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História You're not Alone. - Pense em mim quando estiver caminhando para um suicídio.


Escrita por: nace

Notas do Autor


irresponsabilidade, meu nome do meio, que só focou em Prison Break v:

Capítulo 7 - Pense em mim quando estiver caminhando para um suicídio.


Fanfic / Fanfiction You're not Alone. - Pense em mim quando estiver caminhando para um suicídio.

Jeremy não parou de pensar sequer por um segundo em ir embora de sua residência finalmente, pensando em diversas formas de fugir e tentando decidir qual seria a melhor naquela situação. 

Não se vestia mais agora com seu habitual moletom verde, apenas vestia-se com roupas escuras e sem qualquer vida. Era, pelo menos, o que Michael pensava, que vendo melhor não era tão absurdo assim. 

— Como você está? — indagou por pura preocupação com o garoto menor, passando um de seus braços fortes sobre seu pescoço. Jeremy suspirou longamente, como se precisasse realmente fazer isso há um tempo — Tá tudo bem? 

— N-Não, não está. — respondeu com uma certa inflexão. Mike encarou-o por alguns instantes sem uma resposta audível, apenas sorrindo e deixando de exibir seus dentes brancos de maneira que pudesse o confortar — Mas, eu tô tentando. — Jeremy não parava de caminhar nem que fosse por um segundo, desejando chegar o mais rápido possível na pizzaria para concluir a primeira noite uma outra vez. 

Mike mordeu o lábio superior úmido, balançando levemente sua cabeça e caminhando mais rápido para poder alcançá-lo, que estava mais apressado do que o normal. O maior se sentia a pior pessoa do mundo por notar em como ele anda e morde seu lábio quando está nervoso ou preocupado com algo, desejando ter a coragem de puxá-lo para um lugar privado e esquecer aquele trabalho nem que fosse por cinco minutos. 

— Tem ideia do quão fofinho você é com esse coelho de pelúcia sempre na mochila? — falou assim que notou a pelúcia de Bonnie que estava quase caindo de sua mochila  que não havia sido fechada direito, em suas costas. Foi uma tentativa de fazê-lo sorrir que sabia que iria funcionar. 

— É-É, eu.. não costumava ganhar esse tipo de presente, então.. — Jeremy tremia ligeiramente com suas bochechas rosadas que ficaram extremamente visíveis na pele pálida, deixando de notar os olhares que o outro lançava sobre ele para não ficar ainda mais envergonhado do que estava. 

— Droga, eu amo quando você fica assim. — Mike soltou uma risada anasalada e abraçou ainda mais o garoto, trazendo-o para perto de seu corpo. Um sorriso estampou os lábios de Jeremy sem sequer ter a intenção. 

Assim que chegaram, presenciaram o segurança que, agora, era um colega quase insuportável de Michael Schmidt. Porém, sua feição era mais séria do que o normal, seus cabelos roxos se puxavam mais para o preto e seu uniforme era azulado, assim como de todos os outros funcionários. Mas todos ali sabiam bem que ele não era apenas um funcionário comum. 

Uma das coisas que os fizeram confirmar que era mesmo ele, foi quando ouviram sua voz rouca — como se houvesse acabado de despertar do seu sono — cantarolar alguma música indie um tanto desconhecida. 

— Ei! — Mike chamou sua atenção com a típica feição intimidadora, fazendo-o parar de cantarolar uma de suas músicas favoritas — Onde está o Scott? — Jeremy se aliviou ao ver que aquela seria sua única pergunta. 

— Sendo hétero no escritório dele. — respondeu com a maior simplicidade que poderia existir, revirando seu olhar para Jeremy que estava segurando um dos braços de Mike com uma certa firmeza, franzindo o cenho — Acho que está um pouco atrasado, Fitzgerald. 

— S-S-Sim, sinto muito. — Jeremy passou de forma nervosa a mão sobre seus cabelos até chegar na nuca, guinando com passos levementes fortes em direção ao seu escritório no qual passaria seis horas vigiando.

Jeremy não havia dito ou demonstrado nada, mas estava loucamente curioso para saber como estava a relação de William e Scott, após aquela discussão um tanto pessoal que tiveram no escritório do homem que todos pensavam que não havia qualquer chance de estar vivo. 

Adentrou o escritório com um cansaço que era impossível de ser explicado, quase como um cansaço que havia surgido dentro de si. Como se estivesse, realmente, cansado de quase tudo em sua vida apesar de ter apenas dezoito anos de idade. 

