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História Zumbis - Em busca da cura - Segunda parte - Capitulo XIV


Escrita por: Lazy-bear

Notas do Autor


Mais um capitulo em tao pouco tempo... Tentei ao maximo nao deixar confuso e ao mesmo tempo divertido.

Capítulo 14 - Segunda parte - Capitulo XIV


Minas Gerais - Fazenda. Ano 2019

A agitaçao da festa acontecia em alto e bom som, as gritarias, os risos altos de todo o grupo se estendia pelo terreiro verdejante. O que o alcool nao faz com rostos tristes e coraçoes amargurados nao é mesmo? Nao tinha eletricidade, a iluminaçao da casa era composta por lamparinas colecionadas pelo o senhor da fazenda, que se encontrava entre a vida e a morte em seu quarto deitado sobre a cama de casal. A iluminaçao de fora era composta por uma fogueira acendida de ultima hora por causa de uma ideia vinda de Isaac. Entretanto, mesmo diante dessa iluminaçao exposta no terreiro e na casa, o galinheiro estava escuro e pelas gretas entre as madeiras a luz forte do fogareu adentrava expondo pequenas coisas dentro do local. 

O jovem flagrado em sua apice carnal ainda se permanecia imovel, nem mesmo a calça se deu ao importunio trabalho de levantar. 

"Que porra, nem la eu tinha chegado ainda e muito menos ela... Droga nao vou finalizar uma foda assim" - Falava Alysson em pensamento.

Movido por uma raiva que emergia de seu ser em fraçao de minutos, ele enfim se deu ao trabalho de subir sua veste inferior. Respirou fundo e tentou sair dali sem se importar com o fato de que foi visto em momento que deveria ter sido seu e da garota, a qual segundo ele se saboreava como se fosse uma sobremessa. Em relaçao a isso, o jovem negro nao retinto, tinha uma confiança inabalavel, começara com os casos casuais precocemente e incentivado por essa razao sempre se garantiu em seus momentos. 

"Ela estava gostando e aquele corno do Patrocinio estragou tudo!" - Esbravejou em pensamento. 

Saindo do espaço que deveria ser dedicado somente as galinhas, o rapaz marchou sobre as gramas do terreiro. 

Por citar galinhas, em outro sentido a palavra descrevia Alysson perfeitamente e ele sabia bem o porquê.

"Voce é um galinha Alysson, nunca vou confiar em voce!" 

Palavras do rompimento com a ex namorada no ano passado, antes do apocalipse, veio em sua mente enquanto caminhava. Foi largado por ser taxado de mulherengo, o que mesmo ele desmitindo esse fato, era a mais pura verdade.

- Ce é um covarde mesmo Alysson! - Gritou, Patrocinio quando o viu caminhando pelo terreiro.

Mesmo cambaleando, Weverth encurtou a distancia entre eles ainda mais permitindo que o flagrado do galinheiro o observasse com perfeiçao.

O cheiro forte de alcool podia ser sentindo de longe, olhos quase fechados e sem foco, movimentos desconexos de suas pernas finas, as palavras confusas que saiam de sua boca e ate mesmo a garrafa de vodka em sua mao direita o denunciava que estava pra la de bagdá. Antes de encontrar-se com o garoto que fodia com a sua garota, Patrocinio encheu a cara com garrafas de vodkas deixadas proximo a churrasqueira improvisada.

- Con.. tantlas garotas aqui e voxe foi atlas da Helena? - Perguntou, trocando algumas palavras.

O alcool ainda se aponderava de seu raciocinio.

Mais uma vez Alysson respirou fundo, estava prestes a libertar seu instinto ariano.

- Nao te devo satisfaçao nao, Patro! Se liga cara, ela mesma falou que nao tinha nada com voce. 

- El.... Ela demola pala confeçar... ce n... nao tinta o dileito de faze aquilo. 

- Ahn quer saber vai pra desgraça! Nao entendo nada do que voce diz, porra! No que odio, é por isso que ela nao queria nada com voce! Claro que nao ia querer hahaha - Riu analisando o poste fisico do rapaz a sua frente - Nao come a dias e parece mais um esqueleto do que um humano, está mais magro do que quando a gente o viu no bairro. Voce é um baita fila da p... mesmo!

