1. Spirit Fanfics >
  2. Yu-Gi-Oh! Eleven M >
  3. A ira de Jurrac Titano

História Yu-Gi-Oh! Eleven M - A ira de Jurrac Titano


Escrita por: davifarias_br

Notas do Autor


Como prometido, posterei os episódios nos finais de semana (dependendo da situação, Sábado ou Domingo).
Cartas com nomes em inglês

Capítulo 13 - A ira de Jurrac Titano


Fanfic / Fanfiction Yu-Gi-Oh! Eleven M - A ira de Jurrac Titano


O clima estava pesado ali. Tore estava sentado em um canto olhando para o lugar onde a poucos minutos seu melhor amigo, Yuri Takeda, estava duelando. Não conseguia conter o choro. Ikuma estava engantinhando de volta para a arena sentindo um imenso peso em suas costas. Arquimedes ainda mantinha o dedo apontados em direção aonde Yuri havia recebido o impacto que tirou sua vida. Antromedeth estava recuando lentamente seu enorme braço para o lugar. Depois de muito esperar, o impaciente Arquimedes aponta em direção a Tore:

Arquimedes: O que estão esperando?! Suas vidas estão em jogo neste momento! Termine o duelo! Termine!

Tore se levanta e enxuga as lágrimas, mas não se contêm e torna a chorar novamente. Ikuma continua engatinhando e mantêm uma expressão firme, mesmo que ainda estivesse chorando um pouco. Olhou para Tore se levantando e tomou coragem para se levantar também, mesmo que sua perna puxasse um pouco para o lado.

Tore: Isso acaba aqui... eu vou ACABAR COM SUA VIDA! 
Arquimedes: Vai mesmo? Hum não sei quantas vezes escutei isso em minha vida. E em todas elas eu me sobresaí - deu uma gargalhada - Duvidaram da existência dos Antros e olha eles aqui! - abriu os braços - Fizeram uma vítima crucial! Eu, Arquimedes di Molinari matei Yuri Takeda!

O silêncio imperou enquanto eles ouviam os ventos uivarem nos seus ouvidos. Arquimedes então se afasta deles, passando por debaixo de Antromedeth e se dirige para a cela de metal atrás dele. Os presos ali olham enfurecidos para ele enquanto começa mais um de seus diálogos.

Arquimedes: Vocês não tem idéia do poder contido nestas criaturas. Não tem mesmo. Eu mesmo não sabia do poder até senti-lhe correr em minhas veias. 
Ikuma: O que ele está resmungando ali? - disse baixinho para Tore.
Arquimedes: Antes de finalizar-los, quero que morram conhecendo quem entregou sua morte. Este espécime ali, Antromedeth, - apontou para seu golem enorme - é um dos maiores seres que já andou pela terra. Foi um os últimos a serem feitos com o auxilio da tecnologia humana daquele tempo. E foi aonde minha pesquisa terminou... 
Tore: Metreth não é? - gritou para Arquimedes
Ikuma: Como sabe dessas coisas?
Tore: Yuri me mostrou em um livro hoje de manhã. Nele continha desenhos feitos por Youkase. Em um deles, demonstra como o ritual de um povo chamado de Metreth era feito.

Enquanto contava a história para Ikuma, sua mente viaja a algumas horas atrás. Arquimedes permaneceu olhando para Antromedeth enquanto os presos ali dentro batiam na cela e faziam barulho. Tore conta ao interessado Ikuma todos os mínimos detalhes.
___________________________________________________________________________

Yuri estava lendo um livro sobre a mesa enquanto Tore devorava um pedaço enorme de bolo e tomava uma xícara de café. Youkase dormia tranquilo no sofá. Yuri vira uma página e anota alguma coisa em um pedaço de papel, chamando a atenção de Tore.

Tore: O que é isso, Yuri?
Yuri: Estou fazendo algumas anotações interessantes... olhe aqui - levantou o livro e virou para Tore visualizar desenhos e inscrições em um idioma que ele entendia razoavelmente - Estes são os Metreth, um povo esquecido que viviam perto de onde se situa o Peru. Youkase fez desenhos detalhados deles e de seu ritual.

Os desenhos mostravam uma roda de pessoas com suas mãos levantadas enquanto uma espécie de raio descia sobre uma formação de pedra que estava no meio deles. Um deles carregava um cajado enquanto outros, objetos desconhecidos: como um compasso, um relógio, uma roda feita de mármore e um instrumento musical.

