Lista de leitura 🌙🌌

O fim do mundo chegou no dia 29 de outubro de 2001, em meio a trovoadas e raios, ventania e açoitadas de chuva, mas mesmo com o céu caindo logo acima de suas cabeças, a preocupação de Choi Beomgyu e Celeste Choi é outra. Justamente essa que se encontra lá no andar de baixo, depois de uma queda de três andares, desfalecido e espragatado: É Gilbertino!

Park Sunghoon, jovem rapaz de ares vampiresco e estrelas pinceladas no rosto, era um assunto constante entre os fofoqueiros da Rua Lua Caída. Chamavam-no de pobre coitado sem salvação, um desleixado que incomoda diariamente a vizinhança em busca de seus pertences perdidos, seja o único par de tênis, a camisa branquinha e até mesmo o coração.

◞correspondentes, remetentes ou sei-lá-como-se-chama-essa-baboseira-terráquea ━ ❪yeonbin❫〃

Yeonjun se considera um zé-ninguém. Mora num quarto seis por seis alugado no centro de Crepúsculinhos de Jujuba, faz parte de uma banda sem nome definido e que possui uma criatividade tão pequenininha que, no mínimo, enche uma caixinha de bala Asteróide Tá No Papo. E que também, por meio de uma carta, resolve contar um pouco sobre sua vida, sobre a jornada da sua banda e sobre a sua nova paixão, com a intenção de mandá-la para Terra a fim de um dia ser respondida por algum terráqueo que teve o (des)prazer de encontrá-la.

"NOSSA, SOOBIN. A GENTE TÁ FERRADO, NÉ?’’ dizia o Sol, e apesar do contexto e palavras utilizadas, ela estava sorrindo para a Lua.



[oc]

Ninguém nunca soube o desfecho da história de admiração e compaixão de Choi Beomgyu, um ser mágico, e Júpiterzinho, um ser humano que sequer sabia que Beomgyu existia.

Há momentos em que Hoseok sente que está prestes a entrar em mais e mais tocas do coelho, um looping de possibilidades e realidades sobre seus passos é exibido como um filme desastroso.

wonho!centric | wonho!day

É com um violão velho e um galo de nome peculiar nos braços, que Choi Beomgyu perambula pelas avenidas de Júpiter, em busca de um novo recomeço.

Ele encheu as páginas amarelas de margaridas, fotografias e notas musicais; recortes dela, memórias dela, fragmentos dela. Tinha um medo tremendo no peito, de que não fizesse juz a alma furta cor da filha perdida da lua, nem que conseguisse captar um segundo do vislumbre de sua magia, maior do que esse medo, era, no entanto, o desamparo encontrado no final da estrada.

Numa tarde quente em que o Sol iluminava as ruas com seu fulgor intenso, brilhando imponente no céu sem nuvens, promessas e desejos são ditos ao céus, na janela de uma casinha pequena, ao som de New Order.

Choi Beomgyu é jupiteriano. Tão óbvio quanto a água cristalina dos filmes falsos de Hollywood, tão singelo quanto o bater de asas de uma borboleta — ela mesma, a causadora de tufões! Dizem que Júpiter é o maior planeta do sistema solar, mas Beomgyu acredita piamente que essa afirmação só é verídica por conta de Júpiter ser um dos planetas mais amados da via láctea. As constelações, planetas, e qualquer poeira cósmica existente amavam Júpiter. Amavam Zeus.
E afinal, como não amar o lar das fadas do xampu?