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História You're bruning up, I'm cooling down. - I'm yours, you're mine.


Escrita por: thai_stark

Notas do Autor


Gente, eu to tão cansada que só vendo meu estado mesmo! Que sono hahaha
Mas consegui vir aqui postar o capítulo novo e já sair correndo. Final de semestre por que tão horrível?
Espero demaaaaaaais que gostem desse capítulo, tenho impressão de que vão sim hahaha

Capítulo 25 - I'm yours, you're mine.


Sansa mirava o grande espelho à sua frente. Sua imagem era quase radiante ali refletida. Os cabelos estavam presos no topo de sua cabeça com tranças entrelaçando-se entre si, tinha uma tiara de ouro branco incrustada por joias azuladas e brilhantes, o colo nu estava enfeitado por um colar que combinava com o adorno da cabeça. Uma criada estava ali para ajudá-la. A menina era esguia e tinha feições comuns, fazia-a lembrar-se de Jeyne, se perguntava que fim teria levado sua amiga, mas naquele momento o vislumbre da filha de Vayon Poole viajou de maneira rápida por sua mente, sendo esquecida quase no mesmo instante. A garota a ajudou com as cordas de seu vestido, as apertando com firmeza em suas costas, fazendo seus seios saltarem com a pressão do tecido firme contra a pele. Quando estava pronta, lançou mais um relance em sua imagem refletida. O vestido era de um cinza quase branco, inteiramente bordado em fios de prata, os desenhos formavam pequenos lobos de bocas abertas e dentes brilhantes como se estivessem uivando. Os detalhes de cetim eram de um azul muito semelhante ao colar e à tiara e enfeitavam tanto a gola quanto a barra das mangas que iam até o pulso. Respirou fundo. A última vez em que se arrumara para um casamento o homem que a tomou era Ramsay Bolton. Aquela lembrança trazia uma sensação de desconforto em seu ventre. Mas Jon não era Ramsay. Jogou a pesada capa de lã sobre os ombros. Sabia que não deveria usar uma capa de donzela, mas para todos aqueles nobres senhores e suas tradições era mais fácil ignorar que ela já havia sido violada. Para Sansa, no entanto, era infinitamente mais difícil esquecer-se. Ouviu as batidas pesadas na porta e olhou enquanto a garota que a auxiliava dava passagem para os que chegaram. Brienne estava ali acompanhada de Davos. Os dois a olhavam com um misto de choque e fascínio.

— Está linda, Lady Sansa — foi Brienne quem comentou primeiro. — Sua mãe estaria orgulhosa.

Sansa sorriu para ela agradecida, embora tivesse suas dúvidas de que Catelyn estaria completamente feliz com a situação. Sabia que sua mãe nutria um sentimento de desprezo por Jon, mas talvez as coisas tivessem mudado se ela soubesse que seu marido não havia traído seus votos, que o filho que trouxera da guerra não era seu. Quis apegar-se àquilo. Quis pensar que sua mãe se sentiria orgulhosa por ter encontrado um homem que amasse até o seu lado sombrio, seus traumas e cicatrizes, mesmo que esse homem fosse Jon.

— Brienne tem razão, minha senhora. Jon Snow é um homem de sorte.  — Davos falou ao se aproximar, tomando as mãos dela nas suas. — Está pronta?

