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História You're a Drug - By chance - Part 2


Escrita por: MiladyTheWinter

Notas do Autor


Gal Gadot é a pessoa que mais me assemelho segundo muitas pessoas, mas Gal não tem um rosto jovem que expresse o que quero, nesse caso, Miranda Cosgrove é a jovem com quem aparentemente mais me assemelho(é o que dizem), por isso a escolha.Talvez eu decida usar o rosto da Gal mais para frente.
Aqui o restinho do capítulo 1.
Novamente perdão por qualquer erro, eu devo ter deixado passar despercebido. Boa leitura. S2

Capítulo 2 - By chance - Part 2


Fanfic / Fanfiction You're a Drug - By chance - Part 2

[...]

Mais tarde  toca o sino sinalizando que o tempo de fazer prova se esgotou. Entrego ainda totalmente insegura, mesmo que eu houvesse respondido tudo.

Calma Felicia, você não estudou a semana toda pra fazer 50 pontos nessa prova.

Voltei à minha cadeira cabisbaixa, em seguida guardei meus materiais um dinheiro que estava devendo a Lana.

- Olá senhorita Benett, como acha que foi seu desempenho na prova? - Disse Scotty imitando um repórter com um microfone invisível próximo à minha boca.

Dei um leve tapa em sua mão sem alguma expressão na face. - Creio que fui bem e vou passar, eu acho...e vocês? - Estico a mão com o dinheiro para Lana.

Obviamente não creio no que digo.

- Ah, eu sou um gênio, não tem como eu não passar, mesmo que a Lana me cutucasse a cada cinco minutos atrapalhando minha linha de raciocínio. - Disse a cutucando seguidas vezes.

- Nosso lema: Ajude sempre seus amigos! - Lana disse apontando para o rosto de Scotty.

- Mas não a trapacear!

- Gente, vamos logo. A prova me deixou com fome.

- Ok, vamos antes que o Scotty II nos devore vivos.

Lana batizou minha fome-nervosismo de "Scotty II" pois dificilmente fico satisfeita,igual o "senhor Gênio" em tudo na vida.

[...]

Hoje na faculdade foi um dia como outro qualquer, a diferença é que fizemos uma prova importante e tivemos um novo assunto pra conversar, onde Lana parecia ter um surto de ânimo a cada vez que alguém pronunciava o nome de você sabe quem enquanto que, eu criava uma paranóia nova sempre que algo ou alguém me lembrava A bendita prova...Scotty era a pessoa mais normal hoje. Me serviu de conforto e tranquilizante pra Lana.

[...]

Quase 21:00 horas. Meu vizinho Rick, está dando uma festa, o que não é novidade para ninguém na vizinhança.

Rick tem aproximadamente 30 anos, é descolado e quase todo dia se relaciona com uma mulher diferente, mas não as culpo. Aquele loiro grandalhão é realmente irresistível e conquista por ter um bom papo.

Passando por sua casa, tento esconder meu rosto pondo o capuz do meu moletom verde escuro que (por sorte) estava em minha mochila.

- Felicia! Ei! - Eu apresso os passos assim que ouço meu nome. - FELICIA!

Olho repentinamente tirando uma parte do moletom que cobria meu rosto.

- Ah.Oi Rick! - Dou um sorriso sem graça enquanto ele anda em minha direção estampando um sorriso com uma garrafa de vodka na mão e na outra uma negra linda.

Eu sou tão sem sal perto dessas ficantes do Rick.

- Você não quer curtir um pouco aqui?

- Ah, eu tenho que ir pra casa, tô baita cansada...dia cheio. Uff!

- Vem, fica só um pouquinho pra conhecer a galera e comer um pouquinho. Nunca vejo você curtir sua juventude.

- Eu realmente tenho que ir, se eu chegar tarde minha mãe pode brigar comigo. Boa noite, Rick. - Saio antes que ele pudesse abrir a boca.

- Ok...boa noite,sonhe com os anjos! Comigo, ein! - Disse ele sorrindo e aumentando a voz conforme eu me distanciava com passos largos e rápidos. Lhe retribuí com um sorriso forçado enquanto desesperadamente entrava em casa.