Dita as palavras sinceras, o flagrado resolvera sair dali, nao aguentava mais sentir o cheiro forte de bebida e olhar a cara de coitado do esqueleto humano. Entretanto, quando passou a esquerda de Weverth, este tentou lhe acertar uma garrafada na cabeça, talvez teria conseguido se nao estivesse completamente bebado. 

- Que ce ta arrumando sow! - Gritou Alysson segurando sua mao direita. 

Distante deles acontecia o churrasco e ninguem parecia nota-los, exceto um...

- V..vo ti mapar! Desgaçado! - Disse com a lingua embolada.

- Voce? hahahaha voce mal consegue formar palavras e ficar de pe, porra! Tenho mais medo dessa garrafa no chao do que em sua mao. 

- Vo ti mathar! - Repetiu, tentando se soltar, mas era inutil, sua força era inferior a do outro.

- Entao mata se for mesmo o cabuloso! - Vociferou, Alysson soltando o braço fino do magricelo, acabou empurrando-o. Nem tinha colocado tanta força no empurrao, mas, foi o suficiente para faze-lo cair de bunda no gramado. - Voce é um inutil mesmo.... - Disse retirando uma de suas facas do coldre que carregava em seu cinto. - Tome e faça o que voce achar melhor. - Pronunciou suas ultimas palavras jogando a faca de fita vermelha no chao proximo ao garoto bebado.

Depois seguiu em frente e olhou somente uma unica vez para tras e viu quando Patrocinio apanhou a faca. O que ele fez depois disso, Alysson nao se deu ao luxo de observar e mal saberia que a sua decisao lhe resultaria fortes dores de cabeça no futuro. 

Ultrapassou os festeiros ouvindo somente as palavras repetidas:

- Vira! Vira! Vira! Vira - Grande parte do grupo que ainda permanecia no churrasco, incentivava Breno e Isaac a tomarem meia garrafa de vodka no bico.

Alysson nao viu o final da competiçao e nem quis saber o desfecho, mesmo com a raiva ainda instalada em sua mente, seu pensamento estava sendo roubado por uma unica e especifica garota nomeada de Helena.

Adentrou para o casarao de madeira e foi ate o quarto da garota a fim de encontra-la, agradeceu a deus por ela está no recinto. 

Observou-a novamente, diferente da vez que a encontrou no galinheiro, no momento ela estava somente de tolha que cobria os seios e o restante do corpo, tinha acabado de sair do banho. 

Sorriu safado e fechou a porta que estava aberta. 

Ela nao tinha notado que a porta de seu quarto estava escancarada? Perguntou-se em pensamento. 

O baque formado pelo fechamento roubou a atençao de Helena, que observou o conhecido garoto em seu quarto.

- O que faz aqui Alysson? 

- Vim terminar o que começamos no poleiro. - Respondeu.

O que aconteceu depois de sua resposta nao era necessario descrever, apenas, concluiram com mais satisfaçao o que tinha começado como um segredo longe das vistas de Weverth Patrocinio. 

Com grande parte do pessoal espalhado pelo terreiro verdejante, os gemidos que antes tinham que ser restringidos, no quarto podia ser expelidos em bom som....

**Z**

Caminhando pelo quarto e indo ate a escrivaninha que decorava o ambiente, sem querer a filha do meio do senhor da fazenda deixou o relogio decorativo cair e fazer um barulho alto quando se encontrou com o chao amadeirado. Consequentemente esse delize trouxe Alysson para o mundo real e afastou-o do sonho recente de seus ultimos acontecimentos do dia anterior.

- Perdao por te acordar.... achei que ja estivesse acordado, porque voce estava falando com olhos fechados. - Desculpou-se assim que notou os olhos castanhos escuros lhe encarar. 

Apos a cansativa noite anterior, ambos acabaram dormindo sobre a mesma cama.

- Acabei de acordar.... eu falei dormindo? - A voz de sono soou pelo ambiente. 

- Sim, uai. Voce pareceu narrar tudo que fez ontem a noite. Tipo desde quando saiu do galinheiro ate chegar em meu quarto. Eu ouvir tudo enquanto vestia-me. - Respondeu a ele, seus olhos escuros o olhava confusos. - Nao sabia que falava enquanto dormia. - Disse-o.

Oh sim, uma caracteristica nao mencionada sobre o rapaz deitado sobre a cama de casal cobrido pelo cobertor, era que ele as vezes era sonâmbulo e costumava falar sobre seus sonhos ou ate mesmo casos que lhe ocorreu anteriormente. 

