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História You Got it Bad - Drunk and Sad


Escrita por: biebernajjja

Notas do Autor


Um capítulo cheio de flashbacks.

B O A
L E I T U R A!

Capítulo 8 - Drunk and Sad


Fanfic / Fanfiction You Got it Bad - Drunk and Sad

                        ''Life is so unpredictable''
                                                       Alice Waldorf



O almoço com papai tinha sido incrível, foi exatamente como fazíamos antigamente. Papai sempre perguntava tudo sobre a gente, mesmo longe e com todo trabalho, ele era extremamente presente. 
— Bom.... pai, foi incrível te ver de novo— meu irmão disse o abraçando.
— Hey, espero vocês em Nova York.
— Eu estou com saudade de casa— disse agora eu o abraçando— Tem certeza que não pode ficar até amanhã pai?
— Filhota foi apenas uma passada rápida, preciso voltar de verdade— torci a boca.
— Podemos te levar ao aeroporto, não é Nate?
— Na verdade eu tenho um compromisso agora...— pigarreou— Você não se importa não é papai?
— Não, tudo certo eu posso pegar um taxi.
— Não pai, claro que não, eu levo você.— olhei feio pro meu irmão — Nathanael pega um taxi.— falei triunfante, meu irmão ainda estava sem carro, então com certeza esperava que eu fosse sua uber hoje. Pensamento errado querido Nate.— Você não se importa não é mesmo?
— Não— suspirou— Preciso ir. Até breve papai. Eu te amo— o abraçou— Mande lembranças pra Jade.
— É sua mãe Nathanael. — papai bravejou — Mãe.
— Tanto faz.— deu as costas
Papai ainda tentou chama-lo algumas vezes mas ele simplesmente foi. Eu entendia esse rancor de Nate mas nunca achei que fosse pra tanto. Mamãe sofreu tanto quanto qualquer um de nós depois de tudo. Mas Nate, sentia a culpa. Esse era o problema. Era a culpa que ele carregava e o sofrimento que mamãe não soube administrar. Dei um longo suspiro enquanto dirigia rumo ao aeroporto em silêncio.
— Ele vai ficar bem?— papai sussurrou.
— Vai pai, ele só.... Você sabe, é difícil.
— Eu sei, eu sei. Mas é que você sabe que o dia é amanhã.— num breve momento tentei ligar o que papai queria dizer e foi como um tapa em meu rosto. Seria seu aniversário de 9 anos. Suspirei mordendo os lábios.
— Pai, precisamos aprender a seguir em frente. Ele se foi. Mas nós ainda estamos aqui.
— Queria que Jade ou Nathanael pensassem assim. Parassem de brigar. Não foi culpa de ninguém. Ele está em um bom lugar
— É, ele está....— sussurrei.
Depois de deixar meu pai no aeroporto e dramaticamente me despedir, fui para casa. Lá tomei um bom banho e me deitei dormindo em seguida. Quando acordei senti meu corpo pesado, eu havia dormido muito. Chequei meu celular respondi as mensagens mas uma em especial me chamava atenção. Era Serena, e ela procurava por Nate, olhei as horas, quatro da manhã. Me levantei e fui até o quarto do mais velho em passos preguiçosos achando a cama feita e a porta aberta, ele ainda não tinha chegado. Meu celular tocou exibindo o nome de Justin no visor. Pensei um pouco antes de atender, mas são quatro da manhã com certeza seria algo sério.
— Bieber? Isso são horas para ligar?
— Acho que sim, contando que tem um carra caindo de bêbado sentado no banco de carona do meu carro.
— E o que eu teria haver com isso?
— Bom.... estamos falando de Nate.
— O que? Nate? O que você fez com ele?
— Eu? Nada. Estou levando ele pra casa. Você poderia ir fazendo um café. Ele está numa situação péssima.
Antes mesmo de eu poder responder Bieber desligou. Então era isso? ele ia beber até quase entrar em um coma. Assim que Nate enfrentaria isso tudo? Me parecia tão fácil, tão covarde. Suspirei destravei a porta do elevador e tratei de ir fazer o que Justin havia me pedido, deixando o mais forte que eu pude. Não demorou muito até eu ouvir um estrondo na sala e corri até lá. Nate estava horrível. O canto de seus lábios sagravam e suas roupas estavam imundas. Levei a mão a boca e meus olhos se encheram de lágrimas.
— Dá pra ajudar aqui?— Justin resmungou mas não consegui mover um músculo. Nate já havia chegado bêbado, mas acreditem em mim ele estava num estado horrível e eu nunca tinha o visto assim.
— Vamos levar ele lá pra cima ok?
— Não Alice, ele não consegue subir, não tem um quarto aqui em baixo droga?— ele lembrava do quarto, nós já usamos ele.
— Claro.
Arrastamos Nate para o quarto e pedi a Justin que deixa-se eu assumir dali, ele resmungou um pouco mas logo saiu dizendo que iria atrás do café. Despi meu irmão e o joguei de baixo do chuveiro. Ele falava algumas coisas que de forma alguma dava pra entender mas tenho certeza que havia me xingado. Depois o levei para a cama que encontrei arrumada e uma xícara com o café e um comprimido do lado. Sorri, por Justin estar ajudando. O forcei a tomar o remédio e pelo menos três goles de café. Ele não falava nada mas fazia tudo que eu mandava. Com Nate na cama dormindo saí do quarto a procura de Justin. O chamei até ver algo deitado em uma das espreguiçadeiras da área da piscina, abri as portas de vidro e andei até ele que fumava.
— Obrigada por isso — sentei-me ao seu lado — Mesmo.
— Ele é meu amigo Alice, tá tudo bem.
— Pode me dizer o que aconteceu?
— Eu já estava em casa, dormindo quando ligaram de uma boate, não era do Vitrola, uma — pigarreou — Uma amiga reconheceu seu irmão, já fomos lá algumas vezes, ele estava lá tinha se metido em encrenca e apanhado. A briga tinha sido em frente a boate os seguranças o pegaram da calçada e o levaram pro escritório do dono dali.
— Nate é um idiota.
— Ele resmungou o nome dele a volta toda. Você sabe...— suspirou— Peter.


