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História Your deep blue eyes - Esclarecendo o passado


Escrita por: fussballgott

Notas do Autor


Queria agradecer muito o comentário de vocês, estava super insegura em postar fic do Toni. Valeu meninas!

Capítulo 12 - Esclarecendo o passado


Fanfic / Fanfiction Your deep blue eyes - Esclarecendo o passado

Ele me olhou intensamente e eu o vi encostar no sofá e relaxar, cobrindo o rosto com ambas as mãos, suspirando. Meu coração se encolheu e eu me atrevi a me mover para mais próximo dele de modo que minha perna tocou a dele. Ele não se moveu e eu lentamente peguei as mãos dele, tirando da face, revelando os lindos olhos dele.

Os olhos azuis dele encontraram os meus. Eu vi a maneira que ele me olhava e uma vez mais eu não sabia o que dizer. Eu não queria falar, eu só queria ficar ali olhando para ele. A face dele estava tão próxima a minha.

Eu estava tentando interpretar o que se passava dentro dele e eu sabia que mesmo que ele não tivesse me pedindo por explicações, os olhos dele estavam. Eles me olhavam me questionando. E eu sabia que eu tinha que dizer a ele. Ele tinha que saber.

─ Xabi – eu comecei a falar e sem coragem desviei meus olhos do dele – Ele e eu costumávamos a ser um casal.

Eu tinha acabado de dizer aquilo e estava difícil continuar, mas eu sabia que tinha que fazê-lo.

─ Nós namoramos por 4 anos e de alguma maneira eu pensava que ele era o amor da minha vida.

Eu continuei falando sem olhar para ele, eu estava encarando a televisão, mas na verdade eu não estava prestando a atenção em nada, eu percebi a ironia na minha voz. Eu podia sentir que ele estava com os olhos em mim, mas ainda não conseguia encará-lo.

─ Eu o amei – eu disse apertando minhas mãos – Eu era feliz – eu falava muito lentamente e Toni não se mexia, ele não emitia nenhum som.

─ Eu era feliz, até que um dia, três anos atrás, eu acordei e ele tinha ido embora – eu parei por alguns segundos – Nenhuma mensagem, nenhum telefonema – depois que eu falei isso, finalmente eu tomei coragem e olhei para ele – Ele foi embora.

Toni estava me olhando intensamente, devorando cada palavra que eu dizia.

─ E eu nunca mais o vi. Não até o dia quando nós estávamos juntos.

─ Ele te deixou?

Ele perguntou e eu achei que eu tinha ouvido uma ponta de desgosto na voz dele. Eu concordei com a cabeça.

─ Por quê?

A pergunta dele foi genuína e ele tinha uma expressão de choque no rosto.

─ Eu tenho tentado responder essa pergunta desde que ele partiu. Acho que ele não me amava mais.

Ele fechou os olhos por um segundo e quando ele abriu novamente ele perguntou:

─ Você ainda o ama?

A voz dele ecoou na minha cabeça e eu comecei a encará-lo, não estava esperando por essa pergunta que veio dele. Eu percebi como ele estava ansioso, como os olhos dele estavam olhando para mim com intensidade.

Eu me afastei ligeiramente dele, ele percebeu, mas não se moveu, continuando a olhar para mim. Eu fechei os olhos e quando abri, olhei para minhas próprias mãos. Eu não falei nada e nem ele, mas eu senti o rosto dele se aproximando do meu.

Eu então levantei o olhar e encontrei os olhos azuis dele. Eu não sei porque, mas eu senti uma vontade enorme de chorar. Meus olhos viajavam pelo rosto dele e eu percebi que os traços dele já me eram bastante familiares. O silêncio parecia ensurdecedor para nós, mas mesmo assim eu não conseguia falar nada.

─ Você ainda o ama.

─ Não – minha resposta foi imediata ─ Eu quero dizer...

Quando eu quis começar a explicar, as palavras ficaram travadas na minha garganta e eu vi aquele rosto pálido me olhando com expectativa, próximo ao meu. Eu sabia que ele precisava que eu continuasse a falar.

De repente, eu senti falta de ar e me levantei, dei alguns passos pela sala para tentar fazer o ar entrar em meus pulmões. Eu olhei para ele e vi que ele estava com os cotovelos apoiados nos joelhos, seus dedos longos entrelaçados e seus olhos seguindo meus passos.

─ Você quer dizer...

Ele tentou buscar uma resposta e eu parei em frente a ele. A face dele estava sem expressão e sua voz também não expressava nenhuma emoção. Eu senti meu estômago embrulhar.

─ Toni – eu cruzei meus braços em volta do meu corpo – Eu simplesmente não tenho feito essa pergunta a mim mesma há muitos anos. Eu não sei.

Eu fui bastante honesta na resposta. Ele me olhou e então ele baixou o olhar para as mãos dele. Meu coração disparou, eu me senti mal ao somente ver o cabelo loiro dele, já que eu tinha perdido o contato com os olhos dele.

─ Toni

Ele levantou a cabeça e quando eu finalmente encontrei os olhos dele, o que eu vi foi confusão e ansiedade. Eu não disse nada, eu não sabia o que dizer. Eu me aproximei dele. Ele me olhava com aqueles olhos azuis tão lindos e eu inconscientemente mordi meus lábios.

Ele percebeu e eu notei que ele ficou olhando para meus lábios, mas ele não disse nada. Eu estava me acostumando com isso, com o fato dele não falar muito.

─ Eu sei que eu não sou quem você pensava que eu era.

─ Isa.