- Nao se incomode com isso.... As vezes isso acontece. Sou sonâmbulo desde criança - Confessou, se sentando na cama.

O cobertor ainda escondia sua nudez.

- Hum, pelo menos voce nao levanta de madrugada e fica batendo a testa na parede. - Riu quando terminou de falar e pôde observar o riso de canto dele.

A piada tinha sido boa para os dois.

Para quem nao queria se apaixonar, a filha do meio do fazendeiro sentia seu coraçao esquentar cada vez mais quando olhava-o. A queimaçao em seu corpo atingiu o auge quando Alysson levantou-se da cama e expôs o corpo nu, nao aquietando-se Helena tomou a iniciativa para que ambos repetissem novamente a cansativa noite anterior.

**Z**

- Obrigado, por me salvar, João. - Agradecia, Breno. 

Todos que estavam deitados e completamente tomados pela a exaustiva ressaca se encontravam de pé. Ainda observavam o corpo decomposto de Patrocínio. 

- Não precisa me agradecer, você salvou a minha vida no primeiro dia do Apocalipse quando fomos atrás de você. - Relembrou. - Estamos quites agora. - Disse ao amigo.

- O que você acha que foi? Assassinato ou suicídio? - A voz grave do Diego, ponderou em forma de perguntas. 

- Não da para dizer. Nem conversava tanto com ele… mas, uma coisa é certa quem deve saber de alguma coisa é o Alysson. Novamente a faca dele está envolvida. -- Respondeu, João. 

- O que que ta pegando, manos? -- Perguntou, Lele acabando chegar. 

Diferente de todos, o lider do grupo Lb nao participou muito do churrasco devido a um mal estar de sua namorada. 

- O Patro morreu. - Respondeu, João. 

Ao todo, observando o cadáver como se fosse uma cena de crime, estava o Samuel, Breno, Euler, David, João, Diego, Dodô e o Lele. 

- Aaçaaa mano, como isso foi acontecer? - Perguntou novamente, analisando o corpo esquelético. 

- Não dá para saber se alguém o matou ou se ele mesmo tirou sua própria vida. Olha os pulsos cortados. -- Respondeu, Diego. 

- E novamente o suspeito é o Alysson, a faca dele está envolvida. - Comentou, Samuel.  

O silêncio perdurou por alguns instantes. Dúvidas, remorso e tristeza se instalou diante do grupo que observava o corpo do defunto. Patro passava por problemas psicológicos e ninguém foi capaz de notar, quao proximos dele os amigos eram? Alysson teria realmente coragem de matar o próprio amigo? O que acontecera para que a morte buscasse Patrocínio? 

- Vamos enterrar-lo no cemitério e depois questionaremos o Alysson. -- Pronunciou, o lider quebrando o silêncio de velório. 

**Z** 

A sala de estar da casa amadeirada, era bem espaçosa e decorada com coisas rusticas e de decadas anteriores, especificamente dos anos 80 e 90, as duas decadas favoritas do senhor Jose. Os quatro sofas circundava a mesa de centro feita de ceramica, a tv, que sempre vivia desligada, ficava no canto direito do ambiente, o piso de madeira recentemente vernizado pela a filha mais velha do dono, tapete da cor vermelha e cortinas blackout, que se encontravam abertas para que a luminosidade natural do dia entrasse e clareasse a sala, tinha tambem plantas nos cantos extremos do lugar e um lustre de cristal falsificado, que tambem nunca mais foi acendido, tudo isso decorava a sala de estar do dono da fazenda. 

- O que? O patro morreu? - Perguntou, Alysson incredulo.

Ele era o unico em pe, enquanto todo o resto do grupo estavam sentados no sofa que antes faltava assentos e agora cabia todos perfeitamente.

A pergunta respondida em forma de questionamento, tinha sido pronunciada por Lele.

- Nao finge de desentendido, Alysson - Esbravejou, Samuel. - Assim como a morte do felix, da josiane sabemos que foi voce que matou o Patro. Entao, porra confessar logo que voce ta se achando um deus da morte que ceifa quem voce quiser! - Disse mais bravo ainda.

O pequeno exterminador estava cansado de sempre todos acobertarem o assassino em serie do grupo. 