- Finalmente... - Falei contra a porta.

- Rick falou com você outra vez? - Mamãe disse surgindo do nada com os braços cruzados encostando seu ombro na parede.

- É, me convidou pra "curtir" a festa.

- E você disse que estava com sono e que se chegasse tarde sua querida mamãe iria ficar brava, não é?

- Como 90% das vezes! A senhora já tem até o texto decorado...quer dizer, tirando a parte de "querida mamãe".

- Haha. - Ela ri com ironia. - Eu já vou indo, seu irmão me deu trabalho hoje e meu chefe só não me sugou mais no trabalho porque não é vampiro. 

Frases de efeito de mães...pfff

 - Boa noite, filha. Come algo e vai dormir.

- Tá bom. Boa noite, "querida mamãe". - Disse lhe abraçando enquanto ela me dá um beijo na testa.

Espero ansiosamente ela subir as escadas e se trancar no quarto.

- Beleza! - Digo baixinho e empolgada. Corro até a cozinha, preparo minha pipoca e abro um pacote de Cheetos pra misturar à pipoca com molho rosé. Faço um achocolatado e vou até a sala.

R.I.P colesterol.

Ligo a tv, me acomodo na poltrona e me enrolo no cobertor, em seguida ponho minha série inacabada. Para os curiosos de plantão, se trata de Supernatural.

Tantas temporadas, taaantos episódios!

[...]

Após três - longos - episódios, adormeci como um bebê e acordei como um bêbado jogado na calçada em meio à minha bagunça.

As vezes acho que, se esse lance de outra vida existe, eu era um porco num chiqueiro.

...

- Droga! - Olho em meu relógio e já são 7:30 da manhã, ainda tenho que ir trabalhar hoje.

A essa hora a dona já deveria ter feito o café e me acordado.

Arrumo a sala e vou tomar um banho rápido, ponho uma blusa vermelha de manga longa e um macacão jeans azul com um sapatênis listrado, faço um coque meio solto e desço pra comer um pouco de cereal com leite. Vou correndo até a biblioteca. Loki veio às carreiras comigo. Quase é atropelado por minha culpa.

Chegando em frente à biblioteca lhe dou 4 biscoitos como forma de me redimir por quase tê-lo matado. Olho em meu relógio e são 7:58.

-  �� Weee are Champions, my frieeends * respira *

And we'll keep on fiiighting

'Till the eeend! �� 

- Você canta bem.

Robert? - Digo assustada e levemente envergonhada. Ele está sentado no corrimão da escada com uma roupa esportiva. - Por quê tão cedo? - Tento controlar a respiração sorrindo e com uma postura ereta para fingir que estou bem.

Eu preciso aprender a controlar minhas emoções.

- Susan arranjou um compromisso no horário que eu pretendia vir, daí aproveitei que saio pra caminhar todo dia bem cedo e passar por aqui, afinal, sou um homem de palavra.

Ah, eu preferia que não fosse.

- Ah bom. Ela não sabe que você está aqui,é isso?

- Sim, gênio...

Quando ele começou a ficar rude comigo?

- ...nunca achei que eu precisaria fazer isso, mas ultimamente ela tem me dado calafrios toda vez que falo de você. TPM eterna.

- Hmm, interessante. - Sorrio maliciosamente esfregando a mão em meu queixo e paro quando sinto uma gota de suor escorrer até minha mão.

- O que é interessante?

- Interessante saber que sou o assunto predominante na vida do casal. - Passo a mão rapidamente em minha testa quando ele olha para outro lado.

- Na verdade é sobre negócios, roupas novas, dinheiro, trabalhos, dinheiro, compras, investimentos, doações e ...e aí tem você. Mas pelo visto, é o que mais afeta ela no momento.

- Entendi. - Respiro profundamente.

- E por quê está tão ofegante?

- Pelo mesmo motivo que você. Correndo, sabe? Perder uns graminhas, melhorar resistência... - Digo tentando parecer determinada fazendo uma demonstração de alguém correndo sem sair do lugar.

- Com essa roupa na frente do local que você trabalha? Tomou café hoje? Nem raciocinar você conseguiu agora. - Diz ele sorrindo e cruzando os braços.

