História You Make Me Beautiful - Chapter 3

-Bom dia! –disse Demi entrando no carro de Harry.

-Alguém viu um passarinho verde?

-Não enche, Harry! –ela respondeu e ele gargalhou da irritação repentina dela.

-Trouxe roupas, né?

-Hoje sim.

-Que bom – ele arrancou com o carro e os dois seguiram em direção a casa dele – sabe, ontem o Zayn não parou de falar de você...

-Sério? Eu o achei um amor. – ela respondeu mas não viu o sorriso cínico no rosto do motorista.

-Que bom. – ele disse apenas. Sabia que o amigo estava se interessando pela garota e, bom, ela estava facilitando inconscientemente.

...

Naquele dia, Demi foi convidada para almoçar com os Styles mas ao que parece, de Styles na casa só tinha o Harry. Os pais do mesmo estavam viajando com sua irmã, só haviam na mesa além deles, sua tia e empregada que sorria gentilmente enquanto servia.

As mulheres já haviam conversado um pouco antes do almoço. Danielle, a tia de Harry, era uma mulher muito jovem, não aparentava ter mais que 25 anos no entanto tinha 29. Tinha um corpo magro estilo Barbie, e cabelos louros curtos em estilo Chanel. Seus olhos eram no mesmo tom que os de Harry e os dois compartilhavam a mesma entonação branca de pele.

Ela sugeriu que montassem a dieta e cardápio da menina depois de comerem e Demi ficou satisfeita já que, de manhã, havia malhado com Zayn e estava faminta por não ter comido nada o que foi bom pois logo depois teve que se pesar.

Harry havia desaparecido pela manhã e quando passou na academia para chamar Demetria, parecia um pouco fora de si mas ele jurou que estava bem. A menina, ao passar por ele, sentiu cheiro de cigarro e torceu para que estivesse enganada no que pensara.

O almoço finalmente foi servido. Era um prato muito chique, de nome francês e envolvia frutos do mar. Demi ficou um pouco surpresa, não comeria algo assim em um almoço qualquer em casa, Harry comeu sem dizer palavras maiores que “me passa o sal” e “licença” enquanto Danielle sorria e tentava tirar todas as informações sobre Demetria e ficou surpresa, porém torceu para que desse certo, as aulas particulares com o sobrinho.

Com Harry trancado em seu quarto, ou seja lá onde estava, as duas começaram a trabalhar. Uma hora e meia depois, já tinham tudo programado em planilhas para a dieta da menina.

-Obrigada! Nem sei como te agradecer! – a garota disse.

-Que isso, foi um prazer te conhecer, Demi. Espero que tudo certo com suas aulas, meu sobrinho precisa de alguém certo para dar um foco na vida. – Demi apenas assentiu com a fala da moça seguida por um – preciso ir. Mas foi um prazer te conhecer.

-Mas não vai despedir-se do Harry? – a morena questionou.

-Ele não gosta de despedidas. – ela não entendeu muito bem o que a loira quis dizer com aquilo mas deixou-a partir sem novas perguntas.

Demi, agora questionava-se se Harry a deixaria sozinha por muito tempo. Se ele irá perceber que sua tia se foi ou que ela ainda estava ali. Por fim, decidiu-se procurar pelo mesmo.

Ela seguiu o corredor que dava para os quartos e logo sentiu um cheiro de ervas. Parou e arqueou as sobrancelhas.

Não seria o que ela pensava, ou era?

Ela decidiu andar e chegou de frente a porta onde o cheiro era mais forte e ao encostar para bater, se abriu um pouco e o cheiro se tornou ainda mais forte, então ela abriu totalmente revelando um Harry deitado na cama soltando fumaça para o teto.

-Harry? – ela perguntou assustada. Ele era popular, então ela imaginava que ele bebesse nas festas que frequentava mas não esperava que ele usasse drogas. Muito menos na própria casa.

-Mas o que é que você está fazendo aqui?! – ele gritou para a menina.

-Você é louco!? – ela disse entrando totalmente no quarto ignorando a fumaça que a fez tossir e ficando de frente para ele. Ele era bem mais alto que ela e seus olhos estavam vermelhos, não parecia ser o mesmo Harry mas de qualquer forma, ela não sentiu medo dele – você quer acabar com a sua vida? Apaga isso!

-Você não me manda! – ele disse mas seus olhos encontraram com os dela que suplicavam angustiados, algo humano falou por de trás do efeito da maconha e resolveu fazer o que ela pedia.