Alysson cerrou os olhos e mudou a sua expressao para de raiva, mordeu o labio inferior em sinal que sua raiva era maior do que todos imaginavam. 

- EU NAO MATEI NINGUEM, DESGRAÇA! QUE PORRA, SOW! NAO TIVE NADA A VER COM NENHUMA DAS MORTES. - Gritou, fazendo todos arregalarem os olhos, de menos o pequeno Samuel. 

- Devo refrescar a sua memoria? - Perguntou um tanto ironico. - Voce tinha um caso com a Josi e brigou com Felix a sua participaçao nas mortes deles é mais claro do que um rio cristalino. Por ultimo, o que voce fez antes de matar o Patro? Bateu nele, como voce sempre faz? - Perguntou, Samuel se levantando. 

Ele estava mais confiante desde quando chegou a fazenda. Sua autonomia pôde ser contemplada por todos, que notaram com perfeiçao que o metido a promotor de justiça nao era mais um oprimido e muito menos tinha a pose de um rato indefeso como foi encontrado por Joao em seu bairro. 

- Samuel voce nao é nenhum promotor de justiça aqui nao! Baixa a bola e para de acusar os outros. - Pronunciou, Joao sério. 

Quando foi que as assas do Samuel começou a aparecer assim? - Os moradores do bairro liberdade se perguntavam em mente. 

Sempre viu o garoto de 1,63 de altura ser cabisbaixo e oprimido.

- Tsc... voce ainda o defende? Eu nao sou um promotor e voce nao deve bancar o advogado desse assassino. - Retrucou, firme. 

Os que estavam presentes na sala mais uma vez foram surpreendidos e ao mesmo tempo a mesma duvida repousara em suas mentes.

"Alysson realmente tem culpa no cartorio?... realmente matou essas tres pessoas?"

O 'reu', que ainda permanecia em pe na sala, observou os cochichos e olhares julgadores sobre si, ate mesmo, os seus melhores amigos o olhavam um tanto duvidosos. 

Eles nao haviam dito que acreditavam em mim e que nao suspeitava? - Alysson perguntou em mente encarando: Diego, Isaac, Dodo, Lele e Joao. 

Esse lance de amizade de infancia era uma completa lorota, na hora que mais precisa de confiança nao se tem. 

Amizade palavra que se conceitua em: relação afetiva entre os indivíduos. É o relacionamento que as pessoas têm de afeto e carinho por outra, que possuem um sentimento de lealdade, proteção etc. A amizade sobretudo se da ao fato de confiar em alguem, ainda mais se conhecesse a pessoa a mais de 10 anos. 

Uma decada, uma longa e aventureira decada marcava o laço de irmandade estabelecido por Joao, Alysson, Lele, Diego e Dodo, amigos desde quando eram crianças nunca brigaram ou teve a confiança abalada assim. 

Por que duvidar de um amigo? 

Por que escolher nao acreditar no amigo? 

O rompimento do laço de parceria seria desfeito se algo nao fosse feito. 

- Confessa, Alysson. - A voz sutil da filha do meio do fazendeiro rompeu os questionamentos e o silencio que deveria ser dedicado somente a um tribunal. 

Todos mais uma vez permaneceu em silencio e encararam Helena e depois o Alysson. 

O que ela quis dizer com isso? - A pergunta comum deixava todos pasmos. 

A garota percebendo a confusao instalada no ambiente resolveu prosseguir com a fala, ja que o irmao do Diego nao quis da continuidade: 

- Hoje de manha enquanto dormia, o Alysson narrou o que fez ontem a noite. Ele e o Weverth se desentenderam e pelo o pouco que eu entendi Patro ameaçou-o, Alysson retirou a faca e entregou ao Patrocinio, que provavalmente cometeu suicidio. 

Por um momento, o irmao do Diego se sentiu traido pela garota, o sonambulismo era algo intimo do garoto e nao uma coisa que deveria ser dito ao vento. Entretanto, resolveu relevar a confissao e achou que isso o ajudaria em sua defesa. 

Triste engano...

- Entao, Patro realmente se matou... - A voz fina de Beatriz saiu divagosa, porem, foi ouvida por todos.

