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História Juventude - Fique por mim


Escrita por: DArk_Coral

Capítulo 22 - Fique por mim


Fanfic / Fanfiction Juventude - Fique por mim

⎯ Bem, essa é a Ye-Jin, de quem tanto falo para vocês. ⎯ Jin-ah disse, abrindo um sorriso radiante ao me apresentar para suas amigas.

Quando ela disse que iríamos sair, eu não fazia ideia que ela estava falando de tomar chá em um lugar refinado com suas amigas. Mesmo eu não gostando tanto assim de chá, eu deveria dar um chance para o momento e tentar ao menos aproveitar.

As duas mulheres deram um sorriso torto um para a outra e olharam para mim logo em seguida.

Logo depois disso, percebi que não iria aproveitar coisa nenhuma.

⎯ É um prazer conhecê-las. ⎯ Comecei porque se não dissesse nada, aquele clima estranho ia continuar por um longo, longo tempo.

Parecia que para todas as pessoas que eu tinha conhecido recentemente, eu tinha que provar ser realmente boa antes delas tirarem suas próprias conclusões. Mas eu nunca seria alguém merecedora de tanta atenção porque elas já sabiam de onde eu vim.

⎯ É um prazer, querida.

Jin-ah e eu sentamos em uma mesa no terceiro andar do prédio e estava muito frio. Todas elas pediram as mesmas coisas, mas eu pedi uma torta de limão porque detestaria ter que beber chá e ainda ficar de bom humor quando elas decidissem começar a falar de mim. Eu sabia que isso ia acontecer assim que as duas mulheres à minha frente olharam para mim quando cheguei.

Comecei a ficar entendiada com os assuntos sem contexto. Eu me sentia deslocada por não entender quase nada do que elas falavam e por isso, minha torta de limão tomou todo meu tempo.

Jin-ah poderia ser uma pessoa adorável quando estava comigo, e eu gostava de conversar com ela. Mas, a conversa que elas estavam tendo era tão entediante que eu estava chando que deveria ter ficado em casa pensando besteira.

Eu não queria saber nem um pouco sobre o que os netos delas ou os filhos faziam. Do jeito que elas se gabavam, pareciam que as pessoas de quem falavam eram as melhores do mundo e ninguém poderia dizer nada que fizesse menção a contrariedade.

Jin-ah até falou de Eunwoo para se gabar também. Tive que me segurar para não rir. Ele podia ter ótimas notas e ser educado com quem quer que fosse, mas comigo, ele eram totalmente o oposto.

⎯ Ye-Jin já sabe que faculdade quer fazer? ⎯ Umas delas perguntou para mim.

Tive que parar de saborear minha deliciosa torta de limão para responder aquela pergunta que me pegou de surpresa.

⎯ Não. ⎯ Respondi tão secamente que elas tiveram que parar para absorver minha simples e única palavra. Quando olhei para Jin-ah, ela estava esperançosa que eu continuasse e por isso, tive que completar depois de uma pequena pausa de olhares interrogativos. ⎯ Não tenho nada em mente ainda.

⎯ Ela tem... modos muito desenvoltos. ⎯ Uma delas falou. Mas voltei minha total atenção para a torta quase termina. Eu não ligava para o que elas achavam do meu comportamento.

⎯ Tenho certeza que Ye-Jin fará uma boa escolha e eu irei apoiá-la em qualquer decisão que ela tomar. ⎯ Jin-ah quebrando o gelo.

⎯ É bom que se apresse quanto a isso. Você já está em uma idade muito avançada para ainda está pensando.

Ela estava me chamando de velha?

Respirei fundo ao terminar minha torta deliciosa, que parecia a única coisa boa naquele lugar, e sorri falsamente para indicar que eu tinha entendido cada palavra. Elas pensavam que por causa do lugar onde vim, seria difícil entender aquela besteira toda?

⎯ O que acham de continuarmos esse chá na minha casa? ⎯ As duas mulheres levantaram e Jin-ah olhou para mim como se pedisse minha opinião.

⎯ Você pode ir. ⎯ Eu rapidamente falei. ⎯ Eu irei voltar para casa. Estou um pouco cansada.

⎯ Você voltará para casa sozinha?

⎯ Não é nada grandioso. ⎯ Falei com confiança. ⎯ Passei um bom tempo da minha vida voltando pra casa sozinha, então isso não será problema. Você pode ir e voltarei em segurança.

Jin-ah pareceu hesitante em aceitar minha proposta, mas cedeu e foi com suas "amigas" para sei lá onde. Já eu, voltei para casa aliviada por ter conseguido fugir daquelas três. Na verdade, eu não estava cansada, a única coisa que eu queria era escapar daquele falatório sem fim. Aquilo estava me deixando com dor de cabeça.

Quando cheguei em casa, percebi que as luzes estavam todas apagadas, nem mesmo as luzes dos portes estavam acesas. Já estava de noite e por isso estranhei por nenhuma delas estarem ligadas. Normalmente, às 18h todas elas já estavam acesas.

Abri a porta lentamente e entrei na casa escura com dificuldade para enxergar já que não estava mais com a iluminação presente do céu. Estava tudo tão silencioso que parecia que ninguém estava em casa, mas a porta estava aberta, então não fazia sentido não ter ninguém lá.

Continuei andando, tentando não tropeçar e fui até a cozinha. Em seguida acendi uma vela para tentar me ajudar a andar pela casa com mais facilidade e entender o que estava acontecendo.

