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História Youtubers no Reality da Morte - O Espelho de Orutuf


Escrita por: findHenrique

Notas do Autor


Olá 🙋
Não postei antes pq tô com alguns problemas :/
Espero que gostem, boa leitura a todos!

Capítulo 28 - O Espelho de Orutuf


Fanfic / Fanfiction Youtubers no Reality da Morte - O Espelho de Orutuf

[ POV T3ddy ]

T3ddy chorou até não sair mais nenhuma lagrima de seus olhos. Estavam vermelhos e irritados, e ele os mantinha abertos com dificuldade, devido a isso e ao sono que agora sentia.

Ele passa as mãos abertas no rosto várias vezes para tirar a umidade causada pelas lagrimas, depois as limpa na calça. Sente-se esgotado fisicamente e mentalmente.

De 4 se arrastou até onde o corpo de Mauro estava. A visão do corpo do amigo fez seu estômago embrulhar e T3ddy se sentiu enjoado. Desviou logo o olhar para o chão ao lado da cabeça de Mauro.

Devia haver sangue no chão, ou em algum outro lugar, mas não havia. Tinha apenas um buraco no alto da cabeça do amigo. T3ddy colocou os cotovelos no chão e aos poucos foi se virando e se deitou.

Sentiu o chão frio tocar os braços e pernas e encostou a cabeça no ombro de Mauro. Ele também estava frio mas T3ddy não se importou. Encolheu o corpo e colocou os braços no meio das pernas. Fungou o nariz algumas vezes e fitou o chão mais a frente até seus olhos se cansarem e ele os fechar e dormir.

*****

[ POV Cellbit ]

- Ei Abacate. – Cellbit sussurrou. – Vamos.

Abacate estava deitado na cama de Cellbit. Dormia todo enrolado em seu próprio corpo. Cellbit o pegou e ele grunhiu. Aninhou ele no colo e caminhou silenciosamente até a porta de saída do dormitório.

Luba e Gabbie estavam lá esperando por eles. O amigo tinha o acordado a pouco dizendo que T3ddy havia ido atrás de Mauro pelo hospital e pediu ajuda para encontrá-lo.

- Você pegou alguma roupa? – Ele pergunta.

- Peguei isso. – Luba levanta o braço e mostra uma cueca boxer azul.

- Uma cueca?

- É a única peça de roupa que ele tem e não tá usando agora.

- Tudo bem, vamos lá pra fora primeiro.

Luba abre devagar a porta e todos passam por ela. Gabbie que é a última, fecha a porta ao passar. Duas lâmpadas fluorescentes grudadas no teto iluminam a sala e piscam a cada dez segundos.

- Toma. – Luba estende a mão com a cueca para Cellbit.

- Eu não vou tocar nisso. – Luba revira os olhos.

Luba se aproxima de Cellbit e coloca a cueca próxima ao nariz de Abacate que estava com cara de sono e com as orelhas para trás. Não era um plano muito bom mas foi o melhor que conseguiram pensar.

Abacate funga o nariz e mexe o focinho de um lado para o outro. Isso parece despertá-lo do sono, ele se levanta ainda no colo de Cellbit e começa a abanar o rabo.

- Ei Abacate, você precisa encontrar o T3ddy, consegue fazer isso? – Cellbit pergunta e Abacate late em resposta.

- Eu acho que isso é um sim. – Fala Gabbie.

Abacate pula do colo de Cellbit e abaixa o focinho ao nível do chão. Cheira por alguns segundos e quando parece ter encontrado algum rastro, sai em direção a ele.

- A gente vai achar eles. – Diz Cellbit ao notar o olhar preocupado de Luba.

Abacate foi na frente e Cellbit, Gabbie e Luba foram atrás dele o seguindo. Minutos depois passaram por um zumbi decapitado e seguiram até uma sala sem saída. Abacate parou na porta e começou a latir e abanar o rabo.

- Acho que chegamos. – Cellbit acaricia o cão e abre a porta da sala.

A sala está escura e assim que entram veem T3ddy deitado no chão. A princípio Cellbit pensou que algo de ruim havia acontecido com ele mas ao se aproximar mais notou que não havia nenhum sinal de ferimento ou sangue e viu Mauro deitado próximo a ele.