Tore: Nunca vi falar deles.
Yuri: Seu ritual mais conhecido é trazer espíritos protetores e depositarem eles em objetos inanimados, aqui - ele aponta para um pilar feito de madeira - é um deles, um totem chamado de Antromedeth. Esse é única coisa que conseguiu destruir toda a civilização. 
Tore: Como?!
Yuri: O que eles não sabiam - ele fechou o livro e se levantou, depois que ouviu passos vindos do quarto acima - Era que esses totens podiam assumir formas destrutivas e bater de frente contra quem os criou. É isso que sei e Youkase também. - olhou para cima - Parece que Miya acordou.
Tore: Pode ir cara - tornou a beber sua xícara de café.

Depois da lembrança, Tore olha para Arquimedes e começa a raciocinar tudo. Lembrou de cada detalhe do duelo e se esforçou para se lembrar de alguma coisa importante que Arquimedes havia dito. Ikuma manteve o olhar fixo a ele e aparentava não entender nada a respeito da história que ele havia contado. Tore então se lembra de todos os Antro que apareceram na arena e de suas formas: todos eles se pareciam com que Yuri havia lhe mostrado aquela manhã.

Tore: Isso é um totem? - disse apontando para ele.
Arquimedes: Se interessou, ein?
Tore: Não, me responda...
Arquimedes: O totem de Antromedeth: aquele que extingiu a população de Metreth, a mil anos atrás.
Ikuma: O que vocês estão falando ai? 
Tore: Não prestou atenção na história não é? Tudo o que foi mostrado aqui são a representação física daquelas coisas que lhe falei!
Ikuma: São totens reais!? Mais que merda! 

Arquimedes solta uma gargalhada e insiste em falar, brandando as mãos.

Arquimedes: Vamos! Faça seu movimento! 
Tore: Ikuma... cuidado com qualquer coisa que fazer aqui... eu tenho um plano. Me siga. Meu turno! Mudo a posição de Jurrac Herra e passo o turno.
                                                        ATK 2300 DEF 1500

Ikuma: O que quer que eu faça? - disse entre os dentes - Meu turno, eu puxo!
Tore: Se lembre de como Yuri duelava... lembre seu duelo contra ele...
Ikuma: Não! Quer que eu lembre da maneira humilhante que perdi naquele dia?

Ikuma então percebe alguma coisa que surgiu em sua mente naquele instante. Acabou de ser bombardeado de lembranças do jovem Yuri a muitos dias atrás. Ikuma se lembrou de cada movimento que fez e a figura do Millennium Warrior destruindo seu Durant Dinosaur surgiu em sua mente novamente, assustando-o e ao mesmo tempo o fazendo viajar de volta naquele dia.

Logo após Ikuma ter tido essa lembrança ele visualiza toda a estratégia fluindo livremente em sua mente e se espanta com isso. "Como isso foi surgir, como agora sei o que o pivete pensaria?", pensou consigo.

Ikuma: Ponho uma carta virada e passo o turno - olhou para Tore - Agora sei o que devo fazer... o que Yuri faria nessa situação...
Arquimedes: Meu turno! - ele olha com frieza para carta que puxou - se me permitem: Antromedeth! Ataque Jurrac Herra!
                                                            ATK 3000 DEF 200
Ikuma: Como eu previa... - Tore olhou para ele e sorriu.


Os punhos destruidores de Antromedeth correram em direção a Jurrac Herra e o arremessou longe. Ele rodopiou e bateu na mesma parede que Yuri havia se lançado e se destruiu em mil pedaços. Tore protegeu seu corpo, com o disco de duelo, de muitos pedregulhos que vieram em direção ao seu corpo.

                                       TORE 3600 / IKUMA 600 / ARCHMEDES 4500

Arquimedes: Ativar efeito de Antromedeth! Se ele destrói um monstro em batalha eu posso - ele saca uma carta do baralho - equipar um monstro de união a ele. Apareça no campo Book of Master!

Um livro surgiu atrás de Antromedeth e lançou sob ele uma energia esverdeada. Ao receber ela, ergue seus braços e depois se ouve milhões de pedras serem movidas, todas elas partindo do seu corpo. Ikuma e Tore se afastam drasticamente de Antromedeth.

Arquimedes: Finalizo meu turno!

Tore olha firmemente para Ikuma, parecendo muito feliz e contente. Tore então olha para Arquimedes. Ele leva seu dedo para seu baralho e retira parcialmente uma carta e fecha seus olhos.