Eu ouvi ele falar meu nome, mas eu o impedi de continuar.

─ Eu só sei que eu queria muito ver você.

Eu falei com toda a sinceridade e ele me encarou, relaxou na maneira que ele estava sentado no sofá e descruzou os dedos que estavam brancos de tanto se apertarem.

─ Eu só sei que eu não gosto quando você está longe de mim.

Quando eu disse isso, eu sabia que ele estava somente a alguns centímetros de mim. Ele me olhou em dúvida e quando eu achei que ele não ia querer mais ouvir o que eu sentia, ele se aproximou e me deu um selinho, unindo nossos lábios levemente. Ele segurou meu pescoço com suas mãos, seus dedos compridos estavam gelados, mas seus lábios buscavam os meus ferozmente.

Ele desceu uma das mãos até a minha cintura e me puxou para perto dele, nossos corpos se tocaram. Meus braços deram uma volta no pescoço dele e a única coisa que eu queria naquele momento era ter mais dele, eu o queria mais perto, perto de mim.

Eu quase não respirava já que nossos lábios estavam tão selados que não havia espaço para mais nada a não ser aquele beijo desejado. O que eu sentia naquele momento era o gosto dos lábios dele, da boca dele, o gosto dele. Eu só tinha espaço para respirar o cheiro dele.

As mãos dele agarraram meu cabelo e eu instintivamente também corri minha mão para os cabelos dele. A maciez dos cabelos dele me fazia brincar num carinho delicado. Eu queria cada vez mais me aprofundar nos braços dele.

─ Eu não sabia que isso iria acontecer.

Eu disse sorrindo e olhando para os olhos dele que pareciam felizes.

─ Qual parte?

Ele sorriu e sem desviar os olhos dos meus, mordeu meu lábio inferior de leve.

─ Esta!

Eu consegui falar antes de novamente ir na direção dele e voltar a beijá-lo. Dessa vez minhas mãos seguraram o rosto dele e eu fiquei fazendo carinhos na bochecha dele. Quando eu me afastei, os olhos dele estavam fechados e eu vi um belo sorriso no rosto dele. Eu lembrei que eu não tinha gostado do rosto dele a primeira vez que eu o vi, como inacreditavelmente eu o achei bobo e sem nenhum atrativo.

Ele abriu os olhos e nós nos encaramos. Eu busquei pela mão dele. Ela não estava mais fria. Eu cruzei meus dedos com os dele e eu vi que pela primeira vez ele estava confortável naquele sofá preto da sala do apartamento dele. Ele encostou e me puxou para perto dele e eu encostei minha cabeça no peito dele, ficamos abraçados, curtindo o momento.

Eu podia sentir o peito dele se mover para cima e para baixo. Minha espiração e a dele eram os únicos sons na sala.

─ Eu sabia.

Ele disse com sua voz profunda e eu levantei a cabeça e olhei para ele confusa.

─ Que isto ia acontecer – ele balançou a cabeça levemente ─ o momento que você entrou por aquela porta. Eu sabia que não conseguiria me manter longe de você.

Eu senti necessidade de tocá-lo. Eu fiz um carinho na face dele e senti que ele relaxou somente com o meu toque.

─ Eu estava com medo que você não me deixasse entrar.

Eu falei suavemente e toquei os lábios dele com meus dedos.

─ Você não deveria ter medo disso.

─ Agora eu sei.

Eu deslizei com meus dedos por toda a face dele, explorando cada pedaço e eu gostei disso. O toque de nossas peles era sensível. Eu gostei do nariz másculo dele, eu gostei de sentir aqueles lábios macios e como eles me faziam querer beijá-lo.

─ Eu gosto do seu rosto.

Ele abriu os olhos quando eu falei aquilo.

─ Gosta? – ele parecia surpreso.

─ Claro – eu sorri.

─ Ótimo, porque eu amo o seu.

Ele disse isso e eu estou segura que vi o sorriso no rosto dele e senti meu coração parar.

─ Eu tenho que ir agora.

Nós fomos abraçados até a porta e ele me beijou no pescoço.

─ Tenho que ir agora, Toni!

Eu disse tentando convencer a mim mesma. As mãos dele seguravam minha cintura e estava impossível para eu me mover.

─ Eu sei.

Ele disse, mas ele continuava não me deixando ir. Os lábios dele me tocavam carinhosamente e eu fechei meus olhos. Eu tenho que ir. Eu senti as mãos dele me puxarem para próximo dele.

─ Eu estou falando sério.

Eu quase não tinha voz e isso não estava me deixando convincente.

─ A-hã

Ele voltou a me beijar com desejo. Meus braços foram abraçar o pescoço dele, estávamos nos querendo demais. Eu tinha que ir, mas eu não fazia mais nenhum movimento de saída. Eu só estava ali, beijando ele.

Quando nos separamos, meu coração estava disparado, eu estava com calor, ele fazia isso comigo e agora eu sabia. Eu apoiei minha cabeça no peito dele e escutei o coração dele bater forte também.

─ Fica comigo.

Eu o encarei e sabia que eu estava mordendo meu lábio porque ele olhava fixamente para minha boca, então eu parei.

Por um momento eu não sabia o que dizer, justamente eu que sempre falava mais do que devia, mas com ele.... Eu não sabia o que dizer. Especialmente quando ele dizia coisas assim. Ele me surpreendeu com um beijo na testa, tenho certeza que eu corei. Então tomei coragem:

─ O que você vai fazer esta noite? – eu perguntei sorrindo.


Notas Finais


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