História Your forever is all I need - Seja bem-vinda Carol!

                                                     P.O.V Isa

Como em alguns sábados, hoje era dia de almoçar com meu pai e com o Paulo. Meu pai não passou a gostar do Paulo mas ele o suportava. Ele deixou que eu convidasse meus amigos também. Disse que esse almoço era especial e que tinha uma notícia para me dar. Ok, estou curiosa desde quando ele disse isso. 

Paulo veio buscar eu e a Mari junto com Nathan, Bruna e Caíque. Assim que ele chegou, nós descemos rapidamente, sentei no banco da frente e Marina se apertou atrás com o resto pessoal.

Bruna: Vocês vão amassar minha barriga.-todos nós caímos na gargalhada assim que ela terminou de falar.

Nathan: Para de reclamar amor. São só uns minutinhos.-disse e assim seguimos rumo à casa do meu pai. 

Chegamos, cumprimentamos meu pai e fomos todos para a cozinha ajudá-lo a arrumar as coisas.
Estávamos todos arrumando a mesa pro almoço, quando a campainha toca e meu pai vai atender. Alguns segundos depois, ele aparece ao lado de uma mulher loira, que deveria ter seus 24, 25 anos. Sentamos para almoçar e no meio no almoço, meu pai resolve dar a tal notícia. 

André: Então, o que eu queria dizer é que eu e a Sofia nós, bom, nós estamos juntos.-disse sorrindo e eu o olhei boquiaberta. 

Isa: Como é que é?-disse batendo as mãos na mesa.- Não faz nem quatro meses que a minha mãe morreu e você já arranja outra?

André: Olha lá como você fala Isabella. Eu tenho todo direito de ter outra pessoa.

Isa: Outra que vai ser corna e tem idade para ser sua filha. Você nunca respeitou minha mãe e não ia ser agora que ia fazer isso né? Típico! 

André: Isabella! Para com esse show, eu to com a Sofia, -ele pegou em sua mão- e fim de papo. Vou continuar com ela você goste ou não. 

Sofia: Queridinha, você tem que aceitar que eu e seu pai nos amamos.-me encarou.

Isa: Eu não te dei o direito de me dirigir a palavra, queridinha.-forcei um sorriso- Tomara que vocês dois sejam bem infelizes. Passar bem!-levantei da mesa e Paulo segurou meu braço. 

Paulo: Ei, pra onde você vai?

Isa: Para minha casa, pra rua, qualquer lugar, eu não vou ficar aqui nem mais um minuto. -disse encarando-o.- Se vocês quiserem ficar, eu não me importo mas eu to indo.

Continuei andando e o pessoal veio atrás de mim depois de ter se despedido deles. O caminho todo foi um silêncio total. Paulo deixou Bruna, Nathan, Caique e Marina na casa dela e finalmente nós chegamos no meu prédio.

Paulo: Por que aquilo no almoço linda?-fez carinho no meu rosto 

Isa: Você sabe que é difícil pra mim.-suspirei.- E ela não é boa coisa pra ele, eu sinto. 

Paulo: Para de bobeira. As vezes isso é só coisa da sua cabeça.

Isa: Ta, pode ate ser coisa da minha cabeça. 

Paulo: Agora vem cá, que eu to com saudade do seu beijo.-puxou meu rosto mais pra perto do seu e logo nossos lábios se tocaram. 

Amor, fogo, paixão e desejo. Isso era o que o beijo transmitia naquele momento. Paulo percorria suas mãos pelo meu corpo e eu arranhava levemente a sua nuca. Eu queria ele. Preciso dos seus lábios nos meus e nossos corpos juntos um do outro. Hoje, agora, dentro deste carro. Mas eu tinha muita coisa para fazer e ele também...

Isa: Lindo!-disse com os lábios próximos ao dele.- Eu adoraria continuar mas eu tenho um trabalho da faculdade pra fazer. 

Paulo: Ah Isa, faz depois.-mordeu meus lábios e puxou.

Isa: Por mais que seja tentador ficar aqui com você, eu preciso mesmo fazer o trabalho. É pra segunda. 