- Se sabe, por que pergunta? - Sento ao lado dele.

- Tava te testando.

 - Ah... * respira * só tô atrasada. - Olho em meu relógio marcando 08:00. - Tô atrasada!

- Ei! 

Salto do corrimão e abro bruscamente as portas procurando eletricamente o senhor Rocker com meus olhos.

- Cheguei!

- Shhh!

- Booom diiiiaaa seeenhor Manson. - Digo ainda sendo sarcástica e indo ao encontro do chefe.

- Bom dia. - Disse o Robert ao Manson que também não o respondeu.

- Senhor Rocker. Senhor Rocker! Aqui! - Respiro ofegante. - Aqui...eu... * respira * tô aqui. - Apoio as mãos nos joelhos.

- Minha nossa, você não tem mesmo condições de chegar antes do horário, Felicia!

- Na verdade eu cheguei... - olho no relógio. - no horário! - Sorrio satisfeita fazendo uma dancinha generosa e orgulhosa com minha vitória ainda respirando com dificuldade. - Não cheguei antes porque encontrei alguém no caminho. - Indico o Robert com o polegar atrás de mim.

- Oi. Prazer...preciso me apresentar? - Downey diz estendendo a mão direita para cumprimentá-lo. Ele parecia surpreso e logo o cumprimenta.

- Oi, muito prazer! Assisti todos os seus filmes até 2008. - Disse apertando a mão de Downey com a outra sobre ambas e um sorriso assustador no rosto sem desgrudar os olhos do Downey.

Não quero vê-lo sorrindo desse jeito nunca mais.

- Enquanto os novos? - Robert o indaga curioso.

- Sherlock Holmes apenas, mas não me interessei pelas continuações. Sou fã dos românticos, principalmente "Only you".

- Hm. Gosto da sua sinceridade.

Meu chefe tem no fundo é meloso...por essa eu não esperava.

- Então, o que faz uma estrela como você com uma menina como ela?

- Como assim "como ela"?

Ponho os punhos na cintura demonstrando indignação esperando pela sua resposta a pergunta do senhor Downey.

- Cai entre nós, acho que ela não bate bem da cuca.

- Vou ali afogar minha moral... - digo indo beber água.

- Ela tem algo diferente das outras jovens. As vezes age como criança, fala demais. Nossa, me dá uma dor de cabeça...ela é estranha, mas ao menos é contagiante.

Acho que fui chamada de mongolóide indiretamente.

- Talvez seja por isso. - Ele olha pra mim com um sorriso fechado.

- Ah...podem continuar, aprece divertido falar mal de mim. Vou voltar ao trabalho.

- Queria falar com você antes.

- Que seja rápido, senhor Downey.

- Me chama só de Robert, por favor.

- Ookaay "Robert", tenho que trabalhar. O que temos pra conversar? - Sorrio atenta.

- Errh... - Ele se vira para Rocker. - Posso tomar um tempinho dela?

- Pode, claro.

- Obrigado. - Ele dá tapinhas no ombro do chefe e me puxa pra perto de uma das prateleiras. - Ele respira fundo.

- Uh...você tá conseguindo me deixar tensa e atrasada.

- Bom, eu não sei como te falar falar isso sem parecer estranho, ainda mais vindo de alguém como eu... - Não pude deixar de revirar os olhos. - ...mas, você já deve ter notado que a Susan anda me incomodando muito com essa história de que eu tenho que ficar longe de você por você ser o tipo de fã que ameaça nosso casamento, e eu realmente odeio me sentir controlado...

- Somos dois.

- Claramente eu sou teimoso quando se trata de uma besteira desse tipo. Enfim, você não era nada relevante até ela fazer uma tempestade num copo d'água e sinceramente sinto que ela precisa melhorar e quero que você me ajude, até pra ela me deixar em paz. Discutimos por isso de novo, agora ela quer voltar pra Malibu o quanto antes possível.

- Ah não, e eu ainda nem consegui as fotos!

- Que fotos?

- Fotos suas.

- Normalmente um fã pediria no mesmo instante, me surpreendeu o fato de você não ter feito isso.

