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  3. Nossos papéis

História 3. You Own Me (Cophine) - Nossos papéis


Escrita por: evelynefics

Capítulo 25 - Nossos papéis


Fanfic / Fanfiction 3. You Own Me (Cophine) - Nossos papéis

-PoV Delphine-

Chegamos na casa-barco e eu fui direto fazer um chá pra os meus sogros, eu fiz uma mistura de camomila e tília e deixei que ficasse bem forte, aquilo pelo menos ajudaria eles a dormirem um pouco melhor. Eles beberam o chá e depois Cosima foi com eles até o quarto pra ajudá-los a arrumar as coisas pra dormirem.

-Cos, eu vou ligar pra Charlotte aqui fora, qualquer coisa você me chama, tudo bem? -eu disse antes dela entrar no quarto.

-Tudo bem!

**ligação

-Oi, Sarah!

Sarah: Delphine? Puta merda…

-Eu acho que você quis dizer “Graças a Deus”.

Sarah: Puta merda, serve. Como você tá? Nós vimos tudo pelo jornal… Como tá a Cos? E os pais dela? O que aconteceu de verdade? Vocês precisam de alguma coisa?

-É muita coisa pra te explicar, Sarah. Eu acho melhor deixar pra depois. Mas posso te adiantar que agora tudo acabou de verdade. E… estamos bem na medida do possível, viemos ficar com eles aqui no Cais. Mas, eu não sei como serão os próximos dias pra eles, então acredito que eles vão precisar de vocês. E cadê a Charlotte? Inclusive, muito obrigada por ficarem com ela hoje.

Sarah: Não precisa agradecer por isso, Delphine. Vocês são nossa família. Ela tá dormindo agora, ela ficou no meu quarto, e eu vou dormir com ela hoje. Você quer que acorde ela?

-Não, não! Ela sabe que eu tô bem, né?

Sarah: Sabe, sim. Mas ela ficou até agora a pouco esperando vocês virem buscá-la. Mas eu consegui fazer ela dormir.

-Então ótimo, Sarah. Amanhã de manhã eu vou buscar ela e a Kira pra irem pra escola, pode ser?

Sarah: Combinado. Ela vai ficar louca de felicidade.

Sarah: Só uma coisa, responde as mensagens do seu irmão, eu tive que contar e o coitado tá desesperado.

-Você contou a ele? E os meus pais?

Sarah: Ele disse que não falou nada. Me desculpa, mas eu tava conversando com ele e eu não podia fingir que nada tava acontecendo…

-Tudo bem. Eu vou falar com o seu namorado.

Sarah: Ele não é meu nam… escuta, a Sra. S tá mandando dizer que amanhã vai aí ver os pais da Cos.

-Ótimo, eles vão precisar mesmo dela aqui.

-Agora eu tenho que ir, Sarah. Eu ainda preciso falar com Cosima.

Sarah: Certo. A gente sente muito por tudo, Delphine.

-Eu sei, eu também. Boa noite, Sarah.

Sarah: Boa noite.

**fim da ligação

-Como ela tá? -Cosima perguntou aparecendo atrás de mim.

-Ela já tava dormindo, achei melhor não acordar ela. Amanhã cedo eu vou lá.

-Ela queria ir atrás de você comigo, disse que ia te proteger também. 

Eu deixei soltar um sorriso e a abracei.

-Ela é maravilhosa, igual a você. -eu disse deixando um beijo na cabeça dela.

-Hoje eu achei que tinha te perdido, Delphine. Foi horrível. -ela dizia e eu sentia seus braços apertarem minha cintura.

-Mas não perdeu, Cos. Eu tô bem aqui.

-Mas como você tá se sentindo em relação a Rachel? Você ainda não disse nada.

-Eu ainda não sei. É uma sensação totalmente diferente. Eu acho que não consigo explicar ainda.

-Quando você quiser conversar eu tô aqui, tá bem?

-Eu sei, Del. -ela levantou a cabeça pra me olhar e eu beijei a testa dela.

-Tem uma coisa que a gente precisa conversar sobre ela… -tentei iniciar a conversa sobre o pendrive que tava na minha bolsa.

-Essa coisa pode esperar um banho?

-Claro, vai lá.

-E você não vem comigo? -ela perguntou já me puxando pela mão.

-Você tem certeza?

-É só um banho, Delphine. Até parece que meus pais não sabem que a gente toma banho juntas. E eles devem ter apagado graças aquele seu chá.

-Tudo bem.

Cosima foi procurar uns roupões pra gente e eu mandei uma mensagem rápida pra o David dizendo que estávamos bem e que depois explicaria tudo a ele, tinham milhares de notificações no meu celular, mas eu não iria ler nenhuma delas naquele momento, fui direto pra o banheiro e comecei a tirar minhas roupas, quando Cosima chegou eu a ajudei tirando suas roupas também e deixei um beijo no seu ombro. O banheiro era bem pequeno, mas de alguma forma a gente se encaixava bem ali. A primeira coisa que eu fiz foi molhar meu cabelo, uma péssima ideia porque poderia demorar a secar, mas eu precisava molhar minha cabeça. 

