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História You're My Dream - Planos


Escrita por: lady_ellye

Capítulo 41 - Planos


Fanfic / Fanfiction You're My Dream - Planos

Querido, eu nem estou usando vestido

Estou apenas de camiseta no sofá

O jeito que você me quer, faz eu te querer agora

A única coisa que você tem que dizer é (uau)

~ Wow. Zara Larson


Zayn Malik


"Enquanto eu entrava e saia da morena a minha frente tudo que passava em minha cabeça era Barbie.

Barbie e seu sorriso. 

Barbie e suas respostas ásperas.

Barbie e seu jeito completamente independente. 

Barbie e a irritante maneira que só ela tem de me tirar dos eixos. 

Ou colocar. 

Aumento a velocidade tentando fazer com que isso afastasse meus pensamentos dela. Afastasse os pensamentos de quando a tiv tão perto de mim naquela cama em Bradford. Ou de como seus dedos apertavam meus ombros enquanto me beija… Ou de como sua boca se encaixa perfeitamente na minha...

Os gemidos da garota a minha frente estava me irritando. 

Tudo nela estava me irritando.

Principalmente o fato de que ela não era Barbie.

Eu queria que fosse ela aqui. Queria minhas mãos estivessem passeando por seu corpo. Que fosse nela que eu tivesse entrando e saindo. 

Na verdade eu nem precisava estar fazendo nada disso. 

Eu queria que ela tivesse sentada ao meu lado enquanto eu deslizava meus dedos delicadamente em suas bochechas. Queria vê-las tomar cor após eu falar alguma coisa suja justamente com essa intenção.

Queria que ela estivesse deitada na minha cama todas as noites, assim como na casa de campo novo natal. Queria até mesmo cair um milhão de vezes naqueles patins se fosse ela que estivesse ao meu lado para rir.

Cacete. 

Saio de dentro da garota nem ligando se ela tivesse ou não quase em seu orgasmo e me sento na beirada da cama, apoiando minha cabeça nas mãos. 

Eu estou apaixonado por ela. 

De novo.

Mais que isso. 

Eu nunca deixei de estar."



Seus olhos azuis se arregalam levemente. Ela não esperava que eu fosse ser tão direto. Nem mesmo eu esperava. 

Foi impulsivo. 

Eu já sabia disso a bastante tempo só era covarde o suficiente para não falar nada. 

No entanto, era óbvio. 

Seus lábios se movem devagar e acho que ela expressou as palavras "você" e "o que" em ventrílogo. Não me importei, apenas entortei minha boca em um pequeno sorriso. 

— Estou apaixonado por você, Barbie. — sempre estive. Repito.

Ela parece em choque por longos segundos até engolir em seco e aparentemente se recompor. 

— Desde quando? — pergunta cu-ri-o-sa

— Desde o ensino médio. — noto sua respiração entrecortada. 

— O que? Não, é… — se perde nas palavras — Quando se deu conta? 

Ops. 

Não era exatamente a melhor coisa a se perguntar em um momento como esse. Não porque eu não sabia o que responder, é que a situação em que descobri não era exatamente a melhor e mais romântica possível. 

— Sei lá. — dou de ombros tentando desconversar.

— Como sei lá, Zain? Tem que haver uma hora. — eu sabia o que ela estava fazendo, estava tentando não mostrar o quanto ficou constrangida. Mas ela precisava fazer outro tipo de pergunta urgentemente.

—  Sei lá, Barbie. Não lembro. — minto. 

Ela vira o rosto para mim, estreitando os olhos e engulo em seco. Eu estava mais nervoso de responder sua pergunta agora do que declarar meus sentimentos. 

— Eu estava… Com uma garota. — revira os olhos. 

— É claro que estava. — vira o rosto. — Posso imaginar o que estavam fazendo. 

— Não é bem assim, na verdade… 

— Vai dizer que não estavam transando. — é direta. Mais direta do que eu gostaria e gruno irritado. 

Queria poder dizer que não. 

Mas seria mentira. 

— E-eu tava. Mas eu parei. — tento explicar e ela faz uma careta. 