— Papai, quero algodão-doce!— pequeno Peter birrava.— Pai por favor, o amarelo, por favor. Mãaaeee...
— Peter nós vamos almoçar!— mamãe o advertiu — A gente espera seu irmão e depois compro tudo bem?— o garotinho assentiu na marra e logo meu irmão chegou o pegando no colo e mimando como sempre fazia.
Peter era nosso irmãozinho mais novo, e como caçula era o mais paparicado por todos nós. Estávamos em um restaurante almoçando, era férias. E eu e Nate passaríamos uma semana em NY antes de viajar com nossos amigos pra Grécia. O almoço foi cheio de brincadeiras e risadas como sempre, por um momento parei e apenas observei as três peças sentadas ali comigo a mesa. Meus três tesouros.
— Nate? Eu posso morar com você quando eu ficar grandão?
— Claro que pode carinha, vamos nos divertir muito e fazer muita festa — meu irmão bagunçou o cabelo do pequeno num gesto de carinho.



Aquele dia ia se passando pela minha cabeça. Um almoço feliz, em família. O último dia de vida do meu irmão. Suspirei ainda de cabeça baixa sentindo a mão de Justin passar pela minha perna.


— Ok papai, agora posso comprar o algodão doce?
— Algodão doce? Eu também quero. Vamos lá carinha — Nate tomou a frente segurando a mão o pequeno.
— Nathanael!
— Ah qual é mãe. Sobremesa extra, huh?— sorriu.
Observava sorrindo os dois caminhando um pouco mais a frente de mim e e meus pais. Peter carregava uma bola em um braço e segurava a mão de Nate no outro enquanto iam rindo de alguma coisa boba que estavam falando.


— Ele era bem esperto. — pelo jeito que ele falou, pude perceber que sorria.
— Ele era.... Ele era incrível— disse agora o olhando sentindo o mar de lágrimas se formar em meus olhos.— E faria 9 anos hoje. É difícil pro meu irmão, pra minha mãe, meu pai.... pra mim. Mas tento segurar a barra, preciso passar confiança pra Nate, assim como papai faz com a mamãe.— a primeira lágrima desceu.

— Lis, você quer um?— o pequeno vinha correndo em minha direção e pulou em meu colo.
— Hm.... quero, pode escolher a cor pra mim?
— Branco! Vou comprar branco pra você. Branco é igual nuvem e você ama o céu.— sorri
— Espertinho.