Enquanto eu lavava rapidamente o meu cabelo eu sentia as mãos da Cosima no meu corpo passando sabonete, minha pele parecia reagir a cada toque dela, mas era de uma forma diferente, por mais que eu sempre desejasse o corpo de Cosima e os seus toques no meu, hoje eu queria tocá-la como uma forma de cuidado, igual ela fazia comigo. Então troquei nossas posições ficando atrás dela e enquanto ela lavava bem o rosto pra tirar o delineador já borrado dos olhos, eu ensaboava suas costas, seus quadris, depois fui pra sua barriga, sua virilha.

Ela se virou pra mim e eu a segurei pela nuca enquanto minha outra mão continuava pelo seu pescoço e pelo seus ombros até os seus seios, meu toque na pele dela era o mais suave possível, ela fechou os olhos e eu aproveitei e continuei acariciando todo o seu colo e depois deixei um beijo no seu pescoço e ouvi ela deixar um suspiro longo. Quanto mais ela sentia o meu toque, mais ela deixava eu limpar ela, então terminou que praticamente eu dei banho nela. Eu me abaixei pra ensaboar suas pernas e deixei alguns beijos enquanto eu a enxaguava, eu não fazia ideia do porque ela tava tão quieta, ela quase não se mexia, mas não era nenhum esforço ter que dar banho nela. Depois que terminei eu a sequei, e a enrolei no roupão. Quando eu dei um nó fechando o roupão nela, ela voltou a falar…

-Assim eu vou ficar mal acostumada. Vou querer que você me dê banho todo dia.

-Vai ser um prazer, ma chérie. -disse deixando um beijo rápido no rosto dela.

Ela esperou eu me secar e vestir meu roupão também, e saímos juntas.

Antes da gente entrar no quarto que agora era da Charlotte, eu passei na sala e peguei minha bolsa. Cosima sentou em uma das camas e ficou me olhando enquanto eu vasculhava minha bolsa na outra cama em frente a dela. Eu tirei o pendrive de dentro do saco plástico ainda dentro da bolsa e fechei na minha mão.

-Cos, quando eu tava saindo do hotel um dos policiais me entregou isso. Tava em um dos bolsos da Rachel. -segurei uma das mãos dela e entreguei o pendrive.

Ele era todo preto e tinha uma fita crepe colada com o nome “Cosima” escrito nele, aquela deveria ser a letra da Rachel. Ela olhava aquele pendrive virando ele de todas as formas na mão, mas não falava nada.

-Você não quer saber o que tem aí?

-Não sei, eu acho que eu tô com medo. Eu ainda não acredito que ela realmente morreu. Como que foi? Você viu? -ela me perguntou e eu fiquei sem reação na hora. 

Eu não vi muita coisa, nem mesmo depois, mas o som do corpo dela caindo no chão não saia da minha cabeça. Eu não esperava aquela pergunta, minha boca se abriu pra dizer alguma coisa mas eu não iria contar aquilo a ela agora.

Eu senti que algumas lágrimas começaram a cair, mas eu sequei rapidamente, precisava ser forte pra Cos.

-Foi horrível, Cosima. É a única coisa que você precisa saber por enquanto. Mas, a pior parte foi contar aos seus pais. Eu me sinto culpada. Porque era eu que ele iria matar se ela não tivesse chegado na hora, e a filha deles estaria viva agora.

-Delphine, você só tava lá pra início de história porque ela te colocou lá. Você não é culpada por nada, nunca mais diz isso, tá bom? Promete pra mim que você nunca mais vai repetir isso. -ela parecia até com raiva de mim por eu ter dito aquilo.

-Eu sabia que a Topside viria atrás de mim, Cos. Eu sempre soube. Me desculpa não ter te contato. -eu voltei a chorar porque eu não queria que ela me odiasse por isso.

-Ãh? Você mentiu pra mim? -ela perguntou e o olhar dela ficou ainda mais triste.

-Quando ela me ligou avisando que eu deveria fazer a denúncia, ela me pediu ajuda com outra coisa. Ela disse que um homem me procuraria, eu não sei se ela sabia que ele iria me levar ou não, mas ela disse que eu não contasse nada a ninguém porque ele é muito perigoso e ela não queria envolver vocês. E pra falar a verdade, depois de falar com aquele homem, eu até entendo ela agora… Ele é um psicopata, Cosima, e a pessoa mais cruel que eu já conheci. Mas, Cos, eu juro a você que se eu soubesse que isso tudo iria acontecer eu não teria feito nada disso, talvez tivesse outra opção, e ela estaria viva.

-Então você não teve culpa de nada, Delphine. Todos nós tivemos nossos papéis nessa história, e esse foi o da Rachel, a culpa não é sua. Me promete que você nunca mais vai dizer isso.

Eu não posso, Cos. Eu deveria ter questionado mais ela, e não só aceitado tudo.

-Me promete logo, Delphine. Por favor.

-Tudo bem, eu te prometo.

-Ótimo! Agora eu vou pegar meu computador pra gente ver o que tem aqui. -ela disse mostrando o pendrive e saiu do quarto.



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