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História Zina - Um gato uruguaio pra beijar


Escrita por: lucaspratto

Notas do Autor


Olá meus amores, nem bem terminei minha fic com o argentino safado, vulgo Pratto, aqui estou pra escrever com meu bolinho uruguaio.
Espero que vocês gostem

Capítulo 1 - Um gato uruguaio pra beijar


Fanfic / Fanfiction Zina - Um gato uruguaio pra beijar

Verão de 2018

Acordei animada naquela madrugada, ainda eram 02:30, depois de três longos anos estudando, minhas amigas e eu conseguiriamos finalmente realizar nossas tão sonhadas férias e agora estavam há algumas horas dali. Depois de tanto tempo planejando.

Nosso destino? Uruguai.

Uruguai, sempre havia sido uma das nossas primeiras opções, assim como Argentina e Chile, contudo, escolhemos a antiga Cisplatina como destino, depois de muitas pesquisas, queríamos pegar um bronzeado e aproveitar belas praias. Poderiamos ter escolhido qualquer lugar no nordeste do Brasil? Poderíamos. Mas aquele era um lugar que nós queriamos conhecer mais do que as areias do nordeste.

Verifiquei pela ultima vez minha mala, estava tudo ali, fechei-a. Sorri para meu reflexo no espelho, estava muito animada, reflexo oposto de meu pai que havia ficado de me levar no aeroporto.

— Não precisa pai, posso pegar um Uber e ir sozinha. — Disse pela quinta vez.

— Mas já disse que eu vou levar.

— Com essa cara feia, era melhor ficar em casa. — Resmungo baixo.

Acabamos seguindo em silêncio até o Aeroporto Internacional de Guarulhos, não era um trajeto demorado, pelo menos não às 03:00 da manhã, demoramos menos que a hora de costume. Me despeço dele com um abraço e um beijo rápido, esperava que as meninas já estivessem lá, provavelmente, seria a primeira a chegar, como sempre acontecia em todos os nossos encontro. Verifico nosso grupo.

Alice: Acho que vou me atrasar um pouco. [04:03]

Verena: O avião não vai esperar por ninguém.

Bjs, estou aqui já. [04:17]

Karina: Acabei de pegar a mala, estou chegando, me espera no check-in, Vê. [04:18]

Fiquei olhando ansiosa para avistar minha amiga pelo saguão, não foi dificil, não estava movimentado. Nos abraçamos e fomos para a fila despachar nossa bagagem. Assim que saímos do guichê, avistamos Alice, atrás de três pessoas, ficamos ao lado esperando que ela também deixasse sua mala e pegasse sua passagem.

– Acho que não me atrasei muito. — Disse sorrindo. — Não vão precisar me matar, ainda bem! Vocês estão animadas? Eu estou muito. — Era assim que ela perguntava e respondia antes que qualquer outra pudesse sequer pensar em algo.

— Amigas, talvez a gente encontre o Felipe lá. — Elas me olharam de forma séria.

— Quem é esse? — Alice perguntou.

— Aquele amigo dela que joga no Grêmio, eu acho. — Karina explicou. — Essa não era a viagem das garotas?

— E é, mas faz um tempo que não o vejo, não tem nenhum problema, vocês vão gostar dele, é um anjinho. — Sorrio.

— Tem certeza que ele é só seu amigo? — Sinto um tom malicioso em sua voz.

— Eu tenho sim, Alice. — Forço um sorriso, enquanto passavamos pela Policia Federal.

— Se você diz. — Deu de ombros.

Odiava com todas minhas forças quando elas faziam isso. Preferi ficar em silêncio, e elas sabiam que isso era um sinal de que tinham me irritado. Ouvia atentamente tudo que elas conversavam, mas a minha única vontade era entrar no avião e dormir pelas proximas duas horas e meia. Iria repor um pouco do sono que não tive na noite anterior.

— Me acordem só pra comer. — Rio.

— Gorda. — Alice diz. — Farei o mesmo.

Essas foram as ultimas palavras que dissemos antes de procurarmos por nossos asentos, Karina, sentou-se na janela, Alice, na poltrona do meio e, eu, propositalmente, havia escolhido o corredor, era o lugar que mais gostava de ficar, mesmo que muita gente dissesse que era o pior lugar para se estar em um voo. Peguei no sono quase que imediatamente após a decolagem, era um costume, e, certamente se ninguém me acordasse para comer, meus olhos iriam se abrir sobressaltados quando pousasse nas terras uruguaias.