- Talvez porque eu não seja uma fã, são meus amigos que querem te conhecer. No máximo gosto da sua atuação. - Me ponho uma expressão soberba enquanto falo pra evitar que Robert ficasse cheio de si.

- Uma pena. Deve ser duro nao saber reconhecer pessoas boas como eu. 

- Olha como eu ri disso. - O olho séria. - Duro mesmo deve ser ter que aguentar sua mulher.

- Ela não é assim. Ela tá diferente tem pouco tempo e depois de você, piorou muito e eu não consigoe entender o por que.

Cruzo os braços.

 - Que foi?

- É que cê tá demorando pra falar o que quer comigo e eu preciso trabalhar. Desembucha.

- De onde pegou essa mania de falar igual caipira?

Arqueio a sombrancelha.

- Já entendi. Aliás, deveria me agradecer por te tirar um tempinho desse trabalho. Meio morto aqui, não? E ainda tem aquele coroa chato e mal educado, nem respondeu meu bom dia, como pode? Era o MEU bom dia...talvez ele não veja meus filmes.

- Eu trabalho sim de segunda a sábado, mas gosto do meu trabalho porque conheço bastante gente cuirosa como eu, e segundo, achei que você era alguém mais culto...terceiro que o senhor Manson não é nada chato se comparado a ter que ouvir seus problemas de casamento. Como se não bastasse sua esposa vir tirar satisfação comigo.

- Agradeço se me esculachar menos.

- Acabei me dando essa liberdade.

- Eu acho que você é bipolar.

- E eu acho que se você não falar o que quer agora, vou te ignorar o resto do dia.

- Como se eu fosse ficar aos seus pés o dia inteiro.Você é tão chata quanto a Susan de TPM, de um jeito diferente.

Dou um tapa em seu braço como reação.

- Ei...! -Ele esfrega a região que bati.- Tá. Então precisamos de maneiras criativas de fazer você e a Susan se darem bem, o que você gosta?

- Espera, eu não concordei com isso. Você me faz querer cada vez menos te ajudar e eu não quero me aproximar dela, ela vai ficar mais irritada com minha presença.

- Eu tenho muito dinheiro, cê deve saber disso, só não quero sair dessa cidade...não agora, entendeu? - Ele me deu um olhar que refletiu seu desespero. Quase me deixei tocar por isso.

- Não quero seu dinheiro, nem ser amiga dela. - Ele respira fundo novamente.

- Tudo bem, o que você quer? - Penso por quase dez segundos.

 Analisando bem: o cara tem uma longa carreira de ator e meu sonho ganhou uma nova oportunidade de ser realizado, eu com certeza deveria me aproveitar disso. Assim finalmente poderei dar ótimas condições de vida pra minha fmaília e ainda serei reconhecida por algo que eu amo fazer.

- Quero ser famosa! Você poderia me dar aulas pra eu aprimorar algum talento escondido. - Digo empolgada e ele me olha estranho.

Ele põe as mãos nos bolsos analisando minha resposta.

- Nunca me pediram algo do tipo. Tenho cara de professor? - Disse apontando para o próprio rosto.

- Tem...?

- Foi uma pergunta retórica.

- Tudo bem, Robert. Faça uma boa viagem. - Saio dramaticamente mas ele segura meu braço antes que eu desse o segundo passo.

- Ok. - Ele revira os olhos. - Podemos começar amanhã depois do seu trabalho.

- Eu não trabalho aos domingos.

- Ah é, claro, bem lembrado. - Diz coçando o cavanhaque e sendo sarcástico. - Me lembra de conversar com sua mãe sobre bons modos, ela não lhe deu.

- Você não tá falando sério.

- Tem razão, não estou. Jamais perderia meu tempo com isso. Bom, eu volto no fim do seu turno pra te deixar em casa. Amanhã cedo vamos começar o treino.

- Ah, qual é!? Eu pretendia dormir até tarde!

- Amanhã cedo. - Ele sai bebendo água em sua garrafa azul marinho e desce habilidosamente as escadas até sumir da minha vista.