Sansa teve dificuldade em engolir o nó que se formou em sua garganta, por isso apenas assentiu. Sentia-se ansiosa. Tinha medo do futuro. Era esse o medo que mais a comprimia. Quando começaram a andar para fora do quarto, agarrou o braço de Davos com força. Teve receio de que suas pernas falhassem naquele momento e acabasse caindo. Era uma preocupação infantil nutrida pela criança em seu interior, mesmo assim percorreu todo o caminho se apoiando nele. Quando deixaram o castelo, Sansa encolheu-se dentro de sua capa. A neve caía em flocos pesados. Era um dia cinzento, úmido e encoberto, um daqueles dias que a fazia desejar a volta do verão. Tirou as luvas de dentro de capa e as vestiu, protegendo seus dedos da geada. Quando chegaram à entrada do Bosque Sagrado, pôde notar o grande número de pessoas que estavam ali, todos segurando tochas e velas. Viu Lorde Manderly lhe sorrindo logo no início da fileira que ficava à esquerda, ao seu lado estava Robett Glover. Na fileira oposta, viu Arya com um sorriso entusiasmado com Nymeria próxima de seus pés. Viu também Lyanna Mormont e Willas Tyrell. Viu Tormund e Bran em um assento próximo junto de Meera. Viu a filha mais velha de Lorde Umber e ao seu lado, Alys Kastark. Seus olhos se cruzaram com os de seu tio e Edmure lhe sorriu. Pensou nele como se fosse sua mãe e por um breve instante julgou ter visto o vulto acobreado de Catelyn Stark pairando com lágrimas nos olhos.

As pessoas se aglomeravam em duas fileiras e o centro estava livre para que ela passasse. Enquanto avançava, via rostos familiares e outros nem tanto. Viu Jaime Lannister saltar dentre todos, era mais belo e mais alto que a maioria e seus cabelos brilhantes o destacavam na multidão. À sua direita, quase completamente ofuscado pelo irmão, estava Tyrion Lannister. Ele tinha Daenerys ao seu lado, a Rainha Dragão vestia um vestido vermelho e parecia uma miragem de tão bela que era. Sansa lançou um sorriso agradecido e o teve retribuído. Pensou em seus dragões e onde estariam naquele momento, gostava de evitar pensar neles muito frequentemente. Ouviu a voz de Jon ecoar pelo bosque e foi só então que tomou coragem de olhar para frente.

— Quem vem? — ele tinha um sorriso dançando em seus lábios, tão leve quanto seda. Estava parado de maneira inabalável diante da árvore-coração, calçava botas de cano longo e vestia um gibão negro de veludo com acabamentos cinzentos e flocos de neve costurados em fios de prata. Parecia um nobre senhor. Fantasma estava parado ao seu lado igualmente elegante.  — Quem vem diante dos Deuses?

Davos respondeu:

— Sansa da Casa Stark vem aqui para se casar. Uma mulher crescida e florescida, legitima e nobre, vem pedir a bênção dos Deuses. Quem vem reivindicá-la?

Sansa continuou olhando ao redor à medida que avançavam, viu Theon e o modo como ele lhe olhava cauteloso. Ele a havia guiado até Ramsay da última vez. Esforçou-se para afastar aqueles pensamentos e tornou a encarar Jon. Sorriu para ele. Parecia tão entusiasmado quanto um menino que acabara de ganhar sua primeira espada. Quis correr para ele no mesmo instante, quis ignorar toda a tradição de casamentos nortenhos, pular todas as falas que ainda seriam proferidas. Ele era seu e ela era dele, não importava a cerimônia. Mesmo assim ele continuou:

— Eu. Jon Snow — Sansa percebeu quando por um segundo o sorriso de Jon vacilou, ele não tinha todos os títulos que deveriam ser proferidos em seguida. Mas apenas ela percebeu, percebeu porque o conhecia como ninguém porque quase imediatamente o sorriso voltou aos seus lábios. — Eu a reivindico. Quem a entrega?

— Davos da casa Seaworth. Mão da Rainha — ele disse orgulhoso. Pararam diante de Jon quando já estavam próximos o suficiente.  — Senhor da Mata da Chuva, Almirante do Mar Estreito. — ele então se virou para ela. — Senhora Sansa, aceita este homem?

Sansa ergueu os olhos para Jon. Não havia dúvidas e, mesmo assim, sua voz lhe falhou. Pensou na voz gutural de Melisandre lhe sussurrando aos ouvidos e seu estomago se revirou dando-lhe náuseas. Fechou os olhos. Sentiu que todos aguardavam tensos e então olhou mais uma vez para Jon. Ele a olhava com temor nos olhos. Sansa sabia que ele quase não podia acreditar que aquilo estava acontecendo de verdade e vê-la vacilar deveria tê-lo ferido profundamente. Então respirou fundo e tomou coragem.