Paulo: Tudo bem, tudo bem!-levantou as mãos em forma de rendição.- Então você nem vai mais tarde no show né? 
Isa: Não amor, desculpa. Eu queria muito ir. -lhe dei um selinho. 

Paulo: Não tem problema, amor.-sorriu e me deu outro selinho.- Eu amo você, eu passo aqui depois do show. 

Isa: Vou estar te esperando.-sorri, abri a porta e desci.- Lindo? 

Paulo: Oi meu amor

Isa: Eu te amo muito mais.-ele sorriu e logo depois saiu com o carro e eu subi para meu apartamento. Assim que entrei, decidi ligar pro Henrique para fazermos o trabalho logo.

"Henrique: Alô? 

Isa: Henrique? É a Isabella, da faculdade. 

Henrique: Oi Isa! Quando vamos fazer o trabalho?

Isa: Então, era sobre isso mesmo que eu queria falar. Você pode vir aqui hoje para fazermos logo? 

Henrique: Claro Isa! Eu chego ai em 30 minutos. Tchau. 

Isa: Tchau." 

De fato, 30 minutos depois estava Henrique na porta do meu apartamento com uma caixa de chocolates e uma rosa na mão. Me espantei com sua pontualidade.

Henrique: Isso é pra você.-me entregou o chocolate, a flor e entrou. 

Isa: Obrigada.-sorri e abracei-o.- Agora vamos começar? Temos muita coisa pra ler, pesquisar, escrever e ainda temos que montar a apresentação. 

Henrique: Vamos levar pouco tempo pelo visto né, quase nada.-rimos e nos sentamos para começar a fazer o trabalho. 

                                                         [...]
Henrique: Não aguento mais, sério, eu desisto.-disse largando a caneta em cima do livro. 

Isa: Aguenta sim.-sorri e bati no seu braço.- A parte da pesquisa já foi, já fizemos nossas anotações, agora vamos passar a limpo e montar a apresentação. Só falta isso. 

Henrique: Você fala como se fosse pouco. Ainda falta muito Isa. 

Isa: Quanto mais rápido voltarmos, mais rápido vamos terminar e você pode ir pra casa. 

 
Henrique: Então vou bem devagar porque quero ficar bastante tempo com você.-disse e senti minhas bochechas corarem.- Você fica mais linda com vergonha.-colocou a mão no meu rosto e se aproximou.

Isa: Obrigada.-sorri sem jeito.- O que você está fazendo?-tirei sua mão do meu rosto. 

Henrique: Po Isa, você sabe que eu sou muito afim de você e eu to louco pra te beijar desde a hora que cheguei aqui. 

Isa: Vamos continuar o trabalho.-mudei de assunto, peguei a caneta e comecei a escrever.

Henrique: Eu ainda vou conseguir esse beijo.-rimos juntos e continuamos o trabalho.

Depois de mais algumas horas, finalmente terminamos todo o trabalho.

Henrique: Finalmente! Isa, agora eu tenho que ir.-levantamos e fomos em direção à porta.- Tchau linda.-beijou meu rosto demoradamente. 

Isa: Tchau Henrique.-sorri, beijei sua bochecha e abri a porta, dando de cara com o Paulo.- Amor, o que você está fazendo aqui? 

Paulo: O show acabou e eu disse que ia vir pra cá, não se lembra?-ele entrou, fechou a porta e o Henrique foi embora.- O que esse babaca estava fazendo aqui?

                                                   P.O.V PAULO

Paulo: Anda Isabella! Responde! O que esse cara estava fazendo aqui?-disse um pouco mais alto. 

Isa: Ele é meu colega da faculdade e nós estávamos fazendo o trabalho que te falei amor.-ela se aproximou para um abraço mas eu sai de perto.- O que foi? 

Paulo: Colega da faculdade? Aham, eu acredito muito. Isabella, ele estava te comendo com os olhos, só você não percebeu isso. 

Isa: Paulo, pelo amor de Deus. Ele é um colega da faculdade e estávamos fazendo um TRABALHO, não viaja. Se ele estava ou não, eu não podia e nem posso fazer nada! Eu não fiz nada além do meu trabalho.-cruzou os braços.