— Lanchinho do avião é sempre um beleza, não acham? — Karina disse.

— Sempre, menos quando é pago, daí é ruim. — Dou risada com aquela frase, era simplesmente a cara da Alice.

— Esse aqui é muito bom, mas já vi uns bem ruins. — Digo.

— Qual o nosso plano?

— Querida amiga Ka, pegar um carro e dirigir mais umas quatro horinhas de Montevideu à Cabo Polonio. E adivinha quem vai dirigir? — Ela revira os olhos para mim.

— Estou animada! Olhei pelo Google Maps, as imagens são lindas. — Alice, como sempre, empolgada.

— Não querendo te frustrar, mas já fazendo isso, você sabe que não vamos passar pelas praias né? Como boa motorista que sou, já procurei o caminho mais rápido e é pelos centros das cidades. — Alice pareceu decepcionada.

— Eu supero. — Tentou parecer mais decepcionada, mas acabou rindo. — Seu amigo, ele vai encontrar a gente no aeroporto?

— Não, ele disse que era melhor ir de carro, não compensava a viagem até Porto Alegre e depois pegar quatro horas de estrada aqui. — Dou de ombros.

— Achei que ele não tinha idade pra dirigir.

— E não tem. A mãe dele assinou com dezesseis, Alice. — Explico.

Foi exatamente como Karina tinha dito, quase não avistamos praias, em compensação, passamos por alguns trechos com mata, e me pareciam extremamente bonitas, cheguei até mesmo considerar a hipótese de acampar, e não era sequer algo que gostava de fazer. Apesar da longa distância para chegar em Cabo Polonio, o tempo passou rápido, entre risadas e gracinhas, estava animada para tomar um banho e tirar aquele cansaço da viagem, comer alguma coisa e ir para a praia.

Nossa pousava ficava apenas alguns metros da praia, duas ruas para ser específica, tiramos as malas do carro e fizemos nosso check in. O sininho da porta tocou e virei minha cabeça em sua direção, e o avistei arrastando uma pequena mala, sorri para ele, que me retribuiu animado, apesar da cara de cansado.

Ele estava diferente desde a última vez que nos encontramos, estava mais alto que eu, pelo menos quinze centímetros, já que tinha me envolvido num abraço pelos ombros e minha cabeça tinha se encostado em seu peito, seu rosto estava preenchido pela barba negra, deixando-o com uma aparência mais velha, mas o sorriso infantil ainda estava ali, seu cabelo estava um pouco desgrenhado pelo vento.

— Achei que não ia chegar nunca, muito tedioso pegar estrada sozinho.

— Oi pra você também. Quanto tempo.

— Já passamos dessa fase, têm alguns anos, não? — Ele tirou os óculos de sol.

— Definitivamente, sim. — Continuei abraçada com ele por um instante. — Você deve estar cansado.

— Um pouco, saí de casa perto das três.

— Bem vindo ao clube, nós também. Vou te apresentar as meninas. — Aponto para cada uma das meninas e digo os nomes. — Agora pega logo a chave do seu quarto.

— Estou indo. — Ele se aproxima do balcão, onde instantes antes fazia a mesma coisa. — Pronto. — Ele agita o cartão próximo a meu rosto.

— Vamos arrumar as coisas e nos encontramos meio dia aqui na recepção? — Sugiro, e eles concordam rapidamente. — Então vamos.

Esse já era nosso terceiro dia, o Sol brilhava com intensidade em Playa Sur, era uma das praias mais bonitas que tinha visto, a água era transparente e a areia bem clara, não era uma praia muito lotada, mas tinha um grande número de pessoas, a vantagem era que os surfistas gostavam das praias mais ao norte, que tinham ondas melhores, então por aqui, ficavam basicamente as famílias, uma certa tranquilidade para aquela viagem. Estava sentada no saguão esperando pelo meu grupo, como sempre, estava adiantada no meu horário, e ficando impaciente com a demora deles.

— Hoje vocês não escapam de jogar bola comigo. — Felipe foi o último a chegar. — O futuro melhor do mundo, precisa treinar.

— Eu não jogo, não gosto. — Karina se posicionou.