- Gente, olha. – Diz Gabbie apontando para Mauro.

O estômago de Cellbit embrulha e ele fica tonto ao ver o buraco na cabeça de Mauro. Vê uma arma caída perto da mão dele e desvia logo o olhar. O que será que aconteceu? Mauro se matou? Ou será que... T3ddy o matou?

*****

[ POV Luba ]

- Ei T3ddy, acorda. – Luba está agachado ao seu lado e chacoalha seu ombro. Após alguns segundos T3ddy abre os olhos e levanta a cabeça. Fita-o com estranhamento por algum tempo e segundos depois seu rosto se contorce em reconhecimento e um olhar triste surge em seus olhos. Ele coloca a mão na nuca de Luba e o abraça por vários segundos.

- Ele se matou. – Diz T3ddy assim que se separam do abraço.

Luba vira a cabeça por cima do ombro e troca olhares confusos com Cellbit e Gabbie.

- Tudo bem, é... vamos voltar pro dormitório.

- Ok.

Luba o ajuda a se levantar e percebe seus olhos vermelhos e irritadiços, ele deve ter chorado muito. Se sente péssimo por vê-lo assim e não saber como ajudá-lo.

- Eu carrego você no colo. – Ele diz.

- Não precisa, eu consigo andar. – T3ddy não o olha nos olhos.

Luba sente o calor de T3ddy quando unem suas mãos e Luba acaricia seu rosto.

- Vai ficar tudo bem. – T3ddy não responde, continua fitando o chão.

Abacate abre caminho pela porta e os quatro vão logo atrás dele o seguindo. Não falam nada durante o caminho e minutos depois chegam ao dormitório.

Luba só quer dormir logo pra poder esquecer tudo o que aconteceu. Porque será que Mauro o atacou? E porque ele se matou? É tudo tão confuso e ruim que prefere não pensar.

Despede-se dos amigos e após T3ddy responder negativamente sua sugestão para dormir com ele, Luba dorme na maciez de seu travesseiro e conforto de seu colchão. Era a única coisa boa que tinham ali.

*****

Pela manhã, Chayane conversa com Nora e Dolores no refeitório 1 quando A Voz surge pelo aparelho de som no alto da parede. Ela pede a Chayane que vá até a Sala de Controle onde ela está. Chayane se despede das colegas e se encaminha até lá. Minutos depois abre a porta de ferro.

- Pois não? – Ela entra e para quando seus pés estão próximos a tocar uma barreira grossa de sal no chão.

Como de costume, A Voz está sentada em uma das duas cadeiras giratórias azuis observando os vários televisores que transmitem o que acontece em todas as salas do hospital.

 - Quero que você avise todos os espíritos e criaturas que fazem parte do grupo que eu estou procurando a Anastácia. E toma. – A Voz pega um saco no balcão e entrega para Chayane.

- O que é isso? – Ela dá pequenas levantadas no saco tentando descobrir seu peso.

- Tem vidrinhos com água benta e algumas paginas de selamento. Quero que você os entregue para todos os espíritos, um vidrinho e uma página para cada um, e diga que se virem Anastácia, é para eles fazerem aquele pequeno ritual que eu ensinei. Deve ser o suficiente pra ela ficar selada até o reality acabar.

- Foi ela mesmo quem ressuscitou aquele garoto?

- Sim, e eu já estava mesmo desconfiado que ela estava aprontando alguma.

- E você vai deixa-lo voltar pro reality?

- Sim, pelo o que observei ontem, ele está normal. Além disso, tivemos duas baixas fora dos desafios, ele vai servir pra compensar uma delas.

- Entendo. E se me permite perguntar senhor, quando será o próximo desafio?

- Você tá muito curiosa. – A Voz franze a testa. – Mas como está fazendo um bom trabalho pra nós, eu digo. – Há uma pausa. – Ele vai ser ainda hoje.

- Ah sim, e onde está...? – A Voz levanta a sobrancelha e a olha com irritação. – Ah tudo bem, eu não devia perguntar isso. Eu vou entregar as coisas. – Ela se vira e sai.