— Eu aceito este homem.

Jon sorriu aliviado. Davos se afastou e então os dois entrelaçaram as mãos e se ajoelharam diante da árvore-coração. Fizeram uma oração silenciosa aos Deuses, de cabeça baixa, submissos às suas vontades. Sansa concentrou todas as suas energias para suplicar que mantivessem Jon a salvo na guerra que se seguiria, mesmo que isso a matasse. Sentiu os olhos vermelhos ali incrustados no represeiro pairando sobre ela vigilantes e julgadores. Depois disso se ergueu junto de Jon. Ele tirou o manto que ela vestia, o manto que carregava o falso título de donzela. Sam se precipitou e entregou a Jon uma capa negra. Tinha um grande lobo de veludo branco nas costas e os olhos vermelhos eram feitos de couro com bordas de pelo de urso. Era salpicado por pequenas gotas prateadas como neve derretida. Ele então colocou a pesada capa sobre seus ombros. E era isso. Estava feito. Jon Snow era seu marido. Ele a ergueu em seus braços e começou a caminhar para fora do bosque, sendo seguido por Fantasma e por uma procissão que carregava tochas e velas tremeluzentes, algumas se apagando quando a neve as atingia.

Jon apenas a largou quando estavam aquecidos dentro do Salão Principal. As pessoas iam se acomodando em seus lugares, enchendo os bancos e mesas muito rapidamente. Logo a comida passou a ser servida e a música a ser tocada. O senhor de Porto Branco havia fornecido a maior parte dos alimentos e bebidas. Lorde Manderly era conhecido por seus fartos banquetes. Tinham vinhos de tantos tipos que Sansa não memorizou seus nomes ou origens, mas provou todos ao longo da noite. Bebericando por vez ou outra sua taça que sempre era abastecida. Tinham carnes de veado, boi e cordeiro. Grandes tortas de casamento recheadas de nabos, cebolas, cenouras e grandes pedaços de porco. Jon estava ao seu lado sorridente, cumprimentando todos que iam prestar suas congratulações. Haviam trocado poucas palavras, mas ambos estavam felizes. Sansa apenas tinha certo receio, o que não havia passado despercebido aos olhos de Jon.

— O que há, minha esposa? — seu peito se estufou de orgulho ao chamá-la de esposa.

— Estou apenas cansada, meu senhor — não era de todo uma mentira, sentia seu corpo fatigado.

— Logo poderemos nos recolher, temos apenas que aguardar a hora dos presentes — Sansa havia se esquecido daquele detalhe e foi então que Daenerys Targaryen se aproximou junto de Jaime e Tyrion. Alguns outros homens a seguiam, carregando um baú.

— Lady Sansa, Snow — ela cumprimentou. — Minhas felicitações pelo casamento. Devo dizer que não esperava uma reviravolta como essa quando cheguei às suas terras geladas, mas confesso que fico feliz que tenhamos nos entendido. Andei participando de alguns debates com meu amado Tyrion e seu amigo Sam e muito ouvi sobre nossos inimigos. Quando estava a caminho de Westeros, fiz com que passassem por Valíria, queria ver de onde meus antepassados tinham vindo, que caminho percorreram. Não encontrei muito, para a minha decepção. É um lugar desolador, o que muito me entristece, embora tenha sua beleza. Lá encontrei isso e pensei que pudesse ser útil de alguma forme a estava certa, quando seu amigo Sam me contou a respeito descobri que destino dar a eles. Este é o meu presente. — ela então fez um gesto e dois homens de pele amendoada se aproximaram carregando o baú e o colocaram no chão com cuidado. Daenerys abriu a trava de ouro e puxou a tampa.