Tore: Você cegou Yuri, não foi? Irei vencer esse duelo da mesma maneira que Yuri venceria. - menteve seus olhos fechados - Meu turno! Eu puxo! - ele sorri e depois gira a carta em seus dedos - Não acredito que alguém como você tem uma carta dessa nesse baralho.
Ikuma: O QUE DISSE?!
Tore: Ativo Destroyed Future! Descarto seis cartas da minha mão para o cemitério - seis cartas saíram em sequência para a mão de Tore, que depositou acima de seu disco de duelo - Ativar mágica Chaos Bloom! Já que entre as seis cartas que descartei existia três cartas com o mesmo nome, eu poderei ativar um dos efeitos dessa carta.
Ikuma: Como saberia?! Você não as viu!
Tore: Não preciso... Yuri não precisaria... O efeito que me permite: irei destruir Factory of Ancients!
Arquimedes: O QUE?!

A fábrica pára de funcionar por instantes. Atrás de Tore um raio azulado foi direcionado a esta fábrica, que depois explodiu e se espalhou por toda a arena. Ikuma comemorou brandando os braços e emocionado, falou:

Ikuma: Agora se defenda seu imbecíl!
Tore: Termino meu turno.
Arquimedes: Minha fábrica... meus monstros... o que fez?!
Tore: Toda sua estratégia estava focada em seus tokens. Achou que passaria despercebido por eles; não conseguiu nem ao menos se defender, jogando essa conversa fiada para nos destrair..

Arquimedes então retira de sua perna mecânica um punhal dourado e corre em direção a Tore apontando o punhal para o coração dele. Avançou rapidamente a arena, já que suas pernas de metal davam-lhe condição extra para fazer. Perto de Tore saltou para lhe golpear quando Ikuma, assistindo tudo isso, saca uma carta de seu baralho e põe no disco de duelo.

Ikuma: Iron Blacksmith! Defenda Tore!
                                                             ATK 1500 DEF 1800

Do chão um ser surge. Sua armadura era feita de metal que cobria seu corpo inteiro, deixando apenas seu cabelo branco sair de seu elmo. Carregava um enorme martelo em suas mãos. Logo após Ikuma invocar-lhe, ele prepara seu martelo e com um golpe certeiro, atinge Arquimedes em cheio lancando-o longe. Passou por Antropometh e se dirigiu para o outro lado da parede invisível. Ao se chocar com ela sente que seu corpo havia perdido alguma coisa e que estava pegando fogo.

Após se recompor, Arquimedes então expõe suas mãos para frente. Ele então tenta enxergar alguma coisa a sua frente, mas tudo o que vê são silhuetas borradas de Antromedeth e de seus oponentes. Ele então se apoia na sua perna mecânica e depois começa a gargalhar.

Arquimedes: Há, vocês conseguiram... se quiseram mostrar o que Yuri teve que passar conseguiram - enxeu sua face de risos - estou cego igual a ele! VIRAM?!
Ikuma: O que tem naquela parede!?
Tore: O que lhe fez ficar assim? Por que?
Arquimedes: Aquilo - disse ele cambaleando de um lado para outro - é chamado de Soditnes. Quem ousar tocar ou atravessar seu limite perde parte de seus sentidos - começa a rir - Inevitalvemente eu iria acabar ali. 

Tore então abre os olhos e visualiza seu oponente apoiado em uma das pernas e com uma das mãos em seu olho, escondendo-o. Ikuma então faz seu ultimo movimento e termina seu turno.
Tore visualiza as cartas restantes que estão em seu cemitério e, confuso, pergunta-se o que fazer. Ikuma engoliu seco e depois olhou para Tore lançando-lhe um olhar de "não faça besteiras!".
Tore: Não sei o que você ainda me reserva aqui Ikuma... mas espero que seja algo bom.
Ikuma: Olha só quem diz...
Arquimedes: Meu turno! - Tore fixa o olhar em cada movimento dele -  Ataque, Atromedeth! FINAL BOULDER!

                                        TORE 3600 / IKUMA 600 / ARCHMEDES 5000

O punho enorme de sua criatura começa a atravessar a arena e se dirigir para Ikuma. Ele então mira seu olhar para baixo e estende seu braço enquanto o punho fica a centímetros de acertar sua barriga caída.