— Ah, pelo amor de Deus, Zain. Não quero saber das suas experiências sexuais. — eu podia sentir sua raiva daqui. 

— Eu parei porque não estava me sentindo bem e… 

— Cala a boca, Malik. — Porra

— Foi depois do seu noivado eu estava… — mal, péssimo — irritado. Queria tirar você da cabeça então fui pra casa da… 

— Não quero saber nomes. — franzo as sobrancelhas — Vou criar um ódio mortal por uma pessoa que provavelmente eu vou trombar em cima de algum palco aleatório. 

— Está com ciúmes? — pergunto a irritando ainda mais, mesmo que uma pontada de satisfação tenha surgido. 

— Não se preocupe o ódio maior é por você. 

— Você é impossível. — resmungo — Acabei de dizer que estou apaixonado por você e é assim que reage?

— Sim, porque logo depois você disse que estava envolvido com outra pessoa e eu posso não entender muito, mas sei que não deveria ser assim uma declaração. 

— Você que perguntou. 

— E você poderia ter pulado essa parte. 

— Tudo bem, posso pular pra parte onde me dei conta que não queria que fosse ela naquela cama e sim você. 

Zain! 

— Eu estou tentando resolver as coisas. — me defendo. 

— Mas só está piorando. — bufo irritado e após alguns segundos viro o rosto vendo a garota de braços cruzados encarando o lado oposto ao meu.  

Respiro fundo, me virando no banco e tocando seu braço delicadamente. 

— Barbie? — chamo e ela me afasta. Ela estava com ciúmes mesmo? Hey, baby. — chamo mais firme levando minhas mãos ao seu rosto e a virando para mim. — É você agora. É por você que estou apaixonado desde a adolescência. Pouco me importa as outras. É você. — não espero qualquer indício de uma resposta e toco meus lábios em sua bochecha, quase no canto da boca, e como ela não se afasta, vou descendo até tocar os lábios macios. 

Ela não corresponde até eu insistir mais um pouco e ouço um pequeno suspiro escapar de sua boca assim que aperto sua cintura com a mão. Suas unhas acariciam minha nuca devagar e as unhas deslizando por ali me fazem arrepiar. Caralho. Ela não tem noção o que causa em mim com coisas tão simples. 

É tudo simples com ela. 

E ela nem faz noção disso. 

Afasto os lábios assim que falta ar e desço os beijos ao seu pescoço. Ela se arrepia em resposta e chama meu nome. 

Não. 

Geme meu nome. 

— Temos que parar, alguém pode nos ver… Estamos descendo. 

— Ótimo. — respondo sem afastar a boca do pescoço — Você conduz. Quando chegarmos em baixo, você avisa. 

— O que? — suspira e eu volto a descer os beijos até sentir a barra do tecido do decote em minha boca. Forço um pouco para baixo e suas costas se arqueiam em resposta, como se ela quisesse que eu descesse ainda mais. 

Quando ela nota que eu não desceria – pelo menos agora –, seus braços me puxam de volta para seus lábios com urgência. 

— Espero que esteja de olho na descida. — desdenho.

— Estou. — sorrio.

— Sabe o que é o mais engraçado? — afasto os lábios dela, mas mantenho as mãos em sua cintura. Ela pisca algumas vezes parecendo se recompor e desvia o olhar. 

— O que? 

— Você sempre me da uma lição de moral depois que eu me declaro. — suas sobrancelhas se franzem — A primeira vez foi por ter pedido desculpas. — lentamente sua boca se curva em um sorriso. 

— Não tenho culpa se você faz tudo errado. — suas bochechas coram tão naturalmente me fazendo sorrir involuntariamente. Extremamente incrível

Como posso amar todos esses detalhes? 

Quando as palavras faltaram — para mim —, dedilhar meus dedos por seu cabelo e rosto tornou-se fantástico, e era incrível como eu não estava simplesmente louco pra leva-la pra cama. Eu apenas queria aproveitar todos os momentos, como se tivesse medo que a qualquer hora eu acordasse e tudo não tivesse passado de um sonho, onde minha vida continuava completamente cinza e sem a presença cheia de luz e vida de Barbara Palvin. 



