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História You Own Me - Sempre quis estar contigo


Escrita por: tat_maslays

Capítulo 10 - Sempre quis estar contigo


POV Tatiana

 

Poupar Evelyne.

Esse havia sido seu plano desde o começo.

Poupá-la daquele transtorno emocional que eu causaria, que eu estava causando.

Poupá-la das minhas indecisões.

Poupá-la da minha covardia, já que eu não assumia sequer a mim mesma os sentimentos que tinha por ela.

Para mim não estava sendo fácil nada daquilo, mas pensava que também não havia sido e tampouco estava sendo para ela.

Desde a primeira vez que a havia visto, já tinha uma leve impressão de onde tudo aquilo acabaria. Tentei por inúmeras vezes fugir, mas independente das voltas que minha vida desse, vez ou outra me via por entre seus braços.

 

Desde o começo de tudo já tinha em mente que Evelyne seria responsável por minhas noites mal dormidas e por minhas ânsias mais constantes.

Tudo aquilo fora previsível.

Evelyne tinha uma forma de ser que contagiava as pessoas a sua volta.

Uma forma que havia feito com que me apaixonasse a primeira vista.

A maneira como ela interagia e se expressava com suas mãos inquietas, a maneira como ela puxava as mechas de seus cabelos dourados impecáveis fazendo pequenos círculos era hipnotizante.

Tive medo em sucumbir a ela desde o dia em que a conheci. E ali estava eu naquele momento, com ela.

Como ela conseguia ter aquele poder sobre mim?

Era uma pergunta que me fazia constantemente.

Assim como constantemente me perguntava até quando me enganaria dizendo a mim mesma que sentia atração por homens.

Sim eu tinha um namorado. Um namorado por conveniência. Uma pessoa extremamente amorosa que por muitas vezes me culpei por fazer infeliz.

Eu constantemente tentava me convencer que o amava, constantemente inflava o ego dele  para que não me questionasse sobre minha sexualidade.

Aquele era um assunto que constantemente discutíamos, principalmente pela minha falta de interesse sexual. Sabia que era pedir muito a um homem como Tom que me desse algo que ele era incapacitado fisicamente.

Tom jamais poderia me dar a leveza das mãos frágeis de uma mulher, assim como jamais poderia ter a suavidade da pele de uma.

E acima de tudo, Tom jamais poderia me tocar os lábios da forma frágil e suave como uma mulher sabia fazer. Como Eve o fazia.

Evelyne havia sido a primeira mulher que havia beijado em cena. Em cena e fora dela.

Beijos enquanto contracenávamos e que nada se assemelhavam a um beijo técnico, diga-se de passagem.

Não podia identificar o que se diferenciava dos beijos que já tivera em minha carreira dos beijos que trocava com ela, mas a diferença não era sutil.

Em pensar que ficara quase um ano sem vê-la e aquela ânsia lhe surgira como um curativo para suas feridas, aquela ansiedade de saber que a teria de volta em sua vida.

Naquele um ano, sentia como se um abismo houvesse sido aberto em seu peito e a única pessoa capaz de tapá-lo fosse Eve.

Por inúmeras vezes lutara bravamente contra sua vontade de busca-la, desistindo sempre em um último momento.

Sabia que não podia ir atrás dela. Evelyne estava bem sem ela, e assim continuariam elas.

Haviam sido inúmeras as vezes que escrevera mensagens para ela, mas que não enviara.

Até mesmo em uma dessas vezes havia tido uma tórrida briga com Tom, como nunca antes.

Tom dissera que não aguentava mais ser trocado por Evelyne.

Que por inúmeras vezes quando dormia eu chamava pelo nome dela.

Ele definitivamente não suportou e após muito tentar convencê-lo, meus esforços foram em vão no momento em que ele soube que ela voltaria para série.

Fazia dez dias que ele havia me dado o ultimato, e desde esses dez dias eu não havia respondido suas mensagens, muito menos ligado para ele.

 Minha constante ânsia em encontrar Evelyne e minha falta de paciência para lidar com o final de tudo fez como os dias se estendessem.

Eu precisava falar com Eve.

Era aquele um dos motivos pelo qual eu ligara para ela nos dias que haviam antecedido aquele momento. Um dos motivos que me faziam querer encontra-la.