Os olhos de Jon brilharam. Sansa sabia do que se tratava. Eram vidros negros e brilhantes iguais às velas que Sam havia trazido da Cidadela. Obsidiana. Vidro de Dragão.

— Não tem ideia de como será útil. Podemos fabricar adagas para cada homem, colocar na ponta de lanças e espadas. Muito obrigada, vossa graça. — Jon estava completamente entusiasmado. Sansa sorriu ao vê-lo tão animado.

— Há mais. — ela disse. — Por ora é apenas isso, mas amanhã posso mostrar o que trouxemos. — ela então se afastou, dando um passo para o lado. Jaime se aproximou.

Jon o olhou desconfiado.

— Não tenho nada para Lorde Snow — ele começou com certo sarcasmo em sua voz. — Mas trago algo que pode ser do agrado de Lady Sansa. — então ergueu um comprido embrulho que carregava.

Sansa o segurou, colocando-o sobre a mesa em seguida. Rasgou o embrulho e viu uma espada reluzente, com ondulações em vermelho e preto através do aço, a bainha era de ouro e ornamentada por leões com olhos brilhantes de rubi.

— É a espada de Jofrrey... — ela sussurrou.

— É a espada de seu pai — Jaime corrigiu. Sansa lembrava-se de Joffrey se gabando por ter derretido Gelo. — Achei que o certo seria devolvê-la a você. A lâmina gêmea está com Brienne, dei a ela quando a mandei na missão de encontrá-la...

— Isso é muito nobre de sua parte, sor — Sansa disse o olhando. Jon pareceu desconfortável, mas nem ele encontrou algo de negativo para dizer a respeito da atitude de Jaime.

O Lannister apenas assentiu e se afastou, sumindo na multidão. Então Daenerys e Tyrion o seguiram. Outros vieram ao seu encontro, lhes oferecendo diversos presentes. Eram tecidos para fazer vestidos novos, vinhos dos mais variados lugares, envelhecidos por tantos anos que Sansa julgou serem mais velhos do que ela. Ofereceram lâminas a Jon e couro para botas novas. Tormund deu a cada um deles um pesado casaco de pelo de urso e luvas que combinavam. Willas lhe ofereceu um quadro. Era famoso por suas pinturas, mas Sansa pensou que toda a sua fama era pouca para a tamanha beleza do que havia pintado. Era um desenho dela e de Jon com Fantasma entre os dois sobre um grande campo nevado e um castelo que representava Winterfell. Não encontrou palavras suficientes para agradecê-lo. Os presentes já se amontoavam em um canto destinado a eles. Foi então que Arya se aproximou. Entregou-lhe um embrulho desajeitado e aguardou. Sansa tirou de lá um traje de montaria, as pernas da calça eram tortas e a bainha da camisa era malfeita. Ela sorriu.

— Você quem costurou? — perguntou.

— Sim. Sei que não é como os que você faz, mas dediquei bastante tempo nisso e me furei com a agulha algumas vezes. — disse meio emburrada.

— Eu adorei! — ela se aproximou da irmã para abraça-la com força. — Usarei em nosso próximo treino. — Arya então lhe sorriu e saiu depois de abraçar Jon.

— Não acredito que ela realmente fez isso — ele comentou quando Sansa voltou a sentar-se ao seu lado.


— Nem eu — Sansa sentiu-se feliz. Mais feliz do que já tinha se imaginado em muito tempo. — Estou cansada. — ela disse a Jon.

Observou enquanto seu marido se levantava e batia com uma adaga em sua taça, chamando a atenção dos presentes. Logo a música parou de tocar e as pessoas passaram a prestar atenção nele.

— Amanhã partimos para a guerra — começou altivo. — Agradeço a todos que se juntaram a nós nessa tão perigosa jornada, sua ajuda é de grande valia. Continuem comendo e bebendo, essa talvez seja a última refeição quente que farão em um bom tempo. Eu e minha esposa iremos nos retirar, mas não deixem que a festa acabe. — ele então ergueu a taça e sorriu. Coros de vivas inundaram o salão e logo todos voltaram ao que faziam.