— Acampar? — Estávamos quase chegando em seu apartamento quando Barbara dá a ideia de acampar. 

— Sim, Zain. Acampar. — antes que eu perguntasse outra coisa procegue — Lie me disse que Emma tem o sonho de acampar e não é algo tão difícil de realizar. 

Apoio o cotovelo na janela e esfrego a mão no queixo. Era difícil sim. 

— Eu sei que você tem a agenda cheia, então… 

— Não é isso. — interrompo. Ficamos em silêncio por algum tempo, mas seu olhar claramente dava a entender que ela queria uma explicação — Ela está fraca. Não seria bom exposição ao sol. Aliás, nem é permitido. 

— Não precisaríamos ficar no sol. Podemos achar um lugar com árvores, onde há sombras, seria divertido e ela adoraria. — sim, seria divertido, mas…

— E se ela piorar? — minha voz sai séria enquanto eu tento mostrar um tom que não deixava tão explicitamente o quanto eu estava com medo.

Barbie fica em silêncio. 

— Ela está mal, Zain. Não há o que fazer, a não ser realizar suas vontades.

— Pare de dizer que ela está mal. — ordeno e ela fica em silêncio. Talvez eu tenha sido grosso, mas nesse momento não importava. Eu sei que ela está mal. 

E definitivamente não precisa ficar repetindo isso. 

Paro o carro em frente ao hotel e após um tempo de silêncio sua voz o quebra.

— Zain…

— Já chegamos. — corto e evito de me virar e encara-la Sua respiração começa a acelerar devagarinho.

— É. Eu sei. Eu vi. — em seguida abre a porta, saindo e retirando as muletas do banco de trás. 

Que saco

Quando achei que ela daria as costas, ela abre novamente a porta de carona e gruni com raiva. 

— É exatamente por isso que eu nunca consigo confiar em você. — e simplesmente bate a porta entrando para dentro do hotel. 

Caralho. — brigo batendo no volante e desligo o motor. 

Saio do carro e ando as pressas para dentro de seu hotel com poucas pessoas na recepção, ela já estava dentro do elevador e por mais poucos segundos atrasado eu não conseguiria entrar. 

— Se veio para brigar por favor desça no próximo andar. 

— Eu não vim pra brigar. — esfrego as mãos na testa. — O que quis dizer com "é por isso que não confia em mim?" — ela suspira revirando os olhos. 

— Você é bipolar. Uma hora está bem e na outra está sendo grosso. Nunca sei o que esperar de você. 

— Eu não quis ser grosso, tá legal? Me desculpe. — silêncio.

— Me desculpe também. As vezes… As vezes pareço fria em relação as coisas. Me desculpe. — me viro dando alguns passos até ela que estava escorada na parede.

— Não é fria. Você só… É sincera. Tem uma facilidade impressionante para lidar com a realidade. — deslizo minha mão por seu braço até entrelaçar nossos dedos devagar. — Ela está mesmo mal. E temos que aproveitar com ela. — dessa vez é ela que se aproxima, passando seu braço por minha cintura e me puxando pra perto. 

– Só porque pareço ter facilidade não quer dizer que não dói em mim também. Sei que para você é diferente. Conhece ela muito mais que eu, mas… Dói

Não pude evitar de resmungar ao ver a porta abrir e saber que deveria dar tchau. É a pior parte de sair com ela. 

Barbara se afasta caminhando por seu corredor e eu a observo alguns passos atrás. 

Eu poderia tê-la levado para jantar. Como sou burro. 

— É… — paro de falar pensando que seria uma idiotice dizer isso agora, porém ela ouve e se vira assim que destranca a porta com o cartão. 

— Quer entrar? — sim, sim, sim.

— É. . — é tudo que sai. Que porra é essa Zain? Eu poderia facilmente ter soltado com ironia "achei que não fosse convidar", o problema é que fiquei pensando se não soaria estranho. 

Era mais fácil se eu simplesmente não me importasse. 

Emlie entra correndo no hall de entrada e Barbara abre um sorriso de imediato, recebendo-o com muito carinho.  

— Nós podemos, hnm… Assistir alguma coisa. — propõe apontando para a sala. 

