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História You give me problems - Keep your feet on the ground when your head's in the cloud


Escrita por: maybesugar

Notas do Autor


Desculpem caso haja algum erro, para variar escrevi de madrugada, então...

Capítulo 6 - Keep your feet on the ground when your head's in the cloud


Fanfic / Fanfiction You give me problems - Keep your feet on the ground when your head's in the cloud

Acordo com calor, abro os olhos e percebo que estava deitada por cima de Van. Tento levantar sem acorda- lo e quando olho para o outro lado, Ve está sentada com o celular na mão. 

-Tive que registrar o momento, parecem dois anjinhos –ela sussurra. 

-Eu vou te matar. -falo baixo e saio do sofá. -Apaga essa porra... 

Tento pegar o celular da mão dela, mas ela sai correndo e rindo. 

-Vá se ferrar Veronica. Eu vou tomar banho que eu ganho mais. -digo e vou para o banheiro. 

Ligo o chuveiro  e sinto água quente escorrer pelo meu corpo, me sinto dolorida, fico pensando por um bom tempo sobre a noite passada. Resolvo sair e não acabar com toda água do mundo, me troco e volto para sala. 

-Pensei que tinha morrido afogada. -Veronica fala. 

-Só estava nadando... Cadê o Van?  

-Um amigo ligou e ele precisou ir logo... Mas ele te mandou um beijo e disse que adorou te conhecer... O que vocês aprontaram? -ela diz maliciosamente.  

-Ah, nem faz essa cara, não fizemos nada, apenas cuidamos de uma bêbada chata... Aliás ele é legal, me pergunto por que raios ele anda com você... -falo pensativa. -E o que foi aquilo? Por que agiu daquele jeito, foi perigoso? 

-Ah não, passei um pouco do meu limite apenas... Eu sou assim ok? -ela se irritou um pouco e foi para o quarto. 

Usei o resto do final de semana para estudar, ultimamente estava tendo muita dificuldade para me concentrar, então estava tendo que me esforçar mais, o que só piorava minhas dores de cabeça. Resolvi voltar a tomar minhas pílulas, elas me ajudavam a render mais e a se sentir melhor. 

Então chegou segunda- feira, dessa vez levantei no horário certo e fui para cozinha, Veronica estava se preparando para ir trabalhar. 

-Ah mais um dia tendo que ver pessoas felizes e estressadas... -e suspirou. 

Ela trabalhava com eventos e festas e sempre reclamava. 

-Bom dia para você, vejo que está de bom humor... -falo ironicamente. -Eu já vou indo... 

-Não vai nem comer?  

-Eu compro alguma coisa na rua. -começo a pegar minhas coisas. 

-Hm, tem certeza? -Ve fica encarando. 

-Tenho, por que não teria? -encaro de volta. 

-Nada, só estou preocupada, você tem agido estranho...  

-Eu? Não fui eu que voltei carregada anteontem. -disse seca e ela revirou os olhos. 

-Pelo menos não finjo ser algo que não sou, fingindo ser perfeita. Acha que não percebi que voltou com as pílulas?  

-Eu finjo ser perfeita? -o sangue começa a ferver, mas acho melhor ignorar. -Quer saber? Apenas se meta na sua vida. 

Pego minhas coisas e vou embora.  

Ao caminhar tentei não pensar em Veronica e nem nessa pressão que eu mesma estava criando. 

Ainda faltava uma meia hora para abrir a loja, então resolvi dar uma volta em uma praça que havia por ali. O local não estava muito cheio, acendi um cigarro e me encostei em um poste, até que olhei para frente e percebi um homem parecido com Fred, comecei a caminhar até ele e pude ver que era o mesmo, mas estava com uma mulher, então se beijaram e eu parei e fiquei observando. Aquela mulher parecia familiar, fui para mais perto e fiquei atrás de uma árvore, não acreditei no que vi, não podia ser... 

1 ano atrás 

Estava farta daquele lugar, aquela mulher insistia em me fazer perguntas, perguntar como me sentia. Apesar de toda decoração e brinquedos espalhados, com intuito de criar um ambiente confortável, eu continuava a me sentir aprisionada, não deixava de ser um consultório, com alguém tentando entrar na minha cabeça... 

-Kaya? Ainda está me ouvindo? Preciso que fale comigo. -aquela mulher de longos cabelos louros e óculos me encarava. -No que está pensando? 

Volto a olhar para ela. 

-Estou rezando... Rezando para qualquer coisa que tenha a ver com Deus... Para me mandar um anjo da guarda... Que me tire desse inferno. 

Momento atual 

Agora aquela mulher estava novamente na minha frente, para bem ali, rindo e beijando meu tio. 

Senti a raiva percorrer todo meu corpo. Fui embora, queria ir para bem longe, comecei andar rapidamente sem destino. Estava longe então resolvo parar e sento em um banco, precisava me acalmar, em poucos minutos começa a chover, procuro abrigo em um bar a frente.  