Ikuma: Virar armadilha! Clockwatch! - o punho pára em sua direção e chega a tocar um pouco a barriga de Ikuma -  Enviando esta carta para a zona dimensional, posso redirecionar o ataque a outro alvo no campo. Agora, Antromedeth! Ataque o Token! 
Arquimedes: NÃO!?
Tore: Saquei! A carta que ele tinha virada para baixo precisaria deste token, não é mesmo!? - pensou consigo.

Antromedeth recolhe seu punho e mira em direção a pequena criatura lá em baixo. Ele então desloca seu pé e sem pensar pisa nela como se fosse um inseto. Arquimedes, mesmo cego, tentou acompanhar tudo e não teve tempo de pensar em outra coisa.

Arquimedes: Termino meu turno - disse isso entre os dentes - Eu sou um idiota!? Deixei de proteger a mim mesmo e deixei levar pela emoção e o calor dos duelos... só um imbecil para prestar atenção neles!

Arquimedes consegue se levantar e chega próximo a Antromedeth. Retira de algum lugar um lenço e enrrola em seu olho. Suspira e cheira o ar em volta.

Arquimedes: Tá certo, tá certo eu errei... falhei em me defender. Afinal de contas, todo esse duelo teve início por que eu superestimei a mim mesmo, mas no fundo, sou apenas um pesquisador fanático. Me perdoem por isso...
Ikuma: Deu uma de bonzinho agora?
Arquimedes: De todas as pessoas, você será aquela que farei questão de esquecer, Ikuma - Ikuma engole seco.
Tore: Para que o falatório? Já chega... você não tem mais nada para fazer aqui... a não ser ver sua morte bater em sua porta. Ikuma... - ele se vira para Tore - Olhe como as coisas funcionam. Tudo vai acabar aqui! - uma aurea vermelha cobriu o corpo de Tore por inteiro - Meu turno! Ativar mágica Rekindling! Faço um chamado especial de qualquer monstro com 200 de DEF do meu cemitério, quantos eu precisar! - três cartas surgiram nos dedos de Tore - Aparecam! Jurrac Aelo!

Três dinossauros surgiram. Eles estavam depositados dentro de seus ovos e quando olharam a vista ao redor deles soltaram fagulhas de suas bocas e depois exibiram, como em um ballet, suas caldas.

Tore: Sacrifico os dois Jurracs para invocar o maior de todos eles: Jurrac Titano!
Ikuma: TITANO! - gritou junto com Tore
                                                              
ATK 3000 DEF 2800

Uma enorme energia explodiu atrás de Tore e fez tudo ali começar a desmoronar. Arquimedes tropeçou e caiu, Ikuma da mesma forma caiu, mas rapidamente se virou para ver seu ás surgindo da fumaça e luz que se expandia na sua frente. Em poucos segundos, a fumaça deu lugar a Jurrac Titano: um dinossauro vermelho e rígido como uma rocha vulcânica. Lava fluia de seu corpo e em suas entrahas passeavam livremente. Deu as caras após sair de uma montanha de fumaça, ficando na mesma altura de Antromedeth. Arquimedes ouve seus rugidos de dar calafrios e começa a se afastar e encosta na cela atrás dele. A cauda de Jurrac Titano balançava para lá e para cá e produzia um barulho de arrasto quanto fazia.

Ikuma: Meu dinossauro! - disse isso em meio a lágrimas - Nunca pensei em vê-lo! 
Tore: E ainda verá mais: um Jurrac Aelo ainda está no campo, então... ativar efeito! Tributando Jurrac Aelo, poderei trazer um Jurrac nível quatro ou menor do meu cemitério: Apareça Jurrac Monoloph!
                                                              
ATK 1500 DEF 1200

No lugar do pequeno réptil - que se enfiou dentro de seu ovo - um outro bem maior do que ele surgiu. Ikuma arregala os olhos e se lembra, a muitos turnos atrás, de ter reclamado com Tore a respeito dele. Este dinossauro era de um tamanho médio, sua cabeça e patas eram de cor de pele enquanto seu corpo era de cor azul celeste. Havia um par de olhos expressivos e cobertos pela cor vermelha.

Tore: Jurrac Titano, efeito ativar! Removendo um Jurrac no meu cemitério, esta carta ganhará 1000 pontos de ataque somente neste turno! Vá! Ataque! GIGA IMPACT!