— Eu não te levei pra jantar, podemos pedir alguma coisa. — pisca algumas vezes antes de seus lábios se abrirem devagar em um sorriso.

— E se nós mesmos cozinharmos? — o que?

— Não acho que seja uma boa ideia. Eu sou uma desgraça fazendo qualquer coisa de comida. 

— Pode ser divertido. Vem. — anda em passos rápidos até a cozinha.

— Você está rápida com isso. 

— Não tenho escolha. Essas coisas aqui tornaram-se minhas amigas. — ergue as duas muletas para o alto em uma dancinha estranha que me faz rir.

— Tudo bem, vamos cozinhar. 




— Esse lugar parece bom. — conto. Eu estava sentado em uma das banquetas da cozinha procurando em seu notebook algum lugar que poderíamos acampar com Emma e Charlie enquanto Barbara terminava de picar algumas coisas para temperar o nosso prato típico da Itália, que segundo suas instruções, era maravilhoso e fácil de fazer. 

— Como é? — volto a atenção para o computador.

— Assim como os cinco anteriores. — desdenho — Tem muito mato. 

Ouço sua gargalhada. 

— Ah, tem uma cachoeira e… — termino de ler — Não. A cachoeira fica a quase duas horas do camping e se Emma passar mal vai demorar muito para voltar. 

Suspira.

Estava mais difícil do que pensávamos. Volto a atenção para ela que se apoiava em apenas um dos pés, enquanto jogava os temperos na panela e se esforça para alcançar o lixo. 

Ela havia tirado o vestido que usava no parque, substituindo-o por uma blusinha de mangas curtas e uma calça escura.

Me levanto, caminhando devagar até ela e a levantando do chão pelos joelhos. 

— Zain! O que está fazendo? — grita batendo em minhas costas. Ignoro, a colocando sentada diretamente na bancada alta. 

— É minha vez de cozinhar. — pisco roubando um selinho seu e dando as costas. 

— É claro. Agora que é só mexer. — desdenha — Enfim, vou procurar um lugar então.  

Remexo as coisas na panela e jogo as cascas e rejeitos no lixo. Após uns cinco minutos desligo o fogo feliz por não ter feito nada errado, apesar de que tudo que eu tinha que fazer era mexer os ingredientes.

— Esse lugar parece legal. — me aproximo dela que ainda estava na bancada e lia atentamente o que mostrava o computador. — Fica a três horas daqui, e o lugar também é cheio de árvores. — brinca. Passo meus braços ao redor de sua cintura sentindo a necessidade de traze-la para perto e percebo ela se contrair ao meu toque. Era engraçado como ela queria passar normalidade quando eu sabia que se arrepiava a qualquer aproximação. — Tem… Um lago… Onde podemos acampar na beira. 

— Se você acha, então está perfeito. Mas… E quanto a distância? 

— É quarenta minutos em estrada de chão e dez na rodovia até chegar ao hospital mais perto. 

— Faço todo o caminho em quinze. – ela bufa. 

— Você é louco. 

— Se for necessário quero dizer. 

Ah. — da de ombros. — Então será aqui. 


Barbara Palvin


— Ainda não sei qual a graça desse filme. — diz ele bufando do outro lado do sofá. Era simplesmente o filme mais conhecido do mundo: Titanic

— Estava passando na tevê, eu não escolhi ele. 

— Todas dizem que ela foi egoísta de não ter deixado ele subir. Caberia os dois. — zombo. Estávamos na cena em que Jack entra no quarto e Rose pede para ele pintá-la. 

— Todos estão errados. — Zain da de ombros esfregando a mão na barba. Arqueio uma sobrancelha esperando que ele explique.  — Em questão de centímetros, caberia sim os dois. Mas a madeira da porta não era suficiente pra aguentar o peso dos dois. 

— Faz sentido. 

— Claro que faz. — reviro os olhos.

— Eles poderiam revezar, pelo menos. Assim cada um saía um pouco da água congelante. — o moreno ri. 

— Ele a amava. Nunca a deixaria descer da porta. 

— Bom… — é minha vez de dar de ombros — Se ela o amasse não daria a mínima para suas ordens. 