— Eu também amo o céu.
— Agora eu tenho dois filhotes viciados em Cosmos?— Mamãe se juntou ao abraço enchendo a bochecha do garoto de beijos.
—A Lis me disse que vai me ensinar todas as constelações.
—Ah tenho certeza que sim meu amor — Mamãe beijou sua bochecha. 
Num pulo Peter já estava ao lado de Nate na barraca segurando sua bola roxa. Peter apontou para um dos doces a sua frente e sua bola foi ao chão, o pequeno abaixou para pegar e a mesma bateu em seu pé em direção a rua. Foi tudo muito rápido. Peter foi atrás e no mesmo segundo um carro lançou seu corpo ao asfalto. Fiquei paralisada ali sentada no banco enquanto tentava entender o que tinha acabado de acontecer. ''não, não, não'' era o que mamãe sussurrava ao meu lado e papai já corria em direção ao filho junto a Nate.
As pessoas pararam tudo que faziam e correram até o local, meu irmão estava desmaiado, e uma poça de sangue estava abaixo dele. O motorista do carro parado em pé vendo a cena estático
— VOCÊ MATOU MEU FILHO, DESGRAÇADO.— minha mãe berrava estapeando o cara que não tinha forças pra revidar.
— Eu... me desculpe, ALGUÉM CHAMA A AMBULÂNCIA.
— ME DESCULPE? MEU FILHO ESTÁ MORTO!

Era uma cena horrível, eu chorava calada olhando tudo aquilo desejando que fosse um pesadelo. Aquilo não podia estar acontecendo.
Depois de levar meu irmão pro hospital, ficamos esperando e esperando por horas. Sete para ser mais exata, até a notícia vir. E o mundo da minha família acabar.


— Eu sinto muito. — ele falou num fio de voz — Por tudo Alice. Eu não estive lá com você. Eu só queria pegar toda sua dor, e passar pra mim. Eu nunca vou me perdoar por ter te perdido. Por não estar com você quando mais precisou. Eu tenho noção de como errei. E eu quero que você saiba que eu estou aqui, que eu...
— Agora é tarde Justin — falei amarga — Agora que tudo já aconteceu? Agora você está aqui? Você... você mentiu pra mim. E isso é o que mais dói. A mentira.
Todos nossos amigos foram para o enterro de Peter. Mas Justin não apareceu. Antes da viagem para a Grécia, nos iriamos passar uma semana com nossas famílias. Segundo Justin, ele iria para o Canadá, ficar com a sua. Eu tentei de todas as maneiras ligar para ele mas ele nunca me atendia. Até que resolvi ligar para Pattie, mãe dele. Foi quando a bomba caiu. Ele não tinha ido ver a família ele tinha ficado em New Haven, com Chuck que também não me atendia de jeito nenhum. Era a centésima ligação que fazia para Justin. Fora todas as mensagens que já tinha deixado para ele, eu estava preocupada, e pensava em tudo de pior no mundo. E quando finalmente atendeu o celular a voz de uma mulher ecoou do outro lado.
— Eu só precisava de você, e onde você estava Justin? — me levantei rapidamente— ME DIGA AGORA AONDE? — gritei.
— Alice... por favor.
— VAI EMBORA JUTIN. AGORA!— gritei mais alto ainda. 
— Você precisa me ouvir meu amor.
—NÃO ME CHAMA ASSIM. — solucei — Vai embora, por favor.
E assim ele fez, e eu fiquei deitada ali mesmo até pegar no sono.

Meus olhos inchados, os cabelos bagunçados, eu tinha acabado de acordar e não tinha condições de ir pra aula assim. Respirei fundo e pensei em Nate. Meu pobre irmão deve estar um caco. Tratei de preparar um café forte para ele e para mim também, eu precisava parecer bem e forte e dar o apoio que sei que ele precisaria. 
—Bom dia —murmurou entrando na cozinha
—Como se sente? 
—Melhor — suspirei
—Fiz café 
—Eu sinto muito — pela primeira vez me olhou
—Não sinta
—Digo...Eu sinto muito por Justin
—Nate, não. 
—Você não pode simplesmente viver com o que você acha que aconteceu, você tem que o ouvir Alice, você precisa disso.


Notas Finais


Vai Alice, dá uma chance pro Biebs!!!!


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