Um meteoro surgiu na mandíbula de Jurrac Titano e foi lançado em direção a Antromedeth. Ele, em vão, esmurrou o meteoro mas este nem partiu ou rachou, apenas prosseguiu destruindo tudo pela frente: as pedras do braço de Antromedeth foram arremessadas por todos os lugares enquanto ele estava sendo jogado contra a barreira invisível. Ao tocar nela, começa a derreter enquanto o meteoro o pressiona mais contra ela. Depois de destruído houve uma explosão que atingiu bem acima de Arquimedes e ele a recebe em sua totalidade.
                                       ​TORE 3600 / IKUMA 600 / ARCHMEDES 3500

Ikuma:
ENGOLE ESSA SEU IMBECÍL! - disse Ikuma brandando os braços.
Tore: Ainda não terminei! Virar armadilha Spiritual Art - Kurenai! Selecionando meu Jurrac como alvo e tributando-o, eu inflingirei seu ataque original direto aos seus pontos de vida!

Um símbolo foi desenhado bem no peito de Jurrac Titano e este se tornou apenas uma silhueta vermelha, somente com seus olhos pretos estavam no lugar. Um raio de fogo se direcionou a Arquimedes e seu corpo foi tomado de um calor e uma dor que ele jamais sentiu na vida. O lenço que protegia seus olhos se queimou, assim como suas roupas e as próteses de metal que tinha em se corpo.

                                 TORE 3600 / IKUMA 600 / ARCHMEDES 500

Tore:
Doi não é? Doi bastante... você teve a mesma quantidade de dano que Yuri teve... e por sorte não morreu, ainda.
Arquimedes: Sorte não... - disse ele tentando se recompor - d-destino... e-eu n-não vou s-sair daqui com vida m-mesmo... - ele estendeu sua mão em direção a pedra atrás dele. Um portal se abriu e começou a se expandir. Logo após o portal ser aberto, ele estala seu dedo e a fechadura que outrora trancava todos os presos deixou de existir e até mesmo a cela havia se transformado em fumaça - S-sou um homem de palavra... eu cumpri com que disse. 
Tore: Jurrac Monoloph! Termine esse duelo! 

O dinossauro parte em direção a Arquimedes e saltou em direção a ele. Uma bola de fogo saiu de sua boca e o atingiu. Foi arremessado mais distante e atingiu a pedra atrás dele, rolou no chão e por lá ficou. 
                                          TORE 3600 / IKUMA 600 / ARCHMEDES 0
Tore:
Turn... End...

Tudo em volta desapareceu. A arena toda, que estava completamente destruída e acabada, retorna ao seu estatus original. Paredes que foram derrubadas magicalmente retornam do chão e se alinham. O chão, que estava esburacado e bastante derretido, dá lugar novamente a uma extensão de pedra polida que cercava-os. A barreira que outrora cegou dois de seus invasores, não mais atrapalhou ninguém e lentamente desaparece. Arquimedes, jogado ao chão, pode abrir os olhos e finalmente voltar a enxergar. Tore ajuda Ikuma a se levantar e retira a poeira de seus corpos.

As pessoas que foram libertas da cela se concentram em volta de Arquimedes, que tenta se levantar. Um deles então começa a pisotea-lo, enquanto outros dão socos e pontapés nele, criando uma revolta. Entre eles, um homem baixinho saiu de seu lugar e observou ao redor. Viu que estava tudo de volta em seu lugar e viu Ikuma também, reconhecendo-o. Começa a ir em direção a ele.

Tore: Muito obrigado, Ikuma - ele embaralha seu baralho e entrega nas mãos de Ikuma - Este aqui, é um dos melhores que já pude usar.
Ikuma: Diz isso da boca pra fora... - pegou o baralho e retirou a poeira dele.
Tore: É, na verdade tem bastante erros e, você sabe, dinossauros não são tão populares, se é que me entende!
Ikuma: Ora seu! - puxa a orelha de Tore e ele começa a se debater - O que você disse ein?
Tore: Auch! Me larga! Ei, Ikuma, era só brincadeira, ei!

Aquele que se afastou da multidão se aproxima do baralho de Tore, que estava jogado no chão. Ele cata as cartas que acha no caminho e remonta todas elas em sua ordem novamente. Ele anda em direção a Tore que a poucos instantes havia se soltado das garras de Ikuma. Ele então estende a mão para Tore, lhe entregando seu baralho.