— Está dizendo que se fosse Rose…

— Eu nunca seria Rose. — afirmo convicta.

— E porque não? 

— Porque eu não ficaria parada na porta sabendo que o amor da minha vida estava congelando ao meu lado. 

— Então faria o que? 

— Eu morreria ao lado dele se necessário. Mas não ficaria na porta. — Zain permanece com os olhos pousados sobre mim por mais algum tempo antes de voltar a atenção para a tela. 

Mordo o lábio inferior antes de inverter a pergunta.

— E o que faria se fosse Jack? — ele não demonstra expressão até, enfim, voltar a atenção a mim.

— Eu morreria, mas manteria você em cima da porta. — engulo em seco surpresa. Não foi terceira pessoa. Não foi sobre Rose. Ele falou para mim.

E meu coração vacilou antes de voltar ainda mais acelerado do que o habitual.

Eu ainda estava assimilando as palavras "Estou apaixonado por você, Barbie". "É pra você que estou apaixonado desde a adolescência.". E também estava morrendo de medo de não passar de um sonho. Não agora que meu coração parecia dar saltos mais altos e empolgantes do que eu mesma dava em cima dos patins.

Eu me sentia de novo como no ensino médio. E mal podia acreditar que era Zain que estava a minha frente dizendo que estava apaixonado por mim.

Parte de mim gritava para que eu dissesse o mesmo. 

Porque é claro que estou apaixonada por ele. 

Mas outra parte tinha inseguranças. 

Medo de ele me deixar de novo.

Meu coração estava apavorado. 

O filme continua e não dissemos mais nenhuma palavra, e aliás, eu deveria ressaltar o quanto minhas bochechas queimaram na cena de Jack e Rose no carro. Não que eu não tivesse envergonhada na cena da pintura, porém, com nossa conversa pouco prestei atenção. 

Já na do carro, eu me senti enrubescer, e podia jurar sentir os lábios de Zain em um sorriso presunçoso. Não me permiti checar para ter certeza. 

Remexi meu corpo em desconforto e foi quando Zain soltou a voz.

— Com dor? 

— Não. Só vou esticar um pouco. — murmuro sentando mais no meio do sofá e apoiando o pé sobre a mesinha de centro. Zain faz igual, se aproximando mais de mim e é onde quase me arrependo de ter saído do canto. Quase. Até porque eu queria muito ele mais perto de mim, e aparentemente Zain também queria estar, porque não demorou muito para ele passar os braços por meus ombros e eu sentir a ponta de seus dedos brincando com a minha orelha. 

O filme continuou, mas eu já não estava nem assistindo. Na verdade, estava fingindo. Porque era difícil com os dedos de Zain dedilhando minhas bochechas, e agora, meu pescoço em um carinho tranquilo. 

Eu estava tentando me controlar para não dar na cara o quanto estava arrepiada com seu toque – o que não sei se estava adiantando. Senti os olhos de Zain repousarem sobre mim mas fingi não perceber e me concentrei ainda mais no filme que nós havíamos começado a assistir da metade para frente. 

Seus dedos afastam meu cabelo delicadamente antes de apertar de leve meu pescoço e ele aproximar o rosto dali. Não pude deixar de arquear as costas e suspirar com o toque de seus lábios em uma zona tão sensível. Deixando beijinhos delicados, o moreno desceu a mão e apertou minha cintura enquanto subia o beijo em uma trilha que eu sabia que chegaria em meus lábios. Não pensei duas vezes antes de virar o rosto de deixar que me beijasse. Era a melhor sensação do mundo e eu sei que nunca serei capaz de descreve-la. Era doce, gentil, cheio de adrenalina e com uma calma torturante. Em meio ao frio do outono de Londres, os toques de Zain eram mais que suficientes para me aquecerem. Para me fazerem sentir segura como jamais estive. Como se o mundo todo pudesse explodir e mesmo assim eu ficaria bem apenas por estar ao seu lado. 

Zain se levanta e puxa minha perna, as afastando delicadamente e se colocando entre elas enquanto me fazia deitar quase que sem partir o beijo. Foi tempo suficiente para me lançar um sorriso malicioso e gentil. 

"Eu estou apaixonado por você".