— Por favor Ka, se não, não conseguimos formar times. — Alice diz.

— Vou pensar. — Ela encarou o rapaz. — Você não descola disso não?

— Hm, não. — Ele abraça sua cuia fazendo uma careta para ela. — Agora vamos, quero um lugar legal na areia. — Dou risada, e estico a mão para pegar o objeto. — Ei. — Felipe protesta.

— Não é sempre que posso fazer parte da cultura do mate.

— Lamentável. Malditos paulistas.

Seguimos pelas duas ruas, andando sem pressa, gostava da sensação de segurança, e isso, era importante.

— Estava pensando, podíamos ir para Punta del Diablo a noite, aproveitar alguma festa, não sei. — Sugiro.

— Acho uma boa ideia, dar uma animada, quando voltarmos para o hotel, nós pesquisamos alguma coisa. — Alice se anima, os outros dois concordam.

— Espero que consiga um gato uruguaio pra beijar. — Digo rindo.

— Me poupe, Verena. — Felipe resmunga.

— Vai dizer que você não queria uma? — Provoco.

— Hm, não. — Dou de ombros com sua resposta. — Prefiro as brasileiras. — Trocamos um olhar cúmplice.

A praia estava praticamente vazia naquele horário, havia uma ou outra pessoa correndo pelo calçadão, e alguns turistas começavam a se acomodar na areia, fizemos o mesmo, estendi minha canga no chão e sentei ali, minhas amigas fizeram o mesmo, Felipe, se sentou na ponta oposta do pano onde eu estava. O sol naquele horário, era o suficiente para aquecer sem provocar um calor insuportável, ninguém dizia nada, e era extremamente confortável.

— Vamos jogar, estou entediado. — Fe, se levantou pegando a bola, era um pouco depois da hora do almoço, e nós já tínhamos mergulhado nas águas geladas, apostado corrida, enquanto Alice e Karina, ficaram cuidando de nossas coisas.

— Você não cansa? - Ele balançou a cabeça de forma negativa.

— Vamos, nós dois, contra elas duas. — Sugeriu.

— Não, é desvantagem, fica com a Alice, que eu fico com a Ka.

— Eu não vou jogar. — Karina disse seca. — Já tinha dito de manhã.

— Por favor! — Felipe fez biquinho para ela.

— Sem chance. — Ele voltou o olhar para o livro que lia.

— Permiso. — Olho em direção a voz e a pessoa que estava na frente do meu sol. — Vocês poderiam me arrumar um pouco de água pro mate? — Pego a garrafa térmica automaticamente lhe entregando, estava encantada por aqueles olhos castanhos.

— Viña? — Felipe disse, encarando o recém chegado.

— Steffen?

— Bah, que surpresa! — Meu olhar alterna entre um e outro.

— A surpresa é minha, não esperava te encontrar aqui. — Ele sorriu, quase fiquei sem ar.

— Vim com minha amiga e as amigas dela. — Ele disse naturalmente. — Essa é a Verena. — Apontou pra mim e sorri. — A ruiva lendo é a Karina, e a loira de cabelo curto, Alice. Gurias, Matías Viña, um velho conhecido meu. Veio sozinho pra cá?

— Vim com minha família. — Apontou para a esquerda.

— Carrega esse mate pra lá e volta pra gente jogar uma bolinha. — Matías Viña, concordou. — Você joga com a Vê, já tínhamos combinado. - Disparou assim que o rapaz retornou.

Ficamos um bom tempo jogando, tempo suficiente para Felipe, dar uma caneta no colega e o provocar pelo restante do tempo em que a bola rolou. Acabamos não contando os gols, mas tenho a vaga sensação de que tínhamos perdido por uma diferença pequena.

— Estávamos pensando em ir até Punta del Diablo, ver se vai ter alguma festa. — Disparei antes que Matías fosse embora.

— A gente está esperando voltar pra pousada e usar o wi-fi. — Felipe disse rindo. — Não tivemos a decência de comprar um chip.

— Eu pesquiso pra vocês. — Correu até onde a família estava e voltou digitando algo no celular. — Uma festa assim, não digo, mas tem uns barzinhos legais em La Viuda. Acho que vale a pena.

— Quer vir com a gente? — Felipe foi mais rápido que eu. — Tem espaço no carro.

