História You Saved Me - Ride in Paris

Lauren acordou no meio da madrugada com o insistente barulho de seu celular. A morena tirou os braços de Camila de cima de si e saiu do quarto para atender o aparelho.

- Você conhece uma coisa chamada fuso horário? São três da manhã aqui! – Ela resmungou.

- Desculpa Laur, eu esqueci... – Verônica disse do outro lado da linha.

- O que aconteceu aí? Você aprece cansada.

- Eu não pareço Laur, eu estou... Essa médica que está te substituindo aqui é uma idiota! Ela é grossa com as crianças e juro pra você que a Lu que é cirurgiã cardíaca sabe mais de neuro do que ela! Eu e Demi estamos de babá da mulher... Eu quero você de novo Lauren! – A latina disse manhosa.

Lauren sorriu.

- Calma Vero... Nós não vamos demorar tanto aqui... Mais um ou dois dias e eu volto pra você.

- Tá... Mas eu não liguei pra isso, quero saber... Como tá aí?

A morena se sentou no sofá e sorriu.

- Umm... Perfeito?

- Sério? Isso quer dizer que você não está mais solteira? – A latina perguntou animada.

- Sim... – A morena disse.

- Ah! Laur! – Verônica gritou do outro lado da linha fazendo Lauren afastar o celular do ouvido.

- Por Dios Vero! Dá pra não gritar!

- Desculpa... Não vou pedir pra você me contar tudo porque eu realmente não quero saber... Mas eu estou muito feliz por você sabia?

- Eu sei Vero... Obrigada.

- De nada. Mas sério, volta logo pra mim ou eu vou surtar aqui nesse hospital...

Lauren riu.

- Tá bom Vero, eu vou voltar logo.

- É bom mesmo. Tchau Laur.

- Tchau Vero.

Lauren desligou o telefone e ficou um tempo sentada no sofá antes de voltar para o quarto. A morena tomou cuidado para deitar novamente na cama sem acordar a latina. Camila rapidamente jogou seus braços em volta de Lauren e deitou a cabeça no ombro da mais velha, fazendo-a sorrir.

- Quem era? – A latina pergunta sonolenta.

Lauren passa seu braço por sobre o corpo ainda nu de Camila e começa a acariciar as mechas escuras antes de responder.

- A Vero... Ela está pirando sem mim lá no hospital. – Respondeu soltando uma pequena risada. – Ela quer saber quando eu volto.

- Umm... Já que eu não vou vender o apartamento, eu acho que nós podemos voltar... Mas antes, eu quero te levar pra passear amanhã pode ser? – Camila movimentou sua cabeça a fim de olhar nos olhos de Lauren.

- Claro que pode! – A morena beijou o topo da cabeça da mais nova.

- E... Lo, na verdade, tem mais uma coisa... – Camila falou.

- O que Camz?

- É... Nada, deixa pra lá. – Falou voltando a se acomodar no peito de Lauren.

- Diz Camz... – A morena  insistiu retornando a brincar com os cabelos da namorada.

- Fazem pelo menos uns dois anos que eu não vejo os meus pais... E eu queria ir pra Chicago vê-los, mas eu não quero ir sem você...

Lauren deu novamente um beijo na cabeça da latina e sorriu.

- Tá bom, nós saímos daqui amanhã à noite e vamos pra Chicago.

- Sério? – Camila voltou a encarar Lauren com os olhos brilhando.

Ela sentia falta dos pais, mas não gostava de ir pra casa, não quando sabia que seu tio ainda morava lá. Querendo ou não, olhar para ele a fazia sentir-se vulnerável, mas ela sabia que se Lauren estivesse junto, isso não iria acontecer.

- Seríssimo!  - A morena respondeu sorrindo.

Camila abriu um grande sorriso e beijou os lábios de Lauren com vontade.

- Eu te amo Lolo... – Disse depois de já ter se acomodado sobre o corpo da morena mais uma vez.

- Eu também Camz... Muito.

Camila sorriu contra a pele de Lauren e fechou os olhos deixando-se ser levada pela inconsciência novamente.

 * * *

Lauren abriu os olhos já com um sorriso no rosto ao sentir os lábios de Camila em seu pescoço.

- Bom dia... – Disse com a voz rouca.

- Bom dia Lolo... É melhor você se trocar, nós vamos fazer um pequeno passeio pra você conhecer a cidade e depois eu vou te levar um pouquinho pra fora de Paris. – A latina disse sorrindo.

Lauren se espreguiçou e deu um leve selinho em Camila antes de levantar da cama, deixando a latina hipnotizada pelo seu corpo ainda nu.

- Camz, eu posso tomar um banho antes da gente ir?

- Aham... – A latina disse ainda olhando para as perfeitas curvas da namorada.

Lauren pareceu perceber, mas não falou nada, ela apenas sorriu e entrou no banheiro.

* * *

Depois de já terem se arrumado, as duas mulheres saíram do apartamento de Camila de mãos dadas. Quando elas saíram do prédio, Lauren parou e olhou um pouco surpresa para a namorada.

- Camz... O que é isso? – Ela perguntou apontando para a carruagem em frente ao prédio.

- Isso é o que vai nos levar no primeiro passeio. – Camila falou sorrindo e puxando Lauren

- Camz... Não precisava disso. – A mais velha disse sorrindo ainda um pouco surpresa enquanto se sentada ao lado de Camila.

- Precisava sim. – A latina respondeu simplesmente antes de puxar Lauren para mais perto de si e deixar que a morena deitasse a cabeça em seu ombro enquanto a carruagem as levava para alguns pontos turísticos de Paris.

A manhã das duas passou desse jeito, elas trocavam pequenas carícias enquanto visitavam alguns lugares da cidade.

Depois do almoço,Camila levou de trem, a namorada até um grande jardim que ficava a setenta quilômetros de Paris.

As duas entraram no local também de mãos dadas e Lauren parecia ter amado o lugar.

- Camz... Isso aqui é lindo. – Ela disse enquanto observava as muitas flores que enfeitavam o local.

- É... Na verdade é meio que um museu de obras de Claude Monet... Mas eu acho que eu só entrei lá dentro da casa uma vez... Aqui é calmo... Eu gostava de vir pra cá às vezes. Meu sonho era trazer alguém pra cá comigo... – Ela disse tímida.

Lauren sorriu e capturou os lábios da latina para um selinho demorado.

- Eu estou feliz que essa pessoa sou eu. – A morena falou segurando na mão de Camila. – Vem, você está prestes a entrar na casa pela segunda vez. – Disse antes de puxar a namorada para dentro da casa onde ficavam as obras de Monet.

Era incrível como Camila conseguia fazer Lauren se esquecer de todos os problemas. A morena não havia pensado em coisas ruins desde que chegara a Paris. E ela sabia que continuaria desse jeito. Contanto que a latina estivesse junto dela, os problemas não importavam.