Paulo: Podia ter feito sim.-gritei- Que merda Isabella, você podia ter mandado ele embora. 

Isa: E fazer aquele trabalho enorme todo sozinha? Você está maluco?

Paulo: Sim, sozinha. Você é...-fui interrompido pelo celular dela tocando, que ela atendeu, falou rapidinho e logo desligou.

Isa: Paulo...-disse nervosa.

Paulo: O que foi? Isabella, você está mais branca do que o normal!-me aproximei dela.- Fala!

Isa: A Bruna está no hospital, em trabalho de parto. A Carol vai nascer hoje. 

Paulo: Vamos para lá agora.-pego as chaves do carro e saímos juntos do apartamento. 

Seguimos até o hospital sem nem olharmos um para o outro, sem trocar nenhuma palavra ou algum carinho. Assim que chegamos, ela saiu e já foi em direção ao Caique e a Marina. Cumprimentei os dois e sentei um pouco mais afastado. 

Caíque: Que foi cara?-bateu no meu ombro e sentou do meu lado. 

Paulo: Nada não. Só tive uma discussão com a Isabella.-suspirei 

Caíque: O que houve? 

Paulo: Ela falou que tinha que fazer um trabalho de faculdade e quando eu chego lá, tem um babaca com ela. No apartamento dela Caíque!-disse indignado. 

Caíque: Um cara? Que cara? O que ele estava fazendo lá? 

Paulo: Um babaca lá. Acho que o nome dele é Henrique, não tenho certeza. A Isabella disse que ele era dupla dela no trabalho.-disse e ele começou a rir.- Ta rindo de que? Não to vendo graça nenhuma nisso. 

Caíque: Não entendi o porque de vocês terem brigado. 

Paulo: Ele estava comendo a Isabella com os olhos. Ele deve ter dado em cima dela várias vezes. E ele deu chocolate pra ela e uma rosa. Quem vai fazer trabalho e leva chocolates e flores?

Caíque: Ta, ele pode estar até sentindo algo por ela, isso é normal porque a Isabella é linda. E outra, o que tem demais levar chocolates e flores?

Paulo: Tem muita coisa. Ela tem que jogar aquilo fora.

Caíque: Ta bom, ta bom. Isso é palhaçada sua e mesmo se o cara estiver afim dela mano, fala pra mim, ela ta com quem? 

Paulo: Comigo Caíque.-passo a mão entre os cabelos. 

Caíque: Então cara, para. Duvido que a Isa faria alguma coisa dessas. Se ela falou que era um trabalho, era. Agora vai se acertar com sua mulher.-levantamos, nos abraçamos e vimos um médico qualquer surgir na sala de espera.

                                                        P.O.V ISA

Isabella: Doutor, doutor. Eu preciso saber da minha amiga. Ela chegou aqui pra ter o bebê dela e aí nós não tivemos notícias.-segurei em sua mão, já chorando. 

Dr. Felipe: Calma, senhorita.-apertou minha mão.- Qual é o nome da sua amiga? 

Isa: É Bruna, Bruna Mafra. Ela provavelmente estava com o Nathan, o pai do bebê.-ele me olhou.- Ela está bem? 

Dr. Felipe: É sobre ela mesmo que eu vim falar.-encarei-o- Ela e o bebê estão bem. Deu tudo certo durante o parto. 

Isa: Obrigada Doutor! E quando que nos podemos ver a bebê e ela? Pode ser agora? Eu quero muito ver minha afilhada e a minha amiga.-disse rápido e ele riu. 

Dr. Felipe: A sua amiga Bruna, já está no quarto descansando mas já pode receber visitas.-todos já se levantaram e vieram mais pra perto.-Depois vocês podem ver a bebê também, só que no berçário.  

Isa: Obrigada, de verdade.-sorri pra ele e fomos em direção ao quarto que ele indicou. 

Bruna: Achei que você não estivesse aqui.-disse após me ver perto da porta, caminhando em sua direção.- Todo mundo entrou junto e você só entrou agora, já estava pronta pra te matar amanhã.-rimos.