Sinto uma lágrima escorrer, me sentia traída, frágil. Enxugo a lágrima e digo a mim mesma que devo me comportar, ser forte. Então peço uma bebida, talvez duas, três... Deixo a fragilidade de lado e começo sentir ódio, raiva, coragem. Fico um tempo pensando, então meu celular começa a tocar, era Fred, sinto mais raiva, ele não parava de ligar, continuo a ignorar, então Veronica começa a ligar. Eu não queria falar com eles. 

Passam algumas horas, havia várias mensagens dos dois, perguntavam onde estava, uma Fred dizia que se não aparecesse, seria despedida, apenas ri. 

Já estava tarde, resolvo ir até a loja, precisava gritar, por toda essa dor para fora. 

Chego e entro, e começo a passear pelo local, então ele aparece. 

-Por Deus Kaya! Onde você estava? Deixou todos preocupados, liguei para todos seus amigos! Nenhum sabia de você, pensei que tinha acontecido algo! Que cheiro é esse? Você bebeu? -ele falava alto e irritado. 

-Humm, estava comemorando! -digo sorrindo.  

-Você tem responsabilidades sabia? Estava comemorando o que? O fato de agir como idiota? -a voz dele ecoava na minha cabeça. 

-Idiota? Também! Mas tenho o motivo principal, adivinhe! O namoro bem sucedido do meu querido tio! -cuspi a palavras.  

Ele se calou e parecia surpreso. 

-O gato comeu sua língua? Ou será que foi uma moça loira? -comecei a gritar. -Achou que eu não descobriria? Sério? Para você sou tão idiota assim? 

-Eu estava esperando o momento certo... 

-Ah por favor! Quando seria? Talvez em um almoço, nós três? Que tal? -interrompi, não sentia mais controle sobre mim. 

-E o que eu deveria fazer? Eu não posso escolher as pessoas que vão entrar na minha vida! -ele começou a gritar também. 

-E o que eu deveria fazer?! Dizer que agora ela faz parte da família? -comecei a rir. -Você não pode escolher quem entra, mas pode escolher quem sai. Certo? Só me diga, enquanto eu era medicada e vegetava naquele lugar maldito, você transava com ela? Talvez assim ela me deixasse dopada por mais tempo! Não é mesmo? Não precisaria responder minhas perguntas! Comia a psiquiatra no consultório dela, quando ia me visitar? Eu tenho nojo de você!  

Eu sentia as lágrimas rolarem e sentia mais raiva. 

-Ah Kaya! Está na hora de aceitar a realidade, você não vive em um conto de fadas! A vida real é assim! Você gostando ou não! Compreendo que está brava, mas não vou admitir que aja dessa maneira!  

-Aceitar a realidade?  

-Não percebe o venho tentando fazer para você?! -ele me interrompeu irritado. -Esse serviço foi uma forma de te ajudar a seguir em frente! 

-Ah me sinto muito agradecida por esse favor! Quer que supere o que? Por que não me diz? Superar o fato de não conseguir reconhecer o corpo do meu próprio irmão?! De lembrar daquele maldito carro em chamas, todo santo dia?! De não conseguir dormir por ficar pensando, onde o corpo da minha mãe está jogado?! De tentar reconstruir minha vida todo maldito dia e falhar?! Aliás como foi capaz de deixar mamãe para trás desse jeito, sua própria irmã!  Você é um monstro! -cuspia as palavras nele, quando ele me segurou pelos punhos com força. 

-Não se atreva a falar da Joane! -ele gritou e me olhou profundamente. 

-Não sou a mesma criança da sua memória, vocês não podem mais me manipular! -Disse friamente o empurrando e saindo da loja. 

Já estava escuro e chovia forte.   

Minha mente estava um caos, não conseguia raciocinar direito, não enxergava nada em minha frente, me sentia estúpida por chorar, corria sem rumo, percebi que estava próxima de casa, então continuei sem rumo. 

Tive um flash. 

Estava ao lado de jake em alguma festa de família.  

-Seremos uma família perfeita. Pose com o seu irmão, você não vai ser uma boa irmã? -meu pai dizia, enquanto cobria um machucado na minha perna, provavelmente de algo que atacou. 

Momento atual 

Sinto meu corpo contra o chão. Esbarrei em alguém.  

-Me desculpe, não vi por causa da chuva? Se machucou? -ele me ajuda a levantar. 

-Eu que estava correndo, tudo bem. -olho para a pessoa, era o Van. 

-Ah olha só! Você de novo. -ele diz sorrindo. 

-Você se importa de irmos mais rápido? Essa chuva está acabando comigo! -uma garota que estava ao seu lado disse. 

-Ah claro... Essa é minha namorada Michelle, Michelle essa é a Kaya. -ele disse um pouco constrangido. -Você está inteira né?  

Eu tentava não olhar nos olhos, mas ele abaixou um pouco. 

-Hey o que aconteceu? -ele disse intrigado. -Você tá chorando. 

-Eu...  estou bem... Foi um prazer Michelle. - e voltei a correr, enquanto ele gritava meu nome.



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