- Eu nunca pensei que ficaria irritada com uma celebridade Hollywoodiana.

- E eu nunca pensei que você iria conhecer uma. - Disse Rocker atrás de mim. - Bom, voltemos ao trabalho. Até outra hora, Felicia.

- Até. - Pensativa, me balanço para frente e para trás revezando meu peso por uns segundos ainda olhando para a saída. Vou até o balcão para terminar mais um dia de trabalho.  Aproveito e ligo para Scotty e Lana avisando que ele não poderá vir à biblioteca hoje pois tem compromisso. Lana ficou chateada, mas no fim das contas entendeu e aceitou, porém não hesitou em pedir para que eu implorasse pra que ele viesse algum dia à tarde.

Pff. Eu não vou implorar nada dele.

[...]

Já são quase 13:10, espero que ele não fure.

Me sento em uma mesa enquanto folheio um livro de receitas.

Quem é a velha agora?

Acabo ficando com tédio após aprender uma receita de torta clássica de maçã e uma de lasanha vegana. Acabo por tirar um cochilo na mesa fazendo do livro um - desconfortável e duro - travesseiro. Algum tempo depois sinto meu nariz coçar, acordo de primeira meio assustada achando que algum bicho pretendia fazer do meu nariz uma toca. Levanto o olhar esfregando meu nariz,em seguida olho para Robert olhando para o nada em minha frente.

- Você demorou. - Falo apoiando o rosto em meu punho.

- Foi mal, eu quase esqueci que havia combinado de te deixar em casa. Vamos, cachoeira humana?

- Eu babei?

- Ah, não. Tô brincando. Eu teria tirado uma foto, mas a marca da sua mão no seu rosto faz parecer que você levou um belo tapa.

- * suspiro * Tudo bem, vamos logo. Fiquei com uma dor nas costas. - Digo me esticando e o seguindo até o carro cobrindo meu rosto aparentemente "estapeado". - Isso aqui deve custar os olhos da cara.

- É um Audi R8 e eu tenho certeza que seu olhos não cobririam o preço desse carro.

- Porque eu não tô surpresa? - Disse com ironia.

Entrei me aconchegando no banco.- Que fofo! - Disse inspirando o cheiro suave e doce que o carro tinha e me aconchegando no banco.

- Obrigado! - Disse com um sorriso de canto pondo seu cinto de segurança.

- Eu estava falando do banco... - Digo rindo da cara dele após perceber.

- Ah, bem. É confortável. - Ele dá de ombros.

Downey manobra e segue o caminho conforme eu o dizia para onde ir. Quase 4 minutos chegamos e paramos logo em frente de casa. Espero ele sair e se aproximar para me acompanhar lado a lado até a porta.

- Você vai entrar? - O questiono andando lentamente com os braços cruzados.

- Claro. Alguém tem que explicar com calma suas futuras saídas repentinas, por isso vou adiantar pra você. De nada. - Diz ele com uma expressão neutra.

Chegando à porta, a abro o deixando entrar.

- Bem vindo à toca - Estico os braços acima de minha cabeça sorrindo e feliz por apresentar minha humilde casa.

- É simples mas de bom gosto.

 - Veleu. Vou chamar a mamãe, senta aí.

- Isso foi uma ordem? - Disse em tom de brincadeira.

- Ok, senta se quiser. Chato! - Mostro a língua.

- Pois eu quero. - Ele se senta e começa a ver os jogos do meu irmão. Subo as escadas e dou três toques na porta da mamãe. - Mãe...?

- Entra. - Entro e fecho a porta - Oi filha, porque demorou? - Disse enrolada em uma toalha.

- Estava esperando uma carona de uma pessoa que eu diria que é um tanto...irresponsável, talvez. Aliás, põe uma roupa, quero que a senhora conheça ele.

- Ele? Mas você anda aceitando carona de estranhos?

-  "Chutar forte entre as pernas, sair correndo e gritando.". Mas a Sra vai ver que isso não vem ao caso. Se arrume e desça. Isso sim é uma ordem.

- Ai, tá bom.

Sorrio e desço até a sala. Me deparo com Robert conversando com Kevin. Kevin me vê e empolgado vem até mim.

