História Young Forever - Capítulo único - Forever Young

Jimin foi acordado ás pressas por seu pai no meio da madrugada, ainda tonto pelo sono se sentou na cama e olhou o pai confuso, qual o motivo daquela agitação ás 3 da manhã?

  Seu pai suspirou fundo e o olhou como se não soubesse as palavras certas para lhe contar a notícia que mudaria toda a sua vida.

  "O Jungguk... morreu" foram as palavras que acertaram o seu peito como uma firte facada que o atravessara, mesmo com aquela dor repentina, não acreditara no que tinha ouvido.

  Jeon Jungguk era seu namorado, durante quatro anos, os dois se conheceram na escola, algo tão simples, muitos disseram que seria apenas mais uma paixão escolar, mas foi muito além disso.

  Jungguk era dois anos mais novo que ele, porém se entendiam tão bem, que poderia dizer que foram feitos um para o outro, se entendiam, falavam seus medos um para o outro, se amavam mais que tudo.

  O amor de sua vida tinha morrido? Aquilo não poderia ser verdade, estaria fora de cogitação, certamente estava tendo um terrível pesadelo, ou seu pai se confundiu.

  Porém o pesadelo era a mais pura verdade, o mais novo tinha sido atropelado após sair do curso de inglês que fazia a noite, mesmo sendo levado as pressas ao hospital, o mesmo não resistiu e faleceu.

  Logo a terrível ficha caiu, e caíram também pesadas lágrimas de dor. Os dois estavam planejando se casar no próximo ano, mas o sonho foi pisado.

  O moreno se levantou de sua cama, com as pernas fracas e sem estruturas, precisava vê-lo, só acreditaria realmente naquilo se o visse, mesmo que doesse.

Não trocou de roupa, nem ao menos lavou o rosto, simplesmente colocou um casaco e ligou a ingnição do carro. Olhou para o nada por uns minutos e logo saiu de casa, mesmo com seu pai vindo atrás do mesmo para que não fosse.

Dirigiu o carro até o hospital que seu pai tinha falado, apertando forte o volante e deixando várias lágrimas angustiantes rolarem sobre seu rosto.

Mesmo com a visão embaçada, chegou ao hospital e estacionou sem se importar se estava alinhado ou não na vaga, saiu correndo e entrou no hospital.

Olhou pelos lados até achar a recepção e se dirigir a uma mulher, perguntou onde estava Jungguk, que precisava vê-lo. A mulher olhou para o computador e logo suspirou e olhou para o menor aflito.

"Ele está no subsolo, no fim do corredor" Suas palavras fizeram o moreno chorar mais e sair correndo até o elevador, mas como estava fechado, resolveu descer pelas escadas, até chegar no subsolo.

Viu uma porta prateada no fim do corredor e foi até lá, com as pernas fracas e as mãos trêmulas. Tinha um homem do lado com uma ficha, o menor se aproximou com a respiração acelerada e perguntou pelo seu amado.

O senhor abriu a porta e o levou para dentro, era mais frio do que do lado de fora, e tinham várias gavetas em todos os lugares, logo chegaram em uma que tinha um papel escrito "Jeon Jungguk".

O nó em sua garganta apertou ainda mais, seu namorado estava ali? Naquela gaveta prata? Suspirou fundo e olhou para o senhor, que logo puxou a gaveta, o que fez o moreno desabar.

Jungguk estava imóvel, com o corpo todo machucado e sua cabeça aberta, uma cena horrível, não acreditava no que estava vendo.

O menor se aproximou do mais novo e levou suas mãos trêmulas ás de Jungguk, que não estavam completamente geladas. Os olhos do moreno já não tinham mais lágrimas para serem derrubadas, ele soluçava e apertava a mão do mais novo, que não tinha mais nenhum vestígio de vida.

Ele estava morto.

O senhor disse um "sinto muito" mas aquilo não adiantou nada, deveria dizer aquilo para todos os parentes desamparados que vinham naquela maldita sala.

Jimin colocou seu rosto no peito de seu namorado, que não se movia, nem um centímetro, lembrou de como gostava de ficar ali, ouvindo seu coração batendo e seu peito subindo e descendo com a respiração dele, mas agora não era mais possível.

No dia seguinte, Jimin, seus pais, os pais de Jungguk e alguns amigos seguiam o caixão preto que levava o mais novo.

O trajeto mais díficil que seguiu em toda a sua vida, já não tinha as mãos quentes de seu amado as suas, não escutou nenhum eu te amo, nenhum beijo.

No cemitério, todos sentaram em cadeiras para ouvir as últimas homenagens ao mais novo. Jimin mesmo sem estruturas, se levantou e pegou um papel em seu bolso.

"Jungguk sempre foi o meu melhor amigo.

Desde que nos conhecemos já nos demos bem, seu sorriso era tão inocente e bonito, e mesmo que o mais novo reclamasse de seus dentinhos da frente serem um pouco maiores, disse a ele que gostava, que dava um charme a mais a ele.

Não demorou muito para que ficássemos cada vez mais próximos e surgisse em nós essa coisa que chamam de amor, um sentimento que até então era um pouco novo para mim, mas mesmo assim foi tão intenso que senti como se não precisasse ter sentido antes.

Ainda me lembro do nosso primeiro abraço, da primeira vez que seguramos nossas mãos, e do nosso primeiro beijo, sim, ele me fazia feliz.

Não queria que isso terminasse assim, ele era tão novo, com tantos sonhos e esperanças para nós dois. Isso não é justo.

A vida não é justa.

E agora que ele se foi, não sei se poderei mais dizer que "está tudo bem", porque não está, nunca mais ficará.

Sentirei falta dele, todos vamos.

Só queria poder dizer a ele que eu o amo, nunca o esquecerei, e espero que de onde ele esteja, também não se esqueça de mim.

Eu te amo Jeon Jungguk."

Suas lágrimas novamente apareceram, ainda mais pesadas, apertando seu coração e sua alma.

Ver a pessoa que ele tanto amava sendo enterrado, como algo insignificante, o fez desabar.

Por mais que quisesse que o mesmo não sofresse nesse mundo, não queria que fosse assim, não desejava isso, o queria perto de si.

Mas ele o deixou, não por vontade própria, e sabia disso, ele não escolheu morrer assim, não escolheu morrer tão cedo.

Mas agora ele será jovem para sempre.