-Qual é o seu problema?

-Meu problema? – ele riu sarcástico – pelo visto são bem diferentes do que os seus. Estou me divertindo, sabe o que é isso? Imagino que não afinal, quantas vezes você sai de casa que não seja para ir para escola ou biblioteca?

-Mas que drog...?! – ela começou a falar mas ele a interrompeu gritando:

-O que te importa o que eu faço ou deixo de fazer com a minha vida? Você não tem que se meter na minha vida ou entrar no meu quarto sem permissão. Você só tem que me dar aulas. Só isso. – ele disse aquelas palavras duramente com um olhar completamente envolto ao delírio das drogas.

-Desculpa por me preocupar com você! – ela disse com raiva – mas eu estava sozinha na sua sala há um tempão!

-Podia ter chamado o Zayn.

-Zayn? O que ele tem a ver com isso?

-Nada, sai do meu quarto.

-O que?

-SAI. DO. MEU. QUAR.TO!

Ela não respondeu, ao invés disso, saiu e fez questão de bater à porta com força. Ela fez mais que isso e deixou o apartamento dele com o rosto coberto de lágrimas. Desceu as escadas o mais rápido que podia e, para sua sorte, Zayn estava na portaria.

Ao ver o estado da amiga, logo foi até ela que o abraçou. Ela chorava em seu peito e suas mãos seguravam as costas do rapaz que por sua vez, apoiou a cabeça sobre a cabeça na menina onde fazia cafuné para que ela se acalmasse.

-O que aconteceu? – ele perguntou.

Ela tentou responder algumas vezes mas ele não conseguia entender o que ela tentava lhe dizer.

Instantes depois de Demetria sair batendo a porta, Harry percebeu o quão grosso e ignorante havia sido, algo que tinha prometido que não seria. Ele socou a parede procurando dor para ficar o mais sóbrio de podia. Ele deu socos seguidos no mesmo lugar e depois saiu do quarto para vê-la mas não tinha a intenção de desculpar-se.

Mas ela não estava dentro do apartamento. Ele saiu de casa e chamou o elevador que demorou a chegar. Ele ficou pensando em onde ela poderia ter ido sem ele, afinal, sua bolsa estava no sofá e ela havia vindo de carona com ele. Resolveu ir a portaria, talvez o porteiro tenha a visto.

Mas assim que as portas do elevador se abriram, ele a viu abraçada com Zayn e travou o maxilar. Seus olhos se encontraram com os do amigo que, ao ver o estado que o outro estava, imaginou o que tivesse acontecido com Demi.

-Pelo visto já encontrou alguém para te consolar – Harry disse assustando a menina que se soltou de Zayn e o encarou confusa.

-Irmão, - Zayn se impôs entre os dois – é melhor você subir. Olha só como ela está, acho que você já fez demais por hoje.

-Eu ainda tenho que a levar em casa.

-Eu levo. Agora sobe e vai tomar um banho frio.

...

Harry estacionou seu carro na frente da casa de Demi no dia seguinte, e esperou. Ela não havia respondido a mensagem que ele mandara antes de sair de casa avisando que estava chegando (mesmo que não estivesse, senão ele teria que esperar ela ficar pronta).

Depois de cinco minutos esperando, ele chegou à conclusão de que ela não iria por espontânea vontade então saiu e tocou a campainha da casa da menina.

A porta foi aberta instantes depois pela mãe da menina. Depois de pedir para chamar a Demi pois queria falar com ela, Dianna avisou:

-Sinto muito, Harry, ela me disse que não queria falar com você e, caso você viesse aqui, pedir para que fosse embora.

-Eu sei. Mas preciso me desculpar – ele disse mesmo que não fosse a sua real intenção – eu fiz algo errado, e queria que ela soubesse que eu sei disso e sinto muito.

Ele se virou para ir embora. Estava com os pés sobre o primeiro degrau da varanda quando a mãe da menina, comovida pela frase do menino, o chamou de volta. Ele sorriu de lado vendo que seu plano funcionara mas mudou a expressão para que ela não percebesse.

-Espera! – ele se virou para ela que completou – diga isso você mesmo para ela. – deu-lhe passagem e ele entrou na casa e ela apontou para a escada – terceira porta do corredor.

O menino seguiu pelo caminho indicado e logo bateu na porta branca indicada. Ele ouviu como resposta a voz de Demetria pedindo para que a mãe a deixasse em paz. Ele riu baixo e abriu a porta vendo Demi reclinada em sua cama com um livro qualquer na mão.

