corou violentamente.

- Hey, Mitsu, somos melhores amigos, né? - ela assente – Sabe, Toshi estava com você ontem e sei que ele gosta de você...

- V-você sabe? - Ela tampa as bochechas pela vergonha.

- Sei. É apenas para você que ele não lança aqueles olhares frios de costume. Você também gosta dele, né?

- S-sim...Kamui, é errado eu ficar com ele?

- Por que seria? Se você está feliz com ele e ele feliz contigo então não há problemas!

- Mas...você sabe...Somos noivo.

- Mitsu, eu quero que você seja feliz! Antes de tudo somos melhores amigos então me promete que vai apenas se preocupar em ser feliz?

- Prometo!

- De dedinho? - ele oferece o mendinho.

- De dedinho! - ela corresponde selando sua promessa.


Notas Finais


Então...
Hanami quer dizer “apreciar as flores” é o Festival da Flor da Cerejeira.Nesse festival no Japão, as pessoas se reunem debaixo das cerejeiras para comer, beber e dançar e ocorre normalmente em templos, beiras de rios, parques e ruas. Esta festa marcam o fim do Inverno japonês e o início da Primavera (foi neste evento em que Kagura e Sougo começaram a implicar um com o outro no anime ( e onde nasceu meu otp sz)).
Deixarei o link de um site onde, se vocês quiserem, podem pesquisar mais a respeito dos mitsuris e tudo mais, aliais, ultizei esse site para algumas explicações e em uma parte do dialogo entre Mitsuba e Hijikata: http://anime.com.br/festivais-japoneses/

Até mais <3


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