A lembrança faz com que eu o aperte ainda mais contra mim, suspirando pesado enquanto seus lábios brincavam em meu pescoço. As mãos de Zain deslizam por meu tronco e não pude deixar de arquear as costas quando seus dedos tocaram as laterais dos meus seios — quase como que sem querer —, e, por fim, pararam em minha cintura. 

Zain… — tento dizer, mas as palavras me faltam e ele apenas coloca as mãos por dentro da minha blusa apertando a pele fria antes de sorrir de novo e voltar a me beijar. 

Aperto meus dedos em sua nuca e ele sobe um pouco mais uma das mãos enquanto desce a outra. Parecia um pouco relutante, mas mesmo assim pousou-a em meu quadril. Meu coração não parava de acelerar e cheguei a pensar se seria capaz de explodir. O que eu teria rido se a língua do moreno não tivesse tão voraz em minha boca. Zain aperta meu quadril e eu não controlo um gemido antes de ele subir as mãos e começar a erguer minha blusa. 

Eu queria mais disso.

Queria bem mais. 

Mas quando suas mãos ergueram o tecido até acima do colo do seio, deixando-os quase nus se não fosse pelo sutiã, eu tive que falar de novo. 

— Zain, espera. — peço com a voz mais fraca do que eu queria. Ele não pensou duas vezes antes de obedecer, e isso fez eu sentir ainda mais borboletas na barriga. Ele sempre me respeitaria. 

— Não gosta? — apesar das palavras sua voz poderia quase ser interpretada em tom de ironia. É claro, que eu gosto. Apenas desvio o olhar repousando a mão em seu peito e me dando conta o quanto a situação poderia ser considerada estranha e constrangedora. 

Eu estava com as pernas em volta de seu quadril enquanto meus seios apareciam quase que completamente. Desço o olhar tentando não pensar na situação e gaguejo.

— Não é isso. É que… Bem… — ele estava com as sobrancelhas franzidas. Confuso. — É que eu… Eu… — eu queria que ele entendesse com apenas um olhar ou então lês-se nas entrelinhas das palavras, mas sua expressão continuava confusa. É onde me dou conta que precisaria usar as palavras exatas. — Eu sou… Virgem, Zain. — não tenho dúvidas o quando minhas bochechas esquentaram. Talvez o mesmo tanto que a surpresa nos olhos do moreno. 

— O que? Mas… Você tem vinte e dois anos. — diz. E eu poderia ter trinta, seu babaca. 

— E? — arqueio uma das sobrancelhas. 

— Porque? — sua voz não parecia acusatória, apenas, curiosa. Sério que ele está perguntando meus motivos pra ser virgem? 

— Depois de você só namorei com Dylan. — seu lábios se movem quase que imperceptivelmente. Ele não gostava quando eu tocava no assunto Dylan. — E… não víamos problemas em esperar até o casamento. 

— É um princípio seu? — pergunta ele. Sim, ele sabia que eu tinha meus princípios. 

— Não. Não, só… Em dois anos de namoro não foi tão difícil se controlar. Quer dizer, teve algumas vezes que…

— Ta bom, já entendi. — ele me corta e eu teria rido se não estivesse envergonhada. 

— Enfim… Acho que eu apenas não estava pronta, então esperar até o casamento parecia uma ideia excelente. — eu tentava evitar de encará-lo e quando o silêncio perpetuou por mais de dez segundos perguntei. — Te incomoda? — mesmo se incomodasse eu não teria feito diferente, mesmo assim, queria saber.  

Zain leva a mão até meu queixo me forçando a olha-lo. 

— Nunca. — responde antes de abrir um sorriso — Eu serei seu primeiro nisso também. — o...que 

— Eu não estou dizendo que… 

— Eu sei o que está dizendo. — interrompe — E acredite. Vou te fazer sentir mais que tudo que já sentiu.  

— O que te faz pensar que será o primeiro? — tento incomodá-lo e ele apenas sorri torto. — Não fiz até agora, mas posso continuar assim. 

Sim. Era um assunto que me enrubescia falar, mesmo assim eu não me sentia tão desconfortável. 

Ele ri, colocando o cabelo atrás da minha orelha. 