- Cara, é o Tony Stark!

Não vou acabar com sua felicidade, pivete inocente.

Olho para o Robert e faço uma rápida leitura labial do mesmo pedindo ajuda. - Pois é. Rob...quer dizer, Tony! Conta como foi escapar do buraco de minhocas em Nova Iorque. - Pisco para ele. 

- Tá louca? Ele fica nervoso com isso. - Kevin disse aparentemente preocupado. - Mas como foi?

Deixo os dois conversando e vou até a cozinha pegar algo pra comer: um pacote de Cheetos sabor queijo suíço...dois minutos de paz saboreando Cheetos e observando a pracinha em frente de casa.

- Você é má, acabei de me dar conta disso.

Dei um mini salto de susto e quase derrubo o salgadinho em minha mão. - Ah seu...! Era meu momento.

- Estamos quites.

- O que você disse pra escapar?

- "Tenho que conversar em particular com sua irmã, ela sempre me ajuda com novas idéias para armaduras."

- Ah não! Ele vai me encher o saco perguntando sobre isso.

- Foi a intenção. - De repente ouvimos mamãe me chamar.

- Vem. - O pego pelo pulso.

- Você sujou minha roupa de Cheetos! - Disse ele limpando a barra da manga.

- Ih, foi mal...mãe, Robert. Robert, Marie.

Antes de cumprimentar mamãe, Robert me deu um olhar mortal que me fez rir.

- Oi! Muito prazer! - Eles se cumprimentam. Minha mãe aparentemente está nervosa e incrédula, não consegue parar de sorrir de nervosismo.

- O prazer é todo meu. Bom, o motivo pelo qual estou aqui é para lhe pedir permissão para deixar sua filha ter aulas artísticas comigo. Sei que é rápido demais e...

Bem direto, ahn.

- Por mim tudo bem, seria uma honra, não é, Felicia?

- Nem tanto, mãe. Vai por mim. - Foi fácil demais pra quem é protetora.

- O sonho da Felicia sempre foi trabalhar no meio artístico, seja cantando ou atuando mas ela nunca levou jeito pra coisa. Vai ser uma honra tê-lo como instrutor da minha filha.

Fico levemente indignada por ela ter revelado que não levo jeito, mas não deixa de ser a pura verdade.

- Ah, que bom então! - Ele se vira para mim e me dá uma piscadela. 

Debocho de sua cara pelas suas costas. - Ok, ok. Robert precisa ir. - Falo o empurrando levemente até a saída.

- Preciso?

- * susurra * Susan... - Arregalo os olhos acenando com a cabeça.

- *sussurra* Uh. Verdade!

- Não quer comer ou beber nada antes de ir? - Mamãe sugere como uma boa anfitriã.

- Não, não. - Se virando para minha mãe, Robert atrapalha minha fuga de fazê-lo sair rápido. - Fico grato, mas sua filha tem razão, preciso ir. Foi um prazer conhecer sua família, mesmo sendo expulso assim. 

- Você não conheceu todo mundo, se quer saber. - Loki me vem a mente.

-  Hum, verdade. Seu pai não está em casa?

Percebo a alegria da mamãe se desmanchar automaticamente.

- Nãaao...agora anda. - O empurro mais uma vez e saímos.

Já do lado de fora.

 - De certa forma sua família é bem legal, tirando você e sua mania de me expulsar de qualquer lugar.

- Força do hábito. - Dou de ombros.

- Ok, vou indo. Tchau, pirralha. - Ele dá um tapinha na minha testa.

- Que intimidade é essa?

- Nada não mas vai se acostumando. - Disse enquanto entrava no carro.

Me conformo com meu dia diferente e entro em casa.

O dia segue normal e com muitos questionamentos da parte do meu irmão e minha mãe. A idéia de eu "ajudar Tony Stark" fez Kevin ter um olhar de 'Super Irmã', já minha mãe não ousou criar expectativas imaginando sua filhinha em Hollywood, ela sabe bem como fico tentando atuar quando me sinto julgada.

Vou para a cama preocupada com o dia de amanhã, porém animada.

Boa noite, sábado!


Notas Finais




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