Isa: Você acha que eu ia deixar de vir? Óbvio que não. Como você está? To doida pra ver a Carol! 

Bruna: Ela é tão linda!-disse sorridente.- Amiga, pessoal entrou aqui todo animado, fazendo maior festa é bagunça,-riu.- menos o Paulo, ficou quieto o tempo todo. 

Isa: É que nos tivemos uma pequena briga antes de virmos pra cá. Totalmente desnecessária.-suspirei. 

Bruna: O que foi? 

Isa: Então, os meninos tiveram esse show hoje mais cedo e eu não fui porque tinha um trabalho da faculdade pra fazer com o Henrique. Ai ele foi lá em casa e quando ele estava indo embora, dei de cara com o Paulo e o resto você já pode imaginar. 

Bruna: Amiga, ele tem medo de te perder e isso é completamente normal. Ainda mais que o Henrique é um super gato, cheiroso e simpático.-rimos.- Espero que vocês se acertem logo. 

Isa: Tomara Bru. Mas enfim, cadê a Carol? Não era pra ela estar aqui com você? 

Bruna: Ela está no berçário.

Isa: Então eu vou lá para ver minha afilhada e deixar você descansar.-levantei e beijei seu rosto.- Amo você! 
Bruna: Também amo você.-sorriu.

Sai do quarto e fui em direção ao berçário. Assim que cheguei lá, fiquei do vidro olhando a pequena Carol. Ela mal tinha nascido e já era nítida a sua semelhança com o Nathan. Menos os olhos, ela tinha os olhos da Bruna. 

                                                      P.O.V Paulo

Paulo: Isa?-disse me aproximando dela e pegando em sua mão. 

Isa: Oi Paulo!-soltou minha mão.

Paulo: Isa, eu quero te pedir desculpas por hoje mais cedo.-coloco as mãos no bolso.- Eu fiquei com ciúmes de ver aquele babaca lá com você no seu apartamento.

Isa: Foi totalmente desnecessário aquilo tudo.- me encarou.

Paulo: Eu sei mas não gosto dele. Você não viu o jeito que ele te olha, Isa. Ele gosta de você. 

Isa: Você nem o conhece Paulo, meu deus. E outra, se ele gosta o problema é dele. Eu estou com você caramba, não com ele. 

Paulo: Eu sei.-suspirei.- Mas eu não gosto dele, ele não é coisa boa e ele estava te comendo com os olhos. 

Isa: Ele é legal.-cruzou os braços. 

Paulo: Você está protegendo ele? 

Isa: Eu não estou protegendo ninguém Paulo Augusto. Só to dizendo, que coisa.

Paulo: Ta bom Isabella!-virei as costas para sair dali.

Isa: Paulo...-continuei caminho como se não tivesse escutado.- Amor..

Paulo: Oi Isabella.-me virei e me aproximei.

Isa: Deixa de bobagem vai. Eu to com você e vou continuar com você. 

Paulo: Me desculpa.-suspirei.- Eu sei que foi um ciúme desnecessário mas eu não...-ela me deu um beijo rápido. 

Isa: Lindo, chega desse assunto ta? Vamos deixar isso pra lá.-sorriu. 

Só quero saber como Deus conseguiu inventar uma coisa tão perfeita como esse sorriso, como ela. Se ele fez alguém mais perfeita, ta guardada lá com ele. 

Paulo: Tudo bem amor.-beijei sua testa e a abracei pela cintura.- Você é tão linda. 

Isa: Você é lindo!-virou pra mim e sorriu.- Eu amo você. 

Paulo: Eu também amo você!-selei nossos lábios.- A Carol é linda. Bruna e Nathan terão trabalho. 

Isa: Eu vou ensinar tanta coisa a ela.-sorriu orgulhosa. 

Paulo: Ela vai ser namorada do Enzo ou do Felipe.-rimos.- Que horas nós vamos para casa? 

Isa: Você já quer ir? 

Paulo: Eu quero amor, quero aproveitar o resto da noite. Porque essa noite, a noite é só eu e você.-cantarolei baixinho perto do seu ouvido. 
                                                                 

                                                                   [...]