— Só que agora eu estou aqui. — reviro os olhos e o encaro. Zain olhava agora a parte desnuda de meus seios com uma vigorosidade que me fez estremecer. Parte de mim queria cobri-los, já outra queria que ele me olhasse assim mais vezes. Minha respiração pesada fazia com que eles subissem e descessem de forma muito perceptível, e só aquele olhar me fazia entender que eu realmente queria que fosse ele. 

Queria que ele arrancasse aquela peça e me deixasse sentir sua boca ali. E em todos os outros lugares.

Queria que suas mãos me tocassem em todas as partes possíveis e queria senti-lo com o corpo grudado ao meu. Isso me fez perceber que talvez meu corpo esperasse por ele mesmo quando minha mente havia desistido. Talvez seja por isso que não sentia uma necessidade louca de dormir com Dylan. Meu corpo ainda era dele e, de alguma forma, aprendeu a responder somente a ele. 

Ele volta a me encarar antes de abrir um sorriso fraco e tocar seus lábios no meu. 

— Você é incrível, Barbie. — murmura. — Em todos os aspectos. – ele afasta o rosto do meu poucos centímetros e continuava com aquele mesmo sorriso antes de descer o olhar para meus seios e com as mãos cobri-los de novo com a blusa. Poderíamos até fingir que não aconteceu se seu olhar não tivesse ficado gravado em minha memória. Por fim, ele se afasta, estendendo a mão e me fazendo sentar novamente no sofá. Próximo a ele para que eu ainda sentisse meu corpo elétrico, mas longe para fazer alguma besteira. Ou talvez, não

— Acho que perdemos o filme. — ele ri e acho que a cena que passava agora era a das pessoas caindo do navio e se afogando. Minha atenção ainda estava nele e engulo em seco, tomando coragem e em um gesto único toco meus lábios nos seus. Coloco minhas mãos em suas bochechas. Ele era viciante

Dura poucos segundos e logo ele se afasta.  

— Você não sabe o quanto eu queria te jogar de novo nesse sofá. — meu corpo se contrai com tal pensamento. Então faça. Eu queria dizer. Mas não tive coragem. 

Meu corpo parecia necessitado de seus toques, e poderia ser considerado engraçado o quanto eu o queria agora. 

– E… Porque não faz? – eu não queria soar como um pedido, apenas queria saber seus motivos. 

Ele faz uma espécie de biquinho fofo com os lábios e toca sua mão em meu queixo. Eu adorava quando ele fazia isso. 

– Porque nunca se trata de mim. – ele diz e deposita um selinho delicado e, então, se levanta. – Está tarde. Nos vemos amanhã. – respiro fundo retomando toda a consciência e tentando sair da bolha chamada Zain Javadd Malik. 

– Certo. – passo a mão pelos cabelos e fico em pé – Eu vou resolver as coisas amanhã de tudo que precisaremos. 

– Posso te ajudar. 

– Não. – afirmo – Você vai treinar porque a copa do mundo está logo aí. – ele tenta fazer uma careta mas não nega sua felicidade. – Eu resolvo tudo. 

– Ok. E buscamos Emma e Lie amanhã, então. – assinto e ele caminha até a porta.

Já do lado de fora ele se vira, com as mãos no bolso.

– Então, boa noite. – deseja. 

– Boa noite, Zain. – respondo de volta. Ele sorri e então sai, mesmo que uma parte de mim queria que ficasse. 

Fecho a porta e me dou conta.

O fim de semana será longo.

No entanto, mais longa ainda foi a noite. Eu simplesmente não conseguia dormir com as lembranças tão lúcidas em minha mente.

Zain se declarou hoje para mim.

E esteve mais perto do que ninguém jamais esteve. 

E pensar que era o meu Zain ao meu lado todos os dias me fez querer chorar.




Notas Finais


Olá, olá, meu amores❤ Como estão?
Espero que bem!!!

Capítulo cheio de emoção, ein?

Próximo capítulo tem um pouco mais 🔥 (Se perguntarem, eu não falei nada)

Me digam o que acharam, é bastante importante😊❤

Beijos, se cuidem😘😍


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