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História Your Heart - Vkook II Taekook - - Pesadelos -


Escrita por: Sweet_Kpopper

Notas do Autor


Boa Leitura! ^^

Capítulo 19 - - Pesadelos -


Fanfic / Fanfiction Your Heart - Vkook II Taekook - - Pesadelos -

“Colo de mãe: o melhor remédio para todas as idades.”Autor Desconhecido

Taehyung P.O.V’s

Depois de uma noite perfeita, passar o dia todo ao lado do mais velho foi a melhor terapia que pude ter. Porém, tudo o que é bom dura pouco, havia passado do horário de retornar para casa, e minha mãe começou a encher meu celular de mensagens, além das inúmeras ligações não atendidas. Já esperava por uma bronca, acabei quebrando algumas regras sem mencionar a pior delas, o atraso sem justificativa. Claro, estou errado de deixá-los sem notícias, principalmente sem saber se passei mal ou acabei falecendo em um canto qualquer.

Dispensei a carona de Jungkook e solicitei um táxi, não queria comprometê-lo e lhe causar problemas, além de que o motorista me deixou em segurança na porta de casa. Para minha agradável surpresa, meu pai viajou às pressas durante a madrugada, negócios dos quais não poderia esperar, desta vez até Namjoon teve que acompanhá-lo. Encontrei minha mãe sentada em frente à lareira, com uma taça de vinho na mão enquanto respondia mensagens de algumas amigas. A cumprimentei subindo para o quarto, acreditei que iria ficar impune, porém, fui barrado antes mesmo de colocar os pés no último degrau.

– Querido, venha aqui um instante. – a mais velha me chamou em tom sereno. Sentia meu coração falhando aos poucos, mas desta vez por puro nervosismo.

– Sim, mamãe. – tentei não demonstrar nervosismo enquanto me sentava no chão à sua frente. – Algum problema?

– Não, meu anjo. Apenas quero te fazer uma pergunta. – a mulher colocou a taça sobre a mesinha ao lado da poltrona, e voltou sua atenção para meu rosto. – Quero saber o nome, Kim Taehyung?

– Como? Do que a senhora está falando? – esse é meu maior problema, não saber com disfarçar o nervosismo. – O vinho deve estar fazendo mais efeito do que o esperado, senhora Kim.

– Não subestime minha inteligência, querido. O garoto com quem está se relacionando, quem é? – ela pareceu mais séria que o normal. – Por favor, não mente para mim. Sabe que pode confiar em sua mãe, nunca ficarei contra aquilo que te faz feliz.

– É complicado, mamãe. Não quero prejudicar ninguém e... – suspirei ao imaginar quais problemas isso traria a Jungkook. Ainda que eu seja maior de idade, a superproteção dos meus pais pode colocar tudo a perder.

– Você está gostando dele? – afirmei com um simples gesto, sentindo a mais velha deixar uma leve carícia em minha bochecha. – Estou feliz em perceber que ele te faz bem. Não o vejo dessa forma desde que o garoto dos Jung foi embora. – a mulher sorriu simplesmente ao achar que havia me chateado com lembranças. – Apenas queria saber o motivo de sua felicidade.

– Mamãe... – me levantei sendo acolhido pela mais velha, e ali senti meu corpo sendo envolvido como o de um bebê. – Eu queria dizer ao mundo esse motivo, gritar aos quatro cantos deste planeta, mas tenho medo principalmente do meu pai.

– É o doutor Jeon, não é? – disparou me fazendo afastar um pouco assustado. – É difícil não entender aquele olhar preocupado quando estão perto um do outro, sem mencionar o perfume em suas roupas, sinto esse cheiro apenas quando o levo nas consultas.

– Não conte ao papai, por favor. – supliquei, ainda que eu acredite que ela não irá me contar.

– Não irei dizer nada, mas quero conversar com ele. – disse ela deixando alguns beijos em minhas bochechas. – Chame-o para jantar conosco amanhã, seu pai e seu irmão só retornam na próxima semana.

– Obrigado, mamãe. – a abracei um pouco mais forte, percebendo assim a tensão esvair de meu corpo.

Fiquei ali por alguns minutos, precisava deste tempo. Suspirei aliviado ao perceber que ela aceitou bem as coisas, a mais velha sempre prezou pela felicidade de seus filhos. A mais velha se prontificou em me ajudar a preparar meu pai para a notícia, já que o homem não foi muito com a cara do médico. Sou um dos motivos, porém, agora entendo que Jungkook foi rude daquela forma apenas para proteger a si mesmo. Logo ela me mandou levantar, e me arrumar para irmos jantar fora, disse estar com saudades de sua lanchonete favorita, algo que isolou após começar sua onda de dietas desnecessárias.