Sansa levantou-se e segurou a mão de Jon. Ele entrelaçou seus dedos nos dela e eles caminharam em silêncio até os aposentos de Sansa que agora pertenciam a ambos. O cômodo estava aquecido pela lareira e algumas velas haviam sido dispostas no chão. Jon fechou a porta e caminhou até Sansa, a puxando para si. O corpo dela estava rígido e ele percebeu. Tocou seus lábios com suavidade.

— Não precisamos fazer nada se não quiser — ele sabia que ela tinha medo do que deveria acontecer a seguir e respeitava aquilo, embora a desejasse como nunca.

Ela o olhou. Tocou seu rosto e se demorou desenhando as feições dele com as pontas dos dedos. Jon fechou os olhos, inebriado pelo toque. Ele podia ler as palavras que o corpo dela esboçava, os dedos tremiam levemente em contato com sua carne e eram gelados como um cristal de gelo. O frio queimava.

— Eu o quero. — ela disse então. Ele abriu os olhos para encará-la. A única luz no quarto era a do fogo e Sansa ficava ainda mais bonita sob as chamas. Os olhos de Jon arderam em desejo.

Ela então se afastou alguns centímetros e virou-se de costas. Jon entendeu que queria ajuda com o vestido, então tirou a capa de seus ombros e a deixou cair no chão. Depois começou a desatar os nós com cuidado, um por um, sem pressa. Queria fazer com que ela se sentisse confortável, que não se sentisse pressionada. Quando terminou sua tarefa, o vestido afrouxou-se ao redor de seu corpo e então Sansa voltou a virar-se de frente para ele. A respiração era descompassada, quase como se ela tivesse se esquecido de como respirar. Deixou que o vestido caísse sobre seus pés, revelando as roubas de baixo que vestia. Era uma camisola do mesmo cinza pálido, porém o tecido era mais leve, desenhando graciosamente as sutis curvas de seu corpo. Ela levou as mãos aos seios, envergonhada. Jon sorriu ao ver a face ruborescer.  

— Podemos parar se quiser... — ele sugeriu, analisando qualquer breve relutância que ela esboçasse. Sansa negou veemente com um aceno rápido.

Foi então a vez dela. Sansa passou as mãos pelos ombros de Jon, derrubando sua capa no chão, o tecido fez um som surdo quando tocou as pedras. Desfez os laços do gibão dele, o olhando nos olhos sempre. Conseguiu ver as chamas crescentes que se tornaram aparentes em seu olhar. Quando se livrou da peça de roupa, encarou o tronco nu e alvo de Jon. Tinha músculos definidos e braços fortes. Tocou a pele e sentiu quando ele estremeceu com o contato. Puxou-o em um beijo urgente. Seu corpo ainda tinha lembranças cruéis incrustadas em cada parte de si, mesmo assim a sensação que a dominou naquele momento não era nada parecida com qualquer coisa que já experimentara com Ramsay. A cada toque das mãos de Jon em seu corpo, passeando por lugares que ele nunca havia tocado antes, a respiração tornava-se cada vez mais rara e a emergência do beijo era cada vez maior.  Sansa sentiu quando seu centro tornou-se quente e uma umidade surgiu entre suas pernas. Era a primeira vez que encarava aquela reação de seu corpo como algo bom.