Alguém: Creio que esse seja seu. 
Tore: Como? - fez uma pausa - Ah! Meu baralho, muito obrigado, err...
Arata: Arata, Arata Kido. - fez uma reverência.
Ikuma: Espere! Arata Kido!? O senhor por acaso conhece um garoto chamado Sora? - Ikuma retira do bolso um papel amassado e mostra a Arata. Quando ele o recebe, lágrimas caem até o papel e Ikuma então percebe alguma coisa. - O senhor, err, seu filho Sora... 
Arata: Tenho tanta saudade dele... não sei o que aconteceu com meu pequeno... depois do acidente não vi mas nada! Quando voltei a conciência, estava no meio de um duelo contra Arquimedes... ele me aprisionou e pegou aquilo que eu daria a meu pequeno em seu aniversário...
Ikuma: Sora está bem! Eu fui enviado até aqui para achar-lo, não se preocupe mais!
Arata: E-ele está vivo?! M-mas como?!
Ikuma: Ele passou muitos dias procurando pelo senhor, até que eu sem querer acabei o atrapalhando - teve recordações do seu duelo com Sora, aonde machucou-o brutalmente - ele me pediu para achar-lo.

Tore deixa Arata e Ikuma conversando e anda livremente na arena. A multidão já havia se dispersado e arranjava um jeito de sair dali; Arquimedes cambaleava para cá e para lá enquanto tentava voltar para o portal que estava aberto. Tore se esqueceu da cena e olhou o horizonte. Visualizou a enorme montanha que estava bem abaixo deles, e também observou a enorme barreira de Gareki que sumia de vista dali. Ele então chuta um cascalho que parou em seu pé e vê sua trajetória até o infinito, e as lembranças de Yuri surgem em sua mente.

Tore: É meu amigão... agora espero que esteja em um lugar melhor do que aqui... não sei qual era seu objetivo ao sair daquele jeito daquele departamento... mas lutarei para preservar seu legado. Terá minha palavra, Yuri Takeda...
___________________________________________________________________________

Bem ali, a milhões de quilômetros de distância da terra e de qualquer outra coisa existente, estava o Cosmos. Ele se expandia por toda a extensão, brilhando com milhões de estrelas em torno de sua maior fonte de luz. Alguém lá esteve assistindo a tudo dali de cima, visualizou cada movimento de Tore e Ikuma e vibrou da mesma maneira quando Jurrac Titano destruiu Arquimedes. Mas estava com uma energia diferente. Um olhar diferente... uma mente diferente...

Um guerreiro surgiu do meio do cosmos, de uma brecha que lá havia. Ele era alto e bastante forte. Uma espada larga estava em suas costas e ele vestia um elmo dourado com detalhes em prata e uma armadura de couro vermelha. Seu olhar era determinado, era um olhar semelhante de quem estava em sua frente. Ele então retira o elmo de sua cabeça e lança sob o chão. Isto se transforma em poeira. Ele então, lentamente, toca os ombros de um ser que repousava.

Alguém: O que ainda faz aqui?
Yuri: Me responda você... 
Alguém: Viu aquilo não viu? 
Yuri: Assisti tudo daqui de cima.
Alguém: E precisa de provas? Não quero dizer que você deve obedecer seus olhos.
Yuri: Não... eu-eu vi sim - ele então coça os olhos - Eu sou um tolo.
Alguém: Por que? 
Yuri: Por deixar a marca dos Hazards doer em meu coração. Depois que sofri o dano inteiro em meu corpo, não houve mais dúvidas...
Alguém: Isso mesmo... você foi escolhido por motivos que nem eu nem você sabe ainda. Não precisa duvidar disso. Mas cresca e desenvolva sua confiança, Yuri. Você não é a mesma pessoa de quando eles o encontraram. Aonde está sua paixão? O brilho em seus olhos? O amor que tinha por duelos? O passado que você viveu virou cinzas assim como me elmo que arremessei ali. Não questione... apenas, confie em si mesmo.

Yuri desvia o olhar dele e em seu coração nasce uma semente nova. A cicatriz que doía e estava em seu coração se tornou algo invisível, insignificante. Yuri se sentiu em paz por ter retirado o peso de suas costas. O guerreiro então afunda a mão na poeira e seu elmo novamente surge dela. Yuri olha espantado, mas depois sorri. Começa a caminhar para longe do guerreiro, mas pára quando uma pergunta surge em sua mente.

Yuri: Antes de ir... posso saber como se chama?
Alguém: Hum - deu de ombros - Você já me conhece, cara. Não está me reconhendo?
Yuri: Não, me desculpe... 