Minha mãe consegue ser mais adolescente que eu às vezes, e na volta da lanchonete acabou me arrastando até o mercado. Segundo ela, deveríamos comprar as coisas para fazer o jantar no dia seguinte, e uma bela sobremesa para impressionar meu namorado. Possivelmente ela fará seu prato favorito, ação comum para agradar o possível genro. Só não quero estar na pele de Jungkook quando o interrogatório da mais velha começar, foi assim com Hoseok e acredito que não será diferente com relações futuras.

Quando chegamos em casa já se passavam de dez horas da noite, por isso não havia movimentação alguma nas ruas. Tomei um banho rápido e me atirei sobre a cama, precisava descansar um pouco a antes de ligar e tentar convencer Jungkook a vir. Assim que encostei a cabeça no travesseiro meu celular começou a tocar, tal qual foi minha surpresa ao ver sua identificação ali, sinal de que pensamos um no outro respectivamente. Acabei deixado um sorriso evidente antes de atendê-lo, meu namorado tem um efeito positivo sobre mim, não importa o que eu esteja fazendo, sempre haverá felicidade quando ver algo ligado a ele.

Alô, Babe. – sua voz saiu um tanto quanto sonolenta do outro lado.

– Você estava dormindo, Kook? Que voz gostosa de se ouvir. – murmurei de um jeito manhoso, na intenção clara de provocá-lo.

Não me provoca assim, meu bem. Depois não reclame das consequências. – apenas sorri com sua ameaça. – Tive um ótimo sonho com você, acordei desejando ouvir sua voz.

– Ótimo. Eu já iria te ligar, precisava te pedir uma coisa. – encarei o teto suspirando, precisava pensar em uma maneira melhor de abordar o assunto.

Aconteceu algo? – sua voz pareceu visivelmente preocupada.

– Não. Quero dizer, nada grave. – gargalhei com minha própria confusão, talvez por medo de levar uma bronca. – É minha mãe, ela... Ela quer conhecer você melhor.

Contou algo para ela? – pelo tom de sua voz ele parecia assustado. – Eu... Eu estou encrencado?

– Calma, Kook. Está tudo bem. – acabei rindo ao ouvir um suspiro de alívio do outro lado da linha. – Ela descobriu sozinha, não me pergunte como. Agora quer aproveitar que meu pai está viajando, e pediu para convidá-lo para jantar aqui.

Por mim está tudo bem, só me ligue para avisar o horário? – ele voltou a ficar aparentemente mais calmo.

– Pensei em te chamar para vir me esquentar um pouco, a noite está meio fria e... – parei ao ouvir a movimentação do outro lado. –Jungkook, você está tudo bem?

Estou ótimo, meu bem. Chego aí em cinco minutos. – a ligação se encerrou, mas foi sua animação que me deixou sorrindo a toa.

Desci para esperá-lo ao lado de fora da casa, todo o silêncio apenas denunciava que minha mãe já está dormindo a pelo menos uma hora. Quando Jungkook chegou o puxei direto para meu quarto e o joguei sobre minha cama, de fato não consegui conter a animação de passar outra noite ao seu lado. Para ficarmos mais a vontade, tranquei a porta antes de me sentar em seu colo e selar seus lábios com vontade. Confesso estar muito feliz em saber que pelo menos minha mãe aceitou nosso namoro, apenas espero que meu pai faça o mesmo.

– Quanta animação, meu anjo. Achei que estivesse cansado. – disse o mais velho beijando deixando um beijo em minha testa.

– Só te chamei porque quero dormir sentindo seu perfume. – aproximei meu rosto de seu pescoço, apenas para inalar um pouco aquele aroma maravilhoso.

– Então dorme, meu bem. – o mais velho sussurrou deixando um selinho em meus lábios. – Pretendo estar aqui quando acordar.

Não o chamei com segundas intenções, apenas desejei ter sua companhia sobre minha cama durante mais uma noite. Senti o sono chegar aos poucos, quando finalmente me acalmei nos braços daquele que amo cada dia mais. Seu perfume me faz relaxar e entrar em diversos sonhos, é como se estivesse em minha parte do paraíso na terra, tudo o que preciso antes de enfrentar o que está por vir no dia seguinte.

•••

A noite tinha tudo para ser tranquila, um pouco de paz ao lado de meu namorado, isso até sua mente começar a lhe pregar peças e seus pesadelos se fazerem presente. Já passei a entender esse lado, seu irmão disse que os traumas desencadeiam essas reações, e que meu namorado precisa iniciar sua terapia o quanto antes. Enfim, aqueles gritos e a forma que Jungkook se debatia sobre minha cama de fato me assustou, no entanto, precisei assumir o controle da situação antes que ele acordasse minha mãe e nos fizesse enfrentar tudo antes do previsto.

– Não... Por Favor, não... – fiquei assustado com a intensidade dos gritos do mais velho. – Não posso perdê-lo, eu... Não vou perdê-lo...