Ela então interrompeu o beijo, se afastando. Ele a olhou com curiosidade, observou se havia algum receio em seus movimentos, mas não o encontrou. Surpreendeu-se ao vê-la puxar a barra da camisola e tirá-la em um movimento ágil. Sansa estava nua bem diante de si. Vulnerável como no dia de seu nome. Jon sentiu-se como um menino verde naquele momento, como se nunca tivesse estado com uma mulher em toda a sua vida. Sansa era o ser mais belo que já havia visto em toda a sua vida. Nada jamais se compararia àquela visão. Ela começou a soltar as tranças de seus cabelos devagar. Jon ficou parado, obervando. Apreciando o momento como um espetáculo. Tinha certa ousadia em seus movimentos, mas era um destemor controlado. Quando terminou com os cabelos, os fios longos e acobreados caíram sobre seu busto. Ele mirou cada parte de sua esposa. Os seios eram de tamanho médio, firmes e rosados. A barriga era como uma chapa lisa. Os pelos entre suas pernas brilhavam rubros como os de sua cabeça. Foi então que ele sentiu uma fisgada em seu peito quando olhou suas pernas, embora fossem magras e firmes, estavam cobertas por cicatrizes, principalmente nas coxas. Sansa percebeu o olhar de pena que ele lhe lançava, podia senti-lo pairando no ar de forma pesada.

— Não olhe — ela então pareceu sair do transe que a fez despir-se sem pudor algum, tomada por uma valentia que não conhecia. Tentou tapar-se com o auxílio das mãos, mas quanto mais tentava se cobrir, mais parecia ficar à mostra.

— Sansa... — ele sussurrou, aproximando-se. — Lembra-se de quando disse que faria com que sentisse o amor sobreponde-se à dor? Lembra-se de que disse que beijaria cada uma de suas cicatrizes e faria com que sentisse apenas meu toque e não a agonia que essa feridas lhe causam?

Sansa lembrou-se de súbito da carta que Jon havia escrito. Encarou o homem que havia se tornado seu marido diante dos Deuses. O homem que deveria tirar-lhe a vida e sentiu-se parada a beira de um precipício, como quando esteve no alto da Muralha e a vontade que pulsava em seu corpo era a de pular. Quis pular no precipício de sentimentos novos e distintos que Jon a faria sentir. Ela assentiu, tirando as mãos que tapavam os seios e sua intimidade de forma quase insignificante. Ele voltou a se aproximar. Dessa vez, a tomou em seus braços, a erguendo como uma criança. Caminhou até a cama e deitou-a sobre o colchão macio.

— Irei cumprir minha promessa. — ele disse.

Sansa ficou imóvel, quase como uma escultura de gelo. Observou cada movimento que Jon fez com uma ansiedade crescendo dentro de si. Ele então deitou-se sobre ela, usando seus braços para conter o próprio peso e não machucá-la. Beijou-a de maneira afetuosa e depois desceu os beijos até seu pescoço. Umedeceu os lábios antes de tocar a pequena cicatriz que havia em seu ombro. Sansa suspirou pesadamente e estremeceu. Ele conseguiu sentir que o corpo dela ainda tinha memória do momento em que aquela cicatriz havia sido feita. A violência estava cravada em cada parte e ele faria questão de fazê-la esquecer-se daquilo. Passou com os lábios pelo colo. Ele foi cauteloso, esperando que ela lhe desse a permissão para prosseguir. Sansa arqueou seu corpo quase involuntariamente e Jon continuou trilhando seu caminho. Agarrou um de seus seios com a mão enquanto beijava e sugava o outro. Ouviu-a aflar e um gemido tímido escapou por seus lábios. Ele sorriu e continuou descendo, roçando os lábios por todos os lugares. Jon tocou uma das coxas de Sansa e a afastou, ela olhou o que ele fazia, curiosa.

— O que... Ah... — ela começou a questionar, mas afastou as pernas conforme ele a guiava.