-O que você está fazendo aqui? – ela disse pondo o livro de lado.

-Nossa, quantos livros – ele disse se referindo as prateleiras cheias deles. De fato ela tinha muitos, seus pais eram donos de uma livraria e ela ganhava pelo menos um por semana.

-Me responda! – exigiu.

-Eu vim te buscar, oras! – respondeu em tom obvio.

-Depois do que você me disse ontem? – ela riu – ou vai me dizer que esqueceu o que houve?

-Não esqueci, mas olha. Você não devia ter entrado no meu quarto daquele jeito. – Harry diz em tom simples.

-Eu sei. – Demi confirma.

-E eu não devia ter te tratado daquela forma. – ele completa antes que ela pudesse ter dito outra coisa.

-Com certeza não.

-Então, nós dois fizemos burradas e isso nos deixa empatados e podemos seguir em frente.

-Você não acha que precisamos nos desculpar?

-Eu nunca peço desculpas.

-Mas...

-Isso está fora de cogitação para mim. Ou você aceita ou pode ficar amargurada.

-Você não tem um coração, não? – ela perguntou brincando mas em tom sério.

-Tenho. Eu não tenho são sentimentos.

-Tá, tudo bem. Eu vou com você – ela disse por fim – mas vamos para onde?

-Já tomou café? – ela negou – então vamos?

-Só se eu escolher o lugar dessa vez.

...

Meia hora depois, os dois estavam em uma cafeteria que Demi havia indicado. O lugar se chamava Green’s Cherry ou simplesmente Green’s e tinha um típico ambiente vintage. Um sino tocou quando eles atravessaram a porta e foram até uma mesa.

O chão era de madeira e havia um grande balcão que se estendia horizontalmente por quase todo o espaço e haviam bancos de concreto na sua extensão. As mesas eram de madeira e os lugares eram bancos únicos de couro sintético vermelho que se estendia por três lados da mesa e, intercaladamente, ficavam entre grandes janelas. Haviam quadros de cantores de rock antigos, carros e filmes espalhados por todo o local.

Eles estavam decidindo o que pediriam quando uma garçonete se aproximou deles.

-Oi, Demi – ela cumprimentou a garota como se fosse velhas conhecidas – vai querer o milk-shake de sempre?

-Na verdade não, Rose – Demi respondeu – vou ficar só com um café.

A garçonete estranhou mas anotou o pedido em seu bloquinho e em seguida se virou para Harry e perguntou se ele já sabia o que iria pedir.

-Panquecas, um suco de laranja e o seu número.

A garçonete revirou os olhos e saiu como se aquilo acontecesse o tempo todo, o que de fato acontecia já que ela era bonita o suficiente para chamar atenção de vários homens.

-Vocês são amigas? – ele perguntou.

-Mais ou menos. Diria vizinhas.

-Você consegue desenrolar ela para mim?

-Sem chances. Ela namora e você também.

Ele não respondeu e Demi começou a brincar com seus próprios dedos na mesa. Antes de mergulhar no tedio total, ela recebeu uma mensagem e respondeu. Não demorou muito para receber outra e logo começou a trocar mensagens deixando Harry curioso.

-Então quer dizer que agora você manda mensagens...

-É o Zayn – ela respondeu e o mesmo revirou os olhos ao ouvir o nome do amigo.

O pedido deles chega e Demi para de mandar mensagem. Logo a falta de assunto começa a incomodar e Demi resolve quebrar o silencio perguntando:

-Por que você anda com Markus e Zack? Eles são tão idiotas.

-O Zack é meu amigo de infância e é bem legal, na verdade, só é muito influenciável. Markus é primo dele e, quando se mudou para cá, grudou nele e eu não pude fazer nada. Mas os dois andando juntos deixaram Zack bem babaca.

Os dois conversaram civilizadamente até o momento de pagar a conta. Demi não queria deixar que ele pagasse sozinho já que também havia ajudado a comer as panquecas dele. Por fim, dividiram a conta contra a vontade dele.

O resto do dia se passou como os anteriores, Demi e Zayn malharam durante o resto da manhã e o início da tarde, depois ela passou a dar aulas a Harry. As oito e meia da noite Demi chegou em casa e seus pais assistiam TV na sala. Ela se jogou no meio deles enquanto Harry dirigia para uma festa qualquer.

OLHEM A FIC DAS NOTAS FINAIS, POR FAVOR!