- ISSO É MENTIRA! - Ralhou, Samuel. - Voce está ocultando a verdade... Patro pegou voce e o Alysson no flagra trasando no galinheiro. - Revelou a parte nao mencionada na confissao, observou mais uma vez o olhar surpreso de todos. Antes que a filha do meio do senhor Jose dissesse algo, ele deu continuidade: - Patrocinio ficou puto, encheu a cara e depois eu vi quando ele tirou satisfaçao com o Alysson, que ameaçou matar o patro jogando-o no chao e depois apontar a faca. Mas, nao fez, jogou a faca do lado do Patro e em seguida marchou para dentro da casa. A parte em que o Patro cortou os pulsos é verdadeira... 

- Ta, mas nao deixa de ser um suicidio. - Interrompeu-o, Joao. 

Estava com dor de cabeça com tantas revelaçoes. 

- Vai deixar eu falar ou vai ficar me interrompendo? - Perguntou, Samuel com grosseria. Observou Joao fechar a boca e ele revelou a parte escondida do misterio: - No entanto, depois de entrar na casa e ir ate o quarto de Helena para novamente fode-la, na madrugada ele levantou-se foi ate o corpo deitado do Patro... Pasmem! - Alertou antes de falar: - Patro nao cortou os pulsos, ele dormiu antes de fazer isso de tao bebado que estava. O assassino a nossa frente aproveitou o descuido e assim apanhou a faca que permaneceu inerte na grama e a enterrou na cabeça do Patrocinio, para que ninguem desconfiasse dele, ele mesmo cortou os pulsos de Weverth, so que voce Alysson é tao burro que esqueceu um detalhe, nao tem como morrer com um corte nao tao fundo e feito na horizontal, para que a morte seja certa o corte tem que ser na vertical e fundo. Voce foi inteligente em cravar a faca novamente na cabeça do Patro, mas nao suficiente para esconder seu crime. - Terminou se sentindo o genio da sala. 

O silencio e as expressoes de espanto era a unica coisa que se via e ouvia no local. Ate mesmo, Alysson ficou em um silencio constrangedor, nao conseguiu entender o motivo que o fez ficar mudo diante de tudo que o Samuel dissera.

Tudo aquilo era verdade?

- Como voce sabe de tudo isso? - Perguntou, Joao, o unico que foi capaz de romper o silencio. 

- Eu fui o ultimo a dormir no churrasco de ontem e tambem observei o assassino durante a noite toda... diferente de voces, eu sabia que era ele que matava as pessoas aqui. - Respondeu, Samuel se sentando novamente no sofa. 

- A historia nao bate, Alysson passou a noite comigo. - Disse, Helena.

- Nao ouviu o que eu disse? Ele acordou de madrugada e matou o Patro. Ele é sonambulo e tem vez em que levanta da cama e comete atos enquanto ainda permanece dormindo. Nao é verdade Diego? 

- Isso ja aconteceu uma vez só. - Respondeu, Diego. 

Lembrou-se de um dia em que estava vendo tv tarde da noite, enquanto Alysson dormia, ate que ele levantou do nada de olhos fechados, foi ate a cozinha preparou um pao, deixou a refeiçao na mesa e depois voltou a dormir. 

- Viu. Caso desvendado com sucesso, nao posso provar a culpa dele na morte do Felix e da Josi, mas essa nao o deixaria impune. - Disse todo alegre, o pequeno.

O culpado permanecia imovel e por que? O sentimento de culpa, remorso, incerteza e impotencia anestesiava seus musculos e sua fala. 

'Culpado' - Pensou, ele fitando o piso da sala. 

A palavra de sete letras marcou-o como uma tatuagem que era impossivel de ser removida.

- De todo modo, ele ainda estava dormindo e nao em sã consciencia.... - Argumentou, Joao mais foi interrompido por Samuel: 

- Seus argumentos de advogado pessoal do Alysson sao fracos, Joao. O sonambulismo nao anula a culpa dele, nao anula o crime e muito menos trara o Patro de volta. Alias, trouxe em forma de zumbi e voce matou-o. 

- Cala boca, Samuel! Porra, onde voce pensa que estamos? Em um episodio de Sherlock Homes? Cala a desgraça da boca, quem é voce para achar no direito de culpar e sentenciar alguem? - Se estressou, Joao. 

Toda aquela confissao so o deixou mais exausto psicologicamente. 

O que eles haviam se tornados? O que o apocalipse zumbi fez com eles? Principalmente com suas mentes? 