Jon viu a umidade rósea que Sansa escondia entre as pernas, beijou-lhe os lábios de baixo e se concentrou em dar-lhe o prazer que merecia. O prazer que seu corpo ansiava. Substituiria todas as memórias ruins por júbilo. Sansa contorceu-se e agarrou os lençóis. Era uma sensação indescritível. Procurava em suas memórias algo que pudesse descrever o que sentia, mas não encontrava nada que sequer se assemelhasse. Seu corpo explodia em milhares de palpitações distintas. Sentia seu âmago arder e contorcia-se a cada nova vibração. Era um alvoroço em todas as suas fibras, cada um de seus poros. Entregou-se àquela sensação como há muito não fazia. Sentiu cada choque de prazer que seu corpo esboçou. Cada emoção que fluía por seu sangue. Foi então que surgiu a vontade de gritar. A voz presa na garganta que saía entrecortada devido à sua respiração ofegante. Agarrou os cabelos de Jon enquanto sentia sua língua quente em contato com seu íntimo. Então explodiu dentro de si algo que nunca havia experimentado. Seu ventre queimou e um líquido quente jorrou por suas pernas. Puxou Jon para cima e o beijou, sentindo o próprio sabor nos lábios dele. Queria mais. Queria tudo o que ele tinha para lhe oferecer.

Jon sentiu a si mesmo rijo como uma pedra. Sua rigidez pulsando contra a calça que ainda vestia. Livrou-se dela com rapidez e se encaixou entre as pernas de Sansa. Ela o olhou nos olhos enquanto ambos queimavam em uma ânsia febril. Ele se introduziu lentamente, querendo que ela se acostumasse com sua presença dentro de si. Ficaram em silêncio por um tempo. Parados. Repirando de forma coordenada. Ela então passou a insinuar movimentos ansiosos e Jon passou a mover-se dentro dela. Sansa comprimia-se contra ele e aquilo lhe dava uma sensação de prazer inigualável. Sansa era diferente de qualquer mulher. Viu quando suas barreiras foram se quebrando à medida que ele aumentava a velocidade de seu movimento. Viu quando ela se entregou àquela sensação, quando deixou-se descobrir um novo significado, se libertando. Aquilo apenas o deu mais vontade de tê-la para si.

— Dê-me um filho, Jon Snow — Sansa falou entre os resfôlegos. Era um pedido insensato, deixou-se levar pelo prazer que sentia, pelo amor que nutria por Jon. Queria que uma parte dele crescesse dentro de si, nada lhe parecia mais belo. A parte sã de sua consciência que gritava-lhe que partiriam para a guerra logo que a alvorada chegasse estava esmagada por uma Sansa tomada pelo júbilo.

Jon sorriu ao ouvir aquilo. Ele também pouco se importou com as circunstâncias que não eram favoráveis para a chegada de uma criança. Intensificou seus movimentos, sentido que seu ápice estava cada vez mais próximo. Sansa teve a mesma sensação, sentiu quando suas pernas tremeram e o prazer absoluto jorrou de si. Jon derramou-se dentro dela, despejando sua semente. Ele despencou ao lado dela, ofegando violentamente. Sansa tentava recuperar o fôlego e os sentidos, ambos embriagados e desapercebidos da efemeridade da vida. Ela envolveu seus braços ao redor de Jon, repousando sua cabeça no peito dele. Ficaram em silêncio até que suas respirações se tornassem tranquilas novamente. Ele fez um carinho em seu rosto e beijou-lhe a testa.

— Como se sente? — quis saber.

Sansa não conseguiu conter o sorriso que surgiu em seus lábios. Sabia que nunca se sentiria mais feliz do que naquele momento. O momento em que conseguiu romper as amarras que a prendiam ao passado. Mesmo que seu futuro fosse incerto, aquele momento no presente que compartilhava com Jon a fazia sentir-se plena. Como se nada lhe faltasse.

— Sinto-me completa novamente.

Ele a apertou contra si e Sansa aproveitou-se do momento. Lembrou-se da promessa que ele lhe fizera. Preciso que me sinta e como pretendo amá-la da cabeça aos pés, da pele aos ossos, cada pedaço, um por um. E era exatamente assim que se sentia.


Notas Finais


E aí, o que acharam? Queria muito saber a opinião de vocês sobre esse capítulo em particular. Confesso que cenas +18 não são minhas favoritas de escrever, mas tentei ao máximo passar toda a conexão do momento.
Digam se gostaram ou o que deve ser melhorado, por favor.


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