Não a julgava por estar me ignorando quando, nem eu na verdade sabia o que queria.

Mas definitivamente me doía ter todas aquelas questões me atormentando e não ter com  quem conversar.

Queria definitivamente dizer a ela que não era uma covarde.

Pelo menos queria dizer que não o era mais.

Me fixei em seus olhos castanhos que estavam marejados.

- Minha intenção jamais foi te magoar.

Algumas lágrimas tímidas invadiram sua face.

- Não chore, Eve.

Pedi levando minhas mãos até sua bochecha, para logo em seguida conter a emoção que ela mesma não conseguia mais controlar.

Seu rosto quente em contato com meus dedos frios. A lágrima recém formada dissipando-se entre meus dedos.

- Minhas lágrimas são de felicidade.

Declarou ela, esforçando-se para não deixar-se sucumbir pelas lágrimas.

Suas ações estavam enternecendo meu coração. Eve havia aberto seu coração sobre os sentimentos que tinha por mim.

Eu estava sem ação. Buscando alguma maneira de lidar com aquilo.

Eu a queria e queria enfrentar o mundo por ela.

Levei minhas mãos até o pescoço dela, obrigando a curvar-se até que estivesse mais próxima. Minha testa se apoiou na dela. Se ela não fizesse aquele movimento não poderia alcançá-la

Meus lábios detiveram-se nos dela e naquele momento as palavras cessaram, assim como o semblante de preocupação que ela havia me lançado pouco.

Sentir a boca dela era uma daquelas sensações que tinha certeza que jamais me cansaria.

Seus lábios eram suaves e sua língua me explorava como se soubesse como tocar em cada parte de mim.

Eve me provocava e  me acariciava de uma forma nova e definitivamente gostosa.

Suas mãos ágeis e inquietas subiam e desciam por minhas costas por sob minha blusa colada.  Meu corpo se contorcia àquele toque e eu buscava satisfazê-la de alguma forma.

Tentei compensar nossa diferença de altura, mas mesmo sob as pontas de meus pés meu esforço não era suficiente.

Eu queria me entregar mais e queria exigir mais dela. Tinha receio de ultrapassar algum limite.

Limite seria uma palavra desconhecida para Evelyne naquele momento.

Eu estava totalmente inebriada pelo desejo dela, na maneira como ela explorava cada pedaço de meu corpo, senão com a mão por vezes com os lábios.

Que a cada minuto que se passava sentia aquele desejo me queimar e aquela vontade de estar com ela só aumentar.

Senti Eve levantando meus braços que foram envoltos por suas mãos macias, que levavam consigo minha regata que passou sem nenhum esforço por minha cabeça.  Eu apenas senti seu toque de mãos me afagando e cobrindo o local onde anteriormente estava o tecido.

Eu era nova naquele território, naquela exploração do corpo feminino, mas tinha certeza que Evelyne não era, aquela loira que me tinha em seus braços, definitivamente sabia o que fazia e sabia como fazer, ela sabia onde me acariciar, ela sabia como me deixar á vontade, sabia como cada parte de meu corpo reagia a ela, como se ela tivesse um mapa em mãos e o estivesse desbravando em cada ponto.

Eve me tinha totalmente entregue e o que eu mais queria naquele momento era aproveitar cada segundo com ela, eu tinha alguns receios que sumiram em definitivo no momento em que Eve baixou suas mãos até a lateral de minhas coxas  e tomando um leve impulso me levantou até que eu ficasse na mesma altura que ela.

Pela face que exibia ela estava totalmente extasiada e não fizera esforço para tal.

Instintivamente acompanhei o movimento dela com nossos corpos totalmente colados. Meus seios sustentados pelo pequeno sutiã preto roçaram no corpo dela, fazendo com que meu desejo por ela só aumentasse. Passei minhas pernas por entre seus quadris mantendo-me presa a seu corpo.

Senti quando as mãos dela se encaixaram em minhas costas enquanto aproveitava minha nova visão, de frente a frente a ela, olhos nos olhos, boca na boca.

Ela me exibia um sorriso de satisfação, mas antes que pudesse dizer algo, tive meus lábios preenchidos pelos dela em um beijo violento.

 



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