A 'audiencia' tinha chegado ao fim e um por um levantou-se e procurou um lugar para espairecer. Nesse dia o grupo de busca nao saiu para procurar mantimento, a dispensa estava cheia e permaneceria assim por algumas semanas. Contudo, Joao e Diego foi chamado por Lele para eles olharem a nascente que abastecia o posso artesiano da fazenda. 

O culpado pela morte do Patro nao ficou na casa, procurou sair e achar uma coisa que limpasse sua mente.

**Z**

A nascente ficava no topo de uma serra pequena de uma floresta que tinha atras da casa do fazendeiro. O tempo que se leva para chegar era de no minimo 1hr, por isso, antes mesmo das 8hrs da manha o trio marcharam. O poço que fornecia agua potavel para os exterminadores de zumbis era diretamente ligado a essa cascata, logo a agua que eles tomavam banho tambem era de um encanamento feito pelo Jose muito tempo atras. Enquanto subiam a colina era possivel ver os canos da cor preta, um tanto desgastados, vazamentos em algumas partes e furos em outras. Se atentaram a esses detalhes e concluiram o pensamento que era devido a esses imprevistos que nao estava chegando agua suficiente na caixa d'agua e no poço. Chegando na metade do caminho, eles pularam a correnteza fraca formada por entre as pedras, devido ao lodo Joao escorregou e por pouco nao caiu na ribanceira que com toda certeza causaria uma morte rapida e sem chance de voltar como zumbi. Quem o salvou do escorregao foi o lider, que o segurou pelo o braço direito e o puxou novamente. 

- Fica esperto, mano. - Disse, serio. 

O lodo escorregadio se estendia por toda parte pedregosa que cumpunhava a nascente, e isso era so a metade do caminho que literalmente dava acesso a fonte. Prosseguiram mais atenciosos e cuidadosos, a correnteza fraca molhavam suas botas e o meio da canela protegida pela a calça jeans. Subiram o morro de terra e cercado por grandes arvores, no termino puderam finalmente ver o inicio da cascata. Observaram bem e notaram que uma coisa barrava a agua, uma deslocamento de pedras que interditou o caminho em que a agua corrente percorria para chegar a parte debaixo e depois seguir rumo para os encanamentos feitos por Jose. 

- Tem que remover as pedras. - Disse, lele a coisa obvia. - Vamo tomar cuidado porque aqui tambem so tem lodo. 

Ele ja ia tirando as botas quando Joao por pouco nao lhe deu um tapa na cabeça. 

- Lele seu burro, se com as botas escorrega, descalço escorregará mais ainda. Voce ia morrer se decidisse retirar as pedras descalço. - Disse um tanto bravo pela a ideia de jerico do lider. 

- Uai, mano! Como vamo remover as pedras entao? - Perguntou. 

- Uai, sei la. Mas, descalço nao pode ser. - Respondeu, Joao.

- Eu removo manos. - A voz grave de Diego se fez presente. 

Ele se manteve em silencio durante todo o trajeto, sua mente nao se atentou nas conversas e muito menos nos detalhes dos encanamentos. Seus pensamentos estava confusos desde quando discutiram sobre a morte de Weverth, ainda duvidava do irmao ter cometido o crime, mesmo a verdade sendo exposta pela boca de Samuel. 

- Minhas botas sao antiderrapante, entao nao vai escorregar e sao poucas pedras... vai ser rapido - Emendou, junto com a fala anteriormente. 

Joao e Henrique apenas concordaram com a cabeça e deixou o trabalho todo nas maos do Martins. 

Ficariam um tempo ali resolvendo a situaçao da nascente.

**Z**

O quarto do dono da fazenda tambem tinha um espaço agradavel, um banheiro particular, onde ele e sua esposa passaram diversos momentos intimos. A comoda rustica era um dos moveis favoritos de Margarida - nome da esposa do moribundo - , sobre ele tinha um foto preto e branco dos dois no dia do casamento. A aparencia da moça era quase a mesma da filha mais velha: Ludimila. Assim como a filha, a mae nao era muito alta, tinha o cabelo cacheado ate o ombro, os olhos castanho claro, a pele nao era possivel distinguir pela a fotografia, todavia, poderia dizer que tambem era negra nao retinta. Tinha sido uma data alegre para o casal recem casados, e depois de dois anos veio o filho Felix, e sucessivamente respeitando a ordem cronologica de dois anos vieram as filhas. Quando pequenos, a fazenda era agitada, alegre e de longe tinha o silencio que tinha na tempo atual. Uma tristeza que marcou por muito tempo o Sr.Jose era a que os netos nunca viria a casa, a avó e que talvez nao conheceria o avô. 