*****

[ POV Lira ]

Quando Lira acordou parecia que tinha dormido por anos. Havia babado no travesseiro, estava tonto, com visão turva, dor nas costas e um gosto seco e ruim na boca. Senta na cama e olha para a cama ao lado onde a namorada está dormindo.

 Haviam discutido no dia anterior e Lucas ainda está muito irritado, não só por isso mas por tudo o que está acontecendo. Se levanta da cama e vai para o banheiro. Após fazer sua higiene matinal, fita seu rosto por alguns segundos no espelho. Não se parece nem um pouco com a pessoa que era quando acordou na recepção, tanto por fora quanto por dentro.

Abaixa-se para coçar a perna e sente à calça justa e algo cutucar sua coxa. Levanta o corpo e leva a mão ao bolso. Apalpa algo duro e coloca a mão dentro do bolso. Segura o objeto e o puxa para fora, é a pedra.

O que? Como foi parar ali? Será que Gabbie a devolveu durante a noite? Bem, não importa mais, agora que está com a pedra não vai a perder novamente. Com um sorriso no rosto ele volta para o dormitório.

Cumprimenta alguns dos colegas e volta para a cama. Taciele não está lá quando ele chega, mas segundos depois sai do refeitório e vai em direção a ele.

- Olha só o que apareceu. – Ele tira a pedra do bolso e a mostra.

- O que? Aonde você achou? – Ela se senta ao lado dele na cama.

- Tava no meu bolso quando eu acordei.

- Tá vendo! E você todo doido pra achar. Eu peguei isso. – Ela entrega uma fruta para ele. – Tá mais calmo agora?

- O que? Eu só tava um pouco irritado. – Lira a puxa para perto e beija seu pescoço. – Você sabe que eu te amo.

*****

[ POV Daniel ]

Daniel mal conseguiu dormir durante a noite, acordava a cada meia hora soando e respirando ofegante. Teve incontáveis pesadelos com Anastácia dizendo para ele cumprir sua parte do trato, bom, talvez não tenha sido pesadelos e sim a bruxa se comunicando. De qualquer jeito está p da vida com isso.

Após tomar café no refeitório volta para a cama. Lukas parece ter acabado de acordar e está coçando os olhos e bocejando. Daniel o cumprimenta e sorri, depois senta em sua cama. Os olhos do amigo estão semicerrados e cansados, parece estar com bastante sono.

- Não dormiu direito?

- Na verdade não. – Lukas senta na cama, colocando os pés no chão e curva o corpo para frente, colocando os braços no joelho.

- Pesadelos?

- Não. – Ele suspira e olha para Daniel confuso.

- Pode contar.

- É que eu quase não dormi. Acordava quase toda hora com vozes na minha cabeça.

- Vozes? – Daniel franze a testa. – Como assim?

- Eu não sei, são vozes estranhas, não consigo entender o que dizem.

- Aquela puta! Eu devia saber que ia ter algum problema, e você tá ouvindo essas vozes agora?

- Não, agora não. – Eles cumprimentam Cocielo que se aproxima e senta na cama ao lado de Daniel - Sei lá, talvez seja só durante a noite.

- Do que estão falando?

- O Lukas ouviu algumas vozes durante a noite.

- Como assim?

- Nem eu mesmo sei ainda. – Responde Lukas. – Mas com certeza tem haver com o lance de eu ser ressuscitado e tal.

- Pode crer. – Ficam em silêncio por alguns segundos. – Vocês por acaso viram o Mauro?

- Não. – Daniel responde. – Acho que ele não voltou desde que foi jogar o corpo do Christian no buraco. – Cocielo assente com a cabeça. – Porque a pergunta?

- Só to preocupado com ele.

*****

[ POV Cocielo ]

Cocielo está preocupado com Mauro, ele agia estranho a muito tempo e tentava afastar ao máximo todos, inclusive ele. Mauro já havia sumido a dois dias, provavelmente alguma coisa tinha o acontecido, mas Cocielo sentiu o dever de pelo menos procurar por, afinal eles eram amigos, pelo menos fora do jogo.

O reality foi mesmo estranho, os distanciou aos poucos até um ser para o outro apenas mais um tentando sobreviver, e nenhum dos dois pareceu notar isso, ou tentar fazer algo para mudar isso.