— Tudo bem, encontro com vocês na pousada. — Ele disse animado, Felipe passou o nome da nossa pousada e logo o uruguaio se afastou e foi recebido por um garotinho de cabelos loiros, que correu em seu encontro.

Eu pretendia me arrumar bem, mas havia caprichado mais, muito mais do que faria normalmente, havia colocado uma ideia na cabeça e isso era algo que poderia ser muito bom ou muito ruim, afinal, não dependia apenas de mim. Matías Viña, deveria colaborar para que tudo fosse perfeito. Ele se quer parecia o tipo de cara que me interessava, mas estava completamente encantada por aquelas bochechas rosadas, aqueles lábios bem desenhados e seu cabelo perfeitamente desgrenhado.

Quando cheguei no saguão, ele já estava lá conversando com Felipe, observei aquela cena, não tenho certeza por quanto tempo, até Karina me tirar do transe.

— Acho melhor você pegar um babador.

— Não estou babando, estava entretida com outra coisa. — Digo na defensiva.

— Certeza que estava olhando o nariz dele. — Dou risada, era exatamente algo que já havia reparado há muito tempo.

— Esse carinha é um pedaço de mal caminho. — Alice comenta se juntando a nós. — Nossa mamãe do céu. — A encaro. — Você quer todo mundo! Você tem seu "amigo". — Ela faz aspas com mão, não respondo.

— Ah, finalmente. — Felipe diz assim que nos juntamos a eles do lado de fora.

— Vamos então, ainda temos um bom tempo de estrada. — Karina comenta, rodando a chave do carro.

— Então, hã, sobre isso. — Aponta para a chave. — Viña disse que achava melhor a gente ir no carro dele. — Ficamos esperando um explicação.

— Pensei que, como vocês estão com carro alugado, o meu seria melhor, se acontecer algum incidente, pelo menos o meu seguro cobre e vocês não teriam nenhuma dor de cabeça. — O uruguaio explica.

— O país é seu, você que manda. — Karina responde bem humorada e faz com que ele sorria, praticamente fechando os olhos, meu coração praticamente saiu do ritmo.

O carro prata, estava estacionado um pouco mais a frente da pousada, as meninas e eu ficamos no banco de trás, enquanto Felipe, sentou-se no banco do carona. O sol começava a se por no horizonte, refletindo sua luz alaranjada pelas ondas do mar, era lindo.

Tudo parecia extremamente bonito naquele dia.

Quando chegamos em La Viuda, a noite já havia caído e a lua estava alta no céu, ventava um pouco, e me arrependi no mesmo instante de não trazido um casaquinho. Seguimos Matías, que tinha nos contado que conhecia um lugar ótimo, com música ao vivo até perto das 23h e depois rolava uma balada interessante. Estávamos confiando nele, já que ele havia dito que conhecia bem a região.

Escolhemos uma mesa próxima das grandes janelas, de onde era possível ver toda a faixa de areia e também o mar se estendendo para o infinito, escolhemos nossas bebidas, e também as coisas que gostaríamos de comer, a luz era baixa, e a música que preenchia o ambiente era calma, tinha um clima romântico — ou talvez, fosse apenas algo de minha cabeça —, era incrível. Conversávamos animados, vez ou outra os rapazes tocavam no assunto futebol, mas logo passávamos para outro, as risadas eram a coisa mais presente em nossa mesa.

Matías Viña e eu, trocavamos alguns olhares, mas nossos olhos desviavam mais rápido do que tinham se encontrado, era fofo, e achava extremamente sexy.

Assim que a banda tocou a última música, as luzes fraca, deram espaço para os flashes brancos da luz estroboscópica, juntamente com o colorido das outras luzes e as conhecidas batidas de reggaeton começaram a tocar, Alice e eu nos encaramos, era um dos nossos ritmos favoritos e não hesitamos em cair na pista.

Aquele momento era nosso.

Não demorou muito para que Felipe se juntasse com a gente, e eles passaram a dançar juntos e percebi que estava sobrando. Olhei para a mesa e Karina, assim como Matías, encaravam o nada, em silêncio.

— Vamos dançar, gente. — Digo assim que chego na mesa.

— Acho que não amiga, vou dar uma voltinha no bar, ver o que tem lá pra eu tomar. — Karina me lança um piscadela, afinal, o que ela faria no bar, se ela não tomava nada alcoólico? Havia sido uma deixa.