- Voce ainda respira, papai. Isso é bom... deus a de conceder mais alguns dias para o senhor aqui na terra. - Pronunciou, a filha mais velha com os olhos repletos de lagrimas. 

Tentava a todo custo manter a firmeza diante das irmas, porem, quando tinha o tempo a sos com pai se derramava em prantos. Era uma tristeza enorme no peito e uma dor incalculavel.

- Rezo para deus todos os dias para que ele acorde. - A voz da minha do meio soou quebrando o silencio melancolico.

Rapidamente tratou de limpar as lagrimas.

- Mila, nao precisa de limpar. Voce nao é de ferro e tambem nao é o monte everest, permita-se aliviar e chorar. É um momento triste para todas nós. 

- Ah, lena... o mundo ta um caos, a fazenda ta um caos e o papai entre a vida e a morte... 

- Precisamos sermos fortes... Há muitas coisas acontecendo. - Disse, Helena.

- Mas, é tudo culpa desse povo que abrigamos em nossa casa. - A voz da irma caçula soou pelo quarto do pai.

As tres irmas estavam ali. 

- Vitoria ja conversamos sobre isso... - Dizia, Helena, mas logo foi interrompida pela a irma mais nova.

- Voces ficam engolindo sapos como se fosse doces. O que o grupo fez ate agora? Nada! A nao ser, trazer desgraças para a nossa fazenda. 

- Eles trouxeram comida para nós, segurança e querendo ou nao conhecer eles foi bom, porque sempre eramos so nós. - Disse a mais velha, e viu a cara emburrada da caçula que era um tanto engraçada.

- Esquece as coisas ruins um pouco Vi.. vamos falar de coisas boas, por exemplo seu aniversario que esta proximo. - Disse, Helena. 

- Ja escolheu o seu presente? - Perguntou, Ludimila um tanto alegre. 

- Sim, a expulsao desse povo todo! - Respondeu de imediato, fazendo as mais velhas sorrirem pela a sinceridade da mais nova. 

**Z**

Levou um pouco mais de duas horas para que Diego retirasse as pedras com cuidado sem que se machucasse ou caisse ribanceira abaixo. Quando terminou lavou o suor com a agua limpa da cascata e tomou um pouco de agua. O sol de 10 horas da manha ja estava escaldante e como estavam em uma altura elevada sentiram o calor mais proximo de suas peles. 

Voltando para fazenda o trio jogava conversa fora sobre os reajustes que fariam no encanamento velho, precisavam tapar os furos e os vazamentos. Decidiram que no dia seguinte partiriam para a cidade em busca de materiais de construçao e encanamento, faria tudo no improviso, porque nenhum dos tres sabia mexer com esses tipo de coisa. 

- E o Alysson em manos? Voces acreditaram mesmo no que o Samuel disse? - Perguntou, Joao mudando o assunto.

Para ser sincero, a pergunta estava entalada em sua garganta a bastante tempo e que so agora tinha tomado a coragem de perguntar.

O silencio do lider junto com o irmao velho do culpado deixava o garoto que fez a pergunta irritado. 

- Abrem a boca, manos! Que merda, parece que o gato comeu a lingua de voces! É sobre o Alysson que vamos conversar.

- Ele é culpado, jao! Aceita... Conhecemos o Alysson e quando ele fica em silencio como la na sala, é porque é verdade. - Pronunciou, lele.

- Ele poderia estar dormindo na hora, mas como o Samuel mesmo disse isso nao anula o fato de que ele matou o Patro. - Concordou, Diego. 

Diferente dos dois Joao se manteve incredulo.

- Mas, so com palavras nao se prova nada...

- E voce tem alguma outra coisa que comprova a inocencia do Alysson? - Perguntou, o lider. - Ele é um assassino, Jao.

- Credo, mano. Voce falando assim parece que o quer ver longe. - Disse, Joao. 

- E eu quero mesmo! Se ele matar mais alguem eu serei forçado a expulsa-lo da fazenda, so estou me segurando devido a amizade que temos a anos. - Respondeu, Henrique de prontidao. 

- Voce nao faria isso. - Disse, Joao.