Após deixar Daniel e Lukas conversando, Cocielo vai até algumas camas a direita onde Cellbit, Gabbie, Luba e T3ddy estão.

- Ou, algum de vocês sabe do Mauro?

- Não. – Gabbie responde desanimada.

Percebe que todos eles parecem abatidos e desanimados, e T3ddy está com os olhos inchados e vermelhos, provavelmente por chorar. Será que brigou com Luba? Não... se fosse isso eles não estariam de mão dadas, deve ser outra coisa.

- Vocês tão bem?

- É só cansaço. – Luba responde e Cocielo percebe que seus olhos estão um pouco vermelhos, também deve ter chorado.

- É e a gente tá tenso por causa do próximo desafio. – Diz Cellbit com Abacate no colo.

- Tá certo.

Cocielo se despede com um aceno de cabeça e volta para sua cama. Daniel e Lukas não estão nas deles, provavelmente estão no refeitório, e isso o dá tempo para ele pensar. Após alguns minutos, se levanta e sai do dormitório. Vai procurar Mauro.

Caminha apenas por salas que já passou antes. Todas estão vazias, pouco iluminadas e cheirando mofo, como sempre. A única diferente foi a Sala do Ringue, assim que abriu a porta viu um grupo de mais ou menos dez zumbis sentados no chão, provavelmente tinham sido atraídos pelo cheiro de Rezende, e provavelmente comeram seu corpo já que Cocielo não o avista mais.

Assim que os zumbis notam Cocielo na porta, começam a se arrastar lentamente em direção a ele e começam a gemer. Devem não comer a tempos. Assim que se certifica que Mauro não está lá, Cocielo fecha a porta e volta.

Apesar de sua busca estar sendo relativamente tranquila, seu coração está um pouco acelerado, afinal está em um hospital psiquiátrico assombrado, uma criatura ou espírito pode aparecer em sua frente a qualquer momento. Provavelmente não teria coragem de fazer esse mesmo trajeto sozinho durante a noite.

Na Sala do Buraco, pega a tabua que está encostada na parede e a posiciona no buraco, de forma que consiga atravessá-lo. Engole em seco e após alguns segundos de indecisão, decide pular o buraco.

Já do outro lado, passa pela porta e vai em direção ao refeitório e a cozinha. A porta range e ele a empurra lentamente, quando está prestes a escancará-la para poder passar, vê mais a frente a porta da cozinha se abrir e Chayane sair de lá junto com as duas cozinheiras.

- O que aquela louca aprontou dessa vez?

- Não tenho permissão para dizer, mas foi algo grave. De qualquer jeito, já sabem o que devem fazer, se virem aquela bruxa em algum lugar, abram o vidrinho e joguem a água benta nela, depois coloquem a folha com o selo em cima de onde jogaram a água.

- É nós já entendemos! – Diz irritada uma das cozinheiras. – Vamos Nora, temos que preparar mais comida.

Anastácia está sendo procurada, caçada? Foi isso o que entendeu, e se arrisca um palpite diria que é por ter ressuscitado Lukas. Fecha a porta no instante em que Chayane se vira em sua direção. Tomara que não tenha o visto.

Após alguns minutos pensando, suspira e decide voltar pro dormitório. No fundo sabia que não iria encontrar nada, só fez essa busca para não se sentir culpado. Não consegue nem imaginar o que aconteceu com Mauro, mas se tiver morrido, tomara que não tenha sido dolorido.

Após pegar impulso e pular o buraco, ele volta para o dormitório.

Quando está quase chegando, pensa ouvir um sussurro vindo do banheiro. Decide ignorar e continua caminhando, mas a maldita voz continua a chamá-lo. Se vira e fita a porta do banheiro por alguns segundos, assim que se vira para frente, dá de cara com uma mulher completamente branca. Ele se assusta e cai para trás.

Quando diz completamente branca, é mesmo completamente branca. Pele, roupas cabelo, lábios, olhos, tudo. Cocielo logo se recompõe e levanta-se. Enquanto sacode a roupa observa que a mulher o encara.

- Quem é você?

- Bem, desculpe por meus maus modos, mas eu não tenho tempo para apresentações, minha energia não vai permitir que você me veja por muito tempo.

- Sei... – Ele diz mesmo sem entender nada. – E o que você quer?

