História Young Rebels - Briga no jantar

-Vamos Ashley, está atrasada filha, terá muito tempo para organizar tudo depois - meu pai gritava do andar de baixo enquanto eu me arrumava apressadamente. Acontece que eu cheguei hoje aqui em Bristol. Para morar com o meu pai. E ele sendo ele, me levará para jantar fora. Jantar de boas vindas.

Eu tinha a vida perfeita em Miami, amigos, um namorado perfeito, quer dizer ainda tenho... Mas quantos relacionamentos a distancia dão certo mesmo?  Melhores festas, sol, curtição, a escola era chata, mas dava pra aguentar, já que tinha popularidade e tinha os melhores amigos ao meu lado, e tudo o que eu queria e também tinha a minha mãe.

Meus pais se separaram há alguns anos atrás, e eu permaneci com minha mãe e meu pai foi embora, acontece que a grande empresa da minha mãe faliu, e ela ficou sem casa, dinheiro sem nada, e tinha que dar um jeito em sua vida, e a primeira coisa que ela fez foi ligar para o meu pai e pedir a ele para que ficasse comigo, pois meu pai poderia me criar perfeitamente até os dezoito anos. E agora eu estou aqui, na “casa nova casa" que nunca chamarei de minha.

Desci e meu pai me olhou e sorriu, estava com os meus cabelos loiros grandes soltos, vestido azul claro, salto, simples maquiagem e uma pequena bolça. Ta eu poderia me arrumar muito melhor que isso, mas como diz meu pai, e apenas um simples jantar de boas vindas a mim. Paro ao seu lado e sorrio.

-Está linda querida - ele diz

-Obrigada – digo sorrindo

-Então vamos? Não quero me atrasar, tenho novidades para lhe contar filha – ele diz e caminha até a porta a abrindo a porta da casa para que eu possa sair.

(...)

Entramos no restaurante chique, bem bonito o local, uma moça chegou e nos direcionou a mesa reservada que meu pai avia pedido mais cedo. Sentamo-nos e meu pai apenas pediu vinho, mas não me deixou beber, chato. 

-Calma jantar comigo não será chato... Estamos esperando umas pessoas – ele fala sorrindo para mim

-E quem são essas pessoas? – pergunto sorrindo

-Você verá – ele me responde risonho, reparo algumas pessoas entrar no restaurante, meu pai se levanta sorrindo para moça que vem a sua direção, e meu primeiro pensamento é “quem é essa vadia?” ela beija meu pai, e minha primeira reação foi fazer cara de nojo. Meu pai se vira para mim e eu sorrio.

-Filha está é Leonora, e Leonora, está e minha filha Ashley – ele fala e eu me levanto para cumprimenta-la e nos sentamos juntos.

-Onde está o Bradley? – meu pai pergunta. Gente, Bradley? Quem é esse?

Logo quinze minutos depois um menino chega se senta e não fala com ninguém.

-Boa noite Bradley - meu pai fala gentil, ata esse e o Bradley.

-Boa noite John, mãe - ele fala tentando não soar arrogante.

-Bradley filho... Seja educado e de boas vindas à filha do John- a mãe dele fala um pouco baixo e ele levanta a cabeça para me olhar

-Hum... - ele diz pensando e eu serrei os olhos – Eu esqueci o seu nome... Então... Seja bem vinda, ou não - Bradley fala dando de ombros e eu olho pro meu pai que suspira e Leonora olha para o filho o reprendendo, mas ele também da de ombros. Fazemos finalmente nosso pedido e ficamos em silencio, ai que coisa legal.

-Então John - Bradley fala fazendo nós três da mesa olharem para ele – Ainda não me falou- ele para por um segundo – Por que casou com minha mãe? - completa e meu pai ri.

-Espera – falo pela primeira vez – Você casou? – olho para o meu pai

-Ashley querida, essa era uma das novidades, eu me casei com Leonora – ela fala e eles sorriem um para outro, ELE SÓ PODE ESTAR BRICANDO?

-Você se casou e não me conta nada? – pergunto brava e um pouco alto e meu pai me encara

-Bom, eu te contei agora, queria te contar pessoalmente – ele fala calmo e volta sua atenção para Bradley me deixando com raiva.

-E lhe respondendo Bradley, eu casei com sua mãe por que a amo – meu pai fala – Mas você teve sorte de não nós mudarmos para outro lugar, assim não precisa mudar de escola também, você teve vantagem e com certeza foi bom – meu pai fala e sorri.

-Mas e desvantagem para mim, é ruim para mim – digo com raiva – Por que não me falou que se casou? – pergunto brava

-Querida, não irei discutir sobre isso com você - ele diz me ignorando.

-Por que não me disse? – insisto brava

-Calma Lourinha, você não ta aguentando essa barra sozinha – Bradley filho da vaca seca fala irônico.

-Cala a sua boca, você não tem nada a ver com isso – falei para ele.

-Claro que tenho, o babaca idiota do seu pai está casando com a minha mãe! – ele altera a voz

-Bradley! – a mãe dele chama a atenção dele, mas ele ignora.

-Então não, você não é a única que está infeliz aqui! – ele diz

-Duvido que você esteja infeliz – falo irônica – Você não teve que mudar a sua vida para vir para um lugar de merda e descobrir que seu pai vai casar com uma vagabunda! – digo brava e sorrio ao falar da mãe dele, e ele arregala os olhos.

-Ashley! – meu pai chama minha atenção bravo

-Não gostou daqui fofa – ele sorri irônico – Vai embora, aqui não é lugar pra você, já temos muitas vadias – ele diz sorrindo mais irônico e eu arregalo os olhos.

-Bradley! – sua mãe chama novamente sua atenção, mas ele a ignora e fica me olhando sorrindo.

-Estupido – me levanto e saio do restaurante. Vou até o carro do meu pai e encosto-me ao mesmo, aquele idiota, desgraçado do filho daquela vaca seca me xinga e meu pai não fala nada. Sim, meu pai destruiu completamente a minha vida, não ajudando minha mãe, me fazendo morar com ele em outro lugar que eu realmente estou detestando, deixando idiotas falar mal de mim e ainda vem com papo de que se casou.

Levanto minha cabeça e vi meu pai vir furioso vindo em minha direção, reviro meus olhos e ele para em minha frente.

-Ashley você ficou doida? Xingar minha mulher é o filho dela? – ele fala bravo

-Ela não é a sua mulher! – falo dando de ombros

-Ashley, eu vou me casei com ela você querendo ou não, você vai morar comigo você querendo ou não, você e minha filha, não é dona do seu próprio nariz, eu mando em você – ele fala auto quase gritando – Você vai entrar lá dentro e vai pedir desculpa para os dois, já – ele completa.

-Não eu não vou! – falo incrédula, filha mal criada? Sim sou. Posso perder tudo, mas desculpas eu não peço ele me olha com raiva e eu solto um “com licença” baixo e entro no carro, meu pai dá um tapa no vidro que não quebrou por sorte, mas me assustou. Logo vejo Leonora vir e eles conversam, presumo que ele esteja pedindo desculpa pelo que fiz. Logo eles entram no carro e fomos para casa em silencio.

(...)

Entramos em casa e já fui subindo as escadas rápido.

-Não acabamos essa conversa Ashley – ele diz me encarando de baixo

-Sim pai, acabamos! – digo e vou para o meu quarto.

Já estou vendo minha vida se tornando um inferno. Jogo-me na cama tiro os sapatos e pego o celular respondendo alguma das diversas mensagens do meu namorado, travo o celular e já caio no sono. Eu estava  muito cansada.