Sabia que à partir daquela noite, provavelmente não haveria qualquer ligação do Scott sobre a funcionalidade da pizzaria e dos novos robôs, — com exceção da ligação da quinta noite, que sequer recebeu — haveria apenas ligações sobre ''fechamentos'', ''defeitos'' ou possíveis ''imprevistos.'' 

.  .  .

Jeremy estava decidido à passar um tempo em qualquer lugar antes de voltar para casa, como seu pai mesmo havia lhe dito, dizendo-o para que fique longe até que ele possa esquecer o ódio que sente pelo próprio filho. 

Sorriu mesmo sem vontade ao sentir os lábios úmidos do namorado beijar sua nuca coberta pelos cabelos castanhos-escuros, sentindo o arrepio que já havia sido considerado normal percorrer seu corpo como sempre ocorria quando estavam assim tão próximos. 

— Como foi essa noite? — indagou com as mãos no casaco marrom que ficava por cima da camisa de uniforme, que havia colocado há um tempo atrás. Mike levantava e abaixava seu olhar para ele, como se fosse algum tipo de análise. 

— Tranquila. — Jeremy se sentiu mal por ter mentido, se sentindo pior ainda quando teve que segurar suas lágrimas perto dele. Só não sabia que não poderia mentir para Michael, que mesmo tendo suas habilidades já o conhecia bem, de maneira suficiente. 

Mike suspirou tristonho, de uma forma que Jeremy nunca tinha escutado. Ele se aproximou de uma maneira que pudesse ficar próximo o suficiente do garoto, em sua frente, levantando uma manga de cada vez da sua camisa de trabalho. 

— Esses cortes me parecem recentes. — Jeremy torceu para que, o que havia visto naquele instante, fosse algo apenas de sua cabeça, já que havia visto um dos olhos de Michael se tornar negro por um segundo. Como já havia ficado, e o assustado bastante. 

Jeremy decidiu não dizer nada pois sabia que seria inútil, apenas se aproximando mais do maior e o abraçando de uma forma como se não quisesse separar jamais. Um alívio repentino percorreu seu corpo ainda levemente jovem, ainda mais quando sentiu as mãos do outro acariciarem seus fios de cabelo. 

Mike não falou sequer uma palavra durante todos os minutos em que permaneceram abraçados, apenas sentiu as lágrimas do garoto molharem sua camisa e ouviu, com o coração apertado como nunca antes, seus baixos soluços. 

— Você deveria ir morar comigo. — sugeriu Mike suavemente para não assustá-lo, notando que depois de alguns instantes ele enxugou suas lágrimas e levantou o olhar para o maior, ambos estavam arregalados. 

— S-Sério? Tipo, como íriamos fazer?

— Eu não me importo com isso agora, só não quero que aconteça novamente. —  Mike acariciou com leveza as maças de seu rosto, com o polegar — Escute, sempre que.. que eu fecho meus olhos, eu também passo novamente pelo inferno. — Jeremy escutava atentamente, encarando-o — Mas eu não caminho para o abismo do suicídio, porque eu tenho medo de que você possa se sentir mal. Então, eu permaneço forte. Faz o mesmo. 

Jeremy assentiu rapidamente, pressionando-o mais contra seu corpo em um abraço aquecido. O riso que escapou dos lábios do namorado fez um arrepio percorrer seu corpo jovem. 

Quando os dois voltaram a caminhar juntos, um ao lado do outro, em um silêncio confortável, surgiu uma dúvida na mente de Jeremy que foi curiosa o suficiente para lhe perguntar. 

— V-Você.. ficou com raiva de mim? — Mike virou o rosto para encarar seu rosto, como se precisasse de uma pergunta mais expecífica — Quando eu te disse que me cortei.. seu olho ficou.. negro. — Jeremy corrigiu-se, sentindo o coração disparar com sua expressão reflexiva. 

— Acho que mais.. aborrecido, sabe? — Jeremy concordou com a cabeça, continuando a caminhar sem mostrar uma expressão visível — Mas não é tão difícil fazer isso agora, quer ver? — Jeremy sentiu que se arrependeria de dizer ''sim'', mas o fez. 

Mike fechou seus olhos por alguns instantes sem parar de caminhar, quando os abriu eles já haviam mudado de cor, e o mesmo esboçou um sorrisinho nos lábios. 

— Então? — Jeremy conteve um grito, caminhando ainda mais rápido na frente e ouvindo suas gargalhadas atrás, tentando alcançá-lo — Ah, Jeremy, qual é! Foi só uma brincadeira! 



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