- Quero fazer um pacto.

Só faltava essa.

- O que? Que pacto? – Mesmo sem saber do que o pacto se tratava, já estava certo de que iria recusar.

- Quero que você mate o Daniel e o Lukas.

- Sério? – Ele revira os olhos. – Vocês aqui adoram um pacto né. Não que eu esteja considerando aceitar, mas acho que faltou alguma coisa ai nessa sua oferta.

- Tem razão, estava quase me esquecendo. – Ela parecia nervosa e apressada. – Se você os matar posso garantir que você saia desse hospital com vida.

Cocielo se viu pensando na possibilidade de aceitar por alguns segundos, mas logo afastou os pensamentos. O que estava fazendo?

- Boa proposta, mas vou ter que recusar. – A mulher pareceu surpresa.

- Tem certeza?

- Sim, eu sei me virar. Além disso eles são meus amigos, não vou matar eles. E porque você quer eles mortos?

- Bem, não posso dizer. Mais o meu tempo está quase acabando, se for aceitar diga logo.

- Eu não quero.

- Tudo bem, mas quando você perceber o que sua recusa causou, você vai se arrepender amargamente por isso. – Ela sorri e começa a tremeluzir até desaparecer completamente segundos depois.

Cocielo balança a cabeça e continua seu caminho para o dormitório.

*****

Pouco depois do almoço, bem tecnicamente não era almoço já que só comiam frutas desde que chegaram ali, enfim, pouco depois do almoço A Voz os contatou e disse para seguirem Chayane que ela os levaria ao local do desafio.

Ao abrirem a porta de saída do dormitório, lá estava ela esperando por eles. Como sempre acontecia ultimamente, houve um limpa no refeitório pouco antes de saírem e todos os talheres “sumiram”.

Já fora do dormitório viram Chayane abrir o que parecia ser um corredor secreto para o segundo andar. Seguem-na escada a cima e instantes depois chegam ao segundo andar, na sala dos 3 alçapões de saída dos banheiros.

A porta secreta fica do lado oposto a porta de descida que usam para voltar pro dormitório. Está em um canto que sempre está escuro, por isso nunca a viram. Passam pela porta que leva a enfermaria e ao labirinto e param.

         3

2    SALA    4

         1

Já perdi as contas de quantas vezes fiz esse exemplo dessa sala, mas enfim. A porta 1 é de onde vieram, a porta 2 da acesso a enfermaria, a porta 3 dá acesso ao labirinto e a porta 4 dá acesso ao local onde vai ser o desafio.

 

- Como já devem saber. – A Voz surge. – O desafio vai ser realizado na porta a direita, a única que ainda não conhecem. Primeiramente vou dar uma rápida explicação, prestem atenção.

- Digamos que alguns dos lugares desse hospital são de posse de espíritos que de alguma forma estão ligados a esses lugares e se sentem presos a ele. Como por exemplo, Dolores e Nora na cozinha, Ângela na biblioteca e Arabella na enfermaria. A maioria desses espíritos é amigável e me deixa realizar o desafio em seus locais de forma livre, mas alguns são bastante encrenqueiros. E esse é o caso de Kud, o psiquiatra e Lucifer, digamos, o recepcionista. – Há alguns bochichos. – Não, ele não é o demônio, é apenas um apelido que ele mesmo inventou e saiu dizendo que é seu nome. Enfim, Lucifer será o juiz desse desafio, mas antes, terão que passar digamos, por uma avaliação do Kud. Enfim, acho isso uma idiotice, mas ele insistiu e tive que aceitar. Para isso devem fazer uma fila em frente a porta e entrarem um de cada vez conforme receberem o sinal.

Logo, todos formam uma fila em frente a porta 4. Kéfera está em primeiro e logo depois vem Gusta, Taciele, Lira e outros.

- Bom, Kéfera, vá em frente.

*****

[ POV Kéfera ]

Kéfera olha para Gusta e ele assente com a cabeça. Volta-se para frente e segura a maçaneta fria da porta, respira fundo e a gira devagar. Tenta olhar o que tem dentro do local mas ele está escuro. Dá o primeiro passo e é empurrada para dentro por Chayane, que está ao lado da porta.