– Kook, por Deus. Acorda. – disse o sacudindo com força, medo de minha mãe acordar agitada.

– Não... – sua voz saiu abalada, ainda deixando evidente que ele estava sob efeitos do pesadelo.

– Filho?! Abra a porta. – o que eu temia aconteceu, a mulher batia insistentemente na porta do quarto. – Sei que não está sozinho, meu anjo. Você não costuma trancar a porta.

No ponto máximo do meu desespero apenas saltei da cama e corri para abrir a porta, a mais velha entrou desesperada vendo a cena de Jungkook se debatendo sobre o colchão. Não consegui acordá-lo com meus esforços, o que indica que tal sonho ruim é pior do que possamos imaginar.

– Mamãe, ele não quer acordar. – eu já chorava em desespero, enquanto a mais velha tentava ajudar de alguma forma.

– Vai tentando, meu amor. Ele está tendo um pesadelo. – a mais velha saiu correndo para fora do quarto, possivelmente foi à cozinha buscar alguma coisa para dar ao meu namorado quando ele recobrar a consciência.

Aproveitando que estávamos sozinhos no quarto coloquei em prática uma ideia que talvez fosse maluca, mas no fundo torci para que desse certo. Selei os lábios do mais velho e dei início a um beijo apaixonado, carregado de carinho que aos poucos foi fazendo o efeito esperado. Mesmo inconsciente Jungkook correspondeu, logo foi acabando sua confusão me fazendo sentir seu corpo se acalmando sob o meu. Porém, ele ainda permanecia assustado quando me afastei para lhe observar, o que apenas denunciava que seu pesadelo foi terrível.

– Você está aqui... Você... – fui puxando contra seu peito e abraçado com força.

– Já passou, eu estou aqui. – minha voz ainda vacilou por conta do susto. – Está tudo bem.

Quando minha mãe chegou no quarto, Jungkook começou a pedir inúmeras desculpas por estar ali sem sua permissão, no entanto, a mais velha não estava com raiva, e sim preocupada com meu namorado. Depois que consegui acalmá-lo um pouco mais a ela nos chamou até a sala, onde acendeu a lareira e trouxe um pouco de chá para ele. Permaneci ao lado do meu namorado, lhe dando carinho até que conseguisse aquietar sua estabilidade emocional.

A mais velha nos encarava com um pequeno sorriso, parecia bem mais feliz do que quando me via com Hoseok. Jungkook ainda estava meio aéreo por conta do pesadelo, se mantinha calado apenas aproveitando minhas carícias e aquele instante de paz. Minutos depois o mais velho me entregou a xícara e sorriu de forma terna, porém, no fundo sabia que seus olhos continham tristeza. Parecia ter medo de algo, possivelmente o tal pesadelo lhe deixou de fato mais assustado do que o normal.

– Me desculpe por incomodá-la, senhora Kim. – Jungkook se levantou encarando a minha mãe. – Acho que devo ir embora agora.

– Não vai sair a essa hora. – a mais velha respondeu com seu tom de voz habitual. – Bom, não vou negar que esteja brava por estarem aprontando por minhas costas, mas... Desculpe, não precisa ir por causa disso.

– Obrigado, senhora. – respondeu deixando um pequeno sorriso evidente ali. – Muito obrigado pelo chá.

– Não é nada. Você tem feito muito por meu pequeno, não poderia retribuir de forma diferente. – minha mãe se aproximou, atrapalhando meus cabelos. – Acredito que deveríamos voltar a dormir, está tarde.

Puxei meu namorado novamente para meu quarto, mas antes de voltarmos a deitar deixei suspensa a ideia de um banho. Suas roupas ainda estavam grudadas ao corpo por conta do suor, com sua resposta positiva, não tive dificuldades de encontrar algo limpo que coubesse em seu corpo. Passamos boa parte do tempo na banheira, sem malícia, apenas abraçados dentro da água enquanto trocávamos beijos e abraços carinhosos. Apesar de calmo, ele parecia um pouco assustado, apenas não teve coragem de me dizer o motivo.

Quando finalmente voltamos para o quarto, o mais velho não demorou a dormir. Provavelmente o pesadelo havia o cansado emocionalmente, sem mencionar os reflexos do chá calmante que minha mãe lhe deu. Com sua respiração mais calma, me vi mais confiante para me aninhar em seus braços, e foi ali que me senti protegido após aquele momento assustador. Porém, não demorei muito para me sentir sonolento, e por volta de quatro da manhã me entreguei ao sono outra vez. Afinal, também tive minha noite interrompida por algo assustador, poderia não estar vendo, no entanto, sentia seu sofrimento como se ele estivesse sendo torturado.

     Psicológico é mesmo algo fascinante, mas em sua maioria uma arma altamente destrutiva.


Notas Finais


Beijos e até o próximo capítulo! <3


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