- Faria sim, ele que me testa para ver. Ele ficou louco, Joao! Ver se entende isso.

O laço da irmandade ja tinha sido desfeito a muito tempo e que so o Joao nao havia se dado conta ainda.

**Z** 

Se passava das oito horas da noite quando Alysson retornou para a fazenda, tinha ficado tanto tempo fora que os amigos cogitavam que ele havia morrido, o que seria um alivio para grande parte do pessoal. Passou rapido pela sala e so se atentou em observar os olhares julgadores sobre si novamente. Foi para o banheiro e tomou um banho rapido, queria poder demorar, entretanto nao podia ter mais uma coisa que o pertubasse. Nao ficou dentro da casa, nao surportou a aurea de negaçao dos outros presente no local, ele podia ver nos olhares que o julgavam como um monstro e isso nao aguentava relevar. 

A solidao era a sua unica companhia no momento. 

Nao podia contar com ninguem, nem mesmo os seus melhores amigos de infancia. 

"Que amigos..." - Pensou, olhando o seu escuro sem lua e repleto nuvens. 

O vento forte que sobrevoava sobre ele anunciava que viria uma chuva daquelas durante a madrugada.

Acendeu um cigarro de palha e tragou-o.

Em sua saida para a cidade, alem dele matar 10 zumbis com a faca e correr de um monte, ele entrou em um estabelecimento qualquer e para a sua felicidade tinha encontrado tres caixas de cigarro de palha. 

Tragava o setimo do dia, a abstinência roía seus ossos e fazia-o ficar mais agressivo. Ele era sim um fumante legitimo.

Contudo, agora que tinha encontrado o cigarro favorito depois do beck podia finalmente voltar a ser o velho e pacifico Alysson. 

- cho da um trago ai zé - A voz do Euler interrompeu o silencio gostoso do culpado pela morte do Patro.

Direcionou a visao para cima e viu a figura parruda do branquelo. 

- Vai da um trago no inferno, Euler, porra! - Respondeu. 

Pelo visto o jeito calmo nao voltaria tao cedo.

- No, vai pregar mesmo? Amarrando cigarro num apocalipse zumbi.. so força - Disse, o branquelo, com a voz de coitado que ele sempre fazia quando alguem o negava algo.

- Toma um sow, para nao ficar igual quenga pro meu lado. - Disse, Alysson lhe dando um cigarro e o isqueiro. 

Euler sentou do lado dele, sentiu a brisa gelada do forte vento rondar os dois. 

- É parece que hoje chove - Disse o branquelo, criando assunto.

- Hum.. - Foi o que ouviu de Alysson.

- Ainda bolado sobre o que falaram hoje de manha? 

- Vou é meter o pe, Euler. To ligando pra mais nada nao. 

- Oh, deixa de ser bobo mano, logo todo mundo esquece esse lance de morte. Patro nao fazia nada, mais cedo ou mais tarde ele morreria. E quanto menos boca, mais comida sobra. 

- Ah mas... se eu ficar vou acabar matando o Samuel, nao guento olhar para ele nao. 

- Faz o que achar melhor mano, mas o Samuelzinho so ta tentando provar que é mais do que um garoto oprimido como antes.

- Hum... - Murmurou, soltando a fumaça pelo nariz.

**Z**

Um mes se passsou e as coisas havia melhorando para o grupo Lb. Nao teve mortes durante esse tempo, a comida ainda sobrava, resolveram o encanamento da nascente e o poço voltou a encher novamente. Tudo estava a mil maravilhas, tirando a morte do Sr.Jose que morreu tres dias apos a mordida, sendo morto pela segunda vez por sua filha mais nova que estava no quarto enquanto ele se levantou como zumbi tentando devora-la, mas graça ele ter so uma perna, caiu no chao e a garota atirou por impulso. Depois desse dia, nunca mais foi a mesma menina de 15 anos. 

Contudo, o dia do seu aniversario tinha chegado e os preparativos ja estavam quase prontos. Tratou de esconder seus demonios internos e tentou absorver a felicidade de seu aniversario de 16 anos, se conseguiria ou nao, ela nao saberia dizer. 

Continua....


Notas Finais


Entao, o que me diz? Ficou bom, comentem ai, os comentarios me inspira.

aaçaaa é a abreviaçao de desgraça que utilizamos aq em minas kkkk

ate o proximo.


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