Quando atravessei a sala e a luz iluminou o ambiente, consegui enxergar com dificuldade alguém encolhido no canto com as mão abraçadas aos joelho e o rosto bem escondido. Me aproximei o sufiente para ter certeza que era Eunwoo.

O que ele estava fazendo ali?

Tomei um susto, pois de primeira achei ser outra pessoa. Deixei a vela cair e logo tudo voltou a ser um breu.

⎯ O que está fazendo aí? ⎯ Perguntei para ter uma noção de como conseguir chegar até ele. Eu saberia a sua localização certa quando ele me respondesse.

⎯ Ye-Jin?

A voz de Eunwoo chegou até mim fraca não me ajudando em nada. Não tentei fazer com que ele me respondesse de novo. Eunwoo parecia estar com medo e quanto mais eu demorasse para chegar até lá seria pior.

Andei lentamente para não esbarrar em nenhum móvel e finalmente consegui chegar até ele mesmo sem luz.

⎯ O que aconteceu? Por que você está aqui desse jeito? ⎯ Perguntei quando cheguei perto o sufiente dele.

Cha Eunwoo me abraçou assim que percebeu que era eu e, embora eu não conseguisse ver seu rosto, sabia que ele estava chorando.

⎯ Você está bem? ⎯ Era uma pergunta idiota, mas era mais iota ainda perguntar o motivo dele estar chorando.

Eu ainda não sabia o que tinha acontecido e isso me deixava ainda mais aflita. Além disso, Cha Eunwoo nunca tinha chegando tão perto de mim daquele jeito. Eu conseguia sentir seu coração acelerado e tinha certeza que ele também conseguia sentir o meu.

⎯ Acho que... acho que houve uma queda de energia.

Ele estava com dificuldade até para falar normalmente. Eu não conseguia entender porque ele estava tão nervoso se tinha acontecido apenas uma queda de energia. Aquilo não era motivo para chorar. Eu acho.

⎯ Tenho certeza que voltará rápido. ⎯ Eu disse tentando tranquilizá-lo. ⎯ Vamos levantar!

Tentei me soltar, mas ele não parece querer facilitar as coisas para mim porque me abraçou com ainda mais força me mantendo no lugar.

⎯ O chão está muito frio para continuarmos aqui. Precisamos levantar. ⎯ Expliquei.

Ele lentamente pareceu entender e me soltou. Levantei do chão e segurei suas mãos para ajudá-lo a andar pela casa. Se eu ainda tivesse a luz da vela seria muito mais fácil, mas depois que ela caiu não consegui saber onde ela estava.

Para subir a escada foi ainda mais trabalhoso porque tive que me concentrar em me segurar e segurar Eunwoo também. Conseguimos chegar até o fim um tempo depois e senti um alívio quando chegamos no último degrau da escada.

⎯ Nós estamos quase lá.

Levei Eunwoo até seu quarto e consegui isso porque uma janela deixava um pouco da luz natural entrar. Andei mais um pouco com ele até finalmente estarmos dentro do quarto.

⎯ Estamos no seu quarto agora. ⎯ Avisei para ele. ⎯ Voltarei lá em baixo para buscar a vela que deixei cair. ⎯ Tentei sair, mas Eunwoo segurou minha mão tão forte que tive que parar novamente.

⎯ Você não pode me deixar sozinho.

⎯ Prometo que será rápido. Voltarei tão rápido que você nem irá perceber que saí.

⎯ Eu sempre percebo quando você sai. ⎯ Ele disse com a voz ainda fraca como se dizer aquilo pudesse fazer ele desmoronar.  ⎯ Não tem como não perceber.

Era um alívio não conseguirmos ver o rosto um do outro porque acho que minha expressão causaria um clima ainda mais estranho. Além disso, ainda estávamos de mãos dadas.

Senti algo estranho que não consegui decidi o que era naquele momento. Eu deveria está nervosa que nem ele pelo que tinha acontecido. Eu nunca tinha visto ele daquele jeito e aquilo me assustava.

⎯ Por favor, não vá.

⎯ Tudo bem, mas ficaremos no escuro até que a luz volte. ⎯ Eu disse, esperando que ele mudasse de ideia. ⎯ Aliás, onde está todo mundo? Kevin e Si-a, onde eles estão?

⎯ Ninguém estava em casa quando cheguei.



Cha Eunwoo acabou dormindo enquanto eu esperava a energia voltar em uma cadeira ao lado de sua cama. Não saí daquela cadeira por nenhum momento pois estava com medo dele acordar e achar que estava sozinho de novo. O sentimento de estar sozinha não era nada legal e eu sabia exatamente daquilo. Embora Eunwoo fosse um idiota total, eu não queria que ele sentisse o que eu sentia antes.

A energia voltou um tempo depois e Ji-nah também chegou trazendo Kevin, Si-a e Ji-Woo que ainda estava com sua mochilinha da escola nas costas.

⎯ O que aconteceu? ⎯ Jin-ah perguntou para mim.

⎯ Houve uma queda de energia e...

Eles se olharam assustados.

⎯ E Cha Eunwoo? Onde ele está? Ele está bem? ⎯ Jin-ah soltou a bolsa no chão e começou a olhar para todos os lados tentando encontrar seu neto em algum lugar.

⎯ Ele está dormindo. ⎯ Afirmei, fazendo ela parar e se tranquilizar.

O que todo mundo sabia que eu não sabia?



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