Sua vadia

Kéfera tenta se virar para voltar e dar na cara de Chayane mas a porta não abre. As luzes começam a se ascender aos poucos e ao se virar para frente, Kéfera vê que está cercada por espelhos. Um a direita, outro na frente e outro a esquerda. O chão e o teto são negros.

- Olhe para o espelho. – Ela ouve uma voz dizer. Tem a impressão de que a voz sai de trás dos espelhos.

Apesar do estranhamento e nervosismo ela olha para o espelho a sua frente. A princípio vê seu reflexo, mas após alguns segundos se concentrando, sua imagem começa a tremeluzir e a se transformar.

Segundos depois a imagem para de mexer, provavelmente em seu estado final. Tonta, Kéfera pisca os olhos e fita novamente o espelho. Nele vê a seguinte imagem.

O céu está escuro, sem estrelas e está chovendo bastante. Em baixo do céu escuro Kéfera vê a si mesma de joelhos no chão. Ela está olhando para uma lápide, algo está escrito nela, mas Kéfera não consegue ver o que é, mas sabe que está em um cemitério. Ela segura a mão de alguém, mas não consegue ver de quem, é uma mão morena e pequena.

- Você vê? – Pergunta a mesma voz de antes.

- Sim. – Ela responde ainda tonta pelo o que viu.

Então uma ruptura surgiu no espelho a sua frente e foi se abrindo aos poucos, como se fosse uma porta de mão dupla. Assim que ela se abre completamente, Kéfera vê um senhor careca, narigudo, e usando um jaleco branco sorrir e estender a mão para ela.

- Venha.

Bom, não tinha como voltar, então era melhor ir logo. Ela caminhou até ele e segurou sua mão. Eles se afastaram e o espelho se fechou novamente.

*****

[ POV Gusta ]

- Sua vez garoto. – Diz Chayane.

Gusta está nervoso se perguntando se Kéfera está bem. Ele segura a maçaneta da porta e entra na sala rapidamente para evitar ser empurrado por Chayane.

Está em um espaço bastante apertado e é cercado por paredes de espelhos por todos os lados. Onde será que Kéfera foi?

- Olhe para o espelho. – Ele ouve uma voz dizer.

- Onde tá a Kéfera? – Ele pergunta.

- Ela está bem, só olhe para o espelho.

Gusta decide não protestar e olha para o espelho a sua frente.

Sua imagem não o agrada muito. Seu cabelo está grande e mal cuidado. Suas olheiras estão fundas e a barba começa a crescer novamente. Está mais magro e com um olhar cansado. Logo conclui que está mais para um mendigo do que um youtuber.

- Concentre-se!

Após franzir a testa e desviar o olhar várias vezes, Gusta tenta se concentrar. Pouco depois sua imagem no espelho começa a tremeluzir e se transformar em algo diferente.

Ele está sentado em uma cadeira. Seu braço está sangrando e está em carne viva. Ele está chorando e no seu colo está o caderno mágico de Christian.

Faz uma careta e observa seu reflexo até o espelho se abrir e um homem aparecer.

- Venha.

- Esse espelho mostra o que? Futuro? Algum medo?

- Você logo vai saber, agora venha.

Gusta foi em direção a ele e assim que passou pelo espelho, ele voltou a se fechar.

*****

[ POV Taciele ]

- Você vai ficar bem. – Lira coloca a mão em seu ombro.

- Espero que sim. – Chayane já a tinha falado para entrar a alguns segundos.

Taciele ignora a careta feia do espírito e passa pela porta.

Após constatar o local em que estava e ouvir o sinal, ela tenta se concentrar ao máximo no espelho. O espelho começa a tremeluzir e segundos depois ela fica chocada com o que vê.

Não pode ser...

O espelho se abre e Taciele vê um homem velho surgir. Começa a se sentir tonta e as palavras saem de sua boca com dificuldade.

- É-é verd-dade? – Ela pergunta.

- Sim. – O velho responde. – Você está grávida.

(“Ai mais ela faz sexo em um capítulo, dois capítulos depois ela já ta grávida?” NÃO! ELA ESTÁ GRAVIDA PELA TRANSA DO CAPÍTULO 14, OBRIGADO.)


Notas Finais


...


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