— E você, não vem? — Pergunto encarando o uruguaio.

— Vou, claro. — Ele sorriu um pouco enigmático.

Como alguém poderia ser tão perfeito?

Nos envolvemos no ritmo da música rapidamente, dançávamos um pouco mais espaçados, estava tímida. Talvez por não saber onde pisava, talvez por não querer parecer atirada. Acontece que tudo estava estranho comigo. Se fosse outra pessoa, certamente já teria investido, sem nenhuma preocupação.

Fui pega de surpresa, Matías havia colado seu corpo no meu, e nós dançávamos colados, meu coração estava acelerado, e ele com certeza perceberia se as batidas da música não pulsasse em nossos corpos. Foi questão de minutos até que nossos lábios estivessem colados, com uma urgência que não era exatamente normal, nossas línguas não eram cautelosas, o beijo parecia até um pouco desajeitado.

Desesperado.

Suas mãos estavam metidas entre os fios de meu cabelo e exercia a força exata, estava quase sem fôlego quando partimos o beijo. Mordi o lábio inferior, e o encarei por não mais que meio segundo antes de estarmos trocando outro beijo. Dessa vez mais calmo, menos feroz, e nossa, como ele beijava bem, deixei que minhas unhas arranhassem levemente sua nuca, enquanto ele agora me segurava pela cintura. Queria mais, muito mais, e sentia que não seria o suficiente.

Passamos o resto da noite dançando juntos, trocando beijos hora mais ardentes, hora mais tranquilos, estávamos em um clima só nosso, queria aproveitar cada segundo, logo voltaria para casa e muito provavelmente, nunca mais o veria. Era um incentivo para que seguissemos para o próximo passo.

**

Acordei sentindo pequenos beijos em minhas costas, suspirei, me virando lentamente, para encontrar os olhos castanhos de Matías, passo a mão em minha bochecha e sorrio, sendo retribuída, deixo que minha mão acaricie seu rosto, sentindo sua barba arranhar a palma de minha mão. Não dizemos nada, apenas contemplamos um ao outro por um tempo, ele tocou meus lábios e não pediu passagem, suas mãos firmes envolviam meu pescoço e seus polegares acariciavam minhas bochechas.

— Acho que preciso ir embora. — Ele diz suavemente e faço um biquinho.

— Tem certeza? — Tento fazer a minha melhor cara de triste, mas me sentia eufórica.

— Posso ficar mais um tempo, dependendo da proposta. — Sorrimos, com a resposta já velada ali, ele cobriu meu corpo com o seu.

Conseguia sentir cada toque dele queimando por minha pele, mesmo depois que ele já havia ido embora, esperava pela mensagem do pessoal dizendo que sairíamos para almoçar, me encaro no espelho, não conseguia tirar o sorriso idiota do meu rosto. Pensaria nele durante muito tempo, isso era uma verdade. Meu celular vibrou com uma mensagem.

Matías: Não consigo parar de pensar em você. [13:03]

Antes dessa mensagem, havia apenas um ponto, enviado as cinco da manhã. Sem vergonha, havia desbloqueado meu celular e salvo o telefone dele. Dou risada com a ousadia.

Verena: Eu também não. [13:04]

Bloqueio a tela com o coração disparado e com as mãos tremendo. A mensagem seguinte, era de Felipe, perguntando se todo mundo estava acordado e arrumado para ir almoçar, recebendo as respostas positivas de todas.

Não conseguia me manter focada em nada, queria saber o que Matías tinha respondido, se havia falado alguma coisa, pragejei mentalmente todas as vezes que não conseguia conectar em uma rede wi-fi.

— Minha filha, aquele uruguaio acabou com você! — Alice exclamou logo que tirei a camiseta que usava e a encarei sem entender.

— O que?

— Não se faça de sonsa. Esses chupões nas costas, não mentem. — Senti meu rosto corar, por essa não esperava. — Safadinhos!

Aquela havia sido minha primeira vez com Matías Viña.

A primeira e provavelmente a última. 


Notas Finais


Espero que gostem, tentarei atualizar toda semana, as quartas, pq eu gosto da quarta ksksksk.
Não se esqueçam daquele comentário maratono e de favoritar.
Até a próxima 🌈


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