O guerreiro então toca na cabeça de Yuri e este começa a lentamente sumir do cosmos, sendo puxado por alguém. Antes de Yuri fechar os olhos completamente, ele vê a si com a mão estendida, como um espelho. Era ele mesmo: seus olhos, sua face, seu corpo. Estavam com outra aparência. Yuri então sorri para seu reflexo e finalmente entende a mensagem. Seus olhos se fecham e ele se sente nos braços de alguém, sendo levado lentamente para algum lugar.
___________________________________________________________________________

Ikuma e Tore estavam se encontrando novamente, depois dele ter conversado com a multidão e tentar arrumar a bagunça que crescia a cada minuto. Ikuma embaralha o baralho de Yuri e, suspirando, entrega para Tore. Ele deixa uma lágrima cair e depois o sorriso resplendece em sua face. Ikuma então abaixa a cabeça, olhando para o baralho, e suspira novamente.

Tore: Pense bem cara... ele agora está olhando para sua cara gorda chorando.
Ikuma: Não diga isso! Não estou chorando! - virou a cara - Apenas estou emocionado por fazer uma criança feliz, e pronto! - cruzou os braços.

Tore guarda o baralho de Yuri em um bolso e depois de ver que Arquimedes havia sumido dentro de seu portal e que todos os presos estavam rodando em circulos, desesperados para sairem dali, dá uns tapinhas nos ombros de Ikuma.

Tore: Vamos tentar sair daqui grandão. Pergunte ao seu novo amigo se ele sabe alguma coisa. - Ikuma então olha ao redor procurando Arata, que havia sumido na multidão. Eles caminharam tentando organizar a multidão enquanto Ikuma, gritando, discursava com todos mas eles não deram a devida atenção.

Uma fenda se abre atrás deles. Tudo em volta congela por alguns instantes. As pessoas que estavam esmurrando as coisas viraram estátuas. Algumas ficaram feito bonecos. As únicas pessoas que se moviam livremente eram Tore e Ikuma. Ikuma se afastou da fenda, enquanto Tore se manteve seus olhos fixos. Seu bolso se iluminou como nunca e uma carta saiu sozinha dele indo diretamente para dendro da fenda. Ikuma então fixa seu olhar nas pessoas em volta dele.

Ikuma: O que será isso?! ARQUIMEDES!? - bravejou Ikuma
Tore: Não... a-acho que não.

Da fenda um Guerreiro dourado surgiu trazendo alguém nos braços. Ele não tinha face, somente seus olhos cerrados estavam no lugar. Carregava uma espada longa e pontuda em suas costas. Sua armadura era brilhante com uma cor vermelho carmesim rodeando-a completamente, detalhes em ouro. Havia inscrições em seu braço e em sua perna.

Ikuma e Tore se aproximaram dele. Tore reconheceu quem era e por isso, puxou Ikuma para junto dele. O guerreiro olhou para Tore e depois olhou para Ikuma e ajudou um ser a sair de seus braços. Quando Ikuma e Tore viram quem era, se espantaram: Yuri Takeda estava parado diante deles. Sem nenhum ferimento, nenhuma marca ou nenhum outra cicatriz. Tore ajoelhou-se e não acreditou no que viu.  

Alguém: Agora está em casa... poderá explicar a eles o que aconteceu. 
Yuri: Agradeço - após dizer isso, a fenda se fechou e no lugar de Millennium Warrior uma carta surgiu no ar. Yuri toma ela em suas mãos e a guarda em seu bolso. Depois de Yuri ter guardado, tudo retoma seu curso normalmente. 

Lentamente as pessoas deixam sua forma estática e começam a terem ação novamente. Tore se levanta do chão e vai de encontro a Yuri e o abraça. Tore então retira seu baralho do bolso e entrega a Yuri e estanpa a alegria em sua face. Ikuma cruza os braços e desvia o olhar de Yuri.

Yuri: Ikuma...
Ikuma: Humpt, nunca mais faça isso garoto... pensei que você tivesse morto!
Yuri: E morri, mas digamos que por uma coincidência fui levado a casa "dos 11". Observei o duelo de lá - Yuri olha para Tore - Você foi brilhane Tore - retira o baralho de Tore do bolso e entrega a ele - Eu não mereço usar um baralho maravilhoso como esse. 

Tore sorri e pega seu baralho de volta. Visualiza sua primeira carta que surgia lá, sua favorita. Yuri então aperta a mão de seu amigo e abraça. Ikuma então sai da presença deles e anda em direção a uma pequena estátua do templo e finge olhar para ela. Arata, saindo da confusão de gente que nascia novamente, então comprimenta Yuri.

Arata: Prazer Sr.Takeda! Sou um grande admirador seu! Meu filho Sora também.
Yuri: Ah, m-muito obrigado - ele fica envergonhado e não consegue fingir. 
Tore: Como vamos sair daqui?
Yuri: Não sei... - olhou de um lado a outro - Parece que estamos em cima de uma montanha em algum lugar longe de Gareki.

Uma luz se acendeu no pilar superior do templo e chamou a atenção de todos. Ela se espalhou como onda por todo o lugar. Partiu dela uma sombra negra que rodeou o céu dizendo algumas coisas em uma lingua esquisita. Muitos ali em baixo começaram a correr desesperados para todos os lados e alguns se concentraram em um lugar longinquo.

Sombra: Ainda não acabou! Não acabou! - uma outra sombra se separou desta e ganhou vida, acompanhando sua gêmea. E assim, a dança das sombras tomou conta da multidão, passando aqui e ali entre as pessoas.
Sombra: Retornar todos! Retorne todos eles!

A maior sombra delas surgiu do chão e se espalhou por todo o templo. Todos foram puxados para baixo e sumiram dali. A sombra, mais uam vez, começa a rodear cada um deles e a levar para lugares aleatórios. Todos eles passaram por experiências semelhantes. Alguns foram arremessados para longe por um grupo de sombras a esquerda, outros aterrissaram em algum lugar da montanha por outro grupo. Tore e Yuri foram arremessados de volta para a entrada de Gareki. Ikuma e Arata foram levados de volta a Junter enquanto o restante partiram para direções diferentes. Yuri e Tore, em queda livre, conseguiram amortecer o impacto ao se voltarem para uma lona que estava armada bem abaixo deles. Pertencia ao restaurante favorito deles. Ela então os lança suavemente de volta para o chão. Yuri levanta e tira a poeira de seu braço e ajuda seu amigo a se levantar.

Yuri: Bom dia Gareki... Tore, se machucou? - disse ajeitando seu casaco.
Tore: Apenas alguns machucados aqui cara - esmurra carinhosamente o braço de Yuri e ambos começam a rir. 

No início do sol da manhã caminha os dois, de volta no mesmo caminho de onde eles partiram para sua longa aventura. Yuri estava confiante, mais do que ele imaginava, e respirava novos ares. Tore aprendeu uma lição que levaria para sua vida inteira.

Quando era por volta das sete da manhã, Tore e Yuri chegam na casa de Youkase. Na cozinha, um café da manhã estava sendo preparado. Havia um bule fumaçando muito e uma mesa quase preparada, apenas com dois pratos. Tore avança em um pedaço de bolo em cima da mesa enquanto Yuri sobe rapidamente a escada, pulando dois, três degraus de uma vez. Ao chegar lá em cima abre a porta do primeiro quarto. Miya dormia com o telefone em mãos e uma agenda telefônica debaixo de seu travesseiro. Estava com a mesma roupa que Yuri a deixou pela última vez. Se aproxima da cama e ajoelha ao lado de Miya. Carinhosamente, passa a mão em seu cabelo e o alisa. Olha em seus olhos e vê que ainda estavam vermelhos. Miya abre um dos olhos e se espanta.

Miya: Yuri!? - ela então o abraça e beija infinitamente seus lábios.

Youkase surge no portal atrás deles, com uma escova na boca, uma toalha presa na cintura e todo ensaboado. 

Yuri: Não sei quantas vezes vou lhe dizer isso, mas... me perdoa, amor.
Youkase: YURI!? - a escova caiu de sua boca.
Miya: Esquece isso - disse mordendo os lábios - passei a noite inteira lhe procurando, pensei que estivesse morto - começa a chorar.
Yuri: Agradeça ao Guerreiro Milenar... 


Miya abraça Yuri e Youkase é puxado por Tore pela orelha. Tore fecha a porta do quarto e desce as escadas.
___________________________________________________________________________

No vazio do cosmos uma voz arrebenta de algum lugar dele. Era uma voz juvenil e coversava com alguém parado observando o espaço:

"Vamos embora?" 
"Não. Ainda não. Vamos ficar aqui. Quero ver até onde isso vai chegar... eu deposito minha total confiança de que Yuri Takeda vencerá esse embate."


Notas Finais


Curtem e Comentem